segunda-feira, 20 de junho de 2022

É sempre muito mais o que nos une




É sempre muito mais o que nos une. Apesar de todas as diferenças e de todas as dificuldades há sempre muito mais em nós que nos iguala.

É sempre muito mais o que nos une. Mesmo quando não o conseguimos ver. Estamos eternamente unidos à nossa humanidade. E quando nos apercebemos disto conseguimos realizar o bom e o belo. Permitimos que cresça em nós a unidade capaz de dar corpo ao mistério vivido no dom da nossa vida.

É sempre muito mais o que nos une. E mesmo não colocando isso em prática, sabemos, bem no fundo de nós, que estamos intimamente ligados através das nossas idiossincrasias. A forma que surge quando damos as mãos, colocando de lado os nossos julgamentos e preconceitos de lado, dá a conhecer ao mundo a nossa verdadeira riqueza: a de nos unirmos na nossa inteireza.

No final não contarão conquistas individuais. No entardecer da nossa vida não será valorizado o que arrecadamos. No final dos nossos dias contará o amor que demos e recebemos. Contarão os dias em que deixamos que a nossa vida fosse escrita na história de alguém. Contarão os dias em que permitimos que o outro fosse verdadeiramente.

É muito mais aquilo que nos une. E não podemos deixar que a azáfama da vida ou a sede do mundo nos deixe cegos para esta realidade. Saibamos acolher esta verdade dando testemunho dela com as nossas palavras, com a nossa presença e com os nossos gestos.

Num mundo sedento de presença e afeto somos convidados, mais do que nunca, a sermos pontes de relação. A sermos construtores de uma alegria sustentada no amor que todos acolhe.


Emanuel António Dias

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