Chegará o dia. Onde tudo estará preparado e onde a alegria reinará. Será o riso a dar bom nome à vida. Viverá a plenitude diante de todos os que aventurarão viver para além da aparência.
Chegará o dia. Onde o dia não terminará, onde o entardecer se alongará por mais uma dúzia de conversas e um ou outro brinde cheio de entusiasmo e felicidade. Os olhares serão eternizados num agora repleto de amizade e intimidade. Os abraços serão aconchegos permanentes que nos farão deleitar sobre a nossa realidade. E os toques dar-nos-ão a confirmação de que nada disto será uma irrealidade.
Chegará o dia. Onde as histórias nos levarão aos sonhos que um dia foram arrumados e que nos deixaram para sempre desarrumados. Recuperaremos a vontade de viver através do sonho. A imaginação e a vontade de querermos ser mais permitirá que nos aprofundemos. Os nossos passos serão marcas de uma nova aurora e as promessas se realizarão num misterioso pôr de sol.
Chegará o dia. Não saberemos que ele terá chegado até nos abrirmos para ele. Não bastará a nossa visão para o vivermos. Necessitaremos dos sentidos do coração para que nos apercebamos da sua grande bênção. Aí encontraremos a sua beleza dispersa por toda a (nossa) natureza. Terá iniciado o dia de todos os dias. O dia onde o chamamento nos levará à exultação.
Chegará o dia. Onde a luz nos iluminará por completo porque nos teremos encontrado. O brilho nos levará ao encontro da comunhão e a sua intensidade motivará ao reencontro daqueles a quem um dia nos foram tirados.
Emanuel António Dias
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