sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Papa: cristão que não é coerente causa escândalo



"Se perante este ateu tu dás testemunho de coerência de vida cristã, alguma coisa começará a trabalhar no seu coração"

O cristão incoerente dá escândalo e o escândalo mata. Essas foram palavras do Papa Francisco ontem na missa em Santa Marta. Tomando como primeiro ponto da sua homilia um crisma administrado durante a Missa, o Santo Padre afirmou que quem recebe este sacramento manifesta a sua vontade de ser cristão. Quem pensa como cristão deve agir como cristão e apontou a leitura da Carta de S. Tiago:

“Ouvimos o Apóstolo Tiago que diz a alguns incoerentes, que se envaideciam de serem cristãos, mas exploravam os seus trabalhadores e diz assim: ‘Olhai que o salário que não pagastes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos está a clamar; e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do universo!’ É forte o Senhor.”

“Quem ouve isto até pode pensar que foi dito por um comunista. Não, disse-o o Apóstolo Tiago! É Palavra do Senhor. É a incoerência. E quando não há coerência cristã e se vive com esta incoerência, faz-se o escândalo. E os cristãos que não são coerentes fazem escândalo.”
Este escândalo de que fala o Papa Francisco começa, desde logo, no tipo de atitude que um cristão deve ter para com os outros: acolher e testemunhar o amor de Deus. E tal como S. Francisco que disse para pregarmos o Evangelho em todo o tempo, se necessário também com as palavras, o Papa Francisco, sem se referir ao “pobrezinho de Assis”, concretizou com um exemplo muito parecido e definidor da atitude de coerência que deve ter um cristão:

“Se tu te encontras – imaginemos – perante um ateu e ele diz-te que não crê em Deus, tu podes ler-lhe toda uma biblioteca, onde diz que Deus existe e mesmo provar que Deus existe, mas ele não terá fé. Mas se perante este ateu tu dás testemunho de coerência de vida cristã, alguma coisa começará a trabalhar no seu coração. Será precisamente o teu testemunho aquilo que o levará a esta inquietude, sobre a qual trabalha o Espírito Santo. É uma graça que todos nós, toda a Igreja deve pedir: ‘Senhor, que sejamos coerentes’.”

(Rádio Vaticano)

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