domingo, 6 de outubro de 2024

Amor, fonte de união!

 



A liturgia do 27.º domingo comum revela o plano de Deus para o homem e para a mulher: Deus criou-os para se amarem, chamou-os a caminhar de mãos dadas, desafiou-os construir um projeto comum de felicidade baseado na entrega total um ao outro e na comunhão plena das suas vidas.

A primeira leitura diz-nos, com imagens cheias de cor e de poesia, que foi Deus que inventou o amor. Deus criou o homem e a mulher e colocou-os um ao lado do outro para se amarem, para partilharem a vida, para serem auxílio um do outro, para se ajudarem e completarem mutuamente. É no amor que os une que eles encontrarão a sua vocação e a sua plena realização.

O plano de Deus para o homem e para a mulher concretiza-se quando os dois, ligados pelo amor que sentem um pelo outro, se comprometem diante de Deus, da sociedade e da comunidade cristã, a partilhar a vida e o amor, na entrega total um ao outro, na comunhão total de vidas. Esta comunidade de amor, plenamente assumida e sinceramente vivida, sinaliza e testemunha no mundo a ternura, o carinho, a misericórdia que Deus sente pelos seus queridos filhos e filhas. Como é que vamos construindo, todos os dias, a comunidade de amor a que nos chama a vocação matrimonial? No respeito, na ajuda mútua, no dom de nós próprios àqueles que amamos, no amor fiel e dedicado, no apoio firme à pessoa com quem nos comprometemos a partilhar a vida e o amor? E o nosso compromisso com a pessoa que elegemos para viver a aventura do amor e da partilha de vida é total e sem reservas – na saúde e na doença, nos momentos de alegria e nos momentos de tristeza, na juventude e na velhice, por toda a vida?

No Evangelho Jesus, confrontado com a Lei judaica do divórcio, reafirma o projeto ideal de Deus para o homem e para a mulher: eles foram chamados a formar uma comunidade de amor e a realizarem-se através do amor. Esse projeto exclui, naturalmente, tudo aquilo que é negação do amor: o egocentrismo, o domínio de um sobre o outro, as atitudes e gestos que ferem a dignidade do outro, o uso egoísta do outro. Na “visão” de Deus, o amor verdadeiro não tem prazo; mas tem a marca da eternidade.

Como é que Jesus entende o amor humano? Como é que Ele encara o amor que une um homem e uma mulher? A opinião de Jesus sobre o amor humano está profundamente vinculada com o projeto que o Deus criador tinha para o homem e para a mulher. Ora, Deus criou o homem e a mulher iguais em dignidade e quis que eles caminhassem de mãos dadas ao encontro da felicidade. Por isso, convidou-os a amarem-se, a partilharem a vida, a serem apoio um do outro, a completarem-se um ao outro, a viverem um para o outro; pediu-lhes que esse amor se expressasse em doação, em partilha de vida, em entrega um ao outro, em respeito um pelo outro, em fidelidade mútua; assegurou-lhes que o caminho do amor, vivido dessa forma, lhes traria uma felicidade sem fim. Na perspetiva do Deus criador, um amor vivido assim não é um amor “descartável” e com prazo de validade, mas é um amor que tem a marca da eternidade. Como avaliamos um projeto de amor que tem este horizonte? É possível um amor assim?

A segunda leitura lembra-nos a “qualidade” e a grandeza do amor de Deus pelos homens. Deus amou de tal forma os homens que enviou ao mundo o seu Filho único “em proveito de todos”. Jesus, o Filho, solidarizou-Se com os homens, partilhou a debilidade dos homens e, cumprindo o projeto do Pai, aceitou morrer na cruz para dizer aos homens que a Vida verdadeira está no amor que se dá até às últimas consequências. O amor de Deus pode perfeitamente ser o modelo dos nossos “amores” humanos.

Cristo vestiu a nossa humanidade, veio ao nosso encontro, experimentou a nossa fragilidade, acompanhou-nos nos caminhos da vida, falou-nos na nossa linguagem humana, mostrou-nos em gestos como é que devemos viver para correspondermos ao projeto de Deus para o homem e para encontrarmos Vida verdadeira. Tornou-se um “guia” próximo, interessado, digno de crédito, com quem nos identificamos, que temos vontade de escutar e de seguir, mesmo quando Ele nos aponta caminho difíceis de cruz e de dom da vida. Jesus é a nossa referência? Procuramos segui-l’O sem hesitações, mesmo quando Ele nos propõe caminhos contra a corrente? Confiamos n’Ele incondicionalmente?

www.dehonianos.org

Amor, fonte de união!

 A comunidade é uma reunião de duas ou mais pessoas, tendo o mesmo fim e pondo em prática os mesmos meios para o conseguir. A comunidade conjugal é constituída por duas pessoas que se completam, constituindo uma só unidade. Essa comunidade supõe uma verdadeira comunhão, muito mais perfeita do que uma simples amizade. Isto porque supõe uma unidade corporal, afetiva e espiritual. E a grandeza do matrimônio é o fato de ser uma comunidade de vida e de Amor em Cristo

. Recadinho 

Você contribui para que haja união em sua família?
Você é paciente no ambiente familiar?
Você procura ser bom em casa?
Cite um bom exemplo que se pode dar em casa.
Que lugar ocupa a Bíblia em sua casa? E o crucifixo?

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