Seria ingénuo não acreditar que aquilo que fazemos e decidimos tem influência no mundo que nos rodeia. Claro que é mais fácil pensar, especialmente para o que nos convém, que o que eu faço fica comigo. Sabemos que não é assim. Sabemos que o que fazemos, o que escolhemos, o que dizemos e o que mostramos pode ter um efeito tremendo à nossa volta. Normalmente, Deus não nos dá essa consciência na totalidade para que não fiquemos arrogantes e órfãos de humildade.
Tomar decisões é dos maiores desafios que temos, que encontramos e com que nos confrontamos ao longo da vida. Uma decisão é como um pré-caminho. Como um colocar a mochila às costas para ver o que virá.
Ainda que não saibamos o que está mais à frente no caminho, arriscamos?
Ainda que o mundo nos chocalhe os valores, os princípios e as raízes, vamos em frente?
Ainda que vença o dinheiro, o poder, a fama e a popularidade, somos capazes de ir em contramão?
Ainda que a própria vida nos mude os sentidos e os velhos planos, somos capazes de abraçar o que estiver para vir?
Ainda que aquilo que queríamos não possa ser para nós, somos capazes de nos adaptar?
A diferença entre uma decisão e uma reação é que a primeira pode ser ponderada, vivida, acolhida e (até!) amada. A segunda é uma consequência atrapalhada de não ter tido coragem para a primeira. Nem uma nem outra nos guardam (ou impedem) de sofrer. No entanto, quando decidimos o poder e a coragem são nossos. Quando reagimos podemos perder o Norte. E o Sul.
Assim sendo, decides ou reages?
Marta Arrais
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