sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Um ano do adeus ao Papa Bento XVI

As poucas imagens divulgadas do Papa Emérito nos aproximam daquele que, há um ano, vive recluso no Mosteiro Mater Ecclesiae


Bento XVI, 1° Aniversário da Renúncia

O dia 28 de Fevereiro de 2013 ficou marcado no coração daqueles que, após a renúncia de Bento XVI, acompanharam pelos meios de comunicação a comitiva que o conduziu ao Palácio Pontifício de Castel Gandolfo, onde permaneceu um tempo. Os portões da residência papal se fechando, os aplausos dos fiéis presentes, as últimas palavras do Sumo Pontífice na janela e sua última bênção como Papa fizeram daquele dia um marco na história.

“Já não sou Sumo Pontífice da Igreja Católica: até às oito horas da noite, ainda o sou; depois já não. Sou simplesmente um peregrino que inicia a última etapa da sua peregrinação nesta terra. Mas quero ainda, com o meu coração, o meu amor, com a minha oração, a minha reflexão, com todas as minhas forças interiores, trabalhar para o bem comum, o bem da Igreja e da humanidade. E sinto-me muito apoiado pela vossa simpatia. Unidos ao Senhor, vamos para diante a bem da Igreja e do mundo. Obrigado!”, disse Bento XVI na sacada da residência papal de Castel Gandolfo.

As poucas imagens divulgadas do Papa Emérito nos aproximam daquele que, há um ano, vive recluso no Mosteiro Mater Ecclesiae, dentro do Vaticano. Permanece em nós a certeza das orações silenciosas desse peregrino escondido, que acompanha e sustenta a Igreja. A missão de Bento XVI ainda não acabou, como ele mesmo afirmou antes de se recolher. Ele continua em postura vigilante de oração, apoiando a missão de seu sucessor, Francisco.

A Aleteia preparou um vídeo com as últimas imagens do Papa Emérito, como demonstração de gratidão pelos frutos colhidos na sua doação de vida. Acompanhe e relembre os últimos dias de seu pontificado, momentos inesquecíveis para a Igreja e o mundo.                             www.aleteia.org

Papa: cristão que não é coerente causa escândalo



"Se perante este ateu tu dás testemunho de coerência de vida cristã, alguma coisa começará a trabalhar no seu coração"

O cristão incoerente dá escândalo e o escândalo mata. Essas foram palavras do Papa Francisco ontem na missa em Santa Marta. Tomando como primeiro ponto da sua homilia um crisma administrado durante a Missa, o Santo Padre afirmou que quem recebe este sacramento manifesta a sua vontade de ser cristão. Quem pensa como cristão deve agir como cristão e apontou a leitura da Carta de S. Tiago:

“Ouvimos o Apóstolo Tiago que diz a alguns incoerentes, que se envaideciam de serem cristãos, mas exploravam os seus trabalhadores e diz assim: ‘Olhai que o salário que não pagastes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos está a clamar; e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do universo!’ É forte o Senhor.”

“Quem ouve isto até pode pensar que foi dito por um comunista. Não, disse-o o Apóstolo Tiago! É Palavra do Senhor. É a incoerência. E quando não há coerência cristã e se vive com esta incoerência, faz-se o escândalo. E os cristãos que não são coerentes fazem escândalo.”
Este escândalo de que fala o Papa Francisco começa, desde logo, no tipo de atitude que um cristão deve ter para com os outros: acolher e testemunhar o amor de Deus. E tal como S. Francisco que disse para pregarmos o Evangelho em todo o tempo, se necessário também com as palavras, o Papa Francisco, sem se referir ao “pobrezinho de Assis”, concretizou com um exemplo muito parecido e definidor da atitude de coerência que deve ter um cristão:

“Se tu te encontras – imaginemos – perante um ateu e ele diz-te que não crê em Deus, tu podes ler-lhe toda uma biblioteca, onde diz que Deus existe e mesmo provar que Deus existe, mas ele não terá fé. Mas se perante este ateu tu dás testemunho de coerência de vida cristã, alguma coisa começará a trabalhar no seu coração. Será precisamente o teu testemunho aquilo que o levará a esta inquietude, sobre a qual trabalha o Espírito Santo. É uma graça que todos nós, toda a Igreja deve pedir: ‘Senhor, que sejamos coerentes’.”

(Rádio Vaticano)

Oração do Acólito


 ORAÇÃO DO ACÓLITO
 
Senhor Jesus Cristo,
sempre vivo e presente connosco,
tornai-me digno de Vos servir no altar da Eucaristia, onde se renova o sacrifício da cruz e vos ofereceis por todos os homens.
Vós, que quereis ser para cada um o amigo e o sustentáculo no caminho da vida, concedei-me uma humilde e forte, alegre e generosa, pronta para vos testemunhar e servir.
E porque me chamastes ao Vosso serviço,
permiti que Vos procure e Vos encontre,
e, pelo sacramento do Vosso Corpo e
Sangue, permaneça unido a Vós para
sempre.
Ámen
 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Patrono dos Acólitos de Portugal


A 1 de Maio de 2009, na Peregrinação Nacional de Acólitos, foi solenemente proclamado como Patrono dos Acólitos Portugueses o Beato Francisco Marto.

Francisco Marto, que teria hoje 100 anos de vida, morreu cedo, o encontro definitivo com Deus que adorava deu-se nos seus primeiros 10 anos de vida. Contudo a sua breve vida foi e continua a ser um grande testemunho de fidelidade e de maturidade cristã. Sendo criança mostra-nos, na primeira pessoa, as palavras de Jesus: “é dos que são como crianças, o Reino dos Céus”.

Francisco era uma criança e gostava das coisas de criança. Mas a sua fé era adulta por isso procurava a oração e a contemplação como ocasiões fundamentais para alimentar a fé. Francisco era um contemplativo e tinha na Eucaristia o centro da sua contemplação. Podemos mesmo dizer que Francisco Marto, com os seus verdes anos de vida, foi um grande místico da Igreja.

Um acólito deve olhar para o Beato Francisco como um verdadeiro exemplo de vivência cristã e de exercício do seu ministério do altar. Não tendo sido acólito, ele é na verdade um grande estímulo para quem exerce este ministério.

Que os acólitos mais novos olhem par o Beato Francisco Marto, criança como eles, e como ele sigam com grande devoção e maturidade a fé na simplicidade de uma criança.

Que os acólitos jovens se voltem para Cristo, que o Beato Francisco Marto contemplava, e com a sua juventude saibam crescer na fé e no serviço ao mesmo Cristo.

Que os acólitos adultos sigam o exemplo do Beato Francisco Marto, que na sua fé adulta indicava um verdadeiro sentido de conversão, e como ele sejam adultos na fé, mas com a simplicidade de uma criança.

Que Beato Francisco Marto acompanhe e anteceda junto de Deus todos os acólitos portugueses. Sejam verdadeiros servidores de Cristo presente no Altar e O contemplem e adorem como fonte e força para a Vida!


P. Luís Proença Leal

86º CURSILHO DE CRISTANDADE – HOMENS



MOVIMENTO DOS CURSILHOS DE CRISTANDADE
Diocese de Portalegre e Castelo Branco
86º CURSILHO DE CRISTANDADE – HOMENS


Realizou – se na Casa Diocesana de Mem Soares, o 86º cursilho de cristandade para Homens, tendo tido inicio no dia 20 de Fevereiro, p.p., com o acolhimento e terminado pelas 21 horas do dia 23 do referido mês, com a celebração da Eucaristia na Igreja Matriz de Gavião, presidia pelo Bispo da Diocese, D. Antonino Dias e concelebrada por diversos sacerdotes, oriundos das diversas paróquias de onde provinham os leigos participantes neste cursilho e após cerimónia de encerramento (clausura), que encheu por completo o Cine – Teatro de Gavião.

Era um grupo de 23 homens de diversas origens e profissões e acima de tudo com diferente formação e prática religiosa e com diversas habilitações académicas, em suma, pessoas diferentes, mas unidas num único objectivo: a procura do Senhor no seu 4º dia, o desenvolver e fomentar a sua Fé, a sua Esperança, a sua Caridade, a fim de alcançarem o REINO.
Certamente que, como todos os que já são cursilhistas, para ali entraram com alguma apreensão, incredulidade ou até indiferença.
Mas de lá saíram com outra dinâmica, com outra força, com outra vontade.
Lia-se nos seus rostos, mostraram nos seus testemunhos e alegraram-se com os seus familiares e amigos.
Assim os esperam a família e os amigos, a comunidade paroquial, os outros irmãos nos grupos e nas ultreias, enfim, o seu contributo para a construção da Igreja Universal.
Como escreveu Paulo (Cor. 3,16-23):- …” Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espirito de Deus habita em vós?”.
(José Gravelho)

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Francisco e Bento XVI: Dois papas num consistório para a História


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O consistório para a criação de 19 cardeais que decorreu este sábado no Vaticano fica para a História como o que juntou dois homens de branco: o papa Francisco e o seu antecessor, o papa emérito Bento XVI.

A poucos dias de completar um ano da resignação ao pontificado (28 de Fevereiro de 2013), Bento XVI foi convidado pelo papa Francisco a estar presente no seu primeiro consistório, designação conferida à reunião dos cardeais com o papa.

Bento XVI sentou-se na primeira fila, tendo sido saudado por Francisco quando este entrou na basílica de São Pedro. Diante do seu sucessor, Ratzinger levantou-se e tirou o solidéu.

«A Igreja precisa da vossa coragem, para anunciar o Evangelho em toda a ocasião oportuna e inoportuna, e para dar testemunho da verdade. A Igreja precisa da vossa oração», acentuou Francisco na homilia da missa, dirigindo-se aos cardeais.

No dia em que os católicos assinalam a festa litúrgica da Cadeira de S. Pedro, o papa vincou que a Igreja necessita da «compaixão» dos cardeais, sobretudo num período «de dor e sofrimento em tantos países do mundo».«Queremos exprimir a nossa proximidade espiritual às comunidades eclesiais e a todos os cristãos que sofrem discriminações e perseguições. Devemos lutar contra toda a discriminação. A Igreja precisa da nossa oração por eles, para que sejam fortes na fé e saibam reagir ao mal com o bem. E esta nossa oração estende-se a cada homem e mulher que sofrem injustiça por causa das suas convicções religiosas», apontou.

FotoFrancisco lembrou que Jesus não veio «ensinar uma filosofia ou uma ideologia, mas um caminho», que se aprende «fazendo-a, caminhando», ainda que seja «fácil» nem «cómodo» porque se trata de uma estrada «da cruz», e advertiu: «Se prevalece a mentalidade do mundo, acontecem as rivalidades, as invejas, as facções».
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Na homilia escutaram-se apelos à comunhão, para que os cardeais se tornem cada vez mais «um só coração e uma só alma» e sejam pessoas que façam «a paz» com as suas «obras», «desejos» e «orações».

«Ser discípulo de Jesus é embarcar numa aventura de santidade e de amor, cuja medida é não ter medida e que pode exigir até o dom da vida, como sucedeu e sucede para tantos cristãos no mundo», afirmou o novo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, na mensagem que dirigiu a Francisco, durante a celebração, em nome dos novos membros do Colégio Cardinalício.

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O rito da criação dos cardeais compreende a imposição aos novos purpurados do solidéu e do barrete cardinalício, por parte do papa, que de seguida lhes entrega o anel. Francisco confia a cada novo cardeal uma igreja de Roma como sinal de participação na solicitude pastoral do bispo de Roma na cidade.

Após a entrega da bula de criação cardinalícia e do título ou da diaconia, Francisco deu o abraço da paz aos novos cardeais.
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Papa Francisco com novos cardeais.  AP Photo/L'Osservatore Romano
Rui Jorge Martins
© SNPC | 22.02.14

Dia Diocesano do Acólito


No próximo sábado, dia 1 de Março, celebra -se o Dia Diocesano do Acólito, em Arronches

 Chegou a hora de nos empenharmos em mais uma jornada.
Acólitos de toda a Diocese estarão connosco. As actividades tem início a partir das 9h30,
num vasto programa distribuído pelas diversas idades dos participantes e  culminará  com a
celebração da Eucaristia, na Igreja Matriz, às 16h 30m, presidida pelo nosso Bispo, D. Antonino Dias.

Não haverá a habitual missa das 18:30h na Igreja da Nª Srª da Luz


http://www.youtube.com/watch?v=n8Pz8o2bo3M#t=76

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

NOVOS SERVIDORES DA COMUNIDADE



Ministros Extraordinários da Comunhão
e Ministros Extraordinários da Celebração Dominical na Ausência do Presbítero

Depois de adequada formação, decorreu no passado sábado, dia 15 de fevereiro 2014, o mandato de 12 novos MEC (Ministros Extraordinários da Comunhão) das paróquias de Abrantes (São Vicente), Mação, Penhascoso, Rossio ao Sul do Tejo, Salgueiro do Campo, Nisa, Alagoa, Marvão e Proença-a-Nova e de 7 novos MECDAP (Ministros Extraordinários da Celebração Dominical na Ausência do Presbítero) das paróquias de Belver, Carvoeiro, Envendos, Ponte de Sôr, Nisa, Arronches e Marvão, durante a concelebração da Eucaristia da Missa Vespertina do Domingo VI do Tempo Comum, presidida por D. Antonino Dias, na Sé de Portalegre.
Depois do evangelho, os candidatos foram chamados e apresentados ao Bispo Diocesano e à Diocese. Na palavra que se seguiu D. Antonino Dias referiu que a tarefa da evangelização «não é só trabalho do padre, mas de toda a comunidade… e os MEC e MECDAP têm nessa comunidade uma especial missão de serviço para construir bela a igreja não só não fazendo o mal mas sobretudo escolhendo o bem para serem realmente pessoas livres» e concluiu desafiando a «viver com alegria, com amor e como apóstolos».
De seguida, os candidatos foram interrogados sobre as suas disposições e os presentes na celebração convidados a rezar pelos candidatos que de joelhos acompanharam a oração que por eles foi feita.

Foi este mais um passo da caminhada diocesana em ambiente de vivência sinodal, concretizada com a colaboração de vários sacerdotes e coordenada pelo Secretariado Diocesano de Litúrgica.

sdliturgia -
http://www.portalegre-castelobranco.pt/article.php?cod=1960

Papa: fé que não é colocada em prática não serve



“Podemos recitar o Credo teoricamente, inclusive sem fé, e tem muitas pessoas que fazem assim. Também os demónios! Eles conhecem muito bem o que se diz no Credo”

“Uma fé que não dá fruto nas obras não é fé”. Foi assim que o Papa Francisco iniciou sua homilia na Missa da manhã de sexta- feira na Casa Santa Marta.

Em sua reflexão, Francisco recordou que o mundo é repleto de cristãos que recitam as palavras do Credo, mas não as colocam em prática. Ou de eruditos que catalogam a teologia numa série de possibilidades, sem que esta sabedoria tenha depois reflexos concretos na vida. É um risco para o qual S. Tiago já havia acenado dois mil anos atrás e que o Papa Francisco retomou na homilia, comentando o trecho da carta do Apóstolo. “A sua afirmação é clara: a fé que não dá fruto nas obras não é fé”.

“Também nós erramos muitas vezes quanto a isto. Ouvimos pessoas que dizem: ‘Mas eu tenho tanta fé’, ‘eu acredito em tudo …’. E talvez esta pessoa que diz isso tenha uma vida morna, frágil. A sua fé é como uma teoria, mas não está viva em sua vida (...) É possível conhecer todos os mandamentos, todas as profecias, todas as verdades de fé, mas se isso não é colocado em prática, não acaba em obras, não serve. Podemos recitar o Credo teoricamente, inclusive sem fé, e têm muitas pessoas que fazem assim. Também os demônios! Eles conhecem muito bem o que se diz no Credo e sabem que é Verdade.

O Papa explicou que no Evangelho existem dois sinais reveladores de quem “sabe no que deve acreditar, mas não tem fé”. O primeiro é a “casuística”, representado por aqueles que perguntavam a Jesus se era lícito pagar as taxas ou qual dos sete irmãos do marido deveria se casar com a mulher que ficou viúva. O segundo sinal é a “ideologia”.

“(São) os cristãos que pensam a fé como um sistema de ideias, ideológico: existiam também no tempo de Jesus. O Apóstolo João os chama de anticristo, os ideólogos da fé, independente de sua proveniência. Naquele tempo havia os gnósticos, mas existirão muitos… E assim, esses que caem na casuística ou na ideologia são cristãos que conhecem a doutrina, mas sem fé, como os demônios. Com a diferença de que estes tremem, aqueles não: vivem tranquilos.”

Pelo contrário, recordou o Papa, no Evangelho existem também exemplos de “pessoas que não conhecem a doutrina, mas têm muita fé”. O Pontífice citou três episódios, sendo um deles o da Samaritana, que abre o seu coração porque encontrou Jesus Cristo, e não verdades abstratas.

“A fé é um encontro com Jesus Cristo, com Deus, e dali nasce e leva ao testemunho. É isso que o Apóstolo quer dizer: uma fé sem obras, que não envolva, que não leve ao testemunho, não é fé. São palavras e nada mais que palavras.”

(Rádio Vaticano)

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O que fazer quando os filhos se afastam de Deus?



Obrigar os filhos a praticar a religião não é o melhor caminho

Muitos pais se preocupam quando seus filhos adolescentes ou jovens assumem uma postura negativa diante de Deus, levando em consideração que todos receberam os valores religiosos no lar e, justamente quando conquistaram um pouco de autonomia, liberdade e razão, decidiram rejeitar tudo o que possa representar Deus.

Quando esta situação se apresenta nas famílias, alguns pais podem reagir de maneira coerciva, obrigando seus filhos a ir à Missa ou participar das diversas actividades religiosas. Outros pais optarão por deixar que os filhos se afastem e que voltem a se encontrar com Deus por conta própria.

Conscientes de que esta não é uma tarefa fácil, o importante é agir de maneira adequada, para impedir que esse afastamento vá crescendo, pois muitas vezes as reacções dos pais vai criando mais distanciamento ainda nos filhos.

Antes de explicar o que fazer quando se dá esta problemática, devemos analisar alguns fatores determinantes:

A fé tem etapas

A fé também tem um ciclo natural na vida do ser humano. O Pe. Calixto o descreve assim: "Nossa vivência religiosa passa por quatro etapas: aquela fé da Primeira Comunhão; uma segunda, que vivemos durante a adolescência, repleta de incertezas, altos e baixos; a terceira, na qual a fé parece evaporar e morrer na vida adulta; e talvez uma quarta: a fé recobrada, quando ajudamos os filhos em sua religiosidade".

A rebeldia como característica própria da adolescência

Nesta etapa da vida, os seres humanos passam por uma fase de inconformismo e querem mudar seu statu quo. Muitas vezes, nem sequer sabem contra o que estão se rebelando, mas essa busca de identidade é seu foco, é o que os leva a desestabilizar tudo o que os cerca, inclusive seus pais. Há casos em que não se rebelam diante de Deus, mas sim dos seus pais, que se tornam para eles uma ameaça constante.

Entendendo este contexto, percebemos que a raiz do problema é a busca de identidade, e não necessariamente a rejeição de Deus.

Más influências

Uma pessoa próxima do nosso filho pode estar questionando a fé. Não nos esqueçamos de que, durante a adolescência, os amigos são as pessoas mais influentes na vida dos nossos filhos. E uma má amizade pode causar muito dano. Ao ver seu filho contestando a religião, é recomendável começar indagando sobre seus amigos, convidando-os à casa e tentando ter contacto com suas famílias.

Ao confirmar que é este o problema, o melhor não é proibir tal amizade, e sim usar outras tácticas mais subtis, que possam ir distanciando seu filho da pessoa inconveniente.

Controle extremo

Seus filhos já não são crianças e isso precisa ficar claro. Eles cresceram, podem raciocinar, fazer escolhas e têm poder de decisão, ainda que sejam imaturos. Quando exercemos um controle exagerado sobre eles, eles podem ficar contra nós. Nessa idade, já se supõe que os educamos nos valores e confiamos na educação que lhes demos. Portanto, não é aconselhável obrigá-los a nada nem impor a religião, porque certamente acabarão rejeitando-a.

O que fazer, então?

- Acompanhá-los, nunca deixá-los sozinhos. É preciso acompanhá-los neste processo.

- Nada de censuras e repreensões. Mesmo sabendo que eles estão errados, não é bom fazer comentários que os façam sentir-se mal. O tema de Deus não pode se tornar um pesadelo; o diálogo ameno e positivo dará melhores resultados.

- Exemplo e coerência. Nada educa mais que o exemplo. Precisamos ser coerentes com a Palavra de Deus e fazer que nossos actos estejam de acordo com o que professamos. Se nossos filhos nos vêem tratando bem as pessoas, sendo honestos, respeitosos, responsáveis, pacientes, caridosos, amorosos, eles captarão a mensagem e acabarão aceitando os benefícios de ter Deus na vida.

- Falar-lhes positivamente de Deus, como um amigo, não como um castigador. Precisamos transmitir-lhes os ensinamentos de Deus de forma positiva, pois o Senhor ama todos nós e perdoa nossas falhas. Apresentemos Jesus como seu amigo, seu companheiro, seu protector.

- Rezar pelos nossos filhos. Esta é a melhor coisa que podemos fazer, colocando-os nas mãos de Maria, para que voltem a se aproximar do Senhor.

Fontes: LaFamilia.info

Paz

domingo, 23 de fevereiro de 2014

5.ª Assembleia Diocesana da Pastoral Social



Família, Solidariedade e Estado Social

ABRANTES - 15 de março de 2014
Auditório da Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes
Av. Gen. Humberto Delgado, 1

10,00h - Acolhimento dos participantes

10,30h - Oração
- Sessão de Abertura
- D. Antonino Dias - Bispo Diocesano
- Cón. José da Graça - Pároco de Abrantes
- Elicídio Bilé -Diretor do Secretariado Diocesano da Pastoral Social

11,00h - “A Centralidade da Família nas Políticas Sociais”
Dr. António Bagão Félix - Economista
Moderador: P. Américo Agostinho
12,00h - Debate
12,45h - Almoço
14,30h - “Desemprego, combate prioritário na Região Transfronteiriça”
- Célia Costa - Cáritas Diocesana de Évora
- José Maria Rodriguez Alvarez - Cáritas Diocesana de Salamanca
Moderador: Luis Mamão

15,30h - Debate

16,00h - Pausa

16,30h - “O serviço à Família iluminado pela DSI” - Mesa redonda:
- Maria Cristina Carvalhinho - Conferências de S. Vicente de Paulo
- Anacleto Batista - Santa Casa da Misericórdia de Sardoal
- Anabela Afonso - Cáritas Diocesana de Portalegre - Castelo Branco
- Leonardo Martins - Comissão Diocesana Justiça e Paz
Moderador: Elicídio Bilé

17,15h - Debate

18,00h - Eucaristia


Por outras palavras...


Por outras palavras... 7º domingo do Tempo Comum
agenciaecclesia

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Papa Francisco e cardeais, segundo dia do Consistório



Manhã com 43 intervenções no Consistório onde Papa Francisco e cardeais se reúnem com tema central sobre as famílias

De manhã cerca de 150 cardeais estavam presentes na Aula Paulo VI durante o segundo dia do Consistório. Papa Francisco e o Colégio Cardinalício trataram de assuntos da actualidade com uma certa relevância seja para questões voltadas às famílias, como o empenho da Igreja pela paz e reconciliação através do diálogo inter religioso e obras de caridade.

Padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, durante a colectiva de imprensa de hoje leu a declaração formal do Consistório, assinada por Papa Francisco sobre os problemas actuais do mundo. A declaração ressalta a preocupação do Santo Padre e do Colégio Cardinalício com os cristãos que "em diferentes partes do mundo, são cada vez mais as vítimas de actos de intolerância ou perseguição". O Consistório voltou seu olhar para nações como Ucrânia, Sudão do Sul, Nigéria e África Central “dilaceradas por conflitos internos”. É preocupante também a situação da Síria que parece estar longe de encontrar uma solução pacificadora duradoura.

O Papa anunciou o nome dos três presidentes do próximo Sínodo das Famílias: Cardeal Vingt-Trois, arcebispo de Paris; Cardeal Tagle, arcebispo de Manila; e Cardeal Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida. Com estes três cardeais a equipa que guiará o Sínodo está completa.

Nesta manhã foram realizadas 43 intervenções e outras acontecerão no período da tarde. Há muitas temáticas afrontadas a partir da antropologia cristã e a relação com o contexto da cultura secularizada, que levam adiante visões distintas da família e da sexualidade. Padre Lombardi disse que o clima é “de realismo ao ver a dificuldade da visão cristã numa cultura que segue em outras direcções". Por muitas vezes foi citada a “Teleologia do Corpo” de João Paulo II.

Algumas intervenções foram feitas sobre outros temas como pastoral das famílias, em particular a situação dos divorciados que se casaram novamente e a admissão dos mesmos aos Sacramentos. Não existiu nenhuma decisão sobre o assunto, mas um grande esforço de unir a Palavra de Cristo à misericórdia, com sensibilidade aos vários aspectos.

Clarissa Oliveira ( aleteia)

A Paciência

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É a «paciência» que faz avançar a vida cristã e a Igreja, diz papa Francisco


«A paciência não é resignação» mas faz «amadurecer» a vida, mesmo nos acontecimentos «que não queremos», afirmou hoje o Papa Francisco na missa a que presidiu, no Vaticano.

A meditação do papa centrou-se no primeiro trecho bíblico proclamado nas missas deste dia, a carta de S. Tiago, em que o autor pede aos seus ouvintes e leitores que considerem como «motivo de grande alegria as diversas provações» por que têm passado.

«Parece um convite a ser-se faquir, mas não é assim», sublinhou o papa, citado pela Rádio Vaticano, acrescentando que «quem não conhece esta sabedoria da paciência é uma pessoa caprichosa, como as crianças que são caprichosas», e portanto «não cresce».

A par da tendência de se ser caprichoso, quem não desenvolveu a virtude da paciência confronta-se com a «tentação» da «omnipotência», como ocorreu com os fariseus que pediram a Jesus um sinal do céu, ou seja, «um espectáculo, um milagre» (cf. Artigos relacionados).


«Confundem o modo de agir de Jesus com o modo de agir de um feiticeiro. E Deus não age como um feiticeiro. Deus tem a sua maneira de avançar. A paciência de Deus. Também Ele tem paciência. De cada vez que vamos ao sacramento da Reconciliação, cantamos um hino à paciência de Deus», vincou.

Para Francisco, «a vida cristã deve desenvolver-se sobre a música da paciência, porque ela é precisamente a música dos nossos pais, do povo de Deus», que é chamado a ser «irrepreensível».

O papa, possivelmente recordado da visita que efectuou este domingo a uma paróquia de Roma (cf. Artigos relacionados), lembrou os fiéis «que sofrem, que têm problemas, que têm um filho deficiente ou têm uma doença, mas levam adiante a vida com paciência».

Estas pessoas afligidas por graves problemas, prosseguiu Francisco, não pedem a Deus fenómenos extraordinários mas «sabem ler os sinais dos tempos», o que não acontece com os fariseus, que por causa da sua impaciência «não reconheceram Jesus».

Francisco elogiou a «gente que sofre, que sofre muito, muitas coisas, mas não perde o sorriso da fé, que tem a alegria da fé».

«E esta gente, o nosso povo, nas nossas paróquias, nas nossas instituições – tanta gente – é aquela que leva adiante a Igreja, com a sua santidade, de todos os dias, de cada dia», apontou o papa, antes de voltar citar a carta de S. Tiago.

«Que o Senhor nos dê a todos nós a paciência, a paciência alegre, a paciência do trabalho, da paz, nos dê a paciência de Deus, aquela que Ele tem, e nos dê a paciência do nosso povo fiel, que é tão exemplar», assinalou Francisco ao concluir a homilia.

Rui Jorge Martins
© SNPC | 17.02.14


Amar os inimigos é a proposta de Jesus


www.youtube.com/watch?v=HdYM4L5EghM
Liturgia de 23.02.2014 - 7º Domingo do Tempo Comum

Se você for ouvir pessoas diferentes sobre este discurso de Jesus, vai ter opiniões as mais diversas. A maioria pensa e reage com a lei de talião ou do "olho por olho, dente por dente". A lei de talião (do latim Lex Talionis: lex: lei e talis: tal, parelho), também conhecida como pena de talião, consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena - apropriadamente chamada retaliação, ou revide, ou ainda, vingança. É uma das mais antigas leis existentes.
Como é a proposta de Jesus para superar a vingança? Jesus propõe uma atitude nova, diferente, com o objetivo de eliminar pela raiz o círculo da violência. A resistência ao ofensor ou inimigo não deve ser feita com as mesmas armas usadas por ele, mas através do comportamento que o desarme. Essa é a grande novidade trazida por Jesus - o mandamento do amor - a essência do cristianismo que consiste em amar e perdoar não só aos amigos, mas também aos inimigos.

O que o texto diz para mim, hoje? 

Sinto que minha vida é carregada das cores da Palavra de Deus? Ou ainda tenho vestígios da lei de talião? Minha presença é iluminadora, aponta caminhos de paz, de reconciliação e de amor? Recordo uma frase do papa Bento XVI: " a reconciliação e o perdão são, sem dúvida alguma, condições para construir uma verdadeira paz" (Sacramentum Caritatis, 89).

Oração

Pai, cria em mim um coração dócil ao Espírito, modelando-o segundo o teu modo de ser, e coloca-me no caminho da verdadeira perfeição.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

“Uma pastoral inteligente e corajosa para as famílias”, pede o Papa



“Hoje, a família é desprezada, é maltratada – continuou o Pontífice – e o que se pede a nós é reconhecer a beleza, a autenticidade e bondade que é formar uma família"

Ao contrário do que acontecia no passado, Bergoglio não entrou no final, quando entrariam todos os cardeais (eram cerca de 150), mas foi o primeiro a chegar; desta maneira pôde receber na entrada da sala do Sínodo a cada um dos cardeais, a quem saudou um por um. Entre eles também estavam os arcebispos e prefeitos das Congregações que serão criados cardeais no sábado pela manhã. “Acompanhamos vocês com a oração e o afecto fraterno”, disse o Papa dirigindo o olhar para as últimas filas, na parte esquerda da sala, onde se encontravam.

Francisco recordou que o centro da reflexão será a família, “que é a célula básica da sociedade humana. O Criador abençoou desde o princípio o homem e a mulher para que fossem fecundos e se multiplicassem sobre a terra; assim, a família representa no mundo um reflexo de Deus, Uno e Trino”.

“A nossa reflexão – acrescentou o Papa – terá sempre presente a beleza da família e do matrimonio, a grandeza desta realidade humana, tão simples e ao mesmo tempo tão rica, cheia de alegrias e esperanças, de cansaços e sofrimentos, como toda a vida. Trataremos de aprofundar a teologia da família e a pastoral que devemos empreender nas condições atuais. Façamo-lo com profundidade e sem cair na casuística, porque isto reduziria inevitavelmente o nível do nosso trabalho”. Palavras iluminadoras para compreender o enfoque de Bergoglio sobre a pastoral familiar.

“Hoje, a família é desprezada, é maltratada – continuou o Pontífice – e o que se pede a nós é reconhecer a beleza, a autenticidade e bondade que é formar uma família, ser família hoje; o indispensável que é isto para a vida do mundo, para o futuro da humanidade”. E concluiu com as palavras sobre a necessidade de uma “pastoral inteligente, corajosa e cheia de amor”.

No início, após o canto do Veni Creator Spiritus, o cardeal decano do Colégio, Angelo Sodano, pronunciou uma breve saudação. Depois o Papa e os cardeais rezaram a Hora Terceira. Antes que começasse a palestra do cardeal Walter Kasper, o secretário do Colégio Cardinalício, o arcebispo brasileiro Ilson de Jesus Montanari, deu algumas indicações técnicas. À tarde, começou o debate livre dos cardeais.

Reportagem de Andrea Tornielli, publicada no Vatican Insider. Tradução de André Langer, na IHU On Line.

De noite iremos


www.youtube.com/watch?v=zkjDNdrzj1k
Como habitualmente no último sábado do mês , na Casa Paroquial , às 21H , faremos a Oração de Taizé.

Como saber qual é o meu caminho?



É importante olhar nosso interior, conhecer nossa alma e nossa história, nossas paixões e sonhos, nossa sede, nossas feridas e limitações, nossos dons


Quem sou eu? 
Já nos perguntamos isso várias vezes. Qual é minha missão na vida? Qual é o meu lugar? Às vezes achávamos ter isso claro. Em momentos de crise, a escuridão volta e nós nos perdemos. Sempre temos de voltar ao essencial. Recordar que somos únicos e insubstituíveis. Somos o filho mais amado, o filho predilecto. Deus está enamorado da nossa pequenez.

Queremos descobrir a luz em nossa vida e saber o que temos de fazer com ela. Ser fiéis à nossa missão é o grande desafio. Como podemos saber se estamos fazendo o que Deus quer? Como descobrir sua vontade em meio à penumbra?

O Pe. Kentenich dizia que "a fé simples na divina providência revela a mão, o desejo e a vontade de Deus por trás de tudo, inclusive dos menores acontecimentos".

Precisamos ser filhos da Providência. Quem busca sempre a vontade de Deus "não é um pessimista, mas um realista e, por causa da sua fé na divina Providência, é um teimoso optimista. Por isso, o panorama que se pode ver através da escuridão do tempo é sempre repleto de luz".

Somos optimistas porque nossa vida descansa ancorada no coração de Deus. É nele que nos submergimos. É nele que bebemos dessa água que sacia a sede para sempre. Para isso, é preciso ter muita fé, mas uma fé simples que saiba interpretar os sinais. Mas sem chegar a sobrenaturalizar tudo, querendo explicar tudo a partir de Deus, ou querendo encontrar o demónio agindo quando as coisas não saem como gostaríamos.

Queremos encontrar-nos em Deus, descobrir sua luz em nosso interior, interpretar sua voz, seus desejos. Ele quer que sejamos fiéis ao que somos, à nossa verdade mais profunda. Para descobrir nossa luz interior, precisamos aprender a viver em sua luz. Que sua luz acabe com as sombras.

Mas às vezes nos comparamos e buscamos ser quem não somos. Olhamos os outros e queremos nos destacar naquilo em que eles se destacam.Deus nos ama como somos e seu maior projecto é que sejamos a melhor versão de nós mesmos. Ele não quer que imitemos os outros, que falsifiquemos, que nos massifiquemos. Ele não quer que procuremos fora, mas em nosso interior.

Ele nos ama em seu coração com um nome próprio, precisa de nós como somos. Alegra-se com nosso jeito de ser. Ele deu a cada um de nós um olhar único, uma sensibilidade particular, maravilhosa, diferente. Quer que entreguemos isso para enriquecer outros, para deixar-nos complementar.

O que eu dou, ninguém mais pode dar. Minha história, cheia de luzes e sombras, alegrias e fracassos, é o melhor caminho pelo qual Deus quer se encontrar comigo. É o caminho que me fará santo e feliz, não outro.

É importante olhar nosso interior, conhecer nossa alma e nossa história, nossas paixões e sonhos, nossa sede, nossas feridas e limitações, nossos dons.

Deus nos modelou com amor e quer que nos salvemos amando. Escolheu, com infinito cuidado, as melhores capacidades para mim, para que eu aprenda a amar com elas.

Padre Carlos Padilla ( www. aleteia.org)

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Oração

Vivo o que celebro?




É preciso coerência entre o que celebro na Eucaristia e o que vivo na prática do dia a dia

Na catequese da semana passada, o Papa Francisco introduziu o tema da Eucaristia. A 12 de Fevereiro, ele deu continuidade com uma indagação: “Vivo o que celebro?”. O Papa levou os fiéis a uma reflexão sobre aquilo que celebramos e vivemos.

O texto bíblico desta quarta-feira foi:

“Na noite em que foi traído, tomou o pão e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim. Assim, todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice lembrais a morte do Senhor, até que venha.” (1Cor 11, 23b-26)

Existem sinais concretos que nos levam a compreender se vivemos bem ou não a Eucaristia. O primeiro sinal é nossa consideração com o próximo. “Quando participamos da Santa Missa, nos encontramos com homens e mulheres de todos os tipos: jovens, idosos, crianças, pobres e ricos; oriundos do lugar e estrangeiros; acompanhados das famílias e sozinhos. Mas a Eucaristia que celebro, me leva a sentir todos irmãos e irmãs? Amamos como Jesus quer que amemos aqueles irmãos e irmãs mais necessitados?”

"O segundo sinal é a graça se sentir-se perdoado e pronto a perdoar. Quem celebra a Eucaristia se reconhece necessitado de ser aceito e regenerado pela misericórdia de Deus", disse o Papa, acrescentando espontaneamente: "Se cada um de nós não se sente necessário da misericórdia de Deus, não se sente pecador, é melhor que não vá à Missa. Vamos à Missa porque somos pecadores e queremos receber o perdão de Jesus. Precisamos ir a Missa humildemente como pecadores e o Senhor nos reconcilia".

O terceiro sinal comentado por Francisco diz respeito à relação entre a celebração eucarística e a vida de nossa comunidade cristã. "A Eucaristia é uma acção de Cristo. É Cristo que a a tua, que está sobre o altar. A missão e identidade da Igreja fluem dali, da Eucaristia, e ali tomam forma. A celebração pode ser impecável do ponto de vista da aparência, bonita, mas, se não nos leva a um encontro com Jesus, corre o risco de não levar qualquer nutriente ao nosso coração e à nossa vida."

Concluiu levando esperança aos fiéis: “Vivemos a Eucaristia com um espírito de fé e de oração, de perdão, de arrependimento, de alegria comunitária, de preocupação com as necessidades de tantos irmãos e irmãs, na certeza de que o Senhor cumprirá o que prometeu: a vida eterna
!”.
Clarissa Oliveira -www.aleteia.org/pt

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Ser Forte

A sabedoria do silenciar



O silêncio é valioso, sobretudo quando estamos em uma situação difícil, quando é preciso mais ouvir do que falar


Até os insensatos quando se calam passam por sábios



Sócrates, o sábio filósofo grego, dizia que a eloquência é, muitas vezes, uma maneira de exaltar falsamente o que é pequeno e de diminuir o que é, de fato, grande. A palavra pode ser mal-usada, mascarada e empregada para a dissimulação. É por isso que os sábios sempre ensinaram que só devemos falar alguma coisa “quando as nossas palavras forem mais valiosas que o nosso silêncio”. A razão é simples: nossas palavras têm poder para construir ou para destruir. Elas podem gerar a paz, a concórdia, o conforto, o consolo, mas podem também gerar ódio, ressentimento, angústia, tristeza e muito mais. “Mesmo o estulto, quando se cala, passa por sábio, por inteligente, aquele que fecha os lábios” (Pr 17,28).

O silêncio é valioso, sobretudo quando estamos em uma situação difícil, quando é preciso mais ouvir do que falar, mais pensar do que agir, mais meditar do que correr. Tanto a palavra quanto o silêncio revelam o nosso ser, a nossa alma, aquilo que vai dentro de nós. Jesus disse que “a boca fala daquilo que está cheio o coração” (cf. Lc 6,45). Basta conversar por alguns minutos com uma pessoa que podemos conhecer o seu interior revelado em suas palavras; daí a importância de saber ouvir o outro com paciência para poder conhecer de verdade a sua alma. Sem isso, corremos o risco de rotular rapidamente a pessoa com adjectivos negativos.

Sabemos que as palavras são mais poderosas que os canhões; elas provocam revoluções, conversões e muitas outras mudanças. A Bíblia, muitas vezes, chama a nossa atenção para a força das nossas palavras. “Quem é atento à palavra encontra a felicidade” (Eclo 16,20). “O coração do sábio faz sua boca sensata, e seus lábios ricos em experiência” (Eclo 16, 23). “O homem pervertido semeia discórdias, e o difamador divide os amigos” (Eclo 16,28). “A alegria de um homem está na resposta de sua boca, que bom é uma resposta oportuna!” (Pr 15,23).

Quanta discórdia existe nas famílias e nas comunidades por causa da fofoca, das calúnias, injúrias, maledicências! É preciso aprender que quando errarmos por nossas palavras, quando elas ferirem injustamente o irmão, teremos de ter a coragem sagrada de ir até ele pedir perdão. Jesus ensina que seremos julgados por nossas palavras: “Eu vos digo: no dia do juízo os homens prestarão contas de toda palavra vã que tiverem proferido. É por tuas palavras que serás justificado ou condenado” (Mt 12, 36).

Nossas palavras devem sempre ser “boas”, isto é, sempre gerar o bem-estar, a edificação da alma, o consolo do coração; a correcção necessária com caridade. Se não for assim, é melhor se calar. São Paulo tem um ensinamento preciso sobre quando e como usar a preciosidade desse dom que Deus nos deu que é a palavra: “Nenhuma palavra má saia da vossa boca, mas só a que for útil para a edificação, sempre que for possível, e benfazeja aos que ouvem” (Ef 4, 29).

Erramos muito com nossas palavras; mas por quê?

Em primeiro lugar porque somos orgulhosos, queremos logo “ter a palavra” na frente dos outros; mal entendemos o problema ou o assunto e já queremos dar “a nossa opinião”, que muitas vezes é vazia, insensata, porque imatura, irreflectida. Outras vezes, erramos porque as pronunciamos com o “sangue quente”; quando a alma está agitada. Nesta hora, a grandeza de alma está em se calar, em conter a fúria, em dominar o ego ferido e buscar a fortaleza no silêncio.

Fale com sinceridade, reaja com bom senso e sem exaltação e sem raiva e expresse sua opinião com cautela, depois que entender bem o que está em discussão. Muitas vezes, nos debates, estamos cansados de ver tanta gente falando e poucos dispostos a ouvir. Os grandes homens são aqueles que abrem a boca quando os outros já não têm mais o que dizer. Mas, para isso, é preciso muito exercício de vontade; é preciso da graça de Deus porque a nossa natureza sozinha não se contém.

Deus nos fala no silêncio, quando a agitação da alma cessou; quando a brisa suave substitui a tempestade; quando a Sua palavra cala fundo na nossa alma; porque ela é “eficaz e capaz de discernir os pensamentos de nosso coração” (cf Hb 4,12).
Prof. Felipe Aquino
(Cléofas)

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Frases inspiradoras do Papa Francisco sobre Maria





Maria, mãe da esperança

“A esperança é a virtude daqueles que, experimentando o conflito, a luta diária entre a vida e a morte, entre o bem e o mal, crêem na Ressurreição de Cristo, na vitória do Amor. Escutamos o canto de Maria, o Magnificat: é o cântico da esperança, é o cântico do Povo de Deus no seu caminhar através da história. É o cântico de muitos santos e santas, alguns conhecidos, outros, muitíssimos, desconhecidos, mas bem conhecidos por Deus: mães, pais, catequistas, missionários, padres, freiras, jovens, e também crianças, avôs e avós; eles enfrentaram a luta da vida, levando no coração esperança dos pequenos e dos humildes.” (Homilia de 15 de Agosto de 2013)

Mestra dos discípulos de Cristo

“A Igreja, quando busca Cristo, bate sempre à casa da Mãe e pede: ‘Mostrai-nos Jesus’ de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado. E, por isso, a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria. Queridos amigos, viemos bater à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora Ela nos pede: ‘Fazei o que Ele vos disser’ (Jo 2,5). Sim, Mãe, nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria.” (Homilia de 24 de julho de 2013)

Maria e a vida no Espírito Santo

“A Virgem Maria ensina-nos o que significa viver no Espírito Santo e o que significa acolher a novidade de Deus na nossa vida. Ela concebeu Jesus por obra do Espírito, e cada cristão, cada um de nós, está chamado a acolher a Palavra de Deus, a acolher Jesus dentro de si e depois levá-lo a todos. Maria invocou o Espírito com os Apóstolos no cenáculo: também nós, todas as vezes que nos reunimos em oração, somos amparados pela presença espiritual da Mãe de Jesus, para receber o dom do Espírito e ter a força de testemunhar Jesus ressuscitado.” (Regina Coeli, 28 de Abril de 2013)

Maria, ícone da fé

“No contexto do Evangelho de Lucas, a menção do coração bom e virtuoso, em referência à Palavra ouvida e conservada, pode constituir um retrato implícito da fé da Virgem Maria; o próprio evangelista nos fala da memória de Maria, dizendo que conservava no coração tudo aquilo que ouvia e via, de modo que a Palavra produzisse fruto na sua vida. A Mãe do Senhor é ícone perfeito da fé, como dirá Santa Isabel: ‘Feliz de ti que acreditaste’ (Lc 1, 45).” (Lumen Fidei, 58)

Maria, mãe do Filho de Deus
“Pelo seu vínculo com Jesus, Maria está intimamente associada com aquilo que acreditamos. Na concepção virginal de Maria, temos um sinal claro da filiação divina de Cristo: a origem eterna de Cristo está no Pai, Ele é o Filho em sentido total e único, e por isso nasce, no tempo, sem intervenção do homem. Sendo Filho, Jesus pode trazer ao mundo um novo início e uma nova luz, a plenitude do amor fiel de Deus que Se entrega aos homens. Por outro lado, a verdadeira maternidade de Maria garantiu, ao Filho de Deus, uma verdadeira história humana, uma verdadeira carne na qual morrerá na cruz e ressuscitará dos mortos. Maria acompanhá-Lo-á até à cruz (cf. Jo 19, 25), donde a sua maternidade se estenderá a todo o discípulo de seu Filho (cf. Jo 19, 26-27). Estará presente também no Cenáculo, depois da ressurreição e ascensão de Jesus, para implorar com os Apóstolos o dom do Espírito (cf. Actos 1, 14). O movimento de amor entre o Pai e o Filho no Espírito percorreu a nossa história; Cristo atrai-nos a Si para nos poder salvar (cf. Jo 12, 32). No centro da fé, encontra-se a confissão de Jesus, Filho de Deus, nascido de mulher, que nos introduz, pelo dom do Espírito Santo, na filiação adoptiva (cf. Gl 4, 4-6).” (Lumen Fidei, 59)

sources: Aleteia

Podemos ser bons sem Deus e sem a Igreja?



Todo ser humano anseia pelo bem em seu coração, mas há algo na fé que faz a diferença


Podemos ser bons sem Deus?, pergunta o apologista católico Todd Aglialoro em seu blog. E responde dizendo que, sem dúvida, há pessoas não crentes que são boas pessoas, mas que ter fé faz uma grandíssima diferença. E dá quatro poderosas razões:

1. Deus determina o que é bom. Por nós mesmos, poderíamos considerar bom roubar ou matar, seria o caos. Só Deus tem autoridade para definir o que é bom.

2. Deus oferece uma perspectiva eterna. Saber que o que fazemos aqui determina onde passaremos a eternidade nos motiva a ser bons, ao contrário de quem pensa que não existe um Deus a quem um dia prestará contas.

3. Deus nos dá um verdadeiro humanismo. Todos nós amamos nossos entes queridos e ajudamos os necessitados, mas os crentes estão dispostos a fazer algo que muitos não crentes consideram insensato e inclusive repulsivo: amar os inimigos, perdoar, fazer o bem a quem nos fez um mal, defender a vida da concepção até seu fim natural.

4. Deus dá sua graça. Todos nós pecamos, mas os crentes contam com a graça de Deus para livrar-se do pecado.

O apologista conclui que precisamos de Deus para ser verdadeiramente bons.

E há quem pense que só precisa de Deus, mas não da Igreja. Mas será que podemos sem bons sem a Igreja?

Assim como no caso anterior, a resposta é que, para ser verdadeira e plenamente bons, precisamos da Igreja. Consideremos estas quatro razões:

1. A Igreja ajuda a interpretar a vontade de Deus e aplicá-la à nossa vida quotidiana. Conhecemos Deus por meio da Bíblia, mas a Bíblia pode ter muitas interpretações; há inclusive quem a cita para defender actos ruins. Para entendê-la correctamente e aproveitá-la para bem próprio e alheio, precisamos da Igreja, fundada por Cristo e conduzida pelo Espírito Santo.

2. A Igreja nos integra à grande família de Deus e nos convida a construir e habitar, desde agora, o Reino dos céus. Ela nos incentiva a ser bons, a rezar, a imitar Jesus, a aproveitar os exemplos e ensinamentos de crentes sábios e santos de todos os tempos. Em um mundo para o qual o que é bom se apresenta como mau e vice-versa, a Igreja é uma referência indispensável para não perder a bússola.

3. Na Igreja, aprendemos a pedir perdão e a perdoar, a amar como Cristo nos ama, a fazer o bem a todos. Pertencer à Igreja é pertencer à instituição que oferece mais ajuda humanitária no mundo inteiro, sem distinção de credos, etnias, condição económica, política ou social.

4. A Igreja nos dá, por meio dos sacramentos, a graça divina indispensável para poder cumprir o que Jesus nos pediu (cf. Lucas 6, 35; Mt 5, 48) e ser não só bons, mas santos.

(Artigo publicado originalmente por Desde la Fe)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Papa pede cuidado para não perder a fé por causa de paixões e vaidades



“A Palavra que foi plantada em vocês pode levá-los à salvação. Que a Palavra de Deus nos guarde nesta estrada e nos mantenha afastados da corrupção e da idolatria”

Um cristão pode perder a fé por causa de suas paixões e da vaidade, enquanto um pagão pode se tornar cristão pela sua humildade: este foi o centro da homilia proferida pelo Papa na missa presidida quinta-feira, 13, na Casa Santa Marta.

A meditação do Papa se baseou no Evangelho do dia, em que “uma mulher corajosa” de Cananéia, ou seja, pagã, pediu a Jesus para libertar sua filha do demónio.

“Era uma mãe desesperada e uma mãe, diante da saúde de seu filho, faz de tudo. Jesus lhe disse, duramente: ‘Deixa primeiro saciar os filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos’. A mulher, que certamente não era letrada, respondeu com o ânimo de uma mãe: ‘Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos’. A mulher não teve vergonha e, por sua fé, Jesus lhe fez o milagre”.

“Este é o caminho de uma pessoa de boa vontade, que procura Deus e O encontra. O Senhor a abençoa. Cada dia, na Igreja do Senhor, muitas pessoas fazem este caminho de busca do Senhor, deixando-se conduzir pelo Espírito Santo”.

“No entanto, existe também o caminho oposto. A primeira leitura narra que Salomão era o homem mais sábio da terra, havia recebido de Deus grandes bênçãos, tinha fama e todo o poder; acreditava Nele, mas o que aconteceu? Ele gostava demais de mulheres e suas concubinas lhe desviaram o coração, que começou a seguir outros deuses”.

“Seu coração se enfraqueceu tanto que ele perdeu a fé. O homem mais sábio do mundo se deixou levar por um amor indiscreto; se deixou levar por suas paixões. Ele era capaz de recitar a Bíblia, sim, mas ter fé não significa rezar o Credo. Você pode sabê-lo de cor e ter perdido a fé!”.

“Salomão era pecador como seu pai, Davi, mas o Senhor lhe havia perdoado porque ele era humilde e pediu perdão. Salomão, por sua vez, era ‘sábio’ mas tornou-se corrupto. A semente maligna de suas paixões cresceu no coração de Salomão e o levou à idolatria. “É no coração que se perde a fé!”.

“Acolham com docilidade a Palavra” – aconselhou Francisco, lembrando o Aleluia. “A Palavra que foi plantada em vocês pode levá-los à salvação. Sigamos o caminho daquela mulher de Cananéia. Que a Palavra de Deus nos guarde nesta estrada e nos mantenha afastados da corrupção e da idolatria!”.

(Rádio Vaticano)

"Só em Deus descansa a minha alma"



Taizé - O Jésus, ma joie
www.youtube.com/watch?v=tRBwvt9Dw2s

Ó Jesus, minha alegria, que Deus nos envia, apoiar as nossas vidas.
 Se nossos problemas dentro de nós se machuca, seu amor cura.
 Nos nossos corações é a sua felicidade,a cada dia  nos ilumina e nos libera.

"Só em Deus descansa a minha alma"
Do salmo 62:

"Só em Deus descansa a minha alma,
dele vem a minha esperança.Só Ele é o meu refúgio e salvação,
a minha fortaleza; jamais serei abalado.

Em Deus está a minha salvação e a minha glória,
Ele é o meu rochedo seguro e o meu refúgio.
Confiai nele, ó povos, em todo o tempo,
desafogai nele o vosso coração.
Deus é o nosso refúgio.Na verdade, os homens são como um sopro de vento,
e uma mentira, os seres humanos;
postos na balança, logo vêm acima;
todos juntos são mais leves do que um sopro.Não confieis na violência,
nem confieis no que roubais;
se as vossas riquezas crescerem,
não lhes entregueis o coração.Mais que uma vez eu ouvi
a palavra que Deus disse:
"A Deus pertence o poder."A ti, Senhor, pertence a bondade,
pois Tu recompensas cada um segundo as suas obras."
                                                        


Senhor, nesta manhã, quero pedir-te sabedoria!
A sabedoria que apenas Tu és capaz de dar!
Sabedoria para ver os teus dons semeados e a crescer
nos canteiros do mundo:
- a beleza de flores e frutos
- o encanto traquina de uma criança
- o sorriso de ternura de uma mãe
- os braços protetores de um pai
- os sonhos esperançosos de um jovem
- a sapiência serena de um idoso
- a paz feita de gestos de fraternidade…

Sabedoria para escolher sempre os caminhos do Evangelho:
- caminhos de VIDA,
- caminhos de PAZ,
- caminhos de AMOR!

Sabedoria para rezar como Tu:
“Pai, faça-se em mim a Tua vontade…”

Senhor, hoje, Te peço:
“Dá-me a sabedoria que só Tu sabes dar”

&nb sp; Pe Manuel Santos
(RR, 12-02-2014)

(MF)