segunda-feira, 30 de julho de 2018
Um dia houve alguém que quis ser Verbo
Um dia houve alguém que decidiu amar tudo e todos. Amava com palavras e gestos. Amava com o seu olhar não deixando ninguém indiferente. Amava abraçando as vidas que se cruzavam consigo.
Um dia houve alguém que era tremendamente apaixonado por tudo aquilo que existia no mundo. Tão apaixonado que levava ao limite a sua entrega pelo Homem.
Não conseguia ficar indiferente a um pedido. Não conseguia ignorar uma doença. Não conseguia passar despercebido perante um ato de desespero. Não conseguia ficar indiferente a quem caía no pecado. Não conseguia não se deixar levar pelos sentimentos.
Era homem divino, mas com um coração de carne. Um coração extremamente humano. Tão humano que o seu primeiro olhar sobre as coisas era deixar-se "compaixonar". Os seus olhos enchiam-se de compaixão e nunca de condenação.
Era homem divino, mas "perdia a cabeça" pelos humanos. Tão perdido pelo Homem que ateimava em corrigir os que andavam perdidos. Tão perdido pelo Homem que não se cansava de ouvir os seus desejos, os seus medos e os seus sonhos. Tão perdido pelo Homem que quis construir com ele o maior de todos os projetos de amor.
Era homem divino, mas completamente cego. Cego por um amor desmedido. Cego por um amor que deixava marcas nas linhas de cada vida. Era um amor cego, mas que podia ser visto e lido por todos.
Um dia houve alguém que era apaixonado pela palavra e decidiu ser ele mesmo a verdadeira Palavra.
Decidiu tornar-se Verbo. Aquele que daria toda a ação. Aquele que daria todo o movimento ao mistério envolvente em cada suspiro.
Um dia houve alguém que decidiu tornar-se Verbo e a conjugação da sua vida era feita diante de todos. A conjugação da sua vida era amar sem medida!
Emanuel António Dias
domingo, 29 de julho de 2018
PÃO PARTILHADO
https://www.youtube.com/watch?v=BMPdzoEL_fI
A liturgia do 17º domingo Comum dá-nos conta da preocupação de Deus em saciar a “fome” de vida dos homens. De forma especial, as leituras deste domingo dizem-nos que Deus conta connosco para repartir o seu “pão” com todos aqueles que têm “fome” de amor, de liberdade, de justiça, de paz, de esperança.
Na primeira leitura, o profeta Eliseu, ao partilhar o pão que lhe foi oferecido com as pessoas que o rodeiam, testemunha a vontade de Deus em saciar a “fome” do mundo; e sugere que Deus vem ao encontro dos necessitados através dos gestos de partilha e de generosidade para com os irmãos que os “profetas” são convidados a realizar.
O Evangelho repete o mesmo tema. Jesus, o Deus que veio ao encontro dos homens, dá conta da “fome” da multidão que O segue e propõe-Se libertá-la da sua situação de miséria e necessidade. Aos discípulos (aqueles que vão continuar até ao fim dos tempos a mesma missão que o Pai lhe confiou), Jesus convida a despirem a lógica do egoísmo e a assumirem uma lógica de partilha, concretizada no serviço simples e humilde em benefício dos irmãos. É esta lógica que permite passar da escravidão à liberdade; é esta lógica que fará nascer um mundo novo.
Na segunda leitura, Paulo lembra aos crentes algumas exigências da vida cristã. Recomenda-lhes, especialmente, a humildade, a mansidão e a paciência: são atitudes que não se coadunam com esquemas de egoísmo, de orgulho, de auto-suficiência, de preconceito em relação aos irmãos.
Ao mostrar que é através das acções dos homens que Deus sacia a fome do mundo, o nosso texto convida-nos ao compromisso. Deus precisa de nós, da nossa generosidade e bondade, para ir ao encontro dos nossos irmãos necessitados e para lhes oferecer vida em abundância. Nós, os crentes, somos chamados a ser – como o profeta Eliseu – testemunhas desse Deus que quer partilhar com os homens o seu “pão”; e esse “pão” de Deus deve derramar-se sobre os nossos irmãos nos nossos gestos de partilha, de generosidade, de solidariedade, de amor sem limites.
Jesus não fecha os olhos diante dos homens: não somente vê a multidão, como se apercebe da sua fome. Antes de fazer o milagre, solicita a confiança dos seus apóstolos, esta confiança que Ele põe à prova. Então faz dois gestos: vira-se para Deus seu Pai, dando graças, e distribui o alimento. Que contraste gritante entre esta multidão que tem fome e o alimento que lhe vai ser oferecido, cinco pães e dois peixes. E ao mesmo quanta abundância! Não somente a multidão está saciada, mas sobram doze cestos. É a prodigalidade do Amor: Deus ama infinitamente, e este sinal operado por Jesus anuncia não o poder de um rei, mas o dom de Deus a todos os homens. Não somente Jesus veio para o maior número, mas veio dar a vida em abundância. Este sinal anuncia um outro sinal. Depois de ter comido, a multidão, no dia seguinte, terá ainda fome. Mas o alimento que Cristo ressuscitado oferecerá aos homens será a sua vida, e aqueles que comerem este Pão de Vida jamais terão fome.
sábado, 28 de julho de 2018
Acreditar para testemunhar
«As escrituras dizem: "Eu acreditei e, por isso, falei.".»
2 Coríntios 4,13
São muitas as vezes em que nós, cristãos, falamos sem acreditarmos firmemente no que estamos a proclamar.
Falamos muitas vezes d'Ele, mas sem O termos deixado entrar verdadeiramente na nossa vida.
Falamos muitas vezes d'Ele, mas não deixamos que Ele nos incendeie o nosso coração, para que tudo o que façamos seja prova do Seu verdadeiro amor.
Falamos tantas e tantas vezes d'Ele que até nos esquecemos de falar com Ele.
Não podemos testemunhar o que não conhecemos, nem muito menos oferecer uma fé que não está alicerçada na rocha d'Aquele que tudo pode.
Para podermos falar do Deus que Jesus tão carinhosamente nos apresenta como Pai temos de acreditar que somos efetivamente Seus filhos. Para podermos falar de um Deus que é Pai temos de saber escutá-Lo com o nosso coração. Para podermos falar de um Deus que é Pai temos que procurá-Lo no silêncio das nossas vidas. Para podermos falar de um Deus que é Pai não podemos temer qualquer uma das Suas ações.
Nestas coisas da fé não há muito a fazer: ou arrisca-se ou fica-se do outro lado do mar. Mas mesmo do outro lado Ele espera pacientemente até que um dia as duas bermas se possam unir nos Seus (a)braços.
Primeiro acreditar e depois testemunhar. Primeiro procurar e depois dar a conhecê-Lo. Primeiro relacionar e depois dar-Lhe em qualquer relação.
Não conseguimos dar a conhecer ao mundo o nosso Deus se falarmos, por falar. Para darmos a conhecer ao mundo o Deus de Jesus Cristo precisamos de tomar o Seu exemplo: partir de coração cheio para que possamos, também nós, através das nossas vidas, encher o coração de tantos homens e mulheres.
Deus não vem para dar segurança às nossas vidas. Deus vem para estar em toda e qualquer vida, por isso falemos d'Ele cheios de ardor e arrepiados por tamanho amor!
Emanuel António Dias
sexta-feira, 27 de julho de 2018
NÃO DIGAS QUE É IMPOSSÍVEL
Dizemos que uma pessoa é responsável quando orienta bem a sua vida ou cumpre com zelo e eficácia aquilo que lhe é confiado. Falamos de corresponsabilidade quando a participação num trabalho ou numa missão é da responsabilidade, não de um, mas de alguns ou de todos. E se há muitas coisas de cujo êxito, ou menos êxito, somos corresponsáveis, a tarefa da evangelização é uma delas. É da responsabilidade de todos os batizados, somos corresponsáveis. E esta corresponsabilidade não se exerce colocando-se à janela da vida a olhar quem passa. Ou a peneirar o que os outros fazem e dizem no crivo da maledicência.Tampouco se exerce sendo um mero consumidor de coisas tidas como boas e santas e, pensa-se, quantas mais melhor. A corresponsabilidade implica envolvimento, compromisso, entusiasmo, ser capaz de gerar empatia e de estimular, implica colocar os talentos ao serviço da comunidade.
A primeira ação de corresponsabilidade que todo o batizado deve exercer é com a pessoa do Espírito Santo. A construção da santidade acontece pela ação do Espírito Santo em nós. Ele cria-nos nos segredos de Deus, faz nascer a fé nos nossos corações, derrama em nós o amor de Deus, ensina-nos a rezar, dá-nos uma vida nova e faz-nos viver n’Ele, com Ele e a partir d’Ele. Isto, porém, reclama a nossa resposta e colaboração. Deus nada impõe, propõe, respeita a nossa liberdade. A liberdade, porém, não é fazer o que muito bem entendo e quero ou me dá na real gana. É fazer o que devo, por respeito a mim próprio e aos outros.
Em toda a Sua vida, Jesus foi corresponsável, foi livre na obediência. Assumiu o projeto do Pai e ofereceu-Se com total generosidade até ao fim, até tudo estar consumado. A Sua vontade era fazer a vontade d’Aquele que o enviara e consumar toda a Sua obra. Sabia o que tinha a fazer, promovia diligentemente a sua implementação, vivia em total obediência ao Pai e em plena comunhão com Ele.
Maria também assumiu o dinamismo da corresponsabilidade. Ela deu um “Sim” consistente e sempre renovado ao longo de toda a sua vida, até ao alto do Calvário, até ao pé da Cruz. Faça-se em Mim segundo a Sua Palavra, foi o Seu lema. Com determinação e confiança, lançou-Se nessa aventura, ajudando a concretizar os projetos de Deus a respeito da humanidade, mesmo quando não entendia bem o seu alcance e até lhe parecia que o Seu Filho já não fechava bem a gaveta (Mc 3,20-21).
A própria Criação dá-nos um testemunho de corresponsabilidade ímpar. Tudo foi gerado pelo Verbo de Deus. A complexidade do Universo aponta os céus e canta as glórias do Senhor de forma ordenada e bela, numa sinfonia incrível. Todas as coisas se movem em numerosas formas de relação e de participação, cada uma segundo a sua natureza, todas elas a viverem e a subsistirem numa harmonia verdadeiramente admirável, divina.
São Paulo usa a figura do corpo para descrever a corresponsabilidade na Igreja. É o bom funcionamento de cada uma das partes do corpo, cada uma no seu lugar, sem ciúmes ou inveja de qualquer outra parte ou função, sem se julgar mais ou menos importante, é essa corresponsabilidade funcional que dá harmonia e beleza ao corpo. Nenhuma parte é secundária, dispensável ou inútil. Assim, a unidade bela da Igreja é construída por toda a diversidade que a compõe: diferentes são os estilos e as personalidades, os dons e os carismas, as capacidades e os níveis de intervenção social, diferentes são a formação humana e académica, a língua, a raça, a cultura, a atividade, a situação geográfica…
Como cristãos, somos, de uma forma mais consciente e firme, corresponsáveis pela sorte de todos os outros, incluindo a própria criação, a nossa casa comum, a começar pela família. A família é o primeiro espaço que nos leva a reconhecer a beleza da unidade na diversidade. Nela há a diversidade de pessoas, de idades e de talentos, de experiências e de cultura, de direitos e de deveres, de afazeres e de gostos. Cada um sente-se corresponsável pelo bem do todo que é a família, comunidade de vida e de amor a caminho da santidade, espaço de entendimento e de enriquecimento mútuo, espaço de alegria e de paz, no meio de alegrias e tristezas, de fracassos e êxitos.
Na comemoração do cinquentenário da instituição do Sínodo dos Bispos, o Papa Francisco chamou a atenção para a necessidade e a beleza de “caminhar juntos». O mundo, em que vivemos e que somos chamados a amar e a servir “exige da Igreja o reforço das sinergias em todas as áreas da sua missão”. Cada um de nós, os batizados, “independentemente da própria função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito ativo de evangelização…». E é-o na política e na economia, na cultura e nas ciências, nas artes e nos ofícios, nas escolas e nos serviços públicos, nas empresas e na comunicação social, mo lazer e no desporto…
E afirmava Santo Atanásio, no século IV: “Nada há mais frio do que um cristão que não se preocupa com a salvação dos outros”. E continuava: “Se o fermento misturado à farinha não fizer levedar toda a massa, terá sido verdadeiro fermento? E que se há de dizer dum perfume que não espalhe a sua fragrância? Havemos de lhe chamar perfume? Não digas: Não sou capaz de influenciar os outros. Se fores cristão verdadeiro, é impossível que o não faças. Se é certo que não há contradição na natureza, também é certo o que afirmamos: faz parte da natureza do cristão influir nos seus semelhantes. Não injuries a Deus. Se disseres que o sol não é capaz de brilhar, afrontas o sol; se disseres que um cristão não pode ser útil a ninguém, ofendes a Deus e chamas-Lhe mentiroso. Ora mais fácil é o sol não aquecer nem brilhar do que um cristão não irradiar a sua luz: mais fácil que isto seria transformar-se a luz em trevas. Não digas que é impossível: o contrário é que é impossível. Não injuries a Deus. Se fizermos bem o que está na nossa mão, tudo o mais de que falamos se seguirá como consequência natural. A luz do cristão não pode ficar escondida; uma lâmpada tão resplandecente não se pode ocultar”. E afirmava Madre Teresa de Calcutá: “As mãos que ajudam são mais sagradas que os lábios que rezam”. Ou: “A maior enfermidade é não ser ninguém para ninguém”.
D. Antonino Dias - Bispo de Portalegre Castelo Branco
Portalegre, 27-07-2018.
quinta-feira, 26 de julho de 2018
quarta-feira, 25 de julho de 2018
A Paróquia está ao teu serviço, mas precisa de ti.
Para celebrar momentos importantes da vida as pessoas recorrem à paróquia ( Batismo, Confirmação, Eucaristia, Reconciliação, Matrimónio, Unção de Doentes, Exéquias).
A Paróquia presta outros serviços além dos religiosos ( ajuda fraterna, atendimento de pessoas, visita aos doentes e idosos, instituições de solidariedade, conservação do património...
è uma comunidade de disciplulos missionários em que todos os fiéis são chamados a participar da vida comunitária e da missão de levar o Evangelho a todos.
A PARÓQUIA SOMOS NÓS
Precisa de agentes de pastoral que colaborem nos vários serviços paroquiais.
Não oferece empregos renumerados mas proporciona oportunidade a todos os fiéis de participar, com zelo e gratuitamente nos grupos dedicados às actividades pastorais ( catequese, liturgia, caridade, administração do património, eventos comunitários), à formação pessoal e à evangelização do mundo. Este serviço do Evangelho enriquece quem serve e quem dele beneficia.
A PARÓQUIA PRECISA DE TODOS.
A Paróquia" é uma casa
que se abre para todos
e está ao serviço de todos,
ou como gostava de dizer
o Papa João XXIII,
o fontanário da aldeia
a que todos acorrem na sua sede"
Na paróquia encontramos a água viva, o alimento espiritual, através da Palavra de Deus, da Eucaristia, da oração pelos vivos e defuntos e da vida comunitária.
terça-feira, 24 de julho de 2018
Jesus Alegria dos Homens
https://www.youtube.com/watch?v=0NFs4NzS82E
segunda-feira, 23 de julho de 2018
É complicado ser simples!
Não são poucas as vezes que ouvimos falar de simplicidade com algum desdém. Com algum desprimor. Com algum desamor, até.
“Isso, não quero. É demasiado simples…”.
A ideia do que é simples é frequentemente associada ao que tem menos valor, ao que é pouco, ao que não chega nem é suficiente. Claro que a simplicidade caminha de mãos dadas com o pouco e com o menos. Mas isso não tem que ser, necessariamente, uma desvalorização. A simplicidade, na sua raiz, vai a par e passo com o essencial. E é nas atitudes pequenas e pouco visíveis que podemos encontrar a verdade de cada coisa. A verdade de cada pessoa.
Devíamos ser mais apaixonados pelo simples. Devíamos entender a frase “eu gosto de pessoas simples” como um dos melhores elogios que alguém poderá receber. Devíamos reparar melhor (e com mais amor) nas migalhas dos dias. Nos detalhes. Nos pormenores. No que não está à distância de um clique. Gostava que tivéssemos a coragem de reparar no que faz a diferença em cada dia. E o que faz a diferença nunca é o que se vê melhor. É o que está nos bastidores. É o que nos sustenta o ânimo para continuar a caminhar.
Além do desafio de reparar na simplicidade de cada coisa, somos confrontados com um desafio dez vezes maior. O de sermos simples. O de conseguirmos ser brisa fresca quando tudo arde. O de conseguirmos chamar a atenção dos outros para o que é bom. O de conseguirmos ser luz que fere as nuvens e as dissipa. O de conseguirmos ter paciência e calma quando todos à nossa volta estão em desassossego. O de conseguirmos retirar, de cada acontecimento, o que realmente importa. E o que realmente importa nunca é (só) o que nos aconteceu.
É complicado ser simples. Mas vale a pena insistir na tentativa. Na vontade clara de não compactuar com complicações desnecessárias e diminuidoras de bem-estar e de alegria. Vale a pena descomplicar. Relativizar. Diminuir o que me faz sentir o melhor e maior do mundo. Aumentar e potenciar o que me faz querer ser melhor, sem a arrogância de querer ser perfeito.
É complicado o caminho de ser simples. Mas dizem que quem chega ao fim desse trilho, nunca mais volta para trás.
domingo, 22 de julho de 2018
Dia de Santa Maria Madalena
O Dia de Santa Maria Madalena festeja-se liturgicamente a 22 de julho.
Ela era natural de Magdala, uma cidade na costa do Mar da Galileia.
Lucas faz a primeira referência a esta santa no Novo Testamento: “Os doze estavam com ele, e também mulheres que tinham sido curadas de espíritos maus e de doenças. Maria, dita de Magdala, da qual haviam saído sete demónios”. Depois de ter sido curada por Jesus, Maria Madalena entregou-se de coração ao serviço de Deus, seguindo Jesus até ao seu calvário.
Maria Madalena acreditava que Jesus era o Messias, estando presente na crucificação e no funeral de Cristo. Ela foi a primeira testemunha da ressurreição de Jesus, ao visitar o seu túmulo pela manhã.
A figura de Maria Madalena é envolvida em certa polémica. Muitos autores lançaram teorias sobre esta santa, com base nos Evangelhos Canônicos, nos livros apócrifos do Novo Testamento e nos escritos gnósticos. Entre elas que Maria Madalena seria uma confidente especial de Jesus, uma apóstola, e mesmo a mulher de Jesus Cristo. Outras interpretações advogam que Maria Madelena era uma prostituta arrependida pelos seus pecados, mas não se encontra qualquer fundamento bíblico nestas interpretações.
Tradicionalmente, Maria Madalena é identificada como a mulher convertida que perfumou os pés de Jesus, que os banhou em lágrimas e os enxugou com os seus próprios cabelos. Ela é assim considerada a padroeira dos cabeleireiros, dos boticários, dos convertidos e dos fabricantes de perfumes.
Santa Maria Madalena, vós que ouvistes da boca de Jesus estas palavras: “Muito lhe foi perdoado porque muito amou… vai em paz, os teus pecados estão perdoados”, alcançai-me de Deus o perdão dos meus erros e pecados, deixai-me participar do ardente amor que inflamou o vosso coração, para que eu seja capaz de seguir a Cristo até o Calvário, se for preciso e assim, mais cedo ou mais tarde, tenha a felicidade de abraçar e beijar os pés do divino Mestre.
Como Jesus ressuscitado vos chamou pelo nome: “Maria!” ele chame também pelo meu nome.., e eu nunca mais me desvie do seu amor, com recaídas nos erros do meu passado.
Santa Maria Madalena, eu vos peço esta graça, por Cristo Nosso Senhor. Amém!
Vinde comigo e descansai!
https://www.youtube.com/watch?v=SAFO9FTXsNI
Na primeira leitura, pela voz do profeta Jeremias, Jahwéh condena os pastores indignos que usam o “rebanho” para satisfazer os seus próprios projectos pessoais; e, paralelamente, Deus anuncia que vai, Ele próprio, tomar conta do seu “rebanho”, assegurando-lhe a fecundidade e a vida em abundância, a paz, a tranquilidade e a salvação.
O Evangelho recorda-nos que a proposta salvadora e libertadora de Deus para os homens, apresentada em Jesus, é agora continuada pelos discípulos. Os discípulos de Jesus são – como Jesus o foi – as testemunhas do amor, da bondade e da solicitude de Deus por esses homens e mulheres que caminham pelo mundo perdidos e sem rumo, “como ovelhas sem pastor”. A missão dos discípulos tem, no entanto, de ter sempre Jesus como referência… Com frequência, os discípulos enviados ao mundo em missão devem vir ao encontro de Jesus, dialogar com Ele, escutar as suas propostas, elaborar com Ele os projectos de missão, confrontar o anúncio que apresentam com a Palavra de Jesus.
Na segunda leitura, Paulo fala aos cristãos da cidade de Éfeso da solicitude de Deus pelo seu Povo. Essa solicitude manifestou-se na entrega de Cristo, que deu a todos os homens, sem excepção, a possibilidade de integrarem a família de Deus. Reunidos na família de Deus, os discípulos de Jesus são agora irmãos, unidos pelo amor. Tudo o que é barreira, divisão, inimizade, ficou definitivamente superado.
Instituição evangélica das férias! “Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco”. É a instituição evangélica das férias! De facto, a multidão era tão numerosa que os Apóstolos nem tinham tempo para comer. Deviam estar esgotados, tanto mais que regressavam do primeiro envio em missão, que não terá sido propriamente um tempo de repouso. Conhecemos a vida de Jesus, a sua missão, as grandes fadigas, as noites em oração, sem dormir, após um dia extenuante… Numa das travessias de barco, aproveita mesmo para repousar um pouco e dormir… Assim, Ele sabe estar atento à fadiga dos seus companheiros. Convida-os a respeitar também as exigências da natureza corporal, a ter um pouco de repouso. E nós, hoje? Sabemos bem que as férias não são um luxo, se corresponderem àquilo para que existem: precisamente para respeitar a nossa natureza humana, que exige tempos de relaxe, de recuperação, não apenas física mas também intelectual e espiritual. As férias não são um tempo de ócio, mas de “re-criação”, para retomar energias. Sabemos que há ainda muitos homens, mulheres e crianças que são explorados como vulgares máquinas para produzir. Isso não é respeitar a vontade criadora de Deus. O Evangelho de hoje, que cai bem em período de férias, recorda-nos isso de modo muito oportuno. Isso é também válido para os servidores do Evangelho! Os Apóstolos diminuem, as funções pastorais aumentam… a fadiga também. Cabe a cada um tirar as devidas consequências evangélicas!
sábado, 21 de julho de 2018
sexta-feira, 20 de julho de 2018
Entre o que eu digo e o que tu ouves… Cabe o mundo inteiro!
É possível que a maior força que temos ao nosso dispor sejam as palavras. Claro que as palavras escritas têm impacto mas, e porque são pensadas e meditadas, não ultrapassam o eco das palavras ditas. Aquilo que dizemos no imediato, quando confrontados com uma situação boa ou má, pode ser um bálsamo ou uma cura ou pode, ainda, ser destruidor. Há qualquer coisa de automático e irrefletido naquilo que respondemos com recurso às palavras. E tudo o que é automático pode, sempre, correr mal. Ou falhar. Ou ficar aquém do que devia ter sido.
O outro problema relacionado com o mundo das palavras ditas é, sem dúvida, as possibilidades de interpretação. As dúvidas. O que é que o outro me quer dizer com aquilo que diz? Estará a dizer exatamente o que eu oiço ou o que diz pode ser apenas uma rampa para o que, no fundo, deseja que eu saiba?
Na verdade o que é dito não é apenas o que se quer dizer. Tal como o que é ouvido não é apenas o que se ouviu. Não conseguimos separar-nos dos nossos medos, vontades, desejos, fraquezas e dúvidas. Não conseguimos isolar as palavras dos outros e ouvi-las, apenas. O nosso problema é que sentimos o que nos é dito. Recebemos o que nos dizem com tudo o que temos e somos. Assim, acabamos por correr um risco que leva, demasiadas vezes, a desentendimentos ou mal-entendidos. Juntamos o nosso mundo às palavras dos outros e distorcemo-las. Compreendemos mal. Interpretamos como nos convém.
Qual poderá ser o truque para dizer o que se quer e ouvir (como deve ser) o que nos foi dito?
Saltar o patamar do automático. Uma coisa é o que eu digo sem escolher e sem pensar. Outra coisa é o que eu faço com o que ouvi ou com o que disse. Algumas vezes, será melhor esquecer o que se disse ou o que se ouviu. Outras, valerá a pena conversar sobre o que se disse. Ou sobre o que já devia ter sido dito.
A comunicação, mais do que atirar palavras ao outro, é o que pode resolver tudo. Ou quase. Afinal, entre o que dizemos e o que ouvimos…cabe (mesmo!) o mundo inteiro.
quinta-feira, 19 de julho de 2018
A fé de uma vida
Entrou pela primeira vez na Igreja com 9 meses sem precisar de ajuda para chegar junto do altar. Levava consigo a genica da sua idade e um verdadeiro "galo" na sua testa. Com aquela idade não dava para ficar parado. Ele bem sabia que havia muito para descobrir e para explorar. Havia muitos caminhos para procurar pelo seu pai.
De passo em passo caminhou calmamente. Chegou então ao altar para, com a permissão dos seus pais, receber em si o Espírito Santo.
Eis que colocaram sobre a sua cabeça a água bendita. E nesse preciso momento esperneou e chorou. Dizem, os que por lá estavam, que foi de tamanha alegria por ter recebido em si o dom da fé.
Foi deixada a semente no seu coração. O sinal da cruz foi ungido no seu peito para que a partir daquele momento escutasse a palavra do Senhor com todo o seu ser.
O dom ficou e as visitas à casa do Senhor tornaram-se rotina. Cativavam-lhe os "bonecos" que se encontravam na Igreja. Cativava-lhe o silêncio e o mistério da genuflexão perante o sacrário. Cativavam-lhe os segredos ditos em cada oração. Cativava-lhe o consolo dado por um Pai que recebe todos os filhos de braços abertos. Cativava-lhe o olhar calmo dos senhores e das senhoras de mais idade.
Foi crescendo em estatura e apreciando a sabedoria do menino Jesus. Foi crescendo e com o passar do tempo o afastamento foi surgindo. A formação catequética já tinha sido completada. Faltava apenas a confirmação de uma fé que não tinha bases para se alicerçar.
Mas o "respiro de Deus" trabalhou sobre ele para que a sua fé fosse afirmada diante de todos. De novo recebia o santo óleo para que fosse ungido, desta vez, na fronte. E naquele momento...naquele momento arrepiou-se. Sentiu em si o verdadeiro "arrepio divino". Sentiu em si a presença reconfortante do Pai que não perde uma única oportunidade para abraçar o Seu mais que tudo.
Vivia então renovado, mas não estava conformado. Afinal a vida oferecia-lhe outras distrações, outras oportunidades mais aliciantes.
Não sabia é que a vida voltaria a virar-lhe do avesso. Tirando-lhe o que mais gostava obrigou-o a questionar-se. Obrigou-o a virar-se para Aquele que nunca lhe tinha virado as costas. E, numa altura em que sentia dentro de si raiva e tristeza, encontrou no Senhor o sentido de uma vida.
As suas verdadeiras moletas eram as espirituais. As suas moletas eram as conversas incessantes com o seu Senhor. As suas moletas eram as palavras do Seu Jesus. As suas moletas eram a procura de uma fé alicerçada na confiança e nas dúvidas.
E, a partir da semente, brotou o fruto. Um fruto maduro...
Hoje a sua fé não é a moleta. Hoje a sua fé é uma forma de ser e de estar. Hoje é a fé de uma vida.
Hoje a sua fé é a prova mais fiel de que ele é realmente um filho muito amado!
quarta-feira, 18 de julho de 2018
Vinde e Descansai um pouco!
https://www.youtube.com/watch?v=NcCCXu_dY7s
«VINDE E DESCANSAI UM POUCO!»
Do Evangelho de S. Marcos (Mc 6,30-31):
“Os Apóstolos reuniram-se a Jesus e contaram-lhe tudo o que tinham feito e ensinado. Disse-lhes, então: ‘Vinde, retiremo-nos para um lugar deserto e descansai um pouco.’ Porque eram tantos os que iam e vinham, que nem tinham tempo para comer.”
Oração pelas férias!
Dá-nos, Senhor,
depois de todas as fadigas,
um tempo verdadeiro de paz.
Dá-nos,
depois de tantas palavras,
o dom do silêncio
que purifica e recria.
Dá-nos,
depois das insatisfações que travam,
a alegria como um barco nítido.
Dá-nos, Senhor,
a possibilidade de viver sem pressa,
deslumbrados com a surpresa
que os dias trazem pela mão.
Dá-nos
a capacidade de viver de olhos abertos,
de viver intensamente.
Dá-nos
de novo a graça do canto,
do assobio que imita
a felicidade aérea
dos pássaros,
das imagens reencontradas,
do riso partilhado.
Dá-nos, Senhor,
a força de impedir que a dura necessidade
esmague em nós o desejo,
e a espuma branca dos sonhos
se dissipe.
Faz-nos
peregrinos que no visível
escutam a melodia secreta
do invisível.
José Tolentino Mendonça
«VINDE E DESCANSAI UM POUCO!»
Do Evangelho de S. Marcos (Mc 6,30-31):
“Os Apóstolos reuniram-se a Jesus e contaram-lhe tudo o que tinham feito e ensinado. Disse-lhes, então: ‘Vinde, retiremo-nos para um lugar deserto e descansai um pouco.’ Porque eram tantos os que iam e vinham, que nem tinham tempo para comer.”
Oração pelas férias!
Dá-nos, Senhor,
depois de todas as fadigas,
um tempo verdadeiro de paz.
Dá-nos,
depois de tantas palavras,
o dom do silêncio
que purifica e recria.
Dá-nos,
depois das insatisfações que travam,
a alegria como um barco nítido.
Dá-nos, Senhor,
a possibilidade de viver sem pressa,
deslumbrados com a surpresa
que os dias trazem pela mão.
Dá-nos
a capacidade de viver de olhos abertos,
de viver intensamente.
Dá-nos
de novo a graça do canto,
do assobio que imita
a felicidade aérea
dos pássaros,
das imagens reencontradas,
do riso partilhado.
Dá-nos, Senhor,
a força de impedir que a dura necessidade
esmague em nós o desejo,
e a espuma branca dos sonhos
se dissipe.
Faz-nos
peregrinos que no visível
escutam a melodia secreta
do invisível.
José Tolentino Mendonça
terça-feira, 17 de julho de 2018
Caminho, verdade e vida
Um dia houve alguém que arriscou muito mais. Quis ser muito mais do que caminho para os outros...
Quis ser caminho para que todos pudessem ter direção e sentido para as suas vidas. Quis ser via porque com Ele todos poderiam avançar de igual forma. Quis ser trilho porque todos eram convidados a chegar até Ele. Quis ser estrada da vida para que todos pudessem chegar a casa do Pai. Quis ser verdadeiro acesso para que muitos pudessem regressar até ao Deus criador que não acusa o pecador, mas que o exalta no Seu amor.
Um dia houve alguém que prometeu ir muito mais longe. Foi para além do que qualquer vida poderia imaginar. Superou-Se aos outros e a Si mesmo. Prometeu que não diria somente a verdade. Um dia houve alguém que deu "all in" em toda a Sua vida, porque quis Ele mesmo ser a verdade.
Ele era a verdade e era-o com autoridade. Não o dizia por arrogância, nem para que fosse chamada a Si todas as atenções. Proclamava-o, porque toda a Sua vida era prova fidedigna de que era efetivamente a verdade. Ele quis ser a verdade, porque toda a Sua presença e todo o Seu amor eram reais. Todo Ele era digno de confiança, porque os seus gestos e a Sua humanidade não enganavam a Sua divindade.
Um dia houve alguém que deu vida através da vida. A Sua vida incomodava e invejava, mas a verdade é que era a Sua palavra que alegrava tudo e todos. Era a sua vida que criava mais vida. Era a sua vida que fazia com que ninguém ficasse indiferente aos mistérios presentes. Era a sua vida que bendizia o bom nome do Pai.
Um dia houve alguém que apostou tudo o que tinha para ser o caminho, a verdade e a vida.
segunda-feira, 16 de julho de 2018
Papa desafia cristãos a ser missionários, evitando vaidades e riquezas
Francisco diz que evangelizadores não são «divas em turnê», mas devem ser pobres
Cidade do Vaticano, 15 jul 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje no Vaticano que “todos os batizados” devem anunciar a mensagem cristã, onde quer que se encontrem, como pessoas simples e não como “divas em turnê”, evitando vaidades e riquezas.
“O cajado e as sandálias são o equipamento dos peregrinos, porque assim são os mensageiros do Reino de Deus: não patrões omnipotentes, não funcionários inamovíveis, não divas em turnê”, defendeu, desde a janela do apartamento pontifício.
Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, Francisco apresentou o “estilo do missionário”, sublinhando que a missão tem um “centro” e um “rosto”.
“O discípulo missionário tem, acima de tudo, um centro de referência, que é a pessoa de Jesus. Nenhum cristão anuncia o Evangelho por si próprio, mas apenas como enviado da Igreja que recebeu um mandato do próprio Cristo”.
O Papa sublinhou a necessidade de assumir a “experiência de falhanço” como parte integrante da “pobreza” que deve caracterizar a vida missionária.
“Que a Virgem Maria, primeira discípula e missionária da Palavra de Deus, nos ajude a levar ao mundo a mensagem do Evangelho numa exultação humilde e radiante, para lá de qualquer recusa, incompreensão ou tribulação”, concluiu.
Francisco despediu-se com votos de “bom almoço” e “bom domingo” para todos os visitantes e peregrinos que acorreram ao Vaticano.
OC
16 de Julho - Nossa Senhora do Carmo
16 de Julho - Nossa Senhora do Carmo
A festa de Nossa Senhora do Carmo é relacionada à Ordem Carmelitana, cuja origem é bem antiga. Na Ordem Carmelitana tem-se a tradição, segundo a qual o profeta Elias, vendo aquela nuvenzinha, que se levantava no mar, bem como a pegada de homem, teria nela reconhecido no símbolo, a figura da futura Mãe do Salvador. Os discípulos de Elias, recordando aquela visão do mestre, teriam fundado uma Congregação, com sede no Monte Carmelita, com o fim declarado de prestar homenagens à Mãe do Mestre. Essa Congregação ter-se-ia conservado até os dias de Jesus Cristo e existido com o Título Servas de Maria.
Manifestação de Maria a São Simão Stock
Historicamente documentadas são as seguintes datas da Ordem de Nossa Senhora do Carmelo. Foi no século XII que o calabrez Bertoldo, com alguns companheiros, se estabeleceu no Monte Carmelo. Não se sabe se encontraram lá a Congregação dos Servos de Maria ou se fundaram uma deste nome; certo é que receberam em 1209 uma regra rigorosíssima, aprovada pelo Patriarca de Jerusalém - Alberto. Pelas cruzadas esta Congregação tornou-se conhecida também na Europa. Dois nobres fidalgos da Inglaterra convidaram alguns religiosos do Carmelo, para acompanhá-los e fundar conventos na Inglaterra, o que fizeram.
Pela mesma época vivia no condado de Kent um eremita que, há vinte anos, vivia em solidão, tendo por residência o tronco oco de uma árvore. O nome desse eremita era Simão Stock. Atraído pela vida mortificada dos carmelitas recém-chegados, como também pela devoção Mariana que aquela Ordem cultivava, pediu admissão como noviço na Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Em 1225, Simão Stock foi eleito coadjutor Geral da Ordem, já então bastante conhecida e espalhada.
O papa Honório III aprovou a regra da Ordem. Simão Stock visitou os Irmãos da ordem no Monte Carmelo, e demorou-se com eles seis anos.
Um capítulo geral da Ordem, realizado em 1237, determinou a transferência para a Europa de quase todos os religiosos, os quais, para se verem livres das vexações dos Sarracenos, procuraram a Inglaterra, onde a Ordem possuía já 40 conventos.
No ano de 1245, foi Simão Stock eleito Superior Geral da Ordem e a regra teve aprovação do Papa Inocêncio IV.
A Ordem de Nossa Senhora do Carmo, colocada sob a proteção da Santa Sé, começou a ter, então, uma aceitação extraordinária no mundo católico. Para isto concorreu poderosamente a Irmandade do Escapulário, que deve a fundação a Simão Stock.
Em 16 de julho de 1251, estando em oração fervorosa, Nossa Senhora lhe apareceu. Veio trazer-lhe um escapulário. "Meu dileto filho - disse-lhe a Rainha do céu - eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno".
Simão Stock tratou então de divulgar a irmandade do escapulário e convidar o mundo católico a participar dos grandes privilégios anexos. Entre os devotos do escapulário de Nossa Senhora do Carmo, vêem-se Papas, Cardeais e Bispos. O Escapulário teve uma aceitação favorável e universal entre o povo católico. Neste sentido, só é comparável ao Rosário.
Ó bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo! Vós que olhais com especial bondade para quem traz o vosso bendito escapulário, olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto da vossa maternal proteção. Fortificai minha fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Ornai minha alma com a graça e as virtudes que a tornem agradável ao vosso divino Filho. Assisti-me durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa amável presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo dedicado; e lá do céu, eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda a eternidade.
Amém!
domingo, 15 de julho de 2018
A MISSÃO
https://www.youtube.com/watch?v=J81AMYIrr1w
A primeira leitura apresenta-nos o exemplo do profeta Amós. Escolhido, chamado e enviado por Deus, o profeta vive para propor aos homens – com verdade e coerência – os projectos e os sonhos de Deus para o mundo. Actuando com total liberdade, o profeta não se deixa manipular pelos poderosos nem amordaçar pelos seus próprios interesses pessoais.
A segunda leitura garante-nos que Deus tem um projecto de vida plena, verdadeira e total para cada homem e para cada mulher – um projecto que desde sempre esteve na mente do próprio Deus. Esse projecto, apresentado aos homens através de Jesus Cristo, exige de cada um de nós uma resposta decidida, total e sem subterfúgios.
No Evangelho, Jesus envia os discípulos em missão. Essa missão – que está no prolongamento da própria missão de Jesus – consiste em anunciar o Reino e em lutar objectivamente contra tudo aquilo que escraviza o homem e que o impede de ser feliz. Antes da partida dos discípulos, Jesus dá-lhes algumas instruções acerca da forma de realizar a missão… Convida-os especialmente à pobreza, à simplicidade, ao despojamento dos bens materiais
.Testemunhas do amor de Deus… “Jesus chamou os doze Apóstolos e começou a enviá-los dois a dois. Deu-lhes poder sobre os espíritos impuros”. O apelo dos Apóstolos está ligado ao seu envio, à sua missão. Serem os companheiros de Jesus, não para ficarem abrigados perto d’Ele, mas para serem enviados comos suas testemunhas até aos confins da terra. Ele envia-os dois a dois. Sem dúvida, porque na altura um testemunho só era reconhecido como autêntico se levado por duas testemunhas. Mas, mais profundamente, Jesus veio para colocar os homens na “circulação do amor”. Deus criou os homens para serem à sua imagem. Como “Deus é Amor”, os homens serão imagens de Deus na medida em que construírem juntos relações de amor fraterno. Ora, eles recusaram isso. O espírito do mal é chamado de diabo, aquele que divide em vez de unir. Jesus veio para acabar com a divisão. Ele é aquele que reconcilia os homens com Deus e entre si. Eis porque Jesus envia os Apóstolos dois a dois: para que sejam primeiramente, pelo seu comportamento e pela sua vida, testemunhas desta obra de reconciliação. A salvação nunca é individual, é colocada na relação dos homens entre si, no movimento de amor de Deus. A missão dos Apóstolos é, pois, de lutar contra o mal que divide e corrompe. Então, compreendemos melhor porque Jesus dá conselhos de pobreza. Encher-se de riquezas materiais é arriscar cair na armadilha da possessão egoísta, é entrar no círculo infernal da vontade de poder, da inveja. É centrar-se sobre si mesmo em lugar de dar lugar aos outros. É obscurecer o seu olhar interior e não ser mais suficientemente disponível para acolher o outro. É sempre válido para todos os baptizados cuja missão é serem testemunhas da Boa Nova no coração do mundo!
sábado, 14 de julho de 2018
INVESTIMENTO IDEAL SEGURO E RENTÁVEL
Alguns investirão em Schoenstatt, outros, porém, em Paris. Não há dúvida que ambos são belíssimos mercados e ao alcance de todos, a oferta é grande! Sim, há dias falei do Movimento de Schoenstatt. Hoje vou tornar presente um outro Movimento supranacional e também com uma história muito linda, digna de ser conhecida e exaltada. Nasceu em Paris, em 1938, na paróquia de Notre Dame e dá-se pelo nome de Movimento das Equipas de Nossa Senhora (ENS). Uma jovem senhora, casada, foi ter com o Padre Henri Caffarel para conversar com ele sobre a sua vida espiritual. Não sabemos o teor da conversa, mas com certeza que Caffarel a colocou no contexto das palavras de Jesus: “Vai para casa, para junto dos teus, e anuncia-lhes tudo o que o Senhor, na Sua misericórdia, fez por ti” (Mc 5, 19). Alguns dias depois, a jovem regressou acompanhada do marido. Mais tarde, este casal apresentou o Padre Caffarel a outros três casais. Ora, estes quatro jovens casais, ricos em amor renovado e cristãos convictos, queriam viver o seu amor à luz da Fé. Pediram, então, ao Padre Caffarel que os guiasse neste desejo e procura. Sempre acolhedor e dedicado, o Padre Caffarel respondeu-lhes: ”Façamos o caminho juntos". A primeira reunião realizou-se em Paris, a 25 de Fevereiro de 1939. Pouco a pouco, estes casais foram descobrindo o lugar privilegiado do casal como imagem viva do amor que une Cristo à Sua Igreja. Simultaneamente iam vivendo momentos de vida comunitária, conscientes da presença de Cristo entre eles, estavam reunidos em Seu nome. A sua vida ia progredindo em três vertentes: união a Deus, união entre eles, os esposos, união entre os outros casais da equipa e abertura a todos os outros, sob a proteção de Maria.
Assim nasce um Movimento de espiritualidade conjugal, a espiritualidade do cristão casado, um Movimento de casais desejosos de se santificarem no e pelo Sacramento do Matrimónio. Foi, de facto, um grande acontecimento na Igreja da época, uma verdadeira revolução, já que os métodos e regras de vida espiritual em voga eram entendidos e propostos de forma individual, não em grupo ou equipa. O Movimento propunha a espiritualidade conjugal e uma nova metodologia para uma vida em Equipa, em "Comunidade Cristã de Casais", um verdadeiro carisma, um dom dado por Deus à sua Igreja.
No final da segunda grande guerra, os grupos de casais multiplicaram-se. A necessidade de unidade e de estrutura, concretizada numa "Regra", fez-se sentir. Nasceu assim a Carta das Equipas de Nossa Senhora, escrita pelo Padre Caffarel. Ela apresenta o ideal cristão do Matrimónio, identifica os meios que permitem aos casais compreenderem-no cada vez melhor, ajuda-os a descobrir a grandeza da sua vocação, resume a metodologia do Movimento, identifica as metas essenciais dos membros das equipas e propõe um certo número de meios: oração conjugal e familiar, diálogo conjugal mensal sob o olhar de Deus, reunião mensal de equipa para rezar e partilhar, regra de vida pessoal e retiro espiritual anual.
Tendo como suporte a Carta, as Equipas de Nossa Senhora desenvolveram-se rapidamente, atravessaram fronteiras linguísticas e oceanos, chegaram a muitos países da Europa, da América, da África, da Ásia e da Oceania… e lá vão construindo o seu caminho de bem-fazer em prol da família. A Portugal chegaram em 1955, com a criação da equipa Lisboa 1. O reconhecimento oficial do Movimento data de 1957, com o reconhecimento da equipa Porto 1.
Reconhecido pela Santa Sé como uma Associação Privada Internacional de Fiéis de Direito Pontifício, este Movimento, as ENS, são constituídas por 5 a 7 casais e um Sacerdote Conselheiro Espiritual. Casais cristãos que querem crescer no amor a Deus, no amor mútuo, no amor aos filhos e aos outros, um projeto para toda a vida. Acreditam na força da entreajuda tanto na oração, como na reflexão e na vida. Escutar a Palavra de Deus, praticar a oração pessoal, conjugal e familiar, dialogar em casal e ter propósitos de conversão e de aprofundamento espiritual, são as propostas que o Movimento lhes faz nesta arte de viver cristãmente no casamento e nas tarefas quotidianas. São, sem dúvida, uma escola de formação para os casais cristãos unidos pelo Sacramento do Matrimónio. É um Movimento de espiritualidade conjugal cujo objetivo é ajudar os casais a viver plenamente o Sacramento do Matrimónio anunciando ao mundo a sua importância, riqueza e valores. A equipa reúne-se mensalmente num encontro de oração, partilham o estudo de um tema de formação cristã para se entreajudarem numa caminhada com Cristo.
O seu Encontro Internacional, este ano, é em Fátima. Milhares de equipistas ali marcam presença vindos dos mais variados locais do mundo numa manifestação de verdadeira internacionalidade do Movimento.
No Sínodo dos Bispos sobre a Família, reafirmou-se que esta, a família cristã, não deve ser apenas destinatária da evangelização, deve sentir-se família em missão. E que tanto bem poderia acontecer nas famílias e entre as famílias, se elas, crentes e evangelizadoras, se organizassem para serem fermento renovado e renovador!...
As grandes obras sempre nasceram pequeninas! Assim aconteceu com as Equipas de Nossa Senhora. Nasceram pela iniciativa de uma pessoa que atenta à voz do Espírito, foi capaz de discernir, de ser persistente, de contagiar e envolver. Milhares de famílias já usufruíram desta iniciativa ao longo dos tempos. Muitas outras, hoje, também usufruem e agradecem! Investir na família é tão importante quão necessário. Não provoca falências e os lucros são inimagináveis. A traça e a ferrugem não corroem essa riqueza. Os ladrões não a conseguem assaltar nem roubar. É a melhor herança que os pais podem deixar aos seus filhos!
Sei que é difícil convencê-las disso. No entanto, sem as famílias, não é possível investir na família, a Evangelização não se fará!...
D.Antonino Dias- Bispo de Portalegre Castelo Branco
Portalegre, 13-07-2018.
sexta-feira, 13 de julho de 2018
Porque te refugias, Mundo?
Porque te refugias, Mundo?
Sou eu, és tu, somos nós que nos refugiando no nosso umbigo estamos a obrigar que muitos se tornem verdadeiros refugiados.
Não se refugiam da vida, porque dão testemunho de uma vida autêntica, mas a verdade é que não os deixamos viver. Não lhes damos a devida dignidade.
Refugiam-se, porque não têm quem lhes termine a guerra. Refugiam-se, porque não têm quem lhes dê o devido valor. Refugiam-se, por destruírem todos os seus sonhos. Refugiam-se, porque vivem num mundo onde o massacre, o desrespeito e o dinheiro são idolatrados. Refugiam-se, porque não têm quem lhes olhe, quem lhes abrace e quem lhes acolha possibilitando uma vida sem mais fugas.
Não podemos continuar a fugir da humanidade a que todos somos chamados a defender. Temos a obrigação de sair do nosso conforto, para que a única oferta, àqueles que pedem uma oportunidade, não seja apenas uns meros metros quadrados regidos por imensas regras sem que possam viver a sua liberdade.
Os tempos mudaram e continua a não valer tudo, no entanto permanece a premissa de que todos valem. Todos, sem exceção! Por isso, temos de sair para o mundo causando a diferença que queremos, levando a nossa presença como sinal de ajuda e de verdadeira humanidade.
Não nos refugiemos mais. Não deixemos que o medo nos atormente. Não fujamos das nossas responsabilidades como verdadeiros cidadãos do Mundo!
E para isso, devemos começar pelo nosso meio. Comecemos, efetivamente, pela nossa casa para que a nossa forma de ser e de estar inquiete aqueles que connosco vivem e convivem.
Façamos da nossa vida uma verdadeira missão. Não uma missão para bendizer a nossa condição, mas para que seja fruto de uma verdadeira salvAção!
Que a nossa vida de cristão seja de permanente missão para uma verdadeira humanização.
quinta-feira, 12 de julho de 2018
Deus da alegria
Por vezes parece que proclamamos um Deus da morte. Andamos de cabisbaixo. Os nossos cânticos não espelham alegria alguma e quando saímos da Eucaristia parece que fomos buscar um peso ainda maior para as nossas vidas em vez de renovarmos a esperança n'Aquele que tudo pode.
E, caros amigos, nisto os ateus têm toda a razão: "Como podem proclamar o vosso Deus e a Ressurreição sem alegria?".
Fazemos da nossa fé algo que não nos é pedido por Ele. Acreditamos que para se ter muita fé é preciso sofrer ou ser-se muito rígido na hora da celebração, pois só assim é que há dignidade. Achamos que é preciso bater muitas vezes com a mão no peito, porque não há outra forma de estar diante do Senhor. Ainda está muito presente a ideia de que "quem tem muito riso tem pouco siso", mas se assim fosse como poderia Jesus ter cativado milhares e milhares de pessoas? Se assim fosse, como poderiam as crianças gostar d'Ele?
Aposto que as crianças corriam e andavam à Sua volta não por ser "tudo à grande", mas por ter uma atitude e uma presença simpática, de quem ri e sorri quando o ambiente assim lhe pede e que chora e abraça quando é necessário.
Assim sendo, não podemos fazer da nossa fé um verdadeiro fardo, nem muito menos transmitirmos isso para o mundo. A nossa fé cristã deve ser sinal de esperança e de alegria. Deve ser fonte de água viva. Deve ser fonte de vida!
Deve dar esperança por sabermos que não caminhamos sós e deve espalhar a alegria, por termos a certeza de que a vida será sempre muito mais do que aquilo que vemos.
O nosso Deus é um Deus da alegria. Duvidam disso? Olhem para toda a nossa humanidade e vejam se a nossa própria criação não é verdadeiro sinal do Seu sentido de humor.
Deus não chora apenas. Deus também ri. E porquê? Porque Deus estando verdadeiramente nunca pode ficar indiferente a qualquer situação.
Tenhamos a audácia de espalharmos a alegria de um Deus que ama infinitamente e que nos fez somente para a felicidade. Desmanchemos a ideia de um Deus ditador, que apela ao sofrimento e que olha somente para os bonzinhos.
Deus está em tudo e em todos.
O meu Deus, revelado em Jesus Cristo, é um Deus de alegria manifestada num amor cheio de euforia!
terça-feira, 10 de julho de 2018
FORÇA DE DEUS
https://www.youtube.com/watch?v=CHreN8UiSb4
Ele dá forças ao cansado e enche de vigor o fraco.
Até os adolescentes se cansam e se fatigam,
e os jovens tropeçam e vacilam.
Mas aqueles que confiam no Senhor renovam as suas forças.
Têm asas como a águia, correm sem se cansar,
marcham sem desfalecer.
Is 40, 29-31
Ainda que o meu corpo e o meu coração desfaleçam,
Deus será sempre o meu refúgio e a minha herança.
Sl 73, 26
E toda a multidão procurava tocar-lhe,
pois emanava dele uma força que a todos curava.
Lc 6, 19
Jesus insistiu: «Alguém me tocou,
pois senti que saiu de mim uma força.»
Lc 8, 46
E Eu vou mandar sobre vós o que meu Pai prometeu.
Entretanto, permanecei na cidade até serdes revestidos
com a força do Alto.
Lc 24, 49
Mas ides receber uma força,
a do Espírito Santo, que descerá sobre vós,
e sereis minhas testemunhas em Jerusalém,
por toda a Judeia e Samaria
e até aos confins do mundo.
Act 1, 8
O SENHOR é a minha força e o meu escudo;
nele confiou o meu coração
e Ele socorreu-me;
por isso, hei-de louvá-lo de todo o coração.
Sl 28, 7
Que o Deus da esperança vos encha de toda
a alegria e paz na fé, para que transbordeis
de esperança, pela força do Espírito Santo.
Rm 15, 13
A linguagem da cruz é certamente loucura
para os que se perdem mas, para os que se salvam,
para nós, é força de Deus.
1Cor 1, 18
segunda-feira, 9 de julho de 2018
O seu dom espiritual pode ser a oração
Já parou para pensar na importância desta missão?
Eu sempre achei que eu não tinha nenhum dom espiritual. Sempre me perguntei qual seria o dom que Deus me deu. Não tenho aquela voz linda para cantar (apesar de sempre querer muito cantar), nem muito menos tenho dom da pregação.Acho incrível aquelas pessoas que têm a capacidade de lembrar qualquer coisa na Bíblia; e elas lembram o livro, capítulo e até o versículo. Apesar de tocar piano, eu nunca senti que isso era um dom, mas sim muito esforço da minha parte. E essa história de saber qual o dom que eu recebi sempre me incomodou muito e muitas vezes pensei que eu não tinha dom nenhum.
Eu sempre ouvi falar que a oração era um dom espiritual. Mas pra ser bem sincera eu nunca me convenci que esse era um dom. Eu sempre pensei que todos nós sabemos orar e deveríamos orar pelo nosso próximo. Não via muito “uau” nisso. Até que Deus, na sua maravilhosa sabedoria, me mostrou que eu estava completamente errada e que o meu dom espiritual era sim a oração.
Eu sempre gostei de orar e sempre orei muito pelas pessoas. Gosto de orar desde manhã bem cedo até a hora que vou me deitar. Oro enquanto estou indo para o trabalho, quando estou em casa, quando estou passando roupa, cozinhando. Gosto de conversar com Deus o tempo todo. Mas nunca achei que isso era um dom e muito menos que esse era “o meu dom”. Até que coisas maravilhosas começaram a acontecer.
Comecei a orar mais especificamente por meus amigos e familiares e muita coisa começou a mudar. A cada oração atendida e a cada bênção derramada na vida de alguém me dava mais força de vontade para continuar orando. Aí comecei a orar por aquelas pessoas que eu não conheço. Sempre que estou na rua por exemplo e alguém passa por mim, o Espírito Santo toca o meu coração e me pede para orar por aquela pessoa. E é isso que eu faço, eu oro.
Aprendi que a oração é um dom lindo vindo de Deus e que essa ferramenta fortíssima pode mudar vidas, trazer bênçãos e transformar histórias. E o mais legal disso tudo é que não tem hora e nem lugar para colocar esse dom em prática. Podemos elevar o nosso pensamento a Deus e interceder por alguém a qualquer hora e em qualquer lugar.
Hoje me sinto uma pessoa extremamente privilegiada e presenteada por Deus. Receber o dom da oração é algo incrível e super recompensador em saber que posso ajudar milhões de pessoas. E o mais maravilhoso disso tudo é que eu não só ajudo as pessoas com as minhas orações mas também sou ajudada durante o processo de orar. Cristo trabalha em meu coração a cada oração que faço. Me sinto mais conectado e ligada ao Pai a cada pedido feito.
Então, se você é como eu, alguém que achou que não tinha recebido nenhum dom espiritual, ore e peça para Deus abrir os seus olhos. Talvez você tenha recebido o mesmo dom que eu e poderá interceder por milhares de vidas. E se você descobrir que a oração também é o seu dom, não perca nem mais um minuto e comece a colocar o seu dom em prática. Deus está ansioso aguardando um pedido seu. Ele quer salvar vidas, unir famílias, curar doenças, abençoar pessoas. Ele só precisa que peçamos. Isaías 65, 24 diz “Antes mesmo de rogarem Eu os atenderei; ainda estarão falando, e Eu já os terei ouvido!”. Você consegue perceber isso? Isso é graça! Deus nos ama tanto que Ele está disposto a ouvir as nossas orações mesmo ainda sendo pecadores. Ele quer que intercedamos por todos aqueles ao nosso redor.
Se você recebeu de Deus esse presente lindo e esse dom maravilhoso da oração, você é uma pessoa privilegiada e Deus está colocando grande responsabilidade em suas mãos. Através de Deus você pode ajudar muitas pessoas e mudar a vida de muita gente. Deus confiou a você esse dom pois Ele sabia que você,pelo sangue de Jesus, abençoaria muitas vidas com suas orações. Se o seu dom espiritual é o dom da oração, ajoelhe agora mesmo e agradeça ao Pai por ter recebido um dom tão lindo e especial. E ore muito, ore incessantemente pois você pode trazer muitas vidas para Jesus pelo simples fato de ter orado por alguém.
O Espírito Santo escolheu alguns para ser apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e ainda outros para pastores e mestres da Igreja (Efésios 4, 11). Mas você foi escolhido para orar. Use esse dom de acordo com a graça de Deus. Você, assim como eu, foi escolhido para interceder pelas pessoas através da oração. Essa é a nossa missão. Essa é a vontade de Deus para nossas vidas. Interceda, clame, rogue. Você verá milagres acontecendo em sua vida e na vida de muitas pessoas. Seja o(a) responsável por esses milagres, seja o(a) responsável por distribuir bênçãos através do sangue derramado na cruz por todos nós. Deus é quem faz o milagre, mas você pode ser o responsável por pedir pelo milagre. Deixe o poder do Espírito Santo agir em sua vida e escolha hoje abençoar vidas. Ore, ore muito, pois este é o seu dom!
Fonte:
https://pt.aleteia.org/…/o-seu-dom-espiritual-pode-ser-a-o…/
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