quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Quem ama não conhece nada que seja difícil



Agora sim entendi o que é uma verdadeira "prova de amor"

"Amor” é uma palavra muito usada. Como se diz aqui na Bahia, muito “manjada”. Ela está na boca de todos, dos santos e dos pecadores. Na boca do pobre, do rico, do amigo, do adúltero, do estuprador, do assassino, etc. Então, como saber se o AMOR é verdadeiro ou só da boca pra fora???

Vamos começar do começo. Uma das coisas mais difíceis para quem ama de verdade, chama-se DISTÂNCIA. Quem ama, quer estar perto. Prova disso é que a morte sempre traz um sentimento horrível, pois é a separação corpórea de duas pessoas que se amam. O amor não suporta a ausência. Santo Afonso dizia: “O amor exige união”.

Um exemplo: o Padre só será feliz no seu ministério se amar Jesus verdadeiramente. Se o amor por Cristo for apenas uma encenação, logo ele irá se cansar da Missa, a oração lhe causará tédio. Se o amor for real, quão feliz ele será.

Jesus, antes de voltar para o seu amado Pai, deixou para nós a EUCARISTIA, sua Presença Real nas espécies do Pão e do Vinho. Por qual razão??? Porque amava o Pai e queria voltar para Ele, mas também nos ama, e quis permanecer conosco. A Eucaristia é o amor em forma de comida.

Então, se alguém me ama de verdade, a primeira coisa que irá me desejar é a SALVAÇÃO eterna. Até porque, para os que creem, a morte não é separação, e sim uma viagem de alguém que amamos para uma terra sem Wi-Fi. Ficaremos um tempo sem comunicação, mas não para sempre. Se eu amo alguém, vou fazer de tudo para que ele ou ela não seja condenado ao inferno. Ver alguém no pecado e fechar os olhos, é o mesmo que dizer: NÃO TE AMO.

A mãe ou o pai que apoia o pecado dos filhos, não os ama de verdade. O namorado que vive tentando a namorada (ou vice-versa) para viverem como casados sem estarem de fato, não ama. O amigo que oferece bebida ao companheiro alcoólatra, não ama. Quem vê alguém na depressão e diz: “vou te ajudar a pular da ponte”, não ama.

Você que está lendo, pode até pensar: “Eu amo, mas não consigo fazer tal coisa”. Santo Antônio de Lisboa te responde, dizendo: “Quem ama, não conhece nada que seja difícil”.

Amar é desejar o Céu, é querer levar o outro ao Céu. Lá onde não existe a palavra “fim”. Onde só existe a palavra “sempre”. Quer amar alguém? Mostre o caminho da salvação.

(Pe. Gabriel Vila Verde)
https://pt.aleteia.org/2018/01/12/quem-ama-nao-conhece-nada-que-seja-dificil/

domingo, 28 de janeiro de 2018

Musicas de Taizé


https://www.youtube.com/watch?v=k95tnMUvwVY

Não fecheis os vossos corações


«Se hoje ouvirdes a voz do Senhor,

não fecheis os vossos corações!»
Do Salmo 94 (95):


Vinde, exultemos de alegria no Senhor,
aclamemos a Deus, nosso Salvador.
Vamos à Sua presença e dêmos graças,
ao som de cânticos aclamemos o Senhor.
Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
Pois Ele é o nosso Deus
e nós o Seu povo, as ovelhas do Seu rebanho.
Quem dera ouvísseis hoje a Sua voz:
«Não endureçais os vossos corações,
como em Meriba, como no dia de Massa no deserto,
onde vossos pais Me tentaram e provocaram,
apesar de terem visto as Minhas obras.»


Senhor, Pai Santo, Só Tu bastas!
Concede-me a graça de discernir sempre a Tua vontade,

que o meu dia a dia seja tocado
de pequenos encontros

que me ajudem
a caminhar sempre mais além no Amor e na Esperança.
Assim seja!

MF

Jesus liberta-nos!


https://www.youtube.com/watch?v=3I3uKSBxF34

Os exemplos arrastam! 
Nosso testemunho de vida deve falar por nós.
 Precisamos sentir no coração o que nossos lábios dizem! 
Se falamos da necessidade da vida interior, temos de primeiro vivê-la! 
Se falamos da caridade, precisamos nós praticá-la por primeiro!


sábado, 27 de janeiro de 2018

O PROFETA


https://www.youtube.com/watch?v=MqGpKTAYxMc


A liturgia do 4º Domingo do Tempo Comum garante-nos que Deus não se conforma com os projectos de egoísmo e de morte que desfeiam o mundo e que escravizam os homens e afirma que Ele encontra formas de vir ao encontro dos seus filhos para lhes propor um projecto de liberdade e de vida plena.
A primeira leitura propõe-nos – a partir da figura de Moisés – uma reflexão sobre a experiência profética. O profeta é alguém que Deus escolhe, que Deus chama e que Deus envia para ser a sua “palavra” viva no meio dos homens. Através dos profetas, Deus vem ao encontro dos homens e apresenta-lhes, de forma bem perceptível, as suas propostas.
O Evangelho mostra como Jesus, o Filho de Deus, cumprindo o projecto libertador do Pai, pela sua Palavra e pela sua acção, renova e transforma em homens livres todos aqueles que vivem prisioneiros do egoísmo, do pecado e da morte.
A segunda leitura convida os crentes a repensarem as suas prioridades e a não deixarem que as realidades transitórias sejam impeditivas de um verdadeiro compromisso com o serviço de Deus e dos irmãos.

O “homem com um espírito impuro” representa todos os homens e mulheres, de todas as ép
ocas, cujas vidas são controladas por esquemas de egoísmo, de orgulho, de auto-suficiência, de medo, de exploração, de exclusão, de injustiça, de ódio, de violência, de pecado. É essa humanidade prisioneira de uma cultura de morte, que percorre um caminho à margem de Deus e das suas propostas, que aposta em valores efémeros e escravizantes ou que procura a vida em propostas falíveis ou efémeras. O Evangelho de hoje garante-nos, porém, que Deus não desistiu da humanidade, que Ele não Se conforma com o facto de os homens trilharem caminhos de escravidão, e que insiste em oferecer a todos a vida plena.
O projecto de Deus, apresentado e oferecido aos homens nas palavras e acções de Jesus, é verdadeiramente um projecto transformador, capaz de renovar o mundo e de construir, desde já, uma nova terra de felicidade e de paz. É essa a Boa Nova que deve chegar a todos os homens e mulheres da terra.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

TODOS TINHAM MEDO DELE

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Um jovem de 28 anos de idade, judeu da diáspora nascido na Cilícia, atual Turquia, era um jovem generoso e duro na exigência, com poder e prestígio. Tinha sido formado nas melhores escolas do seu tempo e era zeloso cumpridor da Lei e das tradições paternas. Fiel à sua formação, procurava realizar o ideal da religião dos seus antepassados. Por isso, tal como hoje acontece em muitas partes do mundo, também ele ameaçava de morte e perseguia os cristãos. Fazia-o com tal ideal de observância que se apresentou ao sumo-sacerdote para lhe pedir cartas de recomendação para as sinagogas de Damasco. Procurava prender e levar para Jerusalém todos os homens e mulheres que encontrasse a seguir o Senhor. Porque terminámos a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos no dia em que o Senhor se fez encontrado na vida deste jovem quando ia a caminho de Damasco, recordemos esse momento de graça, o da conversão de São Paulo:
“Durante a viagem, quando já estava perto de Damasco, Saulo viu-se repentinamente cercado por uma luz que vinha do céu. Caiu por terra e ouviu uma voz que lhe dizia: "Saulo, Saulo, por que Me persegues?" Saulo perguntou: "Quem és tu, Senhor?" A voz respondeu: "Eu sou Jesus, a Quem tu persegues. Agora Levante-te, entra na cidade, e aí te dirão o que deves fazer”. Os homens que acompanhavam Saulo ficaram cheios de espanto, porque ouviam a voz mas não viam ninguém. Saulo levantou-se do chão e abriu os olhos, mas não conseguia ver nada. Então levaram-no pela mão para Damasco. E Paulo ficou três dias sem poder ver, e não comeu nem bebeu nada. Em Damasco havia um discípulo chamado Ananias. O Senhor chamou-o numa visão: "Ananias!" E Ananias respondeu: "Aqui estou, Senhor". E o Senhor disse: "Prepara-te e vai até à rua que se chama rua Direita e procura, na casa de Judas, um homem chamado Saulo, apelidado Saulo de Tarso. Ele está a rezar e acaba de ter uma visão”. De facto, ele viu um homem chamado Ananias, entrar e impor-lhe as mãos para que recuperasse a vista. Ananias respondeu: “Senhor, já ouvi muita gente falar desse homem e do mal que ele fez aos Teus fiéis em Jerusalém. E aqui em Damasco ele tem plenos poderes, que recebeu dos sumos-sacerdotes, para prender todos os que invocam o Teu nome”. Mas o Senhor disse a Ananias: “Vai, porque esse homem é um instrumento que escolhi para anunciar o Meu nome aos pagãos, aos reis e ao povo de Israel. Eu vou mostrar a Saulo quanto ele deve sofrer por causa do Meu nome”. Então Ananias saiu, entrou na casa e impôs as mãos sobre Saulo, dizendo: “Saulo, meu irmão, o Senhor Jesus, que te apareceu quando vinhas pelo caminho, mandou-me aqui para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo”. Imediatamente caiu dos olhos de Saulo alguma coisa parecida com escamas, e ele recuperou a vista. Em seguida, Saulo levantou-se e foi batizado. Logo depois comeu e ficou forte como antes. Saulo passou então alguns dias com os discípulos em Damasco. E logo começou a pregar nas sinagogas, afirmando que Jesus é o Filho de Deus. Os ouvintes ficavam impressionados e comentavam: “Não é este o homem que descarregava em Jerusalém a sua fúria contra os que invocam o nome de Jesus? E não é ele que veio aqui expressamente para os prender e levar aos sumos-sacerdotes?”. No entanto, Saulo fortalecia-se cada vez mais e deixava confusos os judeus que moravam em Damasco, demonstrando que Jesus é o Messias.
Passado algum tempo, os judeus combinaram armar uma cilada para matar Saulo, mas os seus planos chegaram ao conhecimento de Saulo. Os judeus montavam guarda dia e noite também junto às portas da cidade, a fim de o eliminarem. Os discípulos dele, porém, tomaram-no de noite e fizeram-no descer pela muralha, dentro de um cesto. Saulo chegou a Jerusalém e procurava juntar-se aos discípulos. Mas todos tinham medo dele, pois não acreditavam que ele fosse discípulo. Então Barnabé tomou Saulo consigo, apresentou-o aos Apóstolos, e contou-lhes como Saulo no caminho tinha visto o Senhor, como o Senhor lhe havia falado, e como ele havia pregado corajosamente em nome de Jesus na cidade de Damasco.
Daí em diante Saulo ficou em Jerusalém com eles e pregava corajosamente em nome do Senhor. Saulo também falava e discutia com os judeus de língua grega, mas eles procuravam um modo de o matar. Quando souberam disto, os irmãos levaram Saulo para a cidade de Cesareia, e dali mandaram-no para Tarso” (At 9, 1-30).
A vida de São Paulo, de facto, não foi vivida em busca do prestígio pessoal, não foi um mar de rosas. De perseguidor dos cristãos por todos temido, tornou-se ferozmente perseguido por amor a Cristo e aos cristãos. Teve uma vida de sacrifício e de trabalho intenso no meio de sofrimento e preocupações por causa de Cristo, do Seu Evangelho, do Seu projeto que abraçou com convicção, entusiasmo e paixão contagiante. E se outros se consideravam ministros de Cristo, também ele tinha razões para se considerar muito mais do que eles: “muito mais pelos trabalhos, muito mais pelas prisões, imensamente mais pelos açoites, muitas vezes em perigo de morte. Cinco vezes recebi dos Judeus os quarenta açoites menos um. Três vezes fui flagelado com vergastadas, uma vez apedrejado, três vezes naufraguei, e passei uma noite e um dia no alto mar. Viagens a pé sem conta, perigos nos rios, perigos de salteadores, perigos da parte dos meus irmãos de raça, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos da parte dos falsos irmãos! Trabalhos e duras fadigas, muitas noites sem dormir, fome e sede, frequentes jejuns, frio e sem agasalho!” (2Cor 11, 16-28).
Por isso mesmo, no fim da vida, de consciência tranquila, São Paulo confessava: “Combatei o bom combate, terminei a minha carreira, conservei a fé. Agora só me resta a coroa da justificação que o Senhor, justo Juiz, me entregará naquele Dia; e não somente a mim, mas a todos os que tiverem esperado com amor a sua manifestação” (2Tim 4, 6-8).
Combater o bom combate, anunciar o Evangelho, conservar, defender e promover a fé em Cristo, com alegria e esperança, é a missão de todos os batizados.

D. Antonino Dias- Bispo de Portalegre Castelo Branco
Portalegre, 26-01-2018

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Semana de Oração pela unidade dos Cristãos

DIA 8- Ele reunirá os dispersos... dos quatro cantos da terra

 

Isaías 11, 12-13
Efraim não terá mais ciúme de Judá e Judá não será mais adversário de Efraim
Salmo 106, 1-14. 43-48Congrega-nos no meio das nações e celebraremos o teu santo nome
Efésios 2, 13-19Em sua carne destruiu o muro de separação
João 17, 1-12Eu fui glorificado neles


Ao longo da narrativa bíblica da história da salvação, uma inegável motivação é a infatigável determinação do Senhor de formar um povo que ele possa chamar de seu. A formação de tal povo – unido numa sagrada aliança com Deus – é parte integrante do plano de salvação do Senhor para a glorificação e santificação do nome de Deus.
Os profetas repetidamente fazem Israel lembrar que a aliança exigia que as relações entre os vários grupos sociais deveriam ser caracterizadas por justiça, compaixão e misericórdia. Ao se preparar para selar a nova aliança com seu próprio sangue, a intensa prece de Jesus a seu Pai foi o pedido de aqueles que o Pai lhe tinha dado fossem um, assim como ele e o Pai eram um. Quando os cristãos descobrem sua unidade em Jesus, eles participam da glorificação de Cristo na presença do Pai com a mesma glória que ele tinha na presença do Pai antes que o mundo existisse. E assim, o povo que fez aliança com Deus precisa sempre se esforçar para ser uma comunidade reconciliada – que seja em si mesma um sinal eficiente de como viver em justiça e paz – para todos os povos da terra.

Oração

Senhor,
humildemente pedimos que, por tua graça,
as Igrejas do mundo inteiro
possam se tornar instrumentos da tua paz.
Através de sua ação conjunta como representantes
e agentes da tua cura, na reconciliação do amor
entre povos divididos,
possa teu nome ser santificado e glorificado.
Amém.

A mão direita de Deus
está semeando em nossa terra,
plantando sementes de liberdade, esperança e amor;
Nessas terras de tantos povos,
que todos os seus filhos juntem as mãos
e sejam UM com a mão direita de Deus.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Deus não se cansa de caminhar



https://www.youtube.com/watch?v=hCzBWOeBiHk

Semana de Oração pela unidade dos Cristãos

DIA 7 Sendo família no lar e na Igreja

 

Êxodo 2, 1-0
Nascimento de Moisés
Salmo 127Se o Senhor não construir a casa, seus construtores trabalham em vão
Hebreus 11, 23-24Moisés foi ocultado pelos pais... pois eles tinham visto a beleza do filho
Mateus 2, 13-15José levantou-se, tomou consigo o menino e a mãe de noite e retirou-se para o Egito

Famílias têm central importância na proteção e alimentação de crianças. Os relatos bíblicos da infância de Moisés e de Jesus, que estavam em perigo de morte desde o momento de seu nascimento por causa das ordens de assassinato dadas por governantes irados, ilustram a vulnerabilidade das crianças diante de forças externas. Essas histórias também apresentam ações que podem proteger esses pequeninos. Mateus nos mostra um modelo de paternidade que está em amorosa fidelidade à orientação do Senhor, especialmente em tempos de perigo.

As Escrituras vêem as crianças como uma bênção e esperança para o futuro. Para o salmista, elas são como “flechas nas mãos do guerreiro”. Como cristãos, partilhamos um chamado comum para vivermos como rede de famílias que se apóiam, confiando na força do Senhor para a tarefa de construir comunidades fortes, nas quais as crianças são protegidas e podem se desenvolver.


Oração

Deus cheio de graças,
enviaste teu filho para nascer numa família comum,
com ancestrais que eram tanto fiéis como pecadores.
Pedimos a tua bênção para todas as famílias
dentro dos lares e comunidades.
Oramos especialmente pela unidade da família cristã
para que o mundo possa crer.
Em nome de Jesus oramos.
Amém.


A mão direita de Deus
Está escrevendo em nossa terra,
Escrevendo com poder e amor;
Nossos conflitos e nossos medos,
Nossos triunfos e nossas lágrimas.
São gravados pela mão direita de Deus.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Receba a Bênção do Papa Francisco!!!

Semana de Oração pela unidade dos Cristãos dia 6

DIA 6 Cuidemos dos interesses de outros

 

Isaías 25, 1-9
Exultemos, jubilemos, pois ele nos salva
Salmo 82Fazei justiça ao infeliz e ao indigente
Filipenses 2, 1-4Cada um não olhe só por si mesmo, mas também pelos outros
Lucas 12, 13-21Guardai-vos de toda ganância


O testemunho das Escrituras mostra que Deus sempre faz uma opção preferencial pelos pobres; a mão direita de Deus age a favor dos que não têm poder e contra os poderosos. Do mesmo modo, Jesus insistentemente alerta sobre os perigos da ganância. Apesar dessasadvertências, no entanto, o pecado da ambição freqüentemente infecta nossas comunidades cristãs e introduz uma lógica de competição: uma comunidade competindo com a outra. Precisamos nos lembrar de que, à medida que falhamos em nos diferenciar do mundo e nos acomodamos ao seu espírito de competição e divisão, deixamos de oferecer um “baluarte para o pobre na aflição, o refúgio contra a tempestade”.

Para nossas diferentes Igrejas e denominações, ser rico aos olhos de Deus não significa ter muitos membros pertencendo – ou fazendo doações – a nossa própria comunidade. Em vez disso, trata-se de reconhecer que, como cristãos, temos inúmeros irmãos e irmãs pelo mundo, unidos diante das divisões econômicas de “Norte” e “Sul”. Conscientes dessa fraternidade em Cristo, os cristãos podem unir as mãos na promoção da justiça econômica para todos.

Oração

Todo poderoso Deus,
Dá coragem e força à tua Igreja
para continuamente proclamar a justiça e o direito
em situações de dominação e opressão.
Ao celebrarmos nossa unidade em Cristo,
que o teu Espírito nos ajude
a cuidar das necessidades de outros.
Amém


A mão direita de Deus
Está atingindo nossa terra,
Pondo para fora inveja, ódio e ambição;
Nosso egoísmo e luxúria,
Nosso orgulho e atos injustos
São destruídos pela mão direita de Deus.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Semana de Oração pela unidade dos Cristãos- dia 5


DIA 5 Escuta! O grito de meu pobre povo vem de longe e se espalha na terra!



Deuteronômio 1, 19-35
O Senhor marcha à tua frente e te carrega
Salmo 145,9-20O Senhor é o apoio de todos os que caem
Tiago, 1, 9-11O rico passará como a flor dos prados
Lucas 18, 35-43Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!



Podemos imaginar o barulho da multidão quando Jesus entra em Jericó. Muitas vozes abafam o grito do mendigo cego. Ele é visto como um desvio e embaraço. Mas no meio desse tumulto Jesus ouve a voz do cego, assim como Deus sempre ouve os gritos do pobre nas Escrituras hebraicas. O Senhor que ergue os caídos não apenas escuta, mas responde. Dessa maneira, a vida do mendigo é radicalmente transformada.

A desunião dos cristãos se tornou parte do caos e tumulto do mundo. Como as vozes que se erguiam em Jericó, nossas divisões podem abafar o grito do pobre. No entanto, quando estamos unidos nos tornamos mais plenamente uma presença de Cristo no mundo, mais capazes de ouvir, prestar atenção e responder. Em vez de aumentar o volume da discordância, somos capazes de verdadeiramente escutar e discernir as vozes daqueles que mais necessitam ser ouvidos.

Oração

Amoroso Deus, tu ergues os pobres e desanimados
e restauras a dignidade deles.
Ouve agora nosso clamor peles pobres de nosso mundo,
restaura a esperança deles e ergue-os,
para que todo o teu povo possa ser um.
Assim oramos em nome de Jesus.
Amém.


A mão direita de Deus
Está elevando nossa terra,
Erguendo os caídos um por um;
Cada um tem seu nome conhecido,
E é resgatado agora da vergonha
Pela elevação da mão direita de Deus.

Ó terra, escuta


https://www.youtube.com/watch?v=5mgT86RD3V4

Desejamos que, nesta semana, o Espírito Santo aprofunde no seu e nos corações dos seus familiares e amigos, a escuta da Voz de Jesus.

domingo, 21 de janeiro de 2018

Início da Missão de Jesus


https://www.youtube.com/watch?v=hIum5VqbV5g

A vocação ao apostolado é uma distinção! 

Os apóstolos corresponderam ao chamado.
 A mesma generosidade Jesus espera de nós!
 Com sua força e sua Graça, haveremos de levar o conhecimento da salvação a muitos que a desconhecem!

Semana da oração pela unidade dos Cristãos, dia 4


DIA 4 Esperança e cura



Isaías 9, 2-7 a
Estender-se-á a soberania e haverá paz sem fim
Salmo 34, 1-15 Procura a paz e vai atrás dela!
Apocalipse 7, 13-17Deus enxugará toda lágrima de seus olhos
João 14, 25-27 Eu vos deixo a paz


O Reino que Deus prometeu, o Reino que Jesus proclamou e tornou presente no seu ministério, é um reino de ação correta, paz e alegria no Espírito Santo. O que essa Boa Nova significa para os que estão presos na escuridão da violência? Na visão do profeta, a luz brilhou sobre aqueles que viviam numa terra de profunda escuridão. Mas como os cristãos podem trazer a luz de Jesus àqueles que estão vivendo na escuridão da violência doméstica e da que vem das quadrilhas? Que sentimento de esperança os cristãos podem oferecer? É uma triste realidade a divisão entre cristãos como um contra sinal que restringe a comunicação da esperança.

No entanto, a busca pela paz e reconciliação entre as diferentes Igrejas e denominações é o oposto disso. Quanto os cristãos trabalham pela unidade num mundo em conflito, eles oferecem ao mundo um sinal de reconciliação. Cristãos que se recusam a entrar numa lógica de privilégio e prestígio, que se recusam a menosprezar outros e suas comunidades, dão testemunho da paz do Reino de Deus, onde o Cordeiro guia os santos às fontes de água da vida. Essa é uma paz da qual o mundo necessita, que traz cura e conforta os que são afligidos pela violência.

Oração

Deus de toda consolação e esperança,
tua ressurreição derrotou a violência da cruz.
Como teu povo, possamos ser um sinal visível
de que a violência do mundo será vencida.
Assim oramos em nome de nosso Senhor ressuscitado.
Amém.


A mão direita de Deus
aponta para nossa terra,
indicando o caminho que devemos seguir;
O caminho é nebuloso,
tão facilmente nos desviaríamos.
Mas somos guiados pela mão direita de Deus.

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sábado, 20 de janeiro de 2018

Arrependei-vos e acreditai no Evangelho.


https://www.youtube.com/watch?v=05Qljg8Yiqc

A liturgia do 3º Domingo do Tempo Comum propõe-nos a continuação da reflexão iniciada no passado domingo. Recorda, uma vez mais, que Deus ama cada homem e cada mulher e chama-o à vida plena e verdadeira. A resposta do homem ao chamamento de Deus passa por um caminho de conversão pessoal e de identificação com Jesus.
A primeira leitura diz-nos – através da história do envio do profeta Jonas a pregar a conversão aos habitantes de Nínive – que Deus ama todos os homens e a todos chama à salvação. A disponibilidade dos ninivitas em escutar os apelos de Deus e em percorrer um caminho imediato de conversão constitui um modelo de resposta adequada ao chamamento de Deus.
No Evangelho aparece o convite que Jesus faz a todos os homens para se tornarem seus discípulos e para integrarem a sua comunidade. Marcos avisa, contudo, que a entrada para a comunidade do Reino pressupõe um caminho de “conversão” e de adesão a Jesus e ao Evangelho.
A segunda leitura convida o cristão a ter consciência de que “o tempo é breve” – isto é, que as realidades e valores deste mundo são passageiros e não devem ser absolutizados. Deus convida cada cristão, em marcha pela história, a viver de olhos postos no mundo futuro – quer dizer, a dar prioridade aos valores eternos, a converter-se aos valores do “Reino”.
A disponibilidade dos ninivitas para escutar o chamamento de Deus e para percorrer o caminho da conversão constitui um modelo de resposta adequada ao Deus que chama. É essa mesma prontidão de resposta que Deus pede a cada homem ou a cada mulher.
O nosso texto sugere um princípio a ter em conta: os valores deste mundo, por mais importantes e interessantes que sejam, não devem ser absolutizados. Não se trata de desprezar as coisas boas que o mundo coloca à nossa disposição; mas trata-se de não colocar nelas, de forma incondicional, a nossa esperança, a nossa segurança, o objectivo da nossa vida.
Voltarmo-nos para Cristo… Em comunidade, é bom ouvir o apelo à conversão: as nossas maneiras de viver e de trabalhar devem também, sem cessar, ser regeneradas para melhor corresponder àquilo que Cristo espera de nós. É preciso que, juntos, nos viremos para Ele. E o Evangelho deste domingo é a ocasião para um tempo de discernimento que muito raramente fazemos.
extractos de http://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=1769

INFORMAÇÃO PAROQUIAL


Hoje, dia 20 de Janeiro, sábado, retomamos  as Eucaristias das 17H30m na Igreja de Nossa Senhora da Luz.

Actividades Paroquiais ao longo de 2017:

ALEGRETE: -   15 BAPTISMOS  -  04 CASAMENTOS -  28 FUNERAIS  

ARRONCHES: - 10 BAPTISMOS  -  02 CASAMENTOS -  31 FUNERAIS

DEGOLADOS :- 03 BAPTISMOS  -  00 CASAMENTOS -  10 FUNERAIS

ESPERANÇA : - 01 BAPTISMOS  -  00 CASAMENTOS -  14 FUNERAIS  

MOSTEIROS : - 00 BAPTISMOS  -  00 CASAMENTOS -  05 FUNERAIS  

REGUENGO : -  00 BAPTISMOS  -  00 CASAMENTOS -  12 FUNERAIS  


 Ao longo do ano de 2017, visitaram a Igreja Matriz de Arronches, 1531 visitantes, dos quais 1330 eram portugueses  e 201 estrangeiros, oriundos dos países da Comunidade Europeia, E.U.A e Brasil.

Visualizações do Blog da Paróquia  em 2017- 39695, também da CE, E.U.A., Brasil, Canadá e Ásia.

Aproxima- se a Celebração da Festividade de Nossa Senhora da Luz, e Apresentação do Senhor, como habitualmente, decorrerá a Apresentação das crianças nascidas no ultimo ano,à comunidade paroquial.


Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos - Dia 3

DIA 3 Seu corpo é templo do Espírito Santo


Êxodo 3, 4-10
Deus liberta os que estão em humana escravidão
Salmo 24, 1-6Esta é a geração dos que procuram a tua face
1 Coríntios 6, 9-20Glorificai, portanto, a Deus por vosso corpo
Mateus 18, 1-7Ai do homem por quem acontece a queda



O livro do Êxodo demonstra o cuidado de Deus a respeito de povos em regime de escravidão. A revelação de Deus a Moisés na sarça ardente é uma declaração poderosa de desejo de libertar seu povo. Deus contemplou o sofrimento deles, ouviu seu grito e assim veio para libertá-los. Deus ainda ouve o grito dos que estão submetidos à escravidão hoje, e deseja libertá-los. Enquanto a sexualidade é um dom de Deus para os relacionamentos humanos e a manifestação de intimidade, o mau uso desse dom através da pornografia escraviza e desvaloriza tanto os que fazem a propaganda dela como os que nela se viciam. Deus não é indiferente a esse problema e os cristãos são chamados a se posicionar também.

São Paulo escreve que somos chamados a dar glória a Deus em nossos próprios corpos, o que significa que cada parte de nossas vidas, incluindo nossos relacionamentos, podem e devem ser uma oferta agradável a Deus. Os cristãos precisam trabalhar juntos por um tipo de sociedade que sustente a dignidade humana e não coloque uma pedra de tropeço diante de nenhum dos pequenos de Deus mas, em vez disso, os capacite para viver na liberdade que é o desejo de Deus para eles.

Oração

Por tua celestial graça, ó Deus,
restaura-nos em corpo e mente,
cria em nós um coração limpo e uma mente pura
para que possamos dar glória ao teu Nome.
Que as Igrejas consigam unidade de objetivos
Para a santificação do teu povo, por Jesus Cristo
que vive e reina contigo
na unidade do Espírito Santo
para todo o sempre. Amém.

A mão direita de Deus
Está curando nossa terra,
Curando dilacerados corpos, mentes e almas;
Tão maravilhoso é seu toque,
Com amor que tanto significa,
Quando somos curados
Pela mão direita de Deus.

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sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

O CAMINHO FAZ-SE CAMINHANDO



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A Federação Luterana Mundial e o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, na conclusão do ano da Comemoração comum da Reforma, publicaram, em 31 de outubro último, um comunicado final conjunto, verdadeiro sinal de esperança nos caminhos do ecumenismo mundial. Assim se vai construindo “um vínculo cada vez mais estreito de consenso espiritual e de testemunho comum ao serviço do Evangelho”, até porque, aquilo que nos une é muito mais forte e muito mais importante do que aquilo que, porventura, nos queira dividir. Como cristãos, não devemos ignorar este movimento mundial que rasga caminhos em direção à construção da unidade na verdade. Até ao dia 25 deste mês, dia da Festa Litúrgica da Conversão de S. Paulo, estamos a viver a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Para nos ajudar a sintonizar com tal causa, torno presente o texto desse comunicado final:
“Hoje, 31 de outubro de 2017, último dia da Comemoração comum da Reforma, damos graças pelos dons espirituais e teológicos recebidos através da Reforma; tratou-se de uma comemoração partilhada não só entre nós mas também com os nossos parceiros ecuménicos a nível mundial. Ao mesmo tempo, pedimos perdão pelas nossas culpas e pelo modo com que os cristãos feriram o Corpo do Senhor e se ofenderam reciprocamente nos quinhentos anos desde o início da Reforma até hoje.
Nós, luteranos e católicos, estamos profundamente agradecidos pelo caminho ecuménico que empreendemos juntos nos últimos cinquenta anos. Esta peregrinação, apoiada pela nossa oração comum, pelo culto divino e pelo diálogo ecuménico, levou à superação de preconceitos, à intensificação da compreensão recíproca e à obtenção de acordos teológicos decisivos. À luz de tão grandes bênçãos ao longo do nosso percurso, elevemos os nossos corações no louvor a Deus uno e trino pela graça recebida.
Hoje queremos recordar um ano marcado por eventos ecuménicos de importância incisiva, iniciado a 31 de outubro de 2016 com a oração conjunta luterano-católica celebrada em Lund, na Suécia, na presença dos nossos parceiros ecuménicos. O Papa Francisco e o Bispo Munib A. Younan, então Presidente da Federação Luterana Mundial, durante aquela função litúrgica por eles presidida, assinaram uma declaração comum, comprometendo-se a prosseguir juntos o caminho ecuménico rumo à unidade pela qual Cristo rezou (cf. João 17, 21). No mesmo dia, também o nosso serviço comum a favor de quantos necessitam da nossa ajuda e solidariedade foi fortalecido graças a uma carta de intenções assinada pela Caritas Internationalis e pela Lutheran World Federation World Service.
O Papa Francisco e o Presidente Yuonan declararam juntos: «Muitos membros das nossas comunidades aspiram receber a Eucaristia numa mesa única, como expressão concreta da plena unidade. Fazemos experiência da dor de quantos partilham toda a sua vida, mas não podem partilhar a presença redentora de Deus na mesa eucarística. Reconhecemos a nossa comum responsabilidade pastoral de responder à sede e à fome espirituais do nosso povo de ser um em Cristo. Desejamos ardentemente que esta ferida no Corpo de Cristo seja curada. Este é o objetivo dos nossos esforços ecuménicos, que queremos fazer progredir, inclusive renovando o nosso compromisso pelo diálogo teológico». Entre as bênçãos recebidas durante o ano da Comemoração, há o facto que, pela primeira vez, luteranos e católicos viram a Reforma de uma perspetiva ecuménica. Isto tornou possível uma nova compreensão dos eventos do século XVI que provocaram a nossa separação. Reconhecemos que, se é verdade que não se pode mudar o passado, é verdade também que o seu impacto hodierno sobre nós pode ser transformado de modo que se torne um impulso para o crescimento da comunhão e um sinal de esperança para o mundo: a esperança de superar a divisão e a fragmentação. Mais uma vez, sobressaiu claramente que aquilo que nos une é muito superior ao que nos separa.
Sentimo-nos felizes por a Declaração conjunta sobre a doutrina da justificação, assinada solenemente pela Federação Luterana Mundial e pela Igreja romano-católica em 1999, ter sido assinada também pelo Conselho Metodista Mundial em 2006 e, durante esse ano de Comemoração da Reforma, pela Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas. Hoje mesmo, a Declaração foi aceite e recebida pela Comunhão Anglicana durante uma cerimónia solene na Abadia de Westminster. Sobre esta base as nossas comunidades cristãs podem construir um vínculo cada vez mais estreito de consenso espiritual e de testemunho comum ao serviço do Evangelho. Olhamos com satisfação para as numerosas iniciativas de oração comum e de culto divino que luteranos e católicos partilharam juntamente com os seus parceiros ecuménicos em várias partes do mundo, assim como para os encontros teológicos e as importantes publicações que deram substância a este ano de Comemoração.
Com o olhar dirigido para o futuro, comprometemo-nos a prosseguir o nosso caminho comum, guiados pelo Espírito de Deus, rumo à crescente unidade desejada pelo nosso Senhor Jesus Cristo. Com a ajuda de Deus e num espírito de oração, pretendemos discernir a nossa interpretação de Igreja, Eucaristia e Ministério, esforçando-nos para chegar a um consenso substancial a fim de superar as diferenças que até agora são fonte de divisão entre nós. Com profunda alegria e gratidão, confiemos no facto de «que aquele que iniciou em vós esta obra excelente lhe dará o cumprimento até o dia de Jesus Cristo» (Filipenses 1, 6).”

D. Antonino Dias
 Bispo de Portalegre Castelo Branco
19-01-2018

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos - Dia 2

DIA 2 -Não mais como escravo, mas como irmão amado

 


Gênesis 1, 26-28
Deus criou o homem à sua imagem
Salmo 10, 1-10Por que, Senhor, permaneceres afastado?
Filemon 1-23Não mais como escravo e, sim, bem mais do que escravo: como irmão bem amado
Lucas 10, 25-37Parábola do bom samaritano


Uma das primeiras coisas que aprendemos sobre Deus na Bíblia hebraica e cristã é que Deus criou a humanidade à sua própria imagem. No entanto, essa profunda e bela verdade tem freqüentemente sido ofuscada ou negada ao longo da história humana. Por exemplo, no Império Romano, a dignidade dos que estavam escravizados era negada. A mensagem do Evangelho é inteiramente diferente disso. Jesus desafia as normas sociais que desvalorizam a dignidade humana dos samaritanos, descrevendo o samaritano como o “próximo” do homem que havia sido atacado na estrada para Jericó – um próximo para ser amado, de acordo com a Lei. E Paulo, com a coragem que lhe vem de Cristo, descreve Onésimo, que tinha sido escravizado, como “um irmão amado”, transgredindo as normas de sua sociedade e afirmando a humanidade de Onésimo.

O amor cristão precisa sempre ser um amor corajoso que ousa ultrapassar fronteiras, reconhecendo em outros uma dignidade igual à sua própria. Como São Paulo, os cristãos precisam ser corajosos bastante em Cristo para erguer uma voz unida, que reconhece claramente as pessoas vítimas do tráfico como seus próximos e seus amados irmãos e irmãs, e então trabalhar juntos para por fim à escravidão dos tempos modernos.

Oração

Generoso Deus,
Fica perto dos que são vítimas de tráfico humano,
assegurando-lhes que estás vendo seu problema e ouvindo seu clamor.
Que a tua Igreja possa estar unida em compaixão e coragem
para trabalhar pelo dia em que ninguém mais será explorado
e todos serão livres para viver com dignidade e paz.
Isso te pedimos em nome do Deus Triuno,
que pode realizar imensamente mais do que seríamos capazes
de pedir ou imaginar.
Amém.

A mão direita de Deus
Está elevando nossa terra,
Erguendo os caídos um por um;
Cada um tem seu nome conhecido,
E é resgatado agora da vergonha
Pela elevação da mão direita de Deus.

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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos - Dia 1


DIA 1 Amareis também o estrangeiro, porque fostes estrangeiros no Egito


Levítico 19, 33-34
Amarás o migrante como a ti mesmo.
Salmo 146O Senhor protege os migrantes
Hebreus 13, 1-3Alguns, sem saber, acolheram anjos
Mateus 25, 31-46Eu era estrangeiro e me acolhestes


A lembrança dos israelitas de terem sido estrangeiros na terra do Egito está na base da orientação da Lei que ensina o povo de Deus a acolher em seu meio os estrangeiros. Esperava-se que a memória do seu próprio exílio gerasse empatia e solidariedade com os contemporâneos exilados e estrangeiros. Como aconteceu com Israel, nossa experiência cristã comum da ação salvadora de Deus vem junto com lembranças de estranhamento e alienação – em relação a Deus e seu Reino. Esse tipo de memória cristã tem implicações éticas. Deus restaurou nossa dignidade em Cristo, e nos fez cidadãos do seu Reino, não por alguma coisa que tenhamos feito para merecê-lo mas por um dom gratuito de seu próprio amor. Somos chamados a fazer algo semelhante, livremente e motivados por amor. O amor cristão é amar como o Pai ama, isto é reconhecer e dar dignidade, e assim ajudar a trazer cura para a ferida família humana.

Oração

Deus eterno,
Não pertences a nenhuma cultura ou terra, mas és o Senhor de todos.
Tu nos chamas a acolher o estrangeiro em nosso meio.
Ajuda-nos por teu Espírito a viver como irmãos e irmãs,
acolhendo todos em teu nome, e vivendo na justiça do teu Reino.
Assim oramos em nome de Jesus.
Amém.

A mão direita de Deus


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The Right Hand of God (A mão direita de Deus)
A mão direita de Deus
Está escrevendo em nossa terra,
Escrevendo com poder e amor;
Nossos conflitos e nossos medos,
Nossos triunfos e nossas lágrimas.
São gravados pela mão direita de Deus.

A mão direita de Deus
Está atingindo nossa terra,
Pondo para fora inveja, ódio e ambição;
Nosso egoísmo e luxúria,
Nosso orgulho e atos injustos
São destruídos pela mão direita de Deus.

A mão direita de Deus
Está elevando nossa terra,
Erguendo os caídos um por um;
Cada um tem seu nome conhecido,
E é resgatado agora da vergonha
Pela elevação da mão direita de Deus.

A mão direita de Deus
Está curando nossa terra,
Curando dilacerados corpos, mentes e almas;
Tão maravilhoso é seu toque,
Com amor que tanto significa,
Quando somos curados
Pela mão direita de Deus.

(uma tradução portuguesa)

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Semana de Oração pela unidade dos Cristãos

DIA 7 Sendo família no lar e na Igreja

 

Êxodo 2, 1-0
Nascimento de Moisés
Salmo 127Se o Senhor não construir a casa, seus construtores trabalham em vão
Hebreus 11, 23-24Moisés foi ocultado pelos pais... pois eles tinham visto a beleza do filho
Mateus 2, 13-15José levantou-se, tomou consigo o menino e a mãe de noite e retirou-se para o Egito



Famílias têm central importância na proteção e alimentação de crianças. Os relatos bíblicos da infância de Moisés e de Jesus, que estavam em perigo de morte desde o momento de seu nascimento por causa das ordens de assassinato dadas por governantes irados, ilustram a vulnerabilidade das crianças diante de forças externas. Essas histórias também apresentam ações que podem proteger esses pequeninos. Mateus nos mostra um modelo de paternidade que está em amorosa fidelidade à orientação do Senhor, especialmente em tempos de perigo.

As Escrituras vêem as crianças como uma bênção e esperança para o futuro. Para o salmista, elas são como “flechas nas mãos do guerreiro”. Como cristãos, partilhamos um chamado comum para vivermos como rede de famílias que se apóiam, confiando na força do Senhor para a tarefa de construir comunidades fortes, nas quais as crianças são protegidas e podem se desenvolver.

Oração

Deus cheio de graças,
enviaste teu filho para nascer numa família comum,
com ancestrais que eram tanto fiéis como pecadores.
Pedimos a tua bênção para todas as famílias
dentro dos lares e comunidades.
Oramos especialmente pela unidade da família cristã
para que o mundo possa crer.
Em nome de Jesus oramos.
Amém.

A mão direita de Deus
Está escrevendo em nossa terra,
Escrevendo com poder e amor;
Nossos conflitos e nossos medos,
Nossos triunfos e nossas lágrimas.
São gravados pela mão direita de Deus.


Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos / 18-25 de Janeiro

De 18 a 25 de janeiro tem lugar a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. As várias igrejas encontram-se, rezam juntas e procuram caminhos de reconciliação.

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A tua destra, Senhor, 
esplendorosa de poder
(Ex 15,6)


A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, este ano subordinada ao tema Unidos no ensinamentos dos apóstolos, na comunhão fraterna e nas orações (cf. Actos 2, 42) e preparada pelos cristãos de Jerusalém. Estes, buscando a unidade no meio de dificuldades, «mostram-nos que o apelo à unidade pode ser mais do que meras palavras e que, de facto, pode orientar-nos para um futuro, no qual antecipamos e ajudamos a construir a Jerusalém celeste». O tema que escolheram apela ao regresso às origens da primeira Igreja de Jerusalém, à renovação e ao retorno ao essencial da fé, à evocação do tempo em que os cristãos viviam unidos. Ao mesmo tempo, recorda os marcos da Igreja das origens, essenciais à comunidade cristã em qualquer tempo e lugar: a palavra anunciada pelos apóstolos, a comunhão fraterna, a eucaristia (fracção do pão) e a oração.

O texto de apresentação do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos 2018 contextualiza, desta forma, o tema deste ano: “Embora na libertação/salvação Deus tenha a iniciativa, Deus envolve forças humanas na realização de seu objetivo e nos planos para a redenção de seu povo. Os cristãos, pelo batismo, participam do ministério divino de reconciliação, mas as nossas divisões restringem o nosso testemunho e a nossa missão num mundo necessitado da cura que vem de Deus” – pode-se ler no texto de apresentação do Oitavário 2018.

Os subsídios para as celebrações ecuménicas de reflexão e oração foram preparados pelas Igrejas das Caraíbas. A equipa ecuménica criada para o efeito foi liderada por D. Kenneth Richards, arcebispo católico de Kingston e bispo responsável pelo ecumenismo na Conferência Episcopal das Antilhas que foi coadjuvado pelo secretário-geral da Conferência Caribenha de Igrejas, Gerald Granado. A Semana de Oração deste ano tem como lema a frase do livro do Êxodo: “A tua direita, Senhor, resplandeceu de poder!” (Ex 15,6).

Recorde-se que a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos celebra-se anualmente entre 18 e 25 de janeiro. Este momento de Oração pela Unidade dos Cristãos começou a celebrar-se em 1968 e Portugal preparou o material no ano 1996.

O período tradicional, no hemisfério norte, para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos vai de 18 a 25 de janeiro. Essas datas foram propostas em 1908 por Paul Watson porque cobriam os dias entre as festas de São Pedro e São Paulo, tendo portanto um valor simbólico. No hemisfério sul, já que janeiro é tempo de férias, as Igrejas freqüentemente escolhem outros dias para celebrar a Semana de Oração, como, por exemplo, à volta de Pentecostes (de acordo com o que foi sugerido pelo movimento Fé e Ordem em 1926), que é também uma
 data simbólica para a unidade da Igreja.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Chile: Missa ao ar livre, visita a estabelecimento prisional para mulheres e evocação de santo do povo marcam agenda em Santiago

https://www.youtube.com/watch?v=5wYkIxPqYdU

Francisco encontra-se ainda com responsáveis políticos e religiosos, esta quarta-feira


Lisboa, 16 jan 2018 (Ecclesia) – O Papa inicia hoje no Chile os compromissos públicos da 22 ª viagem internacional do pontificado, reunindo-se as autoridades civis no Palácio de la Moneda, sede da Presidência, e com a presidente cessante, Michelle Bachelet.
A primeira celebração do Papa no país sul-americano vai acontecer às 10h30 locais (13h30 em Lisboa), no Parque O’Higgins, na capital chilena, com uma Missa ao ar livre pela paz e a justiça.
Mais tarde, o Papa visita o Estabelecimento Prisional Feminino de Santiago, para saudar cerca de 400 reclusas.
Francisco encontra-se ainda com cerca de dois mil sacerdotes, religiosos, religiosas, consagrados e seminaristas, na Catedral de Santiago, e com os bispos, na sacristia da Catedral.
O segundo dia da visita do Papa termina com uma visita privada de Francisco ao Santuário de São Alberto Hurtado e um encontro privado com os sacerdotes da Companhia de Jesus.
Santo Alberto Hurtado (1901-1952) destacou-se pelo seu trabalho com os mais pobres e na divulgação da Doutrina Social da Igreja; foi canonizado por Bento XVI a 23 de outubro de 2005.
Na homilia da celebração, o agora Papa emérito sublinhou que santo jesuíta se quis “identificar com o Senhor e amar os pobres com o seu amor”, fundando “El Hogar de Cristo para os mais necessitados e para os sem-abrigo, oferecendo-lhes um ambiente familiar cheio de calor humano”.
O Papa Francisco vai cumprimentar 30 utentes e funcionários do ‘Hogar de Cristo’.
Junto ao santuário vai estar a camioneta verde com que Santo Alberto Hurtado se deslocava para ajudar crianças e pessoas em necessidade; o veículo foi restaurado especialmente por ocasião da visita papal.
A 22ª viagem internacional do pontificado decorre até domingo, com passagens por seis cidades chilenas e peruanas, num percurso total de mais de 30 mil quilómetros.

O Chile recebe um Papa mais de 30 anos depois da visita de São João Paulo II, em 1987.

OC
http://www.agencia.ecclesia.pt/portal/chile-missa-ao-ar-livre-visita-a-estabelecimento-prisional-para-mulheres-e-evocacao-de-santo-do-povo-marcam-agenda-em-santiago/

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Papa rumo ao Chile e ao Peru


https://www.youtube.com/watch?v=qaXE_xAstSU

Imagens do Papa Francisco embarcando rumo ao Chile. O avião partiu às 08h55 (hora local) do aeroporto de Fiumicino. O Pontífice chegará à capital Santiago depois de 15 horas e 40 minutos de voo.


https://www.youtube.com/watch?v=8SAISs8dB0g

O enviado do Vatican News à capital chilena, Stefan Von Kampis, fez um retrato da primeira cidade que acolherá o Papa Francisco em sua 22a viagem apostólica.

domingo, 14 de janeiro de 2018

Testemunhar


https://www.youtube.com/watch?v=BzRh1pAjyDo


Deus serve-se de muitos meios para manifestar seu chamado! Alguns ele chama diretamente
Outros, através de circunstâncias da vida.
 Outros, por meio de terceiras pessoas.
 Não importa o meio. 
O que importa é saber escutar sua voz! 
Seguir seus passos!
 Testemunhá-lo!

sábado, 13 de janeiro de 2018

“Eu venho, Senhor, para fazer a Vossa vontade.”

/www.youtube.com/watch?v=IfVXJTVa65Y

“Eu venho, Senhor,
para fazer a Vossa vontade.”



Do Salmo 39 (40)

Esperei no Senhor com toda a confiança
e Ele atendeu-me.
Pôs em meus lábios um cântico novo,
um hino de louvor ao nosso Deus.
Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações,
mas abristes-me os ouvidos;
não pedistes holocaustos nem expiações,
então clamei: «Aqui estou».
«De mim está escrito no livro da Lei
que faça a vossa vontade.
Assim o quero, ó meu Deus,
a vossa lei está no meu coração».
Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.
Não escondi a vossa justiça no fundo do coração,
proclamei a vossa fidelidade e salvação.


Pai Bondoso e Santo, agradeço-Te este dia que agora começa
E a alegria de poder estar conTigo.
Ajuda-me a poder​ ser transparente à Tua ação.
Concede-me a​ humildade em querer ser fiel à Tua vontade​.
Fica comigo, Senhor.
​Que eu saiba acolher
A graça de Te escutar
ParaTe poder afirmar:
"Aqui estou, Senhor, para fazer a Tua vontade!"

Fala, Senhor, eu escuto!


https://www.youtube.com/watch?v=pAXJZVYyB6g

A liturgia do 2º Domingo do Tempo Comum propõe-nos uma reflexão sobre a disponibilidade para acolher os desafios de Deus e para seguir Jesus.
A primeira leitura apresenta-nos a história do chamamento de Samuel. O autor desta reflexão deixa claro que o chamamento é sempre uma iniciativa de Deus, o qual vem ao encontro do homem e chama-o pelo nome. Ao homem é pedido que se coloque numa atitude de total disponibilidade para escutar a voz e os desafios de Deus.
O Evangelho descreve o encontro de Jesus com os seus primeiros discípulos. Quem é “discípulo” de Jesus? Quem pode integrar a comunidade de Jesus? Na perspectiva de João, o discípulo é aquele que é capaz de reconhecer no Cristo que passa o Messias libertador, que está disponível para seguir Jesus no caminho do amor e da entrega, que aceita o convite de Jesus para entrar na sua casa e para viver em comunhão com Ele, que é capaz de testemunhar Jesus e de anunciá-l’O aos outros irmãos.
Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto a viverem de forma coerente com o chamamento que Deus lhes fez. No crente que vive em comunhão com Cristo deve manifestar-se sempre a vida nova de Deus. Aplicado ao domínio da vivência da sexualidade – um dos campos onde as falhas dos cristãos de Corinto eram mais notórias – isto significa que certas atitudes e hábitos desordenados devem ser totalmente banidos da vida do cristão.

Como é que me situo face aos apelos e aos desafios de Deus? Com uma obstinada recusa, com um “sim” reticente, ou com total disponibilidade e entrega?
Acolher o chamamento de Deus significa assumir, em todos os momentos e circunstâncias, comportamentos coerentes com a nossa opção por Cristo e pelo Evangelho. Nada do que é egoísmo, exploração do outro, abuso dos direitos e dignidade do outro, procura desordenada do bem próprio à custa do outro, pode fazer parte da vida do cristão. O cristão é alguém que se comprometeu a ser um sinal vivo de Deus e a testemunhar diante do mundo – com palavras e com gestos – essa vida de amor, de serviço, de doação, de entrega que Deus, em Jesus, nos propôs. Membro do “corpo” de Cristo, o cristão é “corpo” no qual se manifesta a proposta do próprio Cristo para os homens e mulheres do nosso tempo. Isto obriga-nos a nós, os crentes, a comportamentos coerentes com o nosso compromisso baptismal.
Qual é o verdadeiro “culto” que Deus pede? Como é que traduzimos, em gestos concretos, a nossa adesão a Deus? Paulo sugere que o verdadeiro culto, o culto que Deus espera, é uma vida coerente com os compromissos que assumimos com Ele, traduzida em gestos concretos de amor, de entrega, de doação, de respeito pelo outro e pela sua dignidade.



http://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=1768

Coragem para lutar e chegar ao Senhor


https://www.youtube.com/watch?v=kI9AGeGIgOw

Na missa celebrada, esta sexta-feira (12/01), na Casa Santa Marta, o Papa Francisco comentou a cura do leproso e do paralítico e afirmou que, como eles, devemos aprender a rezar com coragem e fé.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

É BOA PESSOA, SIM, É … MAS …


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Para viver e conviver com os outros, deu-nos Deus vários poderes e faculdades: inteligência, vontade, coração, capacidade de comunicar... Um dos mais importantes desses dons é, sem dúvida, a palavra, a linguagem. Trágico se torna quando esse grandioso dom se transforma em veneno mortífero. Um dos modos de o fazer é usá-la para maldizer de alguém, quer se faça dizendo a verdade - aquela verdade que não interessa a ninguém -, quer se faça caluniando, quer propalando defeitos, quer diminuindo virtudes. São muitas as pessoas que se dizem incapazes de matar, de roubar, de faltar a este ou àquele dever, esquecendo-se que há muitas formas de matar, de roubar, de molestar. Fala-se de todos, de vivos e de defuntos, dos próprios familiares. E quase todos falam, em toda a parte e em muitas ocasiões: falam os homens e as mulheres, os novos e os idosos, os crentes e os não crentes, os cultos e os menos cultos. A Bíblia está cheia de afirmações para condenar esta pecha humana. Um dos Salmos, por exemplo, diz: “Passas o dia a excogitar no crime; como navalha afiada, assim a tua língua, artífice de enganos. Preferes o mal ao bem, a mentira à verdade, comprazeste em palavras enganosas língua fraudulenta – também Deus te há de abater para sempre (Sl 52 ou 51, 4). São Tiago, também se mostra duro: “… a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede como uma faúlha pode incendiar uma grande floresta. A língua é como um fogo, um mundo de maldade … Ela não tem freio e está cheia de veneno mortal …. Com ela bendizemos o Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus… isto não pode acontecer” (Tig 3, 1-12). São Pedro, por sua vez, afirmava que “o que quer amar a vida e ver dias felizes”, deve refrear “a sua língua do mal e os seus lábios das palavras enganadoras” (1Ped 3,10).
A soberba e a inveja, de braço dado com a covardia, são os pais da maledicência. Enxergam o lixo nos olhos dos outros e ignoram a trave que está nos seus. Contentam-se com o mal e o sofrimento dos outros, “têm olhos míopes para ver o bem e pulmões de bronze para publicar o mal”. Não tendo coragem de alertar ou corrigir fraternalmente, roubam o melhor dos bens que é a honra e a fama. Sobre estas, o Autor do Eclesiástico recomenda: “Tem cuidado com a tua boa reputação porque te acompanhará mais do que milhares de tesouros preciosos. A vida honesta tem somente um número certo de dias, mas o bom nome permanece para sempre”. E acrescenta: “Envergonha-te de repetir o boato que ouviste e de revelar as confidências secretas” (Ecli 41). Ter a boca no coração e não o coração na boca era o que aconselhava Santo Humberto.
Para levar a água ao seu moinho, o maldizente age com técnicas sofisticadas. Sem qualquer necessidade, faz conhecer as faltas alheias e nega as qualidades. Por exemplo: se alguém fala bem de alguém, logo surge o maldizente: ”Tu é que não o conheces…se soubesses o que eu sei…” Mas não sabe nada. Alguém fala bem deste ou daquele e logo salta o maldizente: “Oh! não é bem assim, não é quem se pinta!..., fia-te nisso e verás …”. Outras vezes, não nega, mas diminui as qualidades alheias. Alguém elogia outro e logo ele: ”Cuidado, nem tudo o que luz é oiro … são mais as vozes que as nozes”. Outras vezes, alguém diz bem do próximo e ele cala-se, mas faz gestos: uns certos trejeitos no rosto, um abanar de cabeça, um dar de ombros, um empiscar de olho … Por vezes, até louva para depois censurar: “é boa pessoa, é …. mas ….”. Logo vem o mas… Outras vezes até se serve da sua falsa piedade e espevitado zelo para espetar a farpa: “fulano ofendeu tanto a Deus…que escândalo meu Deus…que escândalo!”. Também se esforça por interpretar mal o bem de terceiros: se alguém dá esmola, é para mostrar que é rico. Se é sério, é um toninho. Se é piedoso, é um hipócrita. Se frequenta a Igreja, é um beato que não tem que fazer. Se ... Se … E é capaz de apoiar o que afirma no “eu cá sou muito franco, digo o que penso”, esquecendo-se que ser franco não é dizer o que se pensa, mas pensar o que se diz. Paralelamente, podemos ver o caluniador e o que é capaz de jurar falso. Aqueles que atribuem faltas que sabem que não existem ou aumentam as faltas reais em gravidade e em número. Aqueles que não têm escrúpulos de depor contra a verdade, contra a justiça, e mentem em tribunal, dizendo o que não é ou não dizendo tudo quanto é, quer para condenar um inocente, quer para absolver um culpado, quer para agravar a pena do condenado, comprometendo assim o exercício da justiça e a retidão da sentença.
Se tivermos um mentiroso, se o ligarmos com o maledicente e o caluniador, teremos, por certo, o predador da honra alheia. Se lhe dermos mais um retoque, se o favorecermos com a cobardia, teremos o que ferra às escuras ou se aprimora a escrevinhar cartas anónimas, a expressão suprema tantas vezes da calúnia e sempre da cobardice.
Assim se provoca entre as pessoas, nas famílias, nos locais de trabalho, nos casais constituídos, nos pares de namorados e na sociedade em geral, sofrimento, ódios, inimizades, desesperos, separações, discórdias, vinganças e até mortes.
Isto exige reparação, mesmo que o autor tenha sido perdoado. Como reparar? Retratando-se diante do próprio e publicamente, tanto quanto possível, diante de todos aqueles perante quem mentiu. Penitenciando-se, convertendo-se à verdade e tomando consciência de que “vale mais a língua do mudo que a dos maldizentes”, como refere o ditado árabe. A reparação moral e a restituição material, se for o caso, obriga em consciência, e deve ser avaliada segundo a medida do prejuízo causado (CIgC2487).

"Engraxadores sem caixa
Há aos centos na cidade
Que só usam da tal graxa
Que envenena a sociedade". (A. Aleixo).

D. Antonino Dias - Bispo de Portalegre Castelo Branco
12-01-2018


quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Se Jesus te dissesse para escolheres uma graça, o que pedirias?

Foto de Paróquia Santa Clara - Coimbra.


Se Jesus te dissesse
para escolheres uma graça, o que pedirias?

Para Ele, nada é impossível
Sei que não sou santo, que erro, que deixou Deus ofendido.


Dirijo o carro e logo passo perto de uma igreja. Lá está Jesus, meu melhor amigo, no sacrário.

Como Adão, costumamos nos esconder de Deus quando pecamos. Ele, mesmo sabendo de tudo, sai a nos procurar e nos recebe com os braços abertos. Quando você ama de verdade, você abraça e perdoa.

Esta manhã, senti que Jesus me dizia: “Cláudio, você passou direto. Não virá me ver?”

É impossível dizer não quando Ele te pede algo, né? Ele é assim… Eu queria me confessar primeiro antes de entrar no oratório, onde Jesus está presente. Mas não deu.

“Está bem, Senhor. Irei te ver”, digo. E logo volto até aquela bela igreja, onde sei que ele me espera.

Apareço sorrindo desde a porta e digo: “Prometo que vou me confessar assim que eu puder”.

E sinto que, de alguma maneira, ele me responde: “Vamos, bobo, entre já, eu te conheço e quero estar contigo. Somos amigos, nunca se esqueça disso”.

Eu quase ri por causa disso. Mas entrei no oratório. Ficamos em silêncio, de frente um para o outro. Jesus e eu. Depois, senti que ele me perguntava: “Eu gostaria de lhe dar uma graça. Se você pudesse escolher, qual me pediria”

Isso me pareceu genial e minha mente voou, sabendo que, para Ele, nada é impossível.

Eu poderia pedir felicidade ou que nunca me faltassem recursos para sustentar a minha família. De cara, pensei em sabedoria, que abre portas e caminhos. Eu gostaria também de “discernimento”, já que em certas ocasiões eu meto os pés pelas mãos por não saber discernir e pensar rápido. E se eu lhe pedisse a facilidade de perdoar? Seria estupendo!

Saí daquele oratório confuso e caminhei um pouco para fora da igreja de Guadalupe, na Rua 50, em Panamá. Logo me veio à mente uma palavra simples, que reunia todos os meus desejos e me permitiria alcançá-los: “AMAR”.

“É isso”, gritei emocionado. “Vou pedir a Jesus uma faísca de seu amor para que eu seja capaz de amar, perdoar, e compreender o quanto a vida é maravilhosa, apesar das dificuldades”.

Voltei ao oratório, dizendo: “quero amar, Jesus. Amar os que me ajudam, os que me apreciam e os que me prejudicam. Principalmente os que me prejudicam. Porque se eu amar, serei capaz de perdoar, abraçar e seguir adiante com a aminha vida. Ensina-me a amar como Tu amas”.

Nisso, eu me ajoelhei no genuflexório, fechei meus olhos e rezei por um tempão, na certeza de que seria ouvido.

Que bom é Jesus!

Fonte:
https://pt.aleteia.org/…/se-jesus-dissesse-para-voce-escol…/

Jornada Arciprestal de Catequese Portalegre

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As Jornadas realizam -se em cada Arciprestado ao ritmo anual, para a formação permanente e actualização dos catequistas.

A Jornada Arciprestal de Catequese- Portalegre, realiza -se este ano em Arronches, dia 13 de Janeiro, no salão paroquial.

Os trabalhos terão início pelas 9:30H, com o acolhimento aos participantes, seguido de momento orante.

- Desenvolvimento do tema : “Catequese: Ver o que os outros não vêem e ouvir o que os outros não ouvem”

- Almoço partilhado em ambiente familiar

- Reflexão e partilha em grupo sobre alguns aspetos mais pertinentes da Carta Pastoral da Conferencia Episcopal Portuguesa

- Plenário

17:00H - Conclusão dos trabalhos




terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Em busca de uma fé sincera

Foto de Paróquia Santa Clara - Coimbra.



Estava disposto a ir até ao fim do mundo se aí pudesse purificar o seu sentir. Mas grande parte dos males que sentia, a si mesmo os devia... alimentou-se durante demasiado tempo de mentiras, histórias tortas e sonhos fúteis. O seu coração batia por baixo daquele enorme monte de lixo.

Decidiu deixar-se.
Naquele dia, deixou todas as coisas que tinha para trás, na esperança de, através desse despojamento, ser mais. Expulsava o mal de si mesmo, à procura de descobrir o bem que pressentia acompanhá-lo sempre, desde sempre, mas que há muito tempo sufocara.

As lágrimas e os gemidos do seu sofrimento davam-lhe força.
Sem nada nas mãos e com todo o caminho pela frente, sentiu um alívio que palavra alguma pode explicar. Sem nada ter, ficou apenas o mais importante: o poder de se dar e, entregando-se ao mundo e aos outros, contava, dessa forma, reconquistar um coração puro.

Caminhava muitas vezes de olhos fechados, boca cerrada, inspirando e suspirando de forma profunda.
O caminho era duro, cada passo adiante era uma conquista da luz às trevas, da eternidade à morte, do amor ao egoísmo. A resistência era potente e permanente. Um só descuido e a tragédia seria certa.

Arrependia-se e perdoava-se.
Amar não é estar presente em momentos soltos. É ser presente, sempre. É a coragem de acreditar de forma honesta, mesmo contra toda a história, as evidências e as previsões.
A fé sincera que buscava encontrou-a no rumo dos seus passos. Não é um destino nem uma paragem, é um percurso pessoal em direcção ao eterno.

Fonte:
http://www.imissio.net/artigos/…/em-busca-de-uma-fe-sincera/

SENHOR...


https://www.youtube.com/watch?v=T2tSJgQyCHY

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

A diferença entre perdoar e desculpar

Foto de Paróquia Santa Clara - Coimbra.


Há ofensas que merecem ser perdoadas. Para outras, apenas uma desculpa é suficiente

Sem dúvida, alguns dos maiores desafios que temos que enfrentar são os atos de perdoar e desculpar. Essas ações parecem a mesma coisa, mas não são. As duas têm um denominador comum: exigem muita humildade, muito amor e muita vontade de fazer acontecer. A diferença entre elas está na pessoa, pois se desculpa o inocente e se perdoa o culpado.

Veja esta história:

Era aniversário de Mônica, uma amiga querida do meu coração, daquelas que, se a gente não a cumprimenta em datas importantes, ela fica sem falar com você durante três meses. Ela é sentida, sentida e sentida…

Conhecendo minha memória como eu conheço, anotei a data tanto na minha agenda pessoal quanto em meu celular, para que eu não me esquecesse de jeito nenhum. Honestamente, há momentos em que eu nem sei em que dia estamos, se é segunda ou quarta….

Pois bem: chegou o grande dia e, desde cedo, o alarme do meu celular me avisou que eu deveria ligar para Mônica. Como eu estava cheia de compromissos, pensei em encontrar um horário mais tarde para poder ligar para ele. E este horário chegou três dias depois! Você já imaginou como ela estava se sentindo, né?

Neste caso, o que eu tive que fazer foi pedir desculpas para Mônica, já que, de verdade, foi um descuido involuntário por causa do excesso de trabalho, da minha falta de atenção e da minha péssima memória. Isso não quer dizer que eu deixei de cumprimentá-la porque queria que ela ficasse chateada.

Mônica, que já me conhece, compreendeu que o que eu fiz foi realmente sem querer. Por isso, ela me desculpou e me exonerou de toda culpa. O que ela fez foi adotar um gesto de justiça, reconhecendo que eu não era culpada.

Por outro lado, o perdão é um assunto ainda mais complexo. Ele transcende a justiça estrita, pois, muitas vezes, o culpado não merece o perdão. E se ele é perdoado, o ato se transforma em algo além da justiça: é um maravilhoso gesto de misericórdia e amor.

Há muitas coisas para serem perdoadas. Ofensas de todos os tamanhos, cores e sabores!

Por exemplo, se um dia eu resolver ficar de mau humor porque tive um péssimo dia e ofender algum de meus filhos por causa disso, não basta pedir-lhe desculpas. Devo pedir perdão pelo dano causado, já que eu fui culpada. Ao me perdoar, o que meu filho me oferece é um gesto de profunda misericórdia.

Quando entendemos que o outro não teve culpa, há uma reação espontânea de desculpa; não há resistência para desculpar, pois a “inculpabilidade” está clara. Mas a coisa muda de figura quando sabemos que quem ofende é culpado. Nesse caso, queremos que ele pague pela falta cometida e assuma as consequências do que fez. Ao perdoá-lo, oferecemos a ele nosso ato voluntário de caridade e misericórdia.

Enfim, é importante refletir quando alguém nos faz “algo” que tomamos como ofensa e enxergar as coisas em sua justa medida. Assim, evitaremos um desgaste inútil. Há ofensas que merecem ser perdoadas. Mas, obviamente, para a maioria uma simples desculpa é suficiente.

Fonte:
https://pt.aleteia.org/…/a-diferenca-entre-perdoar-e-descu…/