sábado, 6 de maio de 2017

A Porta



O 4º Domingo da Páscoa é considerado o “Domingo do Bom Pastor”, pois todos os anos a liturgia propõe, neste domingo, um trecho do capítulo 10 do Evangelho segundo João, no qual Jesus é apresentado como “Bom Pastor”. É, portanto, este o tema central que a Palavra de Deus põe hoje à nossa reflexão.

O Evangelho apresenta Cristo como “o Pastor”, cuja missão é libertar o rebanho de Deus do domínio da escravidão e levá-lo ao encontro das pastagens verdejantes onde há vida em plenitude (ao contrário dos falsos pastores, cujo objectivo é só aproveitar-se do rebanho em benefício próprio). Jesus vai cumprir com amor essa missão, no respeito absoluto pela identidade, individualidade e liberdade das ovelhas.

A segunda leitura apresenta-nos também Cristo como “o Pastor” que guarda e conduz as suas ovelhas. O catequista que escreve este texto insiste, sobretudo, em que os crentes devem seguir esse “Pastor”. No contexto concreto em que a leitura nos coloca, seguir “o Pastor” é responder à injustiça com o amor, ao mal com o bem.

A primeira leitura traça, de forma bastante completa, o percurso que Cristo, “o Pastor”, desafia os homens a percorrer: é preciso converter-se (isto é, deixar os esquemas de escravidão), ser baptizado (isto é, aderir a Jesus e segui-l’O) e receber o Espírito Santo (acolher no coração a vida de Deus e deixar-se recriar, vivificar e transformar por ela).

• Como devemos lidar com a injustiça e com a violência? Haverá uma violência justa e aceitável? Os fins justificam os meios? É a este tipo de questões que a nossa leitura responde. O autor não está interessado em grandes argumentações filosóficas, sociológicas ou teológicas: propõe apenas o exemplo de Cristo, que passou pelo mundo fazendo o bem e foi preso, torturado, assassinado sem resistir, sem Se revoltar, sem responder “na mesma moeda” aos seus assassinos. É uma lógica incompreensível, ou até mesmo demente, aos olhos do mundo… Mas é a lógica de Deus; e Jesus demonstrou que só este caminho conduz à ressurreição, à vida nova, a um dinamismo gerador de um mundo novo. O cristão é chamado a ser testemunha no meio dos homens desta novidade absoluta: só o amor gera vida nova e transforma o mundo.

Chamados a ser a fazer… Alguns escolheram o seu estado de vida, outros não escolheram, mas procuram assumi-lo: pensemos nas pessoas viúvas, dicorciadas, celibatárias. A Igreja enriquece-se com esta variedade de estados de vida: vida consagrada na vida religiosa ou num instituto secular, vida conjugal, celibato. Todos somos chamados a tornarmo-nos em cada dia um pouco mais santos. Tal é a nossa vocação comum a todos. A Igreja cumpre a sua missão graças àqueles que asseguram um serviço. Há o ministério ordenado (padres ou diáconos), o serviço do anúncio da Boa Nova para lá de todas as fronteiras (missionários) e todos os serviços prestados pelos leigos nos domínios da catequese, da liturgia, da acção caritativa, do testemunho. Nem todos somos chamados a ser padres, diáconos ou missionários. Mas somos todos chamados a servir no mundo e na Igreja!

extractos de  http://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=1384

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