No 34.º Domingo do Tempo Comum, celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo. É o corolário do caminho que percorremos ao longo do ano litúrgico. Depois do percurso feito com Jesus, depois de termos escutado as suas palavras e de termos visto os seus gestos, concluímos, proclamamos e confessamos que Ele é o nosso guia, o nosso mestre, o nosso Senhor, a nossa referência fundamental.
A primeira leitura anuncia que Deus vai intervir no mundo, a fim de eliminar a crueldade, a violência e a opressão que marcam a história dos reinos humanos. Através de “filho de homem” que vai aparecer “sobre as nuvens”, Deus vai devolver à história a sua dimensão de “humanidade” e fazer com que os seus filhos caminhem em paz. Os cristãos verão na figura desse “filho de homem”, um anúncio da realeza de Jesus.
O anúncio de um “filho de homem” que virá “sobre as nuvens” para instaurar um reino que “não será destruído” leva-nos a Jesus. Ele veio ao encontro dos homens para lhes propor uma nova ordem, em que os pobres, os débeis, os fracos, os marginalizados, aqueles que não podem fazer ouvir a sua voz nos grandes areópagos internacionais não mais serão humilhados e espezinhados. Jesus, vestindo a pele de um “filho de homem”, introduziu na história uma nova lógica, substituindo a lógica do da arrogância, da prepotência, da ambição e do egoísmo, por uma lógica de amor, de serviço, de doação, de humanidade. É verdade que, mais de dois mil anos depois, o “reino” proposto por Jesus ainda não baniu do mundo, de forma definitiva, a violência e a maldade; contudo, esse “reino” está presente na vida do mundo, como uma semente a crescer ou como o fermento a levedar a massa. Como discípulos de Jesus, assumimos a missão de fazer nascer no nosso mundo e na nossa história o reino da verdade, da justiça e da paz? Procuramos ser testemunhas e arautos do mundo novo, do Reino de Deus?
Na segunda leitura, o autor do Livro do Apocalipse apresenta Jesus como o Senhor do Tempo e da História, o princípio e o fim de todas as coisas, o “príncipe dos reis da terra”, Aquele que há de vir “por entre as nuvens” cheio de poder, de glória e de majestade para instaurar um reino definitivo de felicidade, de vida e de paz. É, precisamente, a interpretação cristã dessa figura de “filho de homem” de que falava a primeira leitura.
No Evangelho, Jesus assume a sua realeza diante de Pilatos, o “prefeito” romano da Judeia. No entanto deixa claro que a sua realeza não assenta em lógicas de poder, de autoridade, de domínio, de ambição, como acontece com os reis da terra. A missão “real” de Jesus é dar “testemunho da verdade”; e concretiza-se no amor, no serviço, no perdão, na partilha, no dom da vida.
O que significa concluirmos o ano litúrgico celebrando a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, rei do universo? Significa que, depois de termos caminhado com Jesus ao longo de um ano inteiro, sentimos que Ele é o nosso verdadeiro guia, o nosso verdadeiro mestre, o nosso verdadeiro Senhor; significa que, depois de termos andado com Ele por tantos caminhos e de termos enfrentado com Ele tantos desafios, confiamos incondicionalmente nas suas orientações e propostas; significa que, depois de termos experimentado a sua amizade e o seu amor, queremos apostar n’Ele toda a nossa vida; significa que, depois de termos caminhado ao ritmo das suas palavras e de termos sido alimentados com o seu Pão, nos sentimos mais fortes, mais livres, mais próximos da vida verdadeira que buscamos; significa que, tendo constatado a centralidade e a importância de Jesus na nossa vida, queremos construir à volta d’Ele toda a nossa existência. Aceitamos a “autoridade” de Jesus, não porque Ele nos impõe o seu poder, mas porque Ele nos toca com o seu amor. Como é que entendemos a realeza de Cristo? Reconhecemos Jesus como o nosso rei?
www.dehonianos.org
Solenidade de Cristo Rei - Ano B
Jesus é enviado do Pai que, pelo Espírito Santo, veio fundar o Reino de Deus na Terra.
Ele recriou o ser humano na “justiça e na santidade da verdade”.
Cristo é a própria verdade e veio ao mundo para dar testemunho da verdade.
Por ele o mundo é salvo.
Recadinho:
Quem é o rei de meu coração?
Com que foi que Jesus conquistou meu reino?
As coisas de Deus têm preferência em minha vida?
Tenho dificuldade em aceitar alguma verdade de fé em particular?
Colaboro na difusão do Reino de Deus?
Com que foi que Jesus conquistou meu reino?
As coisas de Deus têm preferência em minha vida?
Tenho dificuldade em aceitar alguma verdade de fé em particular?
Colaboro na difusão do Reino de Deus?
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