segunda-feira, 31 de outubro de 2016

INFORMAÇÃO PAROQUIAL



HORÁRIOS DAS MISSAS PARA O DIA DE TODOS OS SANTOS 

 A Igreja não celebra a santidade de um cristão que se encontra no Céu, mas sim, de todos. Isto, para mostrar concretamente, a vocação universal de todos para a felicidade eterna.

Neste dia a Mãe Igreja faz este apelo a todos nós, seus filhos: “O apelo à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos.” “A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada” (CIC 2028).

Todos os santos de Deus, rogai por nós!


Dia 1 de Novembro

Alegrete -   9:30H

Esperança -  10:45H

Arronches-  12:00H

Degolados-  16:00H ( com ida ao Cemitério)

HORÁRIOS DAS CELEBRAÇÕES PARA O DIA DE FIÉIS DEFUNTOS

Dia 2 de Novembro

Esperança - 9:00H ( com ida ao cemitério)

Mosteiros - 10:30H ( com ida ao cemitério)

Arronches- 11:30H ( oração no cemitério)

Arronches - 12:00H ( Igreja Matriz)


Dia 4 de Novembro, primeira sexta- feira do mês, Adoração ao Santísimo em Arronches, na Igreja Matriz, às 17:30H

DIA DE TODOS OS SANTOS E FIÉIS DEFUNTOS


Foto de perfil de Antonino Dias


Aproxima-se o Dia de Todos os Santos e o Dia de Todos os Fiéis Defuntos. Porque estes dias são seguidos, pouco se reflete na santidade a que todos somos chamados. E a “santidade é o rosto mais bonito da Igreja, o seu aspeto mais belo: é redescobrir-se em comunhão com Deus, na plenitude da sua vida e do seu amor (…) não é uma prerrogativa só de alguns: é um dom oferecido a todos, sem excluir ninguém, e por isso constitui o cunho distintivo de cada cristão” (Francisco, 19/11/2014). Como sabemos, com a morte a vida não acaba. Apreciemos como o Papa Francisco se exprime sobre a morte na Exortação Apostólica sobre a Alegria do Amor:
“… Num determinado momento do luto, é preciso ajudar a descobrir que, embora tenhamos perdido um ente querido, existe ainda uma missão a cumprir e não nos faz bem querer prolongar a tristeza, como se isto fosse uma homenagem. A pessoa amada não precisa da nossa tristeza, nem é lisonjeiro para ela que arruinemos a nossa vida. E também não é a melhor expressão de amor lembrá-la e nomeá-la a cada momento, porque significa estar preso a um passado que já não existe, em vez de amar a pessoa real que agora se encontra no Além. A sua presença física já não é possível; é verdade que a morte é algo de poderoso, mas «forte como a morte é o amor» (Ct 8, 6). O amor possui uma intuição que lhe permite escutar sem sons e ver no invisível. Isto não é imaginar o ente querido como era, mas poder aceitá-lo transformado, como é agora. Jesus ressuscitado, quando a sua amiga Maria Madalena quis abraçá-Lo intensamente, pediu-lhe que não O tocasse (cf. Jo 20, 17) para a levar a um encontro diferente. Consola-nos saber que não se verifica a destruição total dos que morrem, e a fé assegura-nos que o Ressuscitado nunca nos abandonará. Podemos, assim, impedir que a morte «envenene a nossa vida, torne vãos os nossos afetos e nos faça cair no vazio mais escuro». A Bíblia fala de um Deus que nos criou por amor, e fez-nos duma maneira tal que a nossa vida não termina com a morte (cf. Sab 3, 2-3). São Paulo fala-nos dum encontro com Cristo imediatamente depois da morte: «tenho o desejo de partir e estar com Cristo» (Flp 1, 23). Com Ele, espera-nos depois da morte aquilo que Deus preparou para aqueles que O amam (cf. 1Cor 2, 9). De forma muito bela, assim se exprime o prefácio da Missa dos Defuntos: «Se a certeza da morte nos entristece, conforta-nos a promessa da imortalidade. Para os que creem em Vós, Senhor, a vida não acaba, apenas se transforma». Com efeito, «os nossos entes queridos não desapareceram nas trevas do nada: a esperança assegura-nos que eles estão nas mãos bondosas e vigorosas de Deus».
Uma maneira de comunicarmos com os seres queridos que morreram é rezar por eles. Diz a Bíblia que «rezar pelos mortos» é «santo e piedoso» (2Mac 12, 44.45). Rezar por eles «pode não só ajudá-los, mas também tornar mais eficaz a sua intercessão em nosso favor». O Apocalipse apresenta os mártires a interceder pelos que sofrem injustiça na terra (cf. 6, 9-11), solidários com este mundo em caminho. Alguns Santos, antes de morrer, consolavam os seus entes queridos, prometendo-lhes que estariam perto ajudando-os. Santa Teresa de Lisieux sentia vontade de continuar, do Céu, a fazer bem. E São Domingos afirmava que «seria mais útil, depois de morto (...), mais poderoso para obter graças». São laços de amor, porque «de modo nenhum se interrompe a união dos que ainda caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo; mas (...) é reforçada pela comunicação dos bens espirituais».
Se aceitarmos a morte, podemos preparar-nos para ela. O caminho é crescer no amor para com aqueles que caminham connosco, até ao dia em que «não haverá mais morte, nem luto, nem pranto, nem dor» (Ap 21, 4). Deste modo preparar-nos-emos também para reencontrar os nossos entes queridos que morreram. Assim como Jesus entregou o filho que tinha morrido à sua mãe (cf. Lc 7, 15), de forma semelhante procederá connosco. Não gastemos energias, detendo-nos anos e anos no passado. Quanto melhor vivermos nesta terra, tanto maior felicidade poderemos partilhar com os nossos entes queridos no céu. Quanto mais conseguirmos amadurecer e crescer, tanto mais poderemos levar-lhes coisas belas para o banquete celeste (AL255-258).

Dom Antonino Dias Bispo de Portalegre Castelo Branco 28-10-16

domingo, 30 de outubro de 2016

INFORMAÇÃO PAROQUIAL


D0031106.jpg


As aparições de Fátima são um acontecimento marcante na Igreja Católica, não apenas pela importância que assumiram para inúmeras pessoas e pela sua extensa divulgação no mundo, mas também pela sua íntima ligação à mensagem evangélica, pela profundidade com que marcam a vivência da fé de muitos dos católicos e pelo alcance profético dos seus apelos. A Igreja confirmou que elas apresentam uma proposta credível e válida de concretização da vida cristã.

No âmbito da celebração do Centenário das Aparições de Fátima, realizar -se-á um Encontro / Palestra, no próximo dia 5 de Novembro, sábado, no salão do centro paroquial, em Arronches, pelas 16:00H orientado por Orlando de Carvalho com o objectivo de:
Fomentar a reflexão sobre a mensagem de Fátima e as suas implicações para a vida cristã.
Desenvolver, à luz da mensagem de Fátima, subsídios de apoio à pastoral.
Apresentar sugestões para viver a espiritualidade de Fátima.


Venha participar! Contamos consigo!

BENDIREI ETERNAMENTE VOSSO NOME; PARA SEMPRE, Ó SENHOR O LOUVAREI!

https://www.youtube.com/watch?v=xo5otJvMrC4

sábado, 29 de outubro de 2016

Horários da Catequese em Arronches

CATEQUESE EM ARRONCHES  2016-17
- SALÃO PAROQUIAL-

Resultado de imagem para catequese

 Ano - 2ªs feiras  - 17:45h   - Júlia Adega / Celeste Rodrigues

2º Ano - 4ªs feiras -   17:45h  - Irmã Lurdes / Celeste Rodrigues

3º Ano  - 3ªs feiras -  17:45h  - Mª Júlia Ferreira/ Ana Maria Paulino

4º Ano   - Domingos  - 10:45h  - Miquelina Dias / Dulcina Santos

Resultado de imagem para catequese
5º Ano  - Domingos - 10:45h  - Mª do céu Mendes / Mª de Lurdes Mendes

6º Ano  - 5ªs feiras - 17:45h  - Júlia Adega / Miquelina Dias

8º Ano -  2ªs feiras - 17:00h  - Mª do Céu Mendes

10º Ano - 6ªs feiras - 19:15h - Mª de Lurdes Mendes

Lije - 6ªs feiras - 18:00h - Mª de Lurdes Mendes / Miquelina Dias



O Senhor é clemente e compassivo


https://www.youtube.com/watch?v=3fD01Wntx84

A liturgia deste domingo convida-nos a contemplar o quadro do amor de Deus. Apresenta-nos um Deus que ama todos os seus filhos sem excluir ninguém, nem sequer os pecadores, os maus, os marginais, os “impuros”; e mostra como só o amor é transformador e revivificador.
Na primeira leitura um “sábio” de Israel explica a “moderação” com que Deus tratou os opressores egípcios. Essa moderação explica-se por uma lógica de amor: esse Deus omnipotente, que criou tudo, ama com amor de Pai cada ser que saiu das suas mãos – mesmo os opressores, mesmo os egípcios – porque todos são seus filhos.
O Evangelho apresenta a história de um homem pecador, marginalizado e desprezado pelos seus concidadãos, que se encontrou com Jesus e descobriu n’Ele o rosto do Deus que ama… Convidado a sentar-se à mesa do “Reino”, esse homem egoísta e mau deixou-se transformar pelo amor de Deus e tornou-se um homem generoso, capaz de partilhar os seus bens e de se comover com a sorte dos pobres.
A segunda leitura faz referência ao amor de Deus, pondo em relevo o seu papel na salvação do homem (é d’Ele que parte o chamamento inicial à salvação; Ele acompanha com amor a caminhada diária do homem; Ele dá-lhe, no final da caminhada, a vida plena)… Além disso, avisa os crentes para que não se deixem manipular por fantasias de fanáticos que aparecem, por vezes, a perturbar o caminho normal do cristão.

Muitas vezes, percebemos certos males que nos incomodam como “castigos” de Deus pelo nosso mau proceder. No entanto, este texto deixa claro que Deus não está interessado em castigar os pecadores… Quando muito, procura fazer-nos perceber – com a pedagogia de um pai cheio de amor – o sem sentido de certas opções e o mal que nos fazem certos caminhos que escolhemos.
Ao longo do caminho, é preciso estar atento para saber discernir o certo do errado, o verdadeiro do falso, o que é um desafio de Deus e o que é o fanatismo ou a fantasia de algum irmão perturbado ou em busca de protagonismo. O caminho para discernir o certo do errado está na Palavra de Deus e numa vida de comunhão e de intimidade com Deus.
 

extracto de www.dehonianos.pt/

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Encontro de Núcleos de Escola - MCC

Movimento de Cursilhos de Cristandade

Resultado de imagem para cursilho cristandade
Realiza- se  um Encontro de Núcleos de Escola, no próximo dia 30, Domingo, pelas  15:00H, no Calvário em Nisa.
O Encontro terá a presença do Presidente do Secretariado Nacional, Saúl Quintas, que partilhará um tema de interesse para todos os elementos das Escolas.
Contamos com a presença de todos para reflectir em conjunto e ajudar a crescer o MCC.

DECOLORES.



quinta-feira, 27 de outubro de 2016

INFORMAÇÃO PAROQUIAL


https://www.youtube.com/watch?v=SZEAOGwMpfE


No próximo dia 29 de Outubro, último sábado do mês, retomamos a Oração de Taizé, na Casa Paroquial, às 20:30 H.
Ocorrerá mensalmente, no último sábado de cada mês.
Venha rezar connosco! Estão todos convidados.

O Reino de Deus é paz e justiça,
e gozo no Espírito Santo.
Cristo vem abrir em nós
as portas do teu Reino.
(Taizé)


Medicamento Genérico: GRATUIDADE.




Isto é um folheto informativo de um medicamento que todos os Humanos devem tomar se pretenderem ter alguma qualidade de vida…para a vida ou para prevenirem a morte… pessoal, profissional e espiritual.

Indicação do produto
GRATUIDADE


Substância ativa: Amor

Este medicamento contêm os seguintes excipientes: Respeito, Escuta, Entusiasmo, Segurança, Altruísmo, Experiência, Conhecimento, Alegria, Dádiva, Espiritualidade, Oração, Humanismo.

Quando deve ser tomado GRATUIDADE?

GRATUIDADE é um medicamento que deve ser tomado a vida inteira. É por isso um medicamento vitalício.

Posso tomar GRATUIDADE com outros medicamentos?


A GRATUIDADE pode alterar a reação de outros organismos e desencadear emoções. Pode ainda promover a construção da identidade ou arrepiar o espírito.

Posso conduzir veículos ou operar máquinas enquanto tomo GRATUIDADE?

Veículos sim mas máquinas não. Sob o efeito da GRATUIDADE só se pode conduzir pessoas. Este medicamento não causa sonolência. O doente mantem-se desperto e alerta. Os reflexos aumentam durante o tratamento.

Quando não se deve tomar GRATUIDADE?

Se for alérgico. Se for intolerante. Se estiver a dormir. Se for desanimado. Se estiver morto!

Efeitos Secundários de GRATUIDADE

Os efeitos da toma continuada de GRATUIDADE provoca pessoas persistentes, envolvidas, empenhadas, seguras, competentes, reconhecidas, amadas e fiéis. A sobredosagem deste medicamento provocará também nos doentes sabedoria e santidade. Fará deles seguidores de um cristianismo ativo e partilhado.

Se me esquecer de tomar GRATUIDADE?
Deus ou alguém me vai lembrar.

A GRATUIDADE tem efeitos desagradáveis?
Provoca raiva e comichão naqueles quo o não tomam.

Como devo guardar GRATUIDADE?
No coração ou à flor da pele.


Laboratórios: Imissio

Clara Castela (17-10-2016)

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

A vida acontece na promessa




"Só quem se dá se recebe, mais inteiro e verdadeiro, dos outros.Quem sai de si,encontra-se.Quem se gasta permanece. Porque o sentido da existência não é guardar avida que morre, mas construir a vida que não morre!"Pe. Rui Santiago CSSR - Ora vê





A vida é feita de promessas.
A vida é feita de juras eternas.
A vida é para se manter em compromisso.
Um compromisso que nos alimenta, que nos sustem, que nos faz caminhar...
Quantas vezes nos comprometemos com algo ou com alguém?
Quantas vezes nos dedicamos, verdadeiramente, àquilo a que nos propusemos?
As promessas são necessárias para que consigamos chegar às atitudes. Elas são essenciais para que aqueles que nos rodeiam percebam que estamos próximos.
Para que percebam que vivemos na concretização.
Para que saibam que tudo isto só faz sentido se conseguirmos realizar aquilo que numa primeira vez foi, somente, sonhado através das palavras. É disto que estamos a precisar nos nossos dias.
Que as promessas sejam cumpridas.
Que as promessas nos façam crescer e nos façam atingir um desenvolvimento total.
São elas que nos dão a capacidade de nos tornarmos leais com a nossa pessoa e com os outros.
Fazem-nos estar atentos.
Fazem-nos estar predispostos.
Faz-nos perceber que não podemos viver só em função do nosso próprio umbigo. Há muito mais para além dele.
São elas que nos acordam para aquilo de que a vida é feita realmente: de relações.
E não existem relações sem promessas.
Todo e qualquer tipo de relação é vivido através do comprometimento. Uma vida só pode estar em pleno se existirem relações verdadeiras.
Uma vida só pode ser vivida ao limite se todas as promessas forem sustentadas pelo amor.
Um amor sem preconceito.
Um amor sem medos.
Um amor dado genuinamente, sem pedir nem esperar nada em troca.
É preciso darmo-nos.
É preciso perdermo-nos nessa entrega total ao outro.
É assim que se cumpre.
É assim que se realiza aquilo que tantas vezes idealizamos.
Nada poderá ser cumprido se tudo se mantiver dentro de mim.
Nada poderá ser realizado se eu não soltar o que tenho para oferecer.
É preciso que nos comprometamos mais.
É preciso que nos deixemos levar nesta onda que nos fará sentir mais vivos que nunca.
Se quisermos que a nossa consciência seja leve, sejamos coerentes com aquilo que prometemos.
Se quisermos encontrarmo-nos, teremos de fazer acontecer as expectativas que criamos...
Não te deixes perder.
Não te desorientes.
Não te refugies.
Lembra-te que toda a promessa não perde validade.
Lembra-te que as melhores promessas são realizadas no silêncio.
Nunca te esqueças que a mais pequena promessa pode ser um verdadeiro mundo para alguém.
E tu bem sabes que já chega de destruir mundos...

Emanuel António Dias (14-10-2016) em   www.imissio.net/

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Jesus, conta comigo




Jesus, dá-me alegria quando me sinto triste.
Dá-me coragem quando eu tenho medo.
Dá-me paciência quando eu me enervo
E dá-me força para ajudar quem precisa.
Jesus, conta comigo que eu conto conTigo!

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Nada Temo


https://www.youtube.com/watch?v=XXwimd1RRhc

Desejamos que nesta semana a presença do Senhor no dia a dia de sua vida e na vida dos seus entes queridos os inunde na alegria da filiação divina...

domingo, 23 de outubro de 2016

O Senhor ouviu o clamor do pobre.


Nossa Humilde Prece


https://www.youtube.com/watch?v=qcw7uS8-dZs

O fariseu e o publicano!

O fariseu tinha uma posição muito linda para rezar: de braços abertos, bem à frente, no templo!
Seu orgulho, porém, fechava-lhe a alma para as coisas de Deus.
Deus resiste a um coração orgulhoso! Não dá a Graça a quem não reconhece seus pecados.
Jesus aprova os gestos do publicano que, humilde, não julgava ninguém mas a si mesmo, apresentando-se como pecador, mas confiante na bondade e misericórdia do Pai.

Um homem que veio de muito longe


https://www.youtube.com/watch?v=N6Mgy8Jxj8w

Foi inspirado nesse "homem vindo de longe" que o célebre e popular cantor e compositor italiano Amedeo Minghi escreveu a letra desta canção que compartilhamos abaixo. No vídeo,  assiste a momentos marcantes e eternos do pontificado de São João Paulo II, o que "homem que se aproximava", enquanto acompanha, logo abaixo, a letra original em italiano e sua tradução ao português.



UN UOMO VENUTO DA MOLTO LONTANO
Um homem que veio de muito longe
(Amedeo Minghi)


Un uomo venuto da molto lontano
Um homem que veio de muito longe

Negli occhi il ricordo dei campi di grano
Nos olhos a lembrança dos campos de trigo

Il vento di Auschwitz portava nel cuore
Trazia no coração o vento de Auschwitz

E intanto scriveva pesie d’amore
No entanto, escrevia poesias de amor

Amore che nasce dentro il cuore dell’uomo
Amor que nasce dentro do coração do homem

Per ogni altro uomo.
Por cada um dos demais homens.

Un uomo venuto da molto lontano
Um homem que veio de muito longe
Stringeva il dolore e un libro nella mano
Apertava a dor e um livro na mão
Qualcuno ha sparato ed io quel giorno ho pianto
Alguém atirou e naquele dia eu chorei

Ma tutto il mondo gli è rimasto accanto
Mas todo o mundo ficou do seu lado

Quel giorno il mondo ha ritrovato il cuore
Naquele dia o mundo reencontrou o coração

La verità non muore.
A verdade não morre.

Un uomo che parte, vestito di bianco
Um homem que parte, vestido de branco

Per mille paesi e non sembra mai stanco
Por mil países e nunca parece cansado

Ma dentro i suoi occhi un dolore profondo
Mas dentro dos olhos uma dor profunda

Vedere il cammino diverso del mondo
Ver o caminho diferente do mundo

La guerra e la gente che cambia il suo cuore
A guerra e as pessoas que mudam o coração

La verità che muore.
A verdade que morre.

Va’, dolce grande uomo, va’.
Vai, doce grande homem, vai.

Va’, parla della libertà.
Vai, fala da liberdade.

Va’ dove guerra, fame e povertà hanno ucciso anche la dignità.
Vai onde guerra, fome e pobreza mataram até a dignidade.

Va’ e ricorda a questo cuore mio che Caino sono pure io.
Vai e lembra a este meu coração que eu também sou Caim.

Dall’Est è arrivato il primo squillo di tromba
Do Leste chegou o primeiro toque da trombeta

Il mondo si ferma; c’è qualcosa che cambia
O mundo para; há alguma coisa mudando

Un popolo grida: Noi vogliamo Dio, la libertà è solo un dono suo!
Um povo grita: Nós queremos Deus, a liberdade é só uma dádiva dele!

Tu apri le braccia e incoraggi i figli ad essere fratelli.
Tu abres os braços e encorajas os filhos a serem irmãos.

Va’, dolce grande uomo, va’.
Vai, doce grande homem, vai.

Va’, parla della libertà.
Vai, fala da liberdade.

Va’ dove l”uomo ha per sorella solo lebbra e mosche sulle labbra.
Vai onde o homem tem por irmã somente a lepra e moscas sobre os lábios.

Va’ e ricorda a questo cuore mio che Caino sono pure io.
Vai e lembra a este meu coração que eu também sou Caim.



sábado, 22 de outubro de 2016

12 fatos surpreendentes da fascinante vida de São João Paulo II





Hoje a Igreja celebra São João Paulo II, o Papa da família e peregrino

Aqui estão 12 coisas surpreendentes da fascinante vida de São João Paulo II que talvez você desconheça:


1 – Aos 15 anos quase morreu por um disparo acidental

Um amigo estava te mostrando uma arma que achava estar descarregada. Quando o amigo apertou o gatilho, próximo a ele, a arma disparou. Felizmente (ou milagrosamente) a bala o atingiu de raspão.


2. Teve uma ”namorada” judia em sua juventude

Seu nome era Ginka Beer e era ”uma bela judia, com olhos estupendos e cabelo preto, fino, uma atriz magnífica.” Embora não possa descrever com precisão o vínculo entre Karol Wojtyla e Ginka, ela foi a primeira e provavelmente a única com quem teve uma relação romântica.

3. Foi ator e dramaturgo

Era membro de uma companhia de teatro e considerava a atuação como carreira antes de descobrir sua vocação ao sacerdócio.

4. Com 21 anos de idade já havia perdido todos os seus familiares

Sua mãe morreu quando ele tinha 8 anos por complicações no parto, seus três irmãos morreram durante sua infância, e seu pai morreu de um ataque do coração quando tinha 21 anos.

5. Foi atropelado por um caminhão nazista durante a Segunda Guerra Mundial

Em fevereiro de 1944, quando voltava para casa do trabalho, ele foi atingido por um caminhão alemão. Os oficiais alemães pararam e, ao ver que estava inconsciente e gravemente ferido, pararam um carro que estava passando e usaram como ambulância e o levaram para o hospital. Passou duas semanas internado. A terrível experiência, e sua surpreendente recuperação, confirmaram seu chamado ao sacerdócio.

6. Foi preso por soldados nazistas e escapou escondendo-se atrás de uma porta

Em agosto de 1944, durante um levantamento polaco, soldados nazista procuraram por toda a sua cidade para prender todos os homens jovens.
Ao entrar em sua casa, escondeu-se atrás de uma porta. Os soldados revistaram a casa, mas não o encontraram e se foram. Depois disso, se escondeu na residência de seu arcebispo, onde permaneceu até o final da guerra.

7. Participou do Concílio Vaticano II como bispo e ajudou a redigir vários documentos
Colaborou na redação do texto final da Dignitatis Humanae; no Decreto sobre a liberdade religiosa; e na Gaudium et spes, a Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo atual.

8. Foi o primeiro Papa não italiano desde o século XVI

João Paulo II era polonês e desde então não tivemos mais um papa italiano. Seus sucessores foram Bento XVI, um alemão; e Francisco, argentino.

9. Como Papa falou 9 idiomas com fluidez

Sabia polonês, latim, grego antigo, italiano, francês, alemão, inglês, espanhol e português. Em sua juventude esteve familiarizado com uns 12 idiomas.

10. Visitou 129 países durante seu pontificado

Isto o transformou em um dos líderes mundiais que mais viajou na história e o fez ganhar o apelido de ”Papa Peregrino”.

11. Beatificou e canonizou mais pessoas que o resto dos papas que o antecederam… juntos!

Beatificou 1.340 pessoas e canonizou 483. Esses números superam todos os beatos e santos canonizados por todos os Papa anteriores a ele na história da Igreja.

12. Foi herói de um HQ da Marvel nos anos 80.

Sim, leu bem! E não estava só: Madre Teresa de Calcutá e São Francisco de Assis também protagonizaram livros de histórias.

São João Paulo II, rogai por nós!!!



Esse artigo foi publicado originalmente pelo site ChurchPOP

Igreja: «Outubro missionário» desafia batizados ao anúncio «sem distinções socioculturais»



Dia Mundial da Missões é celebrado este domingo precedido por uma vigília de oração

(Ecclesia) – O presidente dos Institutos Missionários Ad Gentes (IMAG) destaca o desafio que é o sonho de chegar a todos, “sem distinções socioculturais, rompendo fronteiras, construindo pontes, aproximando pessoas”, na sua mensagem no Guião Missionário 2016/2017.

“Viver e celebrar a missão é proclamar continuamente a misericórdia e transformar a vida quotidiana num tempo de graça e de paz, impelidos por um desejo de conversão e um sentimento de alegria que contagie a todos”, escreve o padre António Fernandes.

O presidente dos IMAG considera um “enorme desafio” que todos os batizados têm em serem verdadeiros canais da misericórdia do Pai que, alcançando-nos, não nos deixa indiferentes, nos impulsiona a partir e a proclamar a Boa Notícia do Evangelho.

Segundo o padre António Fernandes, missionário da Consolata, e no contexto do tema deste mês - Com Maria missionários da misericórdia – assinala que com Nossa Senhora caminha-se “ao encontro do Outro” iluminados pelo Espírito: “A vida crescerá e será envolvida pela alegria do encontro, o calor do abraço terno e fraterno, a doçura da palavra partilhada, a beleza da mesa, onde todos podem sentar-se e sentir-se em casa.”

O guião do ‘Outubro Missionário’ disponibiliza várias propostas de oração e celebração como a vigília missionária e o rosário; a ‘Via Sacra com os Mártires’, pelo arcebispo de Évora, D. José Alves, e uma proposta para a Infância Missionária que através de três passos leva “as crianças a reconhecer o seu caminho missionário” de serem evangelizadores de outras crianças.

No subsídio é apresentada também a mensagem ‘Igreja missionária, testemunha de misericórdia’ que o Papa Francisco escreveu para o 90.º Dia Mundial das Missões 2016, onde considera que o Jubileu Extraordinário da Misericórdia convida a olhar a missão ad gentes “como uma grande, imensa obra de misericórdia quer espiritual quer material”.

O presidente da Comissão Episcopal Missões, o bispo D. Manuel Linda, também escreveu uma mensagem e o tema do ano é apresentado pelo professor universitário Juan Ambrósio que partilha “notas breves, para uma leitura” da Exortação Apostólica Pós-Sinodal do Papa Francisco ‘A alegria do amor’, dedicada à família.

A Centenário das Aparições de Fátima (2017) também está presente nas páginas centrais do Guião Missionário 2016/2017.

“Celebrar o Centenário das Aparições é, por isso, oportunidade preciosa para valorizar o dinamismo missionário inerente, quer à devoção mariana, quer à mensagem de Fátima, deixando-nos conduzir pelo Imaculado Coração de Maria até Deus”, assinala o artigo.

Disponível no sítio online das Obras Missionárias Pontifícias (OMP), o guião para o mês dedicado às missões termina com a sugestão de preces diárias para cada um dos 31 dias do ‘Outubro missionário’.

As OMP explicam que o mês missionário tem origem no Dia Mundial das Missões, que se celebra este domingo, dia 23, e a data foi instituída pelo Papa Pio XI em 1926, como um “dia de oração e ofertas em favor da evangelização dos povos”.

CB/OC

Fariseu ou Publicano


https://www.youtube.com/watch?v=FMqU5fyJjMY

A liturgia deste domingo ensina-nos que Deus tem um “fraco” pelos humildes e pelos pobres, pelos marginalizados; e que são estes, no seu despojamento, na sua humildade, na sua finitude (e até no seu pecado), que estão mais perto da salvação, pois são os mais disponíveis para acolher o dom de Deus.

A primeira leitura define Deus como um “juiz justo”, que não se deixa subornar pelas ofertas desses poderosos que praticam injustiças na comunidade; em contrapartida, esse Deus justo ama os humildes e escuta as suas súplicas.

O Evangelho define a atitude correcta que o crente deve assumir diante de Deus. Recusa a atitude dos orgulhosos e auto-suficientes, convencidos de que a salvação é o resultado natural dos seus méritos; e propõe a atitude humilde de um pecador, que se apresenta diante de Deus de mãos vazias, mas disposto a acolher o dom de Deus. É essa atitude de “pobre” que Lucas propõe aos crentes do seu tempo e de todos os tempos.

Na segunda leitura, temos um convite a viver o caminho cristão com entusiasmo, com entrega, com ânimo – a exemplo de Paulo. A leitura foge, um pouco, ao tema geral deste domingo; contudo, podemos dizer que Paulo foi um bom exemplo dessa atitude que o Evangelho propõe: ele confiou, não nos seus méritos, mas na misericórdia de Deus, que justifica e salva todos os homens que a acolhem.

A oração do pobre e do desvalido chega sempre aos ouvidos de Deus… Deus não vira, nunca, as costas a quem chama por Ele e vê n’Ele a esperança e a salvação. Isto é algo que eu devo ter sempre presente, nomeadamente nos momentos mais dramáticos da minha existência, quando tudo cai à minha volta. A Palavra de Deus que hoje nos é oferecida garante-nos: Deus escuta a oração do pobre (e, no contexto bíblico, dizer que “escuta” significa dizer que Ele se prepara para intervir e para trazer àquele que sofre a libertação e a vida).

Deus não é um contabilista, uma simples máquina de recompensas e de castigos, mas que é o Deus da bondade, do amor, da misericórdia, sempre disposto a derramar sobre o homem a salvação (mesmo que o homem não mereça) como puro dom. A única condição para “ser justificado” é aceitar humildemente a oferta de salvação que Ele faz.

• A atitude de orgulho e de auto-suficiência, a certeza de possuir qualidades e méritos em abundância, acaba por gerar o desprezo pelos irmãos. Então, criam-se barreiras de separação (de um lado os “bons”, de outro os “maus”), que provocam segregação e exclusão… Isto acontece com alguma frequência nas nossas comunidades cristãs (e até em muitas comunidades religiosas). Como entender isto, à luz da parábola que Jesus hoje nos propõe?

 extractos de  www.dehonianos.pt/

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O decálogo do catequista misericordioso


O decálogo do catequista misericordioso

Um catequista não é uma pessoa que se fecha na sua bolha, disparando julgamentos amargos contra a sociedade



A homilia do Papa Francisco na Missa do Jubileu dos Catequistas, durante este Ano da Misericórdia, nos propõe uma espécie de “decálogo” do catequista misericordioso:
O catequista, a exemplo de São Paulo, anuncia o essencial da fé, o primeiro anúncio: que “o Senhor Jesus ressuscitou, o Senhor Jesus te ama e deu a vida por ti; ressuscitado e vivo, Ele está do teu lado e te espera todos os dias”; Ele “te ama pessoalmente”.
O catequista da misericórdia sabe que “se anuncia o Deus-Amor amando: não forçando ou impondo a verdade, nem agarrando-se com rigidez a uma obrigação religiosa ou moral”.
O catequista da misericórdia não fica nas aparências nem é indiferente, ao contrário de quem “olha com deferência para as pessoas famosas, de alto nível, admiradas pelo mundo, enquanto desvia os olhos de tantos Lázaros de hoje, dos pobres e dos que sofrem, dos que são os prediletos do Senhor”.
O catequista da misericórdia constrói a história saindo de si mesmo, porque “se anuncia Deus encontrando as pessoas, levando em conta a sua história e o seu caminho”.
O catequista da misericórdia anuncia Cristo “através do testemunho simples e veraz, com a escuta e o acolhimento, com a alegria que se difunde”, porque “o Senhor não é uma ideia, e sim uma pessoa viva”.
O catequista da misericórdia anuncia Cristo com alegria e coerência: “Não se anuncia Jesus direito quando se está triste; nem se transmite a beleza de Deus fazendo apenas bonitos sermões”.
O catequista da misericórdia anuncia Cristo na caridade e com criatividade: “Anuncia-se o Deus da esperança vivendo hoje o Evangelho da caridade, sem medo de dar testemunho dele com novas formas de anúncio”.
O catequista da misericórdia anuncia Cristo com humildade e espírito de serviço, pois, “como servidores da palavra de Jesus, somos chamados a não fazer alarde de aparências e a não buscar a própria glória”.
O catequista da misericórdia anuncia Cristo de modo positivo e otimista, pois “não somos profetas de desgraças que se alegram de denunciar perigos; não somos pessoas que se fecham na sua bolha, disparando julgamentos amargos contra a sociedade, a Igreja, contra tudo e todos, contaminando o mundo de negatividade. O ceticismo queixoso não é próprio de quem tem familiaridade com a Palavra de Deus”.
O catequista da misericórdia anuncia Cristo com abertura e proximidade, porque “aquele que proclama a esperança de Jesus é portador de alegria e sabe ver mais longe; tem horizontes, não um muro que o encerra; vê mais longe porque sabe olhar além do mal e dos problemas. Ao mesmo tempo, vê bem de perto, pois está atento ao próximo e às suas necessidades”.



Manuel Maria Bru, Delegado Episcopal de Catequese de Madri, Espanha

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Nota Pastoral para a Semana Nacional da Educação Cristã

Nota Pastoral para a Semana Nacional da Educação Cristã
21 - 30 de outubro de 2016

 

EDUCAR - PROPOR O CAMINHO
PARA UMA VIDA PLENA

 
A educação integral é essencial para promover o desenvolvimento harmonioso das pessoas e para alicerçar a justiça, a paz e o bem-estar das sociedades. Portanto, é pela educação que podemos preparar um futuro com esperança.

Por isso, educar é uma tarefa gratificante sem deixar de ser complexa e árdua, nomeadamente no nosso tempo. Assim o reconhece o Papa Francisco na Exortação “A Alegria do Amor” em que dedica um capítulo à missão educativa da família (Cap VII: Reforçar a educação dos filhos).
Perante os desafios da sociedade atual, o papel dos educadores (pais, encarregados de educação, professores, catequistas) não pode ser o de controlar ou de resolver todos os problemas mas “gerar processos de amadurecimento da liberdade dos filhos, de preparação, de crescimento integral, de cultivo da autêntica autonomia” (AL 261). Deste modo, “a educação para a maturidade comporta a tarefa de promover liberdades responsáveis que, nas encruzilhadas, saibam optar com sensatez e inteligência” (AL 262).
Perante esta emergência da educação todos temos a missão de colaborar. Em nome da Igreja, apoiados pelo seu rico património espiritual, humanista e moral, queremos dar o nosso contributo, apresentando alguns critérios em ordem a educar para o desenvolvimento pessoal integral e para a participação livre e responsável na construção de uma sociedade justa e fraterna.

1. Educar é pôr a caminho
Educar é conduzir no caminho do bem e da verdade, como concretiza Bento XVI de forma feliz:“Educar significa conduzir para fora de si mesmo ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz crescer a pessoa” (Mensagem do dia da paz, 1 de janeiro de 2012, 2).
Deste modo, educar não é apenas atingir uma determinada etapa ou patamar: boas classificações escolares; concluir um curso; chegar à celebração de um sacramento. Encontramos, frequentemente, esta perspetiva estática de educação. A educação, porém, é dinâmica, é aprender a caminhar, a progredir, a crescer continuamente para a plenitude. Fazer caminho é dar passos, treinar ritmos, aprender com as novas experiências de cada idade, pois o caminho faz-se caminhando. Cada etapa precisa de ter continuidade, orientar para novas etapas, sem perder de vista a meta – o desenvolvimento pleno e integral. Fixar-se numa etapa é instalar-se, é deixar de crescer, de olhar para o futuro e enfraquecer no compromisso de o preparar.

O objetivo que todos procuramos na vida é a felicidade. E onde a encontramos? Como muitas vezes repetiu, de forma viva, o Papa Francisco nas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) em Cracóvia (julho 2016), a felicidade não está no sofá e nos videojogos mas em fazer caminho que abra novos horizontes à vida e nos leve a testemunhar a misericórdia aos mais pobres e débeis:
“não viemos a este mundo para vegetar, para fazer da vida um sofá que nos adormeça; viemos para deixar marca. É muito triste passar pela vida sem deixar uma marca. Mas quando escolhemos a comodidade, confundindo felicidade com consumo, então perdemos a liberdade”.

2. Educar é propor referências
Para fazer caminho precisamos de definir uma direção e escolher um guia. Uma das lacunas da educação é a ausência de referências que permitam o discernimento entre a retidão e os desvios, entre o bem e o mal.
Na educação cristã temos Jesus Cristo como referência e guia do caminho novo. Ele veio trazer-nos a vida em plenitude (Cf Jo 10,10) e esta é a meta que temos em vista alcançar. Ele chama-nos a segui-Lo e acompanha-nos no caminho, apoiando-nos com a sua graça. Por isso, o caminho do Senhor está ao alcance de todos. Como afirmou o Papa Francisco nas referidas Jornadas, “Jesus deseja aproximar-se da vida de cada um, percorrer o nosso caminho até ao final, para que a sua vida e a nossa se encontrem realmente”.

A vida exemplar de Jesus é continuada e concretizada por muitos homens e mulheres que n’Ele encontraram o paradigma do homem novo e, após esse encontro, tornaram-se melhores. Na história do cristianismo encontramos uma “nuvem de testemunhas” (Heb 12, 1) que enriquecem o nosso património de referências concretas da fé cristã.
Também hoje à nossa volta podemos descobrir muitas testemunhas admiráveis da fé que, pela sua bondade e retidão, mostram como o Evangelho é uma força para o bem e uma luz que ilumina na escuridão. Fixar os olhos em Jesus e naqueles que O seguem e continuamente se renovam, leva-nos a descobrir as nossas distâncias e fragilidades e a esforçarmo-nos por superá-las.
Não há caminho para a perfeição sem esforço e sem luta, não há opções pela verdade e pela novidade cristã sem renúncia aos impedimentos e obstáculos que moram em nós e dificultam o progresso na luz e na perfeição.
Na matriz cristã, a educação encontra uma ligação com a realidade e um enraizamento concreto na história humana. Não é proposta de teorias ou doutrinas mas de exemplos de pessoas concretas e de acontecimentos históricos, de uma memória rica de séculos que nos ajuda a estar atentos aos sinais dos tempos, a interpretar o presente e construir um futuro melhor.

3. Educar é promover a fraternidade e a comunidade
Jesus aproximou-se de nós para nos ensinar a ser próximos uns dos outros. Dedica-nos um amor pessoal e manda-nos amar o próximo, a pessoa concreta que precisa de nós. A educação cristã tem necessariamente uma dimensão comunitária, pois Jesus veio ao nosso encontro para nos congregar como a grande família dos filhos de Deus.
Nesta linha, a educação deve promover o diálogo e a integração, procurar o que nos une e não o que separa; construir pontes e evitar ruturas; não se deixar tentar pela mentalidade maniqueísta que divide a sociedade em bons e maus, julgando como maus “os outros que não pensam como nós”.
Nas fontes do cristianismo é constante e veemente o apelo à união, à reconciliação, à paz e ao serviço fraterno. A divisão e os conflitos são entendidos como uma contradição com a fé. O grande sinal que identifica o cristão é o amor, a misericórdia, o serviço aos mais humildes e desprotegidos.
Por isso, devemos alertar contra todas as propostas que, ainda hoje, criam barreiras e fomentam agressividade. Se queremos construir um mundo solidário em que todos se sintam acolhidos, respeitados e integrados temos de rejeitar a indiferença, a agressividade, a luta de classes, a violência … e cultivar a fraternidade, o diálogo, a compreensão e as relações cordiais. Assim esclareceu o Papa Francisco aos jovens: “a nossa resposta a este mundo em guerra tem um nome: chama-se fraternidade, chama-se irmandade, chama-se comunhão, chama-se família” (JMJ, 2016).

4. Educar é formar agentes de mudança e de transformação social
O pleno desenvolvimento da pessoa alcança-se também pelo contributo que presta para melhorar a sociedade, pelo rasto de amor e de paz que deixa no seu meio ambiente. Educar é incentivar a sonhar um mundo novo, mais justo e fraterno, e a entregar-se, corajosamente, ao serviço deste sonho.
Como recomendou o Papa em Cracóvia: “Para seguir a Jesus é preciso ter uma boa dose de coragem e decidir-se a trocar o sofá por um par de sapatos que ajudem a caminhar (…) pelas estradas do nosso Deus que nos convida a ser atores políticos, pessoas que pensam, animadores sociais” (JMJ 2016).
Jesus é o pastor que nos orienta no caminho que leva à plenitude, à alegria, ao amor e à paz. Oferece-nos o evangelho para ser o “nosso navegador” no caminho da vida. Ampara-nos com o seu cajado de pastor, ou seja, com a força da sua graça que ajuda a vencer o mal. É o verdadeiro mestre de vida que nos transmite a arte de bem viver, é o caminho para a verdade, para a beleza e para a bondade, para a vida em plenitude.
A luz de Jesus chega até nós, de forma mais próxima e concreta, através das testemunhas da fé que se guiaram por Ele e refletem a sua luz para a nossa vida. Entre todas tem um lugar de especial relevo Maria sua Mãe.
Também ela peregrinou na fé e se entregou ao serviço de um mundo novo. Ao celebrarmos o centenário das suas aparições em Fátima demos graças a Deus pela sua visita e pela mensagem de salvação que nos veio trazer e aprendamos com ela, estrela de um novo dia, a orientar os nossos passos pela luz do evangelho de Seu Filho.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Portugal: 16 mil crianças e jovens participaram em jornada mundial de oração pela paz


Créditos: Fundação AIS

Iniciativa organizada pela Fundação Ajuda a Igreja que Sofre que destaca a «enorme adesão» das comunidades nacionais


Lisboa, 19 out 2016 (Ecclesia) – 16 mil crianças e jovens portugueses participaram esta terça-feira na jornada mundial de oração pela paz, promovida pela Fundação Ajuda a Igreja que Sofre.

Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a organização humanitária católica destaca a “enorme adesão” que a iniciativa teve em Portugal, mobilizando várias “escolas, paróquias e movimentos”.

O evento, que congregou os 22 secretariados internacionais da AIS, teve como especial intenção a paz na Síria, e contou com a participação de comunidades de Itália, da Alemanha, dos Estados Unidos da América, da Austrália, do Paquistão, entre outras nações.

“Milhares de crianças rezaram o terço implorando a proteção da Virgem Maria e o dom da paz para o mundo, muito especialmente para a Síria e para a cidade mártir de Alepo”, conta a AIS.

Alepo tem de facto sido uma das regiões mais afetadas pela guerra civil que há mais de cinco anos dilacera a Síria, e que já causou centenas de milhares de mortos.

Esta terça-feira, dia da oração pela paz, “por coincidência ou não, o dia foi de tréguas”, assinala a Fundação Ajuda a Igreja que Sofre.

Os combates e bombardeamentos aéreos, quer do lado do exército afeto ao Governo de Bashar al-Assad quer do lado dos rebeldes, estiveram “suspensos durante cerca de oito horas”.

Uma trégua que, segundo a Rússia, país aliado do regime sírio, teve na sua origem “permitir a saída de civis da cidade, especialmente das pessoas doentes e feridas”.

Inicialmente, esta pausa estava marcada para quinta-feira (20 de outubro) mas foi antecipada 48 horas, “coincidindo” assim com a jornada mundial de oração pela paz da AIS.

JCP

Sofrimento, presente de Deus?


Sofrimento, presente de Deus?

Se fomos criados para a felicidade, por que Deus permite que soframos?



A pessoa humana foi criada para a felicidade. Ninguém gosta de tristeza, sofrimento ou dor. Porém, tais movimentos nos levam a pensar sobre nossa atitude diante do sofrimento e da dor. É possível tomar consciência de que o sofrimento está presente no mundo em múltiplas formas e manifestações e, que não podemos fugir dele de forma alguma. Sendo assim, resta-nos três caminhos: a revolta, a indiferença ou a aceitação. A revolta leva a pessoa ao desespero; a indiferença nos torna estáticos, deterministas, estoicos; a aceitação comunica-nos a paz e alegria profundas próprias do cristãos: seguidores e imitadores de Jesus Cristo.

O sofrimento na Biblia

O homem bíblico, desde o Gênesis ao Apocalipse, pergunta-se por que o sofrimento e como libertar-se dele. Antes da vinda de Jesus o sofrimento aparece como uma estrada sem saída, fruto do pecado e como castigo de Deus pelo bem não realizado. O grito que perpassa toda a Sagrada Escritura é o pedido a Deus que nos liberte da dor e que nos dê a força necessária para suportá-la. Os salmos são o livro do homem sofredor que, na sua breve existência, depara-se com todo tipo de dor: física, moral, espiritual, a solidão, o abandono dos amigos, a lepra que devasta, a perseguição dos inimigos…O livro de Jó, que podemos considerar como o grande tratado antropológico da dor, faz-nos ainda mais críticos diante do sofrimento.

O sentido de impotência que nos advém quando nos deparamos com a dor deixa-nos ainda mais angustiados. O que fazer diante das pessoas que sofrem, e como reagir diante do nosso próprio sofrimento? Se Deus-amor não quer que o homem sofra, por que permite o sofrimento? São perguntas que, provavelmente, nunca terão uma resposta que nos deixe totalmente satisfeitos.
A repugnância à dor está inscrita no nosso coração e todos somos chamados a lutar contra ela. Superar a dor é caminho promissor para se chegar à felicidade plena.

Jesus nos ensina a amar a cruz

O encontro com Jesus de Nazaré, o amor que tenho para com Ele, a leitura do Evangelho e o desejo de imitar sua vida têm-me feito compreender melhor o caminho da dor. Aliás, fora de Jesus, não creio que encontremos resposta para coisa alguma. A vida tende para Jesus e por Ele somos atraídos e seduzidos. Contemplando-o nos vários momentos de sua existência terrena sabemos descobrir o caminho novo. A novidade trazida por Jesus é que Ele encerra o tempo das promessas e abre o tempo da realidade. Ele nos ensina como viver, amar, sofrer, morrer e ressuscitar.

A grandeza de Jesus é que Ele, encarnando-se, assumiu a nossa natureza humana plena, total, com todas as limitações, menos o pecado. De fato, o pecado não faz parte da natureza humana, ele entrou no mundo pela desobediência. Alguém como Jesus, que nunca desobedeceu ao projeto do Pai, não poderia ter o pecado na sua humanidade. Ele “se fez pecado” por nós e nos redimiu de todos os nossos pecados.

O projeto trazido por Jesus é libertar o homem do pecado, e para que isso possa acontecer Ele iniciou a sua história entre nós através do caminho da cruz e do sofrimento.

“Jesus tinha a condição divina, e não considerou o ser igual a Deus como algo a que se apegar ciosamente. Mas esvaziou-se a si mesmo, e assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana. E, achado em figura de homem, humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso Deus o sobre exaltou grandemente e o agraciou com o Nome que é sobre todo o nome, para que, ao nome de Jesus, se dobre todo o joelho dos seres celestes, dos terrestres e dos que vivem sob a terra, e, para glória de Deus, o Pai, toda língua confesse: Jesus é o Senhor.” (Fil 2,6-12).

O nascimento, a fuga ao Egito, o trabalho em Nazaré, as incompreensões por parte do povo, dos seus seguidores e do poder constituído em Israel, formam a história de dor de Jesus, que tem o cume na morte de cruz. O caminho apresentado por Jesus aos seus seguidores é: renúncia de si mesmo, carregar a cruz e seguí-lo no seu nomadismo, onde não tem nem uma pedra para reclinar a cabeça… O amor à paixão de Jesus não é opcional na vida cristã, mas necessário para poder compreender o sentido da vida de Jesus.

Através da leitura do Evangelho, compreendemos que Jesus não queria sofrer e que em momento algum provocou o sofrimento, seu ou dos outros, e que fez o possível para aliviar a dor dos outros. Ele mesmo “gemeu e suplicou” ao Pai que o libertasse da cruz, do beber o cálice e da morte. Mas, consciente que era possível salvar a humanidade por este caminho, Ele assume a dor com a alegria interior de quem realiza na fidelidade a vontade do Pai.

Tenho encontrado muitas pessoas esmagadas pela dor e interiormente felizes. Uma das frases que ajudam-me a compreender o sentido da dor é de Santa Teresinha: “Cheguei a um ponto em que o sofrimento me dá alegria”. A alegria de participar ativamente da paixão de Jesus. É o amor que leva a dar toda a vida pelo outro. É o amor do Pai que envia seu Filho Jesus. É o amor do Espírito Santo que consagra Jesus na sua missão e o amor de Jesus que dá toda a sua vida para nossa libertação e salvação. A força do amor é sempre maior do que qualquer sofrimento e, no amor, o sofrimento se faz alegria e vida.

O amor por Jesus gera os mártires da Igreja em todos os tempos e em todos os lugares do mundo. O sofrimento é possível entender na dimensão do amor: “Não há maior amor do que dar a vida por aquele que se ama”. O servo sofredor de Javé, o Cordeiro manso levado ao matadouro apresentado por Isaías se faz realidade na pessoa do Verbo encarnado que, por amor, não volta atrás, mas oferece o seu rosto para que lhe arranquem a barba. Quando o peso das minhas “cruzinhas” se faz pesado aos meus frágeis ombros, o que mais gosto é de contemplar o crucifixo e saber que Ele, o Cristo, por amor morreu por mim. É nesse momento que a dor se faz leve e fonte de uma alegria imensa e incompreensível.


“O sofrimento não me é desconhecido. Nele encontro a minha alegria, porque na cruz se encontra Jesus e Ele é amor. E que importa sofrer quando se ama?” (Santa Teresa de los Andes)

À luz de Jesus se entende a dor como fruto de amor e presente de Deus. Todos os santos, os grandes místicos nascidos do encontro com Jesus, pedem a dor como participação do sofrimento. A purificação é consequência do amor. Deus nos purifica porque nos ama, e existe em nós o desejo de nos purificar para “vermos desde já a Deus”. O concílio Vaticano II, na constituição Gaudium et Spes, coloca em destaque como não é possível resolver os problemas existenciais, como o sofrimento, sem Jesus.

“Na verdade, os desequilíbrios que atormentam o mundo moderno se vinculam com aquele desequilíbrio mais fundamental radicado no coração do homem. Com efeito, no próprio homem muitos elementos lutam entre si. Enquanto, de uma parte, porque criatura, experimenta-se limitado de muitas maneiras, por outra parte, porém, sente-se ilimitado nos seus desejos e chamado a uma vida superior. Atraído por muitas solicitações, é ao mesmo tempo obrigado a escolher entre elas renunciando a algumas. Pior ainda: enfermo e pecador, não raro faz o que não quer, não fazendo o que desejaria. Em suma, sofre a divisão em si mesmo, da qual se originam tantas e tamanhas discórdias na sociedade. Certamente muitíssimos, cuja vida se impregnou de materialismo prático, afastam-se da percepção clara deste estado dramático, ou, oprimidos pela miséria, são impedidos de considerá-lo. Muitos pensam encontrar tranquilidade nas diversas explicações do mundo que lhes são propostas. Outros porém esperam uma verdadeira e plena libertação da humanidade somente pelo esforço humano. Estão persuadidos de que o futuro reino do homem sobre a terra haverá de satisfazer todos os desejos de seu coração. Não faltam os que, desesperados do sentido da vida, louvam a audácia daqueles que, julgando a existência humana desprovida de qualquer significado peculiar, esforçam-se por lhe atribuir toda significação só do próprio engenho. Contudo, diante da evolução actual do mundo, cada dia são mais numerosos os que formulam perguntas primordialmente fundamentais ou as percebem com nova acuidade. O que é o homem? Qual é o significado da dor, do mal, da morte que, apesar de tanto progresso conseguido, continuam a subsistir? Para que aquelas vitórias adquiridas a tanto custo? O que pode o homem trazer para a sociedade e dela esperar? O que se seguirá depois desta vida terrestre?” (Gaudim et Spes, 10).



(via COMUNIDADE SHALOM)

terça-feira, 18 de outubro de 2016

A solidão crónica, uma fome de amor



A solidão crónica, uma fome de amor

José Luís Nunes Martins (14-10-2016)

Nunca como hoje houve tantas formas de comunicar. No entanto, a solidão profunda atinge cada vez mais gente.

A solidão pode aumentar a concentração, melhorar a empatia, estimular a criatividade, reparar forças e até promover a consciência do valor próprio, mas apenas enquanto estado voluntário e passageiro. Quando se experimenta de forma profunda, deixa de haver vantagens… apenas sacrifícios.

Quando há um desencontro entre a quantidade e a qualidade das relações que se têm e aquelas que se desejam, é tempo de solidão.

O frio da solidão é um sinal de alerta para que se procure o que falta. O isolamento, no começo, faz com que se tentem criar relações, apesar disso, com o tempo, todo esse esforço pode acabar numa maior reclusão, pois, nesses momentos, parece ser uma alternativa melhor à dor, à rejeição, à traição e à vergonha.

Quando a solidão se torna profunda, as pessoas tendem a desistir. Podem ter família, amigos e seguidores nas redes sociais, mas, na verdade, não se sentem em sintonia com ninguém.

Há dois tipos de solidão. A que resulta da falta de alguém concreto para desempenhar um papel específico na nossa vida; e aquela que decorre da falta de uma rede mais alargada de amigos e conhecidos que reconheçam o nosso valor. Ambas causam danos profundos.

Na infância, há brincadeiras que tentam preencher o vazio através da imaginação. Na velhice, a solidão faz com que as pessoas se percam nos seus passados. Os adultos fazem um pouco de tudo isso. Umas vezes sonham, outras fazem de conta, outras ainda pairam sobre os dias que passaram. E é assim que se enganam a si mesmos e se fecham ainda mais…

Se alguém está triste e irritado, talvez seja a sua forma de pedir que alguém o ajude. Não será fácil, tão pouco imediato, pois chega-se a esse estado depois de muitas ilusões e desilusões. Mais do que esperança é preciso levar-lhe amor em forma de paciência.

A solidão é um problema dos cuidadores. Daqueles que, dedicando a maior parte da sua vida a cuidar de outros, vivem relações com um único sentido… tantas vezes sem qualquer retorno concreto, o que implica um cansaço emocional tremendo. Depois, há também poucos que os queiram escutar, compreender o sofrimento de que se revestem os inúmeros detalhes que fazem parte do seu trabalho…

Sermos sós faz parte de nós. A nossa vida é algo que só pode ser experimentado de forma pessoal. Por mais que tentemos comunicar o que se passa à nossa volta e dentro de nós… fica sempre muito por dizer.

Por vezes a partilha de um tempo em silêncio, a simples presença ali, sem pressas, é muito mais forte do que qualquer discurso. Quando não há uma presença assim… há um nada do tamanho de tudo.


[ilustração de Carlos Ribeiro]

publicado originalmente em http://www.imissio.net/

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Fátima: Jornadas Nacionais de Catequistas refletem sobre papel de Maria na família



«Fazei tudo o que Ele vos disser» é o tema das Jornadas Nacionais de Catequistas 2016 [#JNC2016] que o Centro Paulo VI, em Fátima, vai receber de 28 a 30 de outubro de 2016.

A formação, destinada a Catequistas de todo o país, acontece no encerramento da Semana Nacional da Educação Cristã e tem como ponto de partida a Exortação pós- sinodal Amoris Laetitia propondo uma ligação entre o centenário das aparições da Cova da Iria com a figura central de Maria na educação de Jesus e como primeira anunciadora.

Programa das JNC2016

As Jornadas iniciam-se dia 28 de outubro, pelas 21h15, com a sessão da abertura dos trabalhos a cargo daComissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF).

Pelas 21h30 o professor José Eduardo Borges de Pinho, docente da Universidade Católica Portuguesa (UCP) apresenta aos catequistas a conferência «A Alegria do amor na família é o júbilo da Igreja».

A manhã do dia 29 de outubro tem início pelas 9h00 com a celebração da eucaristia na basílica da Santíssima Trindade. Às 10h15 o bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, apresenta o tema «Maria, mãe, discípula e educadora».

Pelas 11h50 o casal Ana Alexandra Nunes e Nuno Prazeres, do Patriarcado de Lisboa, apresentam o testemunho de «Viver a espiritualidade mariana em família».

Tarde marcada por Conferências Temáticas e Ateliers de Formação

Na tarde do dia 29 de outubro os catequistas vão participar numa série de conferências com os temas “Despertar Religioso das Crianças”; “Catequese Familiar” e “Escola Paroquial de Pais”.

Os Ateliers de formação apresentam propostas de ação destinadas às várias fases da catequese (1ª, 2ª e catequese de adolescentes) analisando os diferentes catecismos e percursos formativos a partir da Exortação Apostólica Amoris Laetitia. Previsto está também um atelier com o projeto das Catequeses da Fé.

Domingo aponta família como fermento evangelizador

No dia 30 de outubro, domingo, o dia inicia-se uma oração da manhã com início previsto para as 9h30.

Às 10h00 o professor João Rodrigues Duque, da Universidade Católica Portuguesa, apresenta a última conferência das JNC2016 sob o tema «A família como fermento evangelizador da sociedade».

Pelas 11h30 acontece o plenário onde se fará a partilha dos ateliers e das Conferências temáticas ocorridas na tarde de sábado. As Jornadas Nacionais de Catequistas terminam pelas 12h30 com a celebração da eucaristia e o envio dos catequistas para as suas comunidades.

As JNC2016 são organizadas pelo Departamento de Catequese do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC)

Informações e inscrições:

Nos secretariados diocesanos da catequese ou através do e-mail

snec@snec.pt

Papa: rezar é lutar; não é refugiar-se num mundo ideal


Papa: rezar é lutar; não é refugiar-se num mundo ideal

O Papa Francisco presidiu na manhã desta domingo (16/10), na Praça S. Pedro, à Santa Missa com o rito de canonização de sete novos santos.


No início da celebração eucarística, com a participação de milhares de fiéis, foram canonizados: Salomão Leclercq (1745-1792), José Sanchez do Río (1913-1928), Manuel González Garcia (1877-1940), Ludovico Pavoni (1784-1849), Afonso Maria Fusco (1839-1910), Isabel da Santíssima Trindade (1880-1906) e José Gabriel do Rosário Brochero (1840-1914). Estavam presentes na Praça delegações oficiais dos cinco países de proveniência dos santos: Itália, Argentina, México, França e Espanha.

Apoiar-se uns nos outros

Em sua homilia, o Pontífice destacou a importância da oração, que aparece no centro das leituras bíblicas deste domingo.

No episódio da batalha contra Amalec, Moisés está de pé no topo da colina com os braços erguidos; mas de vez em quando, com o peso, seus braços caem e, nesses momentos, o povo perde; então Aarão e Hur fizeram Moisés sentar-se numa pedra e sustentavam os seus braços erguidos até à vitória final.

“Este é o estilo de vida espiritual que a Igreja nos pede: não para vencer a guerra, mas para vencer a paz!”, ressaltou o Papa.

No episódio de Moisés, há uma lição importante: o compromisso da oração exige que nos apoiemos uns aos outros. O cansaço é inevitável,, mas com o apoio dos irmãos a nossa oração pode continuar, até que o Senhor conclua a sua obra.

Orar sempre, sem desfalecer
Na segunda leitura, São Paulo recomenda a Timóteo que permaneça firme naquilo que aprendeu e acredite firmemente. Contudo, também Timóteo não pode perseverar sozinho, sem a oração. “Não uma oração esporádica, intermitente, mas feita como Jesus ensina no Evangelho de hoje: ‘orar sempre, sem desfalecer’. Esta é a maneira cristã de agir: ser firme na oração para se manter firme na fé e no testemunho”, explicou Francisco.

Quando o desânimo aparecer, acrescentou o Papa, devemos nos recordar que não estamos sós, fazemos parte de um Corpo. Somos membros do Corpo de Cristo, a Igreja. E só na Igreja e graças à oração da Igreja é que podemos permanecer firmes na fé e no testemunho.

Rezar é lutar

Rezar, prosseguiu, não é refugiar-se num mundo ideal, não é evadir-se numa falsa tranquilidade egoísta. Pelo contrário, rezar é lutar e deixar que o próprio Espírito Santo reze em nós. É o Espírito Santo que nos ensina a rezar, guia na oração e faz rezar como filhos.

As sete testemunhas que hoje foram canonizadas também travaram o bom combate da fé e do amor através da oração. “Que Deus nos conceda também a nós, pelo exemplo e intercessão delas, ser homens e mulheres de oração; gritar a Deus dia e noite, sem nos cansarmos; deixar que o Espírito Santo reze em nós, e orar apoiando-nos mutuamente para permanecermos com os braços erguidos, até que vença a Misericórdia Divina”, foi a oração final do Papa.

(Rádio Vaticano)