Celebração inédita em território português alarga culto aos videntes
(Ecclesia) - O Papa Francisco proclamou hoje como santos os pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, pelas 10h26, no início da Missa da peregrinação do 13 de maio em Fátima, uma celebração inédita em território português.
Francisco proferiu a fórmula de canonização, em português: “Em honra da Santíssima Trindade, para exaltação da fé católica e incremento da vida cristã, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e Nossa, depois de termos longamente refletido, implorado várias vezes o auxílio divino e ouvido o parecer de muitos Irmãos nossos no Episcopado, declaramos e definimos como Santos os Beatos Francisco Marto e Jacinta Marto e inscrevemo-los no Catálogo dos Santos, estabelecendo que, em toda a Igreja, sejam devotamente honrados entre os Santos. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
O momento foi sublinhado com duas salvas de palmas pelas centenas de milhares de pessoas presentes no recinto de oração da Cova da Iria. A procissão de entrada incluiu o andor com a imagem de Nossa Senhora e os dois relicários em forma de candeias com as relíquias de Francisco e Jacinta, transportados pela postuladora da Causa da Canonização dos dois Pastorinhos, irmã Ângela Coelho, e pelo assessor da Postulação, Pedro Valinho Gomes, ladeados por cerca de 20 crianças e jovens, com idades compreendidas entre os 9 e os 16 anos.
Antes da ladainha dos santos, com referências a várias figuras portuguesas, o bispo de Leiria-Fátima pediu formalmente ao Papa que os dois pastorinhos sejam inscritos no “catálogo dos santos” e apresentou uma breve biografia de ambos.
A assembleia cantou o Hino dos Pastorinhos, cuja festa litúrgica se celebra a 20 de fevereiro, data da morte de Santa Jacinta Marto.
D. António Marto e a postuladora da causa agradeceram depois ao Papa: “Santo Padre, em nome da Santa Igreja, agradeço ardentemente a proclamação feita por Vossa Santidade e peço humildemente se digne ordenar que seja redigida a Carta Apostólica relativa à Canonização efetuada”.
A decisão faz com que o culto aos novos santos tenham um âmbito universal, na Igreja Católica.
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