D. Antonino Dias, Bispo Diocesano
“Não vos esqueçais, batizai as crianças”, apela o Papa Francisco. A prática de batizar as crianças é imemorial na Igreja, atestada desde o século II, mas desde o princípio se batizavam famílias inteiras, incluindo as crianças. A Tradição Apostólica de Hipólito, do século III, prescreve: “Batizai, em primeiro lugar, as crianças: todos aqueles que possam falar por si, que falem; para aqueles que, ao contrário, não podem falar por si mesmos, que falem os progenitores ou alguém de sua família”. São Cipriano afirma que não se pode negar a ninguém esta graça de Deus, seja qual for o seu estatuto e idade, podendo-se batizar as crianças “logo no segundo ou terceiro dia após o nascimento”. Orígenes afirma que batizar as crianças é de tradição apostólica. Quem foi batizado em idade adulta, como São Basílio, São Gregório de Nisa e Santo Agostinho pediam que não se adiasse o Batismo das crianças. Santo Ambrósio e São João Crisóstomo defendiam o mesmo. Os Concílios de Cartago, Viena, Florença e Trento, falam positivamente do Batismo das crianças. Todo o Magistério da Igreja sempre tem declarado que o Batismo deve ser conferido às crianças para que renasçam pela água e pelo Espírito para a vida divina em Jesus Cristo. É o sacramento da fé, um princípio chamado a desenvolver-se, na família e na comunidade.
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