quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Ano Novo

VENCE A INDIFERENÇA E CONQUISTA A PAZ



Em pleno ambiente de guerra fria, em que as potências disputavam a hegemonia política, económica e militar e o mundo vivia sob a ameaça da guerra das estrelas, o Papa Paulo VI, em 1968, instituiu, no primeiro dia de cada ano, o Dia Mundial da Paz. Desde então, os Papas têm redigido, em cada ano, uma Mensagem especial para este dia. Francisco não foge à regra e sujeitou a Mensagem deste ano ao mote: VENCE A INDIFERENÇA E CONQUISTA A PAZ.
Como sabemos, a paz é um dom de Deus, confiado aos cuidados e ao trabalho de cada um e de todos nós, sem exceção. Não nos podemos render “à resignação e à indiferença”, perante o sofrimento humano quase sempre causado pelo homem ao próprio homem.
Nessa Mensagem que eu desafio a que seja procurada na NET e lida na íntegra, o Papa alerta para o errado comportamento “de quem fecha o coração desinteressando-se dos outros, de quem fecha os olhos para não ver o que acontece ao seu redor ou se esquiva para não ser abalroado pelos problemas alheios”. Esta atitude da indiferença, diz ele, “carateriza uma tipologia humana bastante difundida e presente em cada época da história; mas, hoje em dia, superou decididamente o âmbito individual para assumir uma dimensão global, gerando o fenómeno da globalização da indiferença”.
Não é a primeira vez que o Papa aborda este tema da indiferença. Desta vez, porém, vem-nos recordar que a “primeira forma de indiferença na sociedade humana é a indiferença para com Deus, da qual deriva também a indiferença para com o próximo e a criação (…) O homem pensa que é o autor de si mesmo, da sua vida e da sociedade; sente-se autossuficiente e visa não só ocupar o lugar de Deus, mas prescindir completamente d’Ele; consequentemente, pensa que não deve nada a ninguém, exceto a si mesmo, e pretende ter apenas direitos.”
Mostrando-se consciente de tanta informação que hoje existe, ele afirma que “Infelizmente, temos de constatar que o aumento das informações, próprio do nosso tempo, não significa, de por si, aumento de atenção aos problemas, se não for acompanhado por uma abertura das consciências em sentido solidário. Antes, pode gerar uma certa saturação que anestesia e, em certa medida, relativiza a gravidade dos problemas”.
“Noutros casos, - continua o Papa - a indiferença manifesta-se como falta de atenção à realidade circundante, especialmente a mais distante. Algumas pessoas preferem não indagar, não se informar e vivem o seu bem-estar e o seu conforto, surdas ao grito de angústia da humanidade sofredora. Quase sem nos dar conta, tornámo-nos incapazes de sentir compaixão pelos outros, pelos seus dramas; não nos interessa ocupar-nos deles, como se aquilo que lhes sucede fosse responsabilidade alheia, que não nos compete.” Esta indiferença denunciada pelo Papa, indiferença que provoca o fechar-se em si e o desinteressar-se pelos outros, acaba por contribuir para a falta de paz com Deus, com o próximo e com a criação, a casa comum. Além disso, tem repercussões na esfera pública e social e anda “de braço dado com uma cultura orientada para o lucro e o hedonismo, favorece, e às vezes justifica, ações e políticas que acabam por constituir ameaças à paz.”
No espírito do Jubileu da Misericórdia, o Papa convida cada um “a reconhecer como se manifesta a indiferença na sua vida e a adotar um compromisso concreto que contribua para melhorar a realidade onde vive, a começar pela própria família, a vizinhança ou o ambiente de trabalho” (…) “Jesus adverte-nos: o amor aos outros – estrangeiros, doentes, encarcerados, pessoas sem-abrigo, até inimigos – é a unidade de medida de Deus para julgar as nossas ações.”




D.Antonino Dias ( Bispo Diocesano)

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

10 santos que nos ensinam a viver o Ano da Misericórdia

Inspire-se no exemplo dos que souberam amar a Deus com todo o coração

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O Jubileu da Misericórdia foi iniciado no dia 8 de dezembro e acontecerá até o dia 20 novembro de 2016. Apresentamos agora uma lista de dez santos cujo testemunho nos animará a viver a misericórdia durante este Ano Santo.

São João Paulo II (1920-2005)

Teve uma juventude muito dura pelo ambiente de ódio e destruição da Segunda Guerra Mundial. Durante seus mais de 25 anos de pontificado, São João Paulo II teve um espírito missionário. Realizou 104 viagens apostólicas fora da Itália e 146 no interior deste país.

Seu amor pelos jovens o levou a iniciar as Jornadas Mundiais da Juventude. Promoveu o diálogo inter-religioso.

Um de seus gestos mais recordados foi pedir perdão pelos pecados da Igreja em toda sua história.

Perdoou ao turco Alí Agca, que atirou nele na Praça de São Pedro, e inclusive o visitou na prisão.

Santa Faustina Kowalska (1905-1938)

A esta santa polonesa, Deus revelou o mistério de sua misericórdia conhecida como o Terço da Divina Misericórdia, cuja festa é celebrada no segundo domingo de Páscoa.

Irmã Faustina teve uma vida de piedade e caridade. No convento foi cozinheira, jardineira e porteira.

Também conseguiu um alto grau de união com Deus e lutou por vencer-se a si mesma e alcançar a santidade.

O Senhor concedeu a Irmã Faustina revelações, visões do céu, do purgatório e do inferno; o dom da profecia, a graça de ler as almas e os estigmas ocultos.

Beata Teresa da Calcutá (1910-1997)

Esta beata albanesa, mas de coração indiano, fundou a pedido de Deus uma congregação religiosa ao serviço dos mais pobres entre os pobres da Índia.

Dedicou-se a percorrer os bairros pobres, visitou famílias, lavou as feridas das crianças e ajudou os necessitados, entre eles os leprosos e os chamados “intocáveis”, a casta hindu mais baixa.

Recebeu o prêmio Nobel da Paz e antes de morrer deixou uma grande obra que continua acolhendo os mais pobres entre os pobres.

Santa Maria Goretti (1890- 1902)

Esta “pequena e doce mártir da pureza”, como a definiu o Papa Pio XII, cresceu em uma família materialmente pobre, mas rica em bens espirituais.

Aos onze anos, Alessandro Serenelli, um jovem sócio de sua família, tentou estuprá-la e, ao ver que a menina resistia, o jovem a esfaqueou 14 vezes.

Consciente de que não iria sobreviver, Maria recebeu os Sacramentos e antes de comungar perdoou de coração o seu assassino e pediu estar com ele no paraíso.

Alguns anos depois Alessandro se converteu e pediu perdão à mãe de Maria Goretti.

Beato Miguel Pró (1891-1927)

Nasceu em uma família rica e tinha um grande senso de humor. Foi ao estrangeiro para estudar no seminário e quando voltou ao México enfrentou a cruel perseguição do governo contra os cristãos.

Começou a celebrar Missas e Adorações ao Santíssimo clandestinas e andava disfarçado para escapar da polícia. Miguel se transformou em um dos líderes da resistência, a qual contribuiu de maneira pacífica, sempre sob o lema “Viva Cristo Rei”.

O presidente Calles o prendeu, acusando-o falsamente. Antes de morrer negou as acusações que lhe foram feitas, ajoelhou-se para rezar e perdoou os seus inimigos.

Padre Pio de Pietrelcina (1887-1968)

Tinha o dom do discernimento, o qual permitiu-lhe ler os corações e as consciências. Por isso muitos fiéis se confessavam com ele, o santo se dedicava a confissão durante muitas horas do seu tempo.

Também recebeu os estigmas.

Como resposta aos estragos causados durante a Segunda Guerra Mundial, fundou os “Grupos de Oração do Padre Pio”. Quando morreu existiam 726 e os quais contavam com 68 mil membros.

Em 5 de maio de 1956 fundou junto a seus amigos a “Casa Alivio do Sofrimento” com o fim de que os doentes se recuperem física e espiritualmente.

Seus inimigos o caluniaram e a Santa Sé tirou-lhe a administração de sua obra. O Padre Pio suportou com paciência esta perseguição até sua morte e manteve seu amor e fidelidade à Igreja.

São Damião de Molokai (1840- 1889)

Este santo, chamado “o leproso voluntário”, foi enviado como missionário ao Havaí, onde aproximadamente a maioria dos habitantes eram protestantes. Começou a pregar com carinho e atendia pessoalmente as necessidades das pessoas. Desta forma, conseguiu que muitos se convertessem. Depois se dirigiu à ilha de Molokai para atender os leprosos, sabendo que o contágio era praticamente inevitável.

Deu-lhes oportunidades de trabalho, foi enfermeiro dos mais abandonados, conseguiu doações, reconstruía as casas derrubadas pelos furacões e inclusive fabricava os ataúdes para os mortos.

Contagiou-se de lepra e morreu em meio a sua grande obra de caridade.

São Oliver Plunkett (1629-1681)

Este bispo irlandês se dedicava a consolar aos aflitos, administrava os sacramentos e enviava um sacerdote quando uma paróquia estava abandonada a fim de que esta não caísse na pobreza ou a perseguição.

Foi acusado falsamente de ter contratado setenta mil irlandeses católicos para assassinar todos os protestantes.

Esteve preso na Torre de Londres, até ser declarado culpado e traidor. Assumiu sua própria defesa e antes de ser enforcado perdoou os seus acusadores e assassinos. Morreu pronunciando o “Miserere”.

São Paulo Miki (1597)

Em meio a perseguição japonesa contra os missionários em 1597, São Paulo Miki e outros 26 católicos foram martirizados. Foi um dos missionários que não fugiu do país, se esconderam, mas foram descobertos e massacrados em Nagasaki.

Antes de seu martírio, afirmou que era japonês, jesuíta e que morria com a honra de ter pregado o evangelho e a verdadeira religião de Deus.

Manifestou que perdoava o rei e todos os que contribuíam no seu martírio. Também pediu por sua conversão.

Beato Carlos da Áustria (1887-1922)

Desde jovem foi muito piedoso e teve um imenso amor pela Eucaristia.

Depois da morte do imperador Francisco José, em 21 de novembro de 1916, Carlos foi nomeado imperador da Áustria e no dia 30 de dezembro foi coroado Rei apostólico da Hungria.

Durante seu reinado, procurou estabelecer a paz no contexto da Primeira Guerra Mundial e desenvolveu sua política interna baseada no ensinamento social cristão.

Além disso, foi o único líder político que apoiou o Papa Bento XV em seus esforços por obter a paz. Graças a isso ele conseguiu estabelecer uma transição a uma nova ordem sem guerra civil. Apesar disso, foi trasladado à Ilha da Madeira (Portugal).

Estando na ilha, ficou doente e ofereceu seu sofrimento como um sacrifício pela paz e unidade dos povos. Antes de morrer, perdoou todos aqueles que não o ajudaram.

Expirou olhando o Santíssimo Sacramento.

(ACIdigital)

domingo, 27 de dezembro de 2015

Natal: mensagem URBI ET ORBI do Papa Francisco




Queridos irmãos e irmãs, feliz Natal!

Cristo nasceu para nós, exultemos no dia da nossa salvação!

Abramos os nossos corações para receber a graça deste dia, que é Ele próprio: Jesus é o «dia» luminoso que surgiu no horizonte da humanidade. Dia de misericórdia, em que Deus Pai revelou à humanidade a sua imensa ternura. Dia de luz que dissipa as trevas do medo e da angústia. Dia de paz, em que se torna possível encontrar-se, dialogar, e sobretudo reconciliar-se. Dia de alegria: uma «grande alegria» para os pequenos e os humildes, e para todo o povo (cf. Lc 2, 10).

Neste dia, nasceu da Virgem Maria Jesus, o Salvador. O presépio mostra-nos o «sinal» que Deus nos deu: «um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura» (Lc 2, 12). Como fizeram os pastores de Belém, vamos também nós ver este sinal, este acontecimento que, em cada ano, se renova na Igreja. O Natal é um acontecimento que se renova em cada família, em cada paróquia, em cada comunidade que acolhe o amor de Deus encarnado em Jesus Cristo. Como Maria, a Igreja mostra a todos o «sinal» de Deus: o Menino que Ela trouxe no seu ventre e deu à luz, mas que é Filho do Altíssimo, porque «é obra do Espírito Santo» (Mt 1, 20). Ele é o Salvador, porque é o Cordeiro de Deus que toma sobre Si o pecado do mundo (cf. Jo 1, 29). Juntamente com os pastores, prostremo-nos diante do Cordeiro, adoremos a Bondade de Deus feita carne e deixemos que lágrimas de arrependimento inundem os nossos olhos e lavem o nosso coração. Disto todos temos necessidade.

Ele, só Ele, nos pode salvar. Só a Misericórdia de Deus pode libertar a humanidade de tantas formas de mal – por vezes monstruosas – que o egoísmo gera nela. A graça de Deus pode converter os corações e suscitar vias de saída em situações humanamente irresolúveis.

Onde nasce Deus, nasce a esperança: Ele traz a esperança. Onde nasce Deus, nasce a paz. E, onde nasce a paz, já não há lugar para o ódio e a guerra. E no entanto, precisamente lá onde veio ao mundo o Filho de Deus feito carne, continuam tensões e violências, e a paz continua um dom que deve ser invocado e construído. Oxalá israelitas e palestinenses retomem um diálogo directo e cheguem a um acordo que permita a ambos os povos conviverem em harmonia, superando um conflito que há muito os mantém contrapostos, com graves repercussões na região inteira.

Ao Senhor, pedimos que o entendimento alcançado nas Nações Unidas consiga quanto antes silenciar o fragor das armas na Síria e pôr remédio à gravíssima situação humanitária da população exausta. É igualmente urgente que o acordo sobre a Líbia encontre o apoio de todos, para se superarem as graves divisões e violências que afligem o país. Que a atenção da Comunidade Internacional se concentre unanimemente em fazer cessar as atrocidades que, tanto nos referidos países, como no Iraque, Líbia, Iémen e na África subsaariana, ainda ceifam inúmeras vítimas, causam imensos sofrimentos e não poupam sequer o património histórico e cultural de povos inteiros. Penso ainda em quantos foram atingidos por hediondos actos terroristas, em particular pelos massacres recentes ocorridos nos céus do Egipto, em Beirute, Paris, Bamaco e Túnis.

Aos nossos irmãos, perseguidos em muitas partes do mundo por causa da sua fé, o Menino Jesus dê consolação e força. São os nossos mártires de hoje.

Paz e concórdia, pedimos para as queridas populações da República Democrática do Congo, do Burundi e do Sudão do Sul, a fim de se reforçar, através do diálogo, o compromisso comum em prol da edificação de sociedades civis animadas por sincero espírito de reconciliação e compreensão mútua.

Que o Natal traga verdadeira paz também à Ucrânia, proporcione alívio a quem sofre as consequências do conflito e inspire a vontade de cumprir os acordos assumidos para se restabelecer a concórdia no país inteiro.

Que a alegria deste dia ilumine os esforços do povo colombiano, para que, animado pela esperança, continue empenhado na busca da desejada paz.

Onde nasce Deus, nasce a esperança; e, onde nasce a esperança, as pessoas reencontram a dignidade. E, todavia, ainda hoje há multidões de homens e mulheres que estão privados da sua dignidade humana e, como o Menino Jesus, sofrem o frio, a pobreza e a rejeição dos homens. Chegue hoje a nossa solidariedade aos mais inermes, sobretudo às crianças-soldado, às mulheres que sofrem violência, às vítimas do tráfico de seres humanos e do narcotráfico.

Não falte o nosso conforto às pessoas que fogem da miséria ou da guerra, viajando em condições tantas vezes desumanas e, não raro, arriscando a vida. Sejam recompensados com abundantes bênçãos quantos, indivíduos e Estados, generosamente se esforçam por socorrer e acolher os numerosos migrantes e refugiados, ajudando-os a construir um futuro digno para si e seus entes queridos e a integrar-se nas sociedades que os recebem.

Neste dia de festa, o Senhor dê esperança àqueles que não têm trabalho – e são tantos! – e sustente o compromisso de quantos possuem responsabilidades públicas em campo político e económico a fim de darem o seu melhor na busca do bem comum e na protecção da dignidade de cada vida humana.

Onde nasce Deus, floresce a misericórdia. Esta é o presente mais precioso que Deus nos dá, especialmente neste ano jubilar em que somos chamados a descobrir a ternura que o nosso Pai celeste tem por cada um de nós. O Senhor conceda, particularmente aos encarcerados, experimentar o seu amor misericordioso que cura as feridas e vence o mal.
E assim hoje, juntos, exultemos no dia da nossa salvação. Ao contemplar o presépio, fixemos o olhar nos braços abertos de Jesus, que nos mostram o abraço misericordioso de Deus, enquanto ouvimos as primeiras expressões do Menino que nos sussurra: «Por amor dos meus irmãos e amigos, proclamarei: “A paz esteja contigo”»! (Sal 122/121, 8).



Terminada a Mensagem Urbi et Orbi, o Santo Padre desejou Boas-Festas Natalícias:

A vós, queridos irmãos e irmãs, congregados dos quatro cantos do mundo nesta Praça [de São Pedro] e a quantos estais unidos connosco nos vários países através do rádio, da televisão e doutros meios de comunicação, dirijo os meus votos mais cordiais.

É o Natal do Ano Santo da Misericórdia. Por isso desejo, a todos, que possais acolher na própria vida a misericórdia de Deus, que Jesus Cristo nos deu, para sermos misericordiosos com os nossos irmãos. Assim faremos crescer a paz. Feliz Natal!

iMissio

FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ


https://www.youtube.com/watch?v=YP3alLMSdcA

As leituras deste domingo complementam-se ao apresentar as duas coordenadas fundamentais a partir das quais se deve construir a família cristã: o amor a Deus e o amor aos outros, sobretudo a esses que estão mais perto de nós – os pais e demais familiares.
O Evangelho sublinha, sobretudo, a dimensão do amor a Deus: o projecto de Deus tem de ser a prioridade de qualquer cristão, a exigência fundamental, a que todas as outras se devem submeter. A família cristã constrói-se no respeito absoluto pelo projecto que Deus tem para cada pessoa.
A segunda leitura sublinha a dimensão do amor que deve brotar dos gestos de todos os que vivem “em Cristo” e aceitaram ser Homem Novo. Esse amor deve atingir, de forma mais especial, todos os que connosco partilham o espaço familiar e deve traduzir-se em determinadas atitudes de compreensão, de bondade, de respeito, de partilha, de serviço.
A primeira leitura apresenta, de forma muito prática, algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais. É uma forma de concretizar esse amor de que fala a segunda leitura.

http://www.dehonianos.org/

sábado, 26 de dezembro de 2015

Solenidade da Sagrada Família


https://www.youtube.com/watch?v=XbFMHuHnbqQ

Testemunho da Família de Nazaré!

A Sagrada Família cumpre exatamente todas as prescrições da Lei.
Todos os anos, na festa da Páscoa, vão ao templo.
A fidelidade deles serve de exemplo para nós.
Também nós devemos cumprir exatamente as leis da Igreja e temos de trabalhar para que os outros as cumpram fielmente.
É a Família que vai render homenagem a Deus.
A família é um ser moral que tem seus deveres para com Deus, presta-lhe um culto público.

Recadinho

- É fácil hoje envolver os filhos nas coisas da fé?
- É difícil cumprir os preceitos da Igreja?
- Ocupo-me em primeiro lugar das coisas de Deus?
- Consigo crescer espiritualmente?
- Rezo em família? Como e quando?
- Você é feliz?

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Feliz Natal 2015


https://www.youtube.com/watch?v=IdO93gr0_6s&index=13&list=PL60A2AD0874EF267A

A Palavra se fez Homem


https://www.youtube.com/watch?v=OUrYVPJypqo

O tema desta Eucaristia pode girar à volta da expressão “a Palavra fez-se carne e habitou entre nós”.
A primeira leitura anuncia a chegada de Deus ao meio do seu Povo. Ele é o rei que traz a paz e a salvação, proporcionando ao Povo de Deus uma era de felicidade sem fim. O profeta convida, pois, a substituir a tristeza pela alegria e pelos gritos de vitória.
A segunda leitura apresenta, em traços largos, o plano salvador de Deus. Insiste, sobretudo, que esse projecto alcança o seu ponto mais alto com o envio de Jesus, a “Palavra” de Deus que os homens devem escutar e acolher.
O Evangelho desenvolve o tema esboçado na segunda leitura e apresenta a “Palavra” viva de Deus, tornada pessoa em Jesus. Sugere que a missão do Filho/“Palavra” é completar a criação primeira, eliminando tudo aquilo que se opõe à vida e criando condições para que nasça o homem novo, o homem da vida em plenitude, o homem que vive uma relação filial com Deus.

http://www.dehonianos.org/

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Na noite santa acende a esperança


https://www.youtube.com/watch?v=EDUg88d9Hbw#action=share

Kerrie Roberts: "O Holy Night" Performance Video

"Feliz Natal!" - Eis que chega o "Deus connosco"!


https://www.youtube.com/watch?v=l1dgsfgzL2s&index=15&list=PL60A2AD0874EF267A

É o Natal de Jesus.
Passou o tempo e hoje é tempo de anunciarmos: "Feliz Natal!" - Eis que chega o "Deus connosco"! É feliz a nossa dita porque em nós fazemos "Natal", nascimento, chegada. A promessa de tantos tempos esperada, torna-se feliz nascimento, feliz esperança. Simplesmente porque Deus vem de novo habitar no meio de nós. É, então, um momento de anúncio particular e único. Um momento de missão. Um momento de festa e de partilha. Um momento de paz. Um momento de Deus!

Cristo pede um lugar em sua casa


https://www.youtube.com/watch?v=O9d7EKfME-o


O tema desta Eucaristia pode resumir-se na expressão “o povo que andava nas trevas viu uma grande luz”.
A primeira leitura anuncia a chegada de um menino, da descendência de David, dom de Deus para o Povo, que eliminará as causas objectivas de sofrimento, de injustiça e de morte, e inaugurará uma era de alegria, de felicidade e de paz sem fim.
O Evangelho apresenta a concretização da promessa profética: Jesus, o menino de Belém, é o Deus que vem ao encontro dos homens para lhes oferecer – sobretudo aos mais pobres e débeis – a salvação. Não se trata de uma salvação imposta, mas de uma salvação oferecida com ternura e amor.
A segunda leitura lembra que acolher a salvação de Deus, tornada presente na história dos homens em Jesus, significa renunciar aos valores do mundo, sempre que eles estejam em contradição com a proposta do menino de Belém.

http://www.dehonianos.org/

INFORMAÇÃO PAROQUIAL



Deus amou de tal modo a humanidade que lhe entregou o seu Filho único, para que todo aquele que acreditar no Filho de Deus não se perca, mas tenha a vida eterna. João 3:16

HORÁRIOS DAS EUCARISTIAS

NOITE DE NATAL


Alegrete:  23:00H

Arronches:  24:00H

DIA DE NATAL

Alegrete: 10:00H                           Esperança: 11:30H

Arronches : 12:00H                       Vale de Cavalos: 15:00H

Degolados: 15:00H                         Mosteiros: 16:30H


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Que tal um pouco mais de humor na oração?


humor

Santa Teresa de Ávila um dia declarou a Deus: "Do jeito que tratas os teus amigos, Senhor, eu bem entendo que não tenhas muitos"



É bom não levar-se muito a sério quando se recolhe durante longos minutos em silêncio, em atenção amorosa a Deus. Ele está aí, você está aí, mesmo que não sinta nada. Deus vê mais a nossa intenção do que a nossa atenção, que costuma ser bem deficiente… O básico da oração é isso: estar. É a presença. É estar com Deus. Mesmo distraído. A atenção vai sendo conquistada aos poucos, à medida que vamos deixando o contato com Ele ficar mais natural, espontâneo, autêntico. Não é preciso muita formalidade. Afinal, Ele é nosso Pai!

Estar

Certo dia, o Cura d’Ars tinha terminado a sua hora de oração na igreja com a sensação de que Deus estava longe. Ele sentiu uma grande secura interior, como acontece muitas vezes com quem persevera nesse coração a coração com Jesus. O bom padre se levantou, olhou para o crucifixo e disse com bom humor: “Bom, Senhor, eu estava aqui”.

Certamente o Senhor está sempre aqui, mas pode nos parecer distante, silencioso… Nós podemos gentilmente repreendê-lo como o salmista, que pergunta ao Senhor se Ele o esqueceu e quanto tempo vai lhe esconder Seu rosto (cf. Sl 12). Aliás, isso levou Santa Teresa de Ávila a declarar a Deus: “Do jeito que tratas os teus amigos, Senhor, eu bem entendo que não tenhas muitos”.

A Madre Teresa de Calcutá viveu durante 50 anos o sentimento angustiante da ausência de Deus. Por trás do seu sorriso maravilhoso, escondia-se uma noite da fé bem conhecida pela sua padroeira, Santa Teresa de Lisieux. A Madre Teresa se agarrou à pura fé, lutando contra o tormento de que Deus não era Deus, de que Deus não existia. Isso não lhe tirou o humor e a alegria, frutos das suas horas de adoração que lhe saciavam a sede de Jesus.

Humildade e humor


Os santos vivem um relacionamento com Deus que envolve o humor. “Um santo triste é um triste santo”, diz um provérbio. O santo tem a arte de não se levar demasiado a sério, porque ele se desamarra de si mesmo. Pense na alegria de São Francisco de Assis, de Santa Bernadette Soubirous, de São João XXIII. Será que o bom humor não é uma forma de santidade semelhante à humildade de deixar-se levar por Cristo?
ALETEIA TEAM

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Doce é Sentir


https://www.youtube.com/watch?v=475H66ZnPVg#action=share


Porque quem canta reza duas vezes!

DOCE É SENTIR

Doce é sentir
Em meu coração
Humildemente
Vai nascendo amor

Doce é saber
Não estou sozinho
Sou uma parte
De uma imensa vida

Que generosa
Reluz em torno a mim
Imenso dom
Do Teu amor sem fim

O céu nos deste
E as estrelas claras
Nosso irmão sol
Nossa irmã lua

Nossa mãe terra
Com frutos, campos, flores
O fogo e o vento
O ar, a água pura

Fonte de vida
De Tua criatura

Que generosa
Reluz em torno a mim
Imenso dom
Do Teu amor sem fim

ALETEIA TEAM


Cíngulo? Estola? Casula? Intróito? Santo Antônio Maria Claret nos explica o que a missa significa


santa missa


Para melhor entendermos os mistérios representados na missa, ninguém melhor que um santo para explicá-la!

Santo Antônio Maria Claret nos explica a Santa Missa não de forma “enciclopédica”, descrevendo objetos, paramentos e ritos, mas de forma espiritual e essencial, comentando o seu profundo conteúdo: a Santa Missa é a Paixão de Cristo. Nas atuais celebrações, há diferenças em termos de rito e usos na comparação com a celebração descrita pelo santo tal como se fazia em seu tempo, mas a essência da Santa Missa é imutável. Diz-nos ele:

Breve explicação dos mistérios que se representam na Missa

O sacerdote, revestido com os sagrados paramentos,representa a Cristo, nosso Redentor, em sua sagrada Paixão.

O Amicto, com o qual ele cobre a cabeça quando começa a revestir-se, simboliza a coroa de espinhos e o lenço com que, cobrindo seu Divino Rosto, escarneceram dele os algozes que diziam: “Advinha quem te feriu”.

A Alva simboliza o vestido branco com que o trataram como um louco na casa de Herodes, desprezando-o.

O Cíngulo ou Cordão simboliza as cordas com que foi atado no Horto.

A Estola representa a corda que levava ao pescoço, quando o conduziram preso.

O Manípulo é o símbolo da corda com que o sujeitaram à coluna para açoitá-lo.

A Casula simboliza o vestido de púrpura que lhe puseram na casa de Pilatos, estando já coroado de espinhos.

O Cálice representa o sepulcro, e os Corporais o lençol em que foi amortalhado o Seu Corpo Santíssimo.

O Intróito, ou entrada da Missa, significa o grande desejo com que no limbo esperavam os Santos Padres a vinda de Cristo ao mundo, para remir a eles e a nós. E, para significar seus clamores, dizem-se imediatamente os Kyries, que, em nosso idioma, significam: “Senhor, tende misericórdia de nós”.

O Glória in excelsis nos recorda o regozijo dos anjos e dos pastores no Nascimento de Cristo.

As Orações que diz o sacerdote após o Dominus vobiscum são símbolo das muitas vezes que Cristo orou por nós no decurso de sua vida.

A Epístola significa a pregação dos Profetas, especialmente a do Batista.

O Gradual, que é o que se lê depois da Epístola, significa a solidão de Cristo no deserto; e o Aleluia representa os serviços que lhe prestaram os Anjos depois das tentações do demónio, de quem saiu Vitorioso.

O Evangelho significa a pregação de Cristo. Para dizer o Evangelho passa-se o missal ao outro lado do altar, para significar que Cristo passava duns lugares a outros pregando o Evangelho. Quando se lê o Evangelho estamos de pé, para significar a prontidão com que devemos obedecer à lei de Cristo, que se nos promulga no Evangelho; no fim do Evangelho diz-se: Laus tibi, Christe, fazendo inclinação com a cabeça, em sinal de submissão.

O Credo é um compêndio do que o cristão deve crer; ajoelha-se o sacerdote quando diz “Et homo factus est”, para dar a entender a grande humildade do Senhor em tomar nossa natureza, e quanto, por conseguinte, nos devemos humilhar diante de Deus, que é nosso Senhor.

O oferecimento que o sacerdote faz da hóstia e do cálice recorda-nos a prontíssima e inteira vontade com que Cristo se ofereceu para padecer e morrer por nós.

Voltar-se o sacerdote para o povo e dizer Orate, frates, recorda-nos aquele passo em que Cristo, depois de ter orado no horto com suor de sangue, se chegou a seus discípulos e lhes disse: vigiai e orai, para não cairdes em tentação.

O Prefácio e o Sanctus simbolizam a entrada solene e pública de Cristo em Jerusalém no dia de Ramos, e o júbilo com que o povo o recebeu.

No Cânon o sacerdote diz as orações em voz baixa, recordando-nos que Cristo se retirou dos judeus e foi, em segredo, com seus discípulos a Efren; e também para inspirar-nos grande respeito, porque é sabido que o que se faz com demasiada publicidade se vulgariza, e com facilidade se despreza.

Eleva-se a hóstia e o cálice para recordar-nos que Cristo foi levantado na cruz.

O Pater Noster simboliza aquelas palavras que Cristo dirigiu ao Eterno Padre imediatamente antes de expirar; assim como aquele pouco tempo que o sacerdote está em silêncio depois do Pater Noster significa o tempo que esteve Cristo no sepulcro, em que sua alma desceu ao seio de Abraão para dar liberdade às almas dos Santos Padres, que esperavam sua vinda.

O Pax Domini simboliza a aparição de Cristo aos seus discípulos e às Marias, depois de ressuscitado.

O Agnus Dei recorda-nos que Cristo, depois de sua Ressurreição, subiu aos céus para lá ser nosso advogado.

As Orações finais que o sacerdote reza são símbolos das que Cristo dirige no céu, em nosso favor, ao Eterno Pai.

O Ite Missa est significa que o sacerdote fez o ofício de embaixador e de ministro enviado por Deus, para oferecer-lhe aquele sacrifício por toda a Igreja católica, pelas almas do purgatório e para alcançar para todos a divina graça.

A Bênção que o sacerdote dá no fim da missa significa a que Cristo dará aos justos no dia de Juízo Final.

Santo Antonio Maria Claret em “Caminho Reto e Seguro para Chegar ao Céu” (7ª Edição, Editora Ave Maria)                      
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