D.Antonino Dias, Bispo Diocesano
Falámos, na semana passada, da importância de batizar as crianças, uma prática imemorável na Igreja. O Batismo é, de facto, o fundamento, o pórtico de toda a vida cristã. É Dom, é graça, é unção, é iluminação, é veste de incorruptibilidade; é banho de regeneração; é selo, porque nos guarda; é o mais belo, o mais preciso e magnífico dos dons de Deus (cf. CIC 1216). Sem pecado, Jesus fez-se batizar por João: o Pai manifesta Jesus como seu ‘Filho muito amado’. Cristo purifica a água para que a água nos purificasse; quer que o homem novo nasça das águas purificadoras; cumpriu a Lei, fazendo ele mesmo o que nós, por ordem sua, deveríamos fazer: celebrar o Batismo que Ele instituiu para nós. A Igreja, na pessoa dos Apóstolos, foi por Ele enviada: “Ide, fazei discípulos de todas as nações; batizai-os em nome do Pai e do f ilho e do Espírito Santo e ensinai lhes a cumprir tudo quanto vos mandei”. No Batismo está, em embrião, a identidade cristã. Dele deriva o primado da fé, o chamamento à santidade, o acesso à verdadeira liberdade, a participação no mistério pascal, a configuração com Cristo, incorpora na Igreja, estrutura a existência, marca o cristão com um selo espiritual indelével, indestrutível, irrepetível. Por mais longa que seja a nossa vida é sempre muito curtinha para agradecer a graça do Batismo.
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