Conhecem aquela música que se canta que diz:
“Tu tens que dar um pouco mais do que tens
Tens que deixar um pouco mais do que há…”
E ficamos todos com o recado de que temos de fazer mais e mais, não é? Eu dou por mim a refletir nisso e a questionar se, nesta enorme barca, todos damos um pouco mais.
Em Igreja sentimos que falta vocações para quase tudo e uns desdobram-se em milhentas tarefas enquanto outros dão o que lhes apetece: nem mais nem menos!
No trabalho é igual, quando nos envolvem na resolução de tarefas, encolhemos os ombros para que não sejamos chamados a capítulo caso corra mal.
Até podia dizer mais qualquer coisa, até podia dar mais uma ajudinha, até podia mas às vezes, simplesmente não nos sentimos capazes. É que nem sempre estamos no sítio certo, rodeados de pessoas certas que nos inspirem a dar mais. E isso também é importante perceber, porque nem sempre, o que temos para dar encontra um recetor capaz de transformar a nossa dádiva em algo poderoso.
Outras vezes, escudamo-nos na falta de tempo que cada vez mais significa ”falta de vontade” e desperdiçamos oportunidades para aprender mais, para poder também ensinar melhor os outros. Ficamo-nos pelo que sabemos, damos, e isso nos basta.
Somos exímios em desculpas para justificar o que damos porque na verdade sentimos que damos sempre pouco.
Mas, quando Jesus nos conta a parábola da viúva que deu esmola, percebemos que nada sabemos sobre a quantia que ela deu, não sabemos se foi muito ou pouco, apenas sabemos que deu tudo o que tinha e isso bastou!
Por isso a questão a fazer é:
E tu amiga será que sabes tudo o que tens para dar?
Raquel Rodrigues
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