Ora, havia, naquela mesma comarca, pastores que estavam no campo e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho. E eis que um anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor.”
Lucas 2,8-20
Um Deus revelado aos últimos. Desde o seu início, este Deus incarnado, deu-Se a conhecer a quem tratava a vida com simplicidade. Escolheu os “sem nome” para que todos se sentissem chamados. Nasceu no meio do nada para que todos pudessem reconhecer que Ele era o tudo.
Estamos prestes a comemorar o nascimento de um Deus que se fez menino. Um Deus que quis nascer para que pudéssemos levar connosco a oportunidade de nascermos constantemente. É um Deus de últimos e de recomeços. É um Deus de refazeres, onde em Si e por Si tudo e todos ganham Vida.
Um Deus revelado aos últimos. Um Deus que só faz sentido na vida dos que um dia perderam o sentido da Vida. É um Deus de últimos porque não vive para reinar, mas sim para servir, para amar. Um Deus que só se deixa reconhecer por quem não se reveste de grandeza, nem de certezas. É um Deus de últimos, porque habita a dúvida, a inquietação e as revoltas.
Estamos prestes a comemorar o nascimento de um Deus que se fez menino. E com isto abre-se todas as possibilidades. É um Deus que nos chama a (re)nascer e que nos convida a reerguer tantos e tantas. É um Deus que nasce menino para que nos façamos inteiros. É um Deus-Connosco, um Deus que não nos larga por nada.
Um Deus revelado aos últimos. Aos puros de coração. Um Deus revelado aos que O buscam com toda a sua inteireza. Este é o Deus-Connosco. O Deus que habita a nossa fragilidade. A nossa iniquidade. A nossa fraqueza. Este é o Deus-Connosco o que não perde uma oportunidade para nos fazer nascer!
Um Deus revelado aos últimos… e essa é a nossa sorte!
Emanuel António Dias
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