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"Abri-me as portas da justiça", pediu Francisco, no breve ritual que decorreu no fim da Missa a que presidiu na Praça de São Pedro, antes de empurrar as portas, fechadas desde o Jubileu do ano 2000.
O Papa foi o primeiro a atravessar a Porta Santa, recolhendo-se depois em oração durante alguns momentos, em silêncio, sendo seguido pelo Papa emérito Bento XVI, que se deslocava com o apoio de uma bengala e ajuda do seu secretário pessoal.
Francisco falou num gesto "simples mas altamente simbólico".
Após a passagem do Papa emérito, atravaessaram cardeais, bispos e representantes de sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, em procissão até ao túmulo de São Pedro.
Este gesto simbólico vai repetir-se em todas as dioceses do mundo no domingo seguinte e o próprio Francisco Papa vai presidir à Missa com a abertura da Porta Santa da Basílica de São João de Latrão, Catedral de Roma, a 13 de dezembro, III Domingo do Advento.
A cerimónia, que reuniu dezenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro, teve início às 09h30 locais (08h30 em Lisboa), com transmissão mundial.
"Entrar por aquela Porta significa descobrir a profundidade da misericórdia do Pai que a todos acolhe e vai pessoalmente ao encontro de cada um. Neste Ano, deveremos crescer na convicção da misericórdia", pediu o Papa Francisco, na homilia.
A intervenção lamentou a "injustiça" que se faz a Deus quando se afirma, em primeiro lugar, que os pecados são "punidos pelo seu julgamento", sem colocar em primeiro lugar, pelo contrário, que "são perdoados pela sua misericórdia".
"Que o cruzamento da Porta Santa nos faça sentir participantes deste mistério de amor. Ponhamos de lado qualquer forma de medo e temor, porque não se coaduna em quem é amado; vivamos, antes, a alegria do encontro com a graça que tudo transforma", apelou.
Até hoje houve 26 anos santos ordinários e dois extraordinários (anos santos da Redenção): em 1933 (Pio IX) e 1983 (João Paulo II).
O anúncio deste Jubileu da Misericórdia aconteceu a 13 de março, no Vaticano, quando o Papa explicou que a iniciativa nasceu da sua intenção de tornar “mais evidente” a missão da Igreja de ser “testemunha da misericórdia”.
OC
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