Na Semana dos Seminários de 2021 somos iluminados pela frase do Evangelho de Marcos ─ «Estabeleceu doze para estarem com Ele e para os enviar a pregar com o poder de expulsar demónios» (3, 14), depois de, no ano passado, nos termos inspirado no versículo precedente ─ «Jesus subiu a um monte, chamou os que Ele queria e foram ter com Ele» (3,13).
domingo, 31 de outubro de 2021
Informação Paroquial - Dia de Fiéis Defuntos.
O Dia de Fiéis Defuntos não é dia de luto e tristeza. É dia de mais íntima comunhão com aqueles que «não perdemos, porque simplesmente os mandámos à frente» (S. Cipriano). É dia de esperança, porque sabemos que os nossos irmãos ressurgirão em Cristo para uma vida nova. É, sobretudo, dia de oração.
Secretariado Nacional da Liturgia.
Dia de Fiéis Defuntos - 2 de novembro
Cemitério de Arronches - 11:45 H - Oração pelos fiéis defuntos.
Igreja Matriz - 12:00 H- Eucaristia.
O Maior Mandamento
https://www.youtube.com/watch?v=CMTCaobLJoE
A primeira leitura apresenta-nos o início do "Shema' Israel" - a solene proclamação de fé que todo o israelita devia fazer diariamente. É uma afirmação da unicidade de Deus e um convite a amar a Deus com todo o coração, com toda a alma e com todas as forças.
O nosso texto convida o crente a amar a Deus com um amor que implique a totalidade da vida do homem; ou, por outras palavras, convida o crente a viver no "temor do Senhor". Como é que deve expressar-se, em termos práticos, esse amor ao Senhor que nos vai no coração? É através de declarações solenes e ocas de boas intenções? É através de fórmulas fixas de oração que papagueamos de cor? É através de solenes ritos litúrgicos? O nosso amor ao Senhor deve, sobretudo, manifestar-se em gestos concretos que manifestem a nossa obediência incondicional aos seus planos, a nossa entrega total nas suas mãos, a nossa aceitação dos seus mandamentos e preceitos.
O Evangelho diz-nos, de forma clara e inquestionável, que toda a experiência de fé do discípulo de Jesus se resume no amor - amor a Deus e amor aos irmãos. Os dois mandamentos não podem separar-se: "amar a Deus" é cumprir a sua vontade e estabelecer com os irmãos relações de amor, de solidariedade, de partilha, de serviço, até ao dom total da vida. Tudo o resto é explicação, desenvolvimento, aplicação à vida prática dessas duas coordenadas fundamentais da vida cristã.
Como é que vivemos a nossa caminhada religiosa? Qual é, para nós, o elemento fundamental da nossa experiência de fé? Por vezes não estaremos a dar demasiada importância a elementos que não têm grande significado (as prescrições do culto e do calendário, os ritos exteriores, as regras do liturgicamente correcto, as doações de dinheiro para as festas do santo padroeiro, as leis canónicas, as questões disciplinares esquecendo o essencial, negligenciando o mandamento maior?
A segunda leitura apresenta-nos Jesus Cristo como o sumo-sacerdote que veio ao mundo para cumprir o projecto salvador do Pai e para oferecer a sua vida em doação de amor aos homens. Cristo, com a sua obediência ao Pai e com a sua entrega em favor dos homens, diz-nos qual a melhor forma de expressarmos o nosso amor a Deus.
https://www.dehonianos.org/
sábado, 30 de outubro de 2021
Tudo volta!
Percebemos pouco de como a vida funciona. Às vezes parece-nos que as pessoas boas sofrem mais do que as más. Parece-nos que tudo é arbitrário. Que aquilo que fazemos não tem qualquer efeito neste mundo robotizado, e excessivamente tecnológico, em que vivemos.
Não compreendemos que tipo de pessoas são, afinal, premiadas e vangloriadas num mundo em que todos os valores parecem ter definhado. Quase somos tentados a pensar: de que vale a pena fazer o bem, ser competente, trabalhador e criativo se, na verdade, são os graxistas, incompetentes e arrogantes que são levados em braços? De que nos vale dar a outra face e esfolá-la das feridas alheias se, no fim, nada parece correr-nos bem ou resultar para nós como gostaríamos?
Na verdade, é o nosso raciocínio que não está certo. Não temos de ser premiados por fazer o que está certo. Não temos que ser carregados em ombros alheios por fazer o bem. Não temos o direito de descontar as dificuldades que vamos tendo no muito que julgamos fazer. O nosso motivo para fazer o bem deve ser apenas esse: saber que é isso que constitui o nosso dever. É essa a nossa (verdadeira) vocação.
Fazer o bem não faz barulho. Não provoca sinais luminosos de muitas cores nem origina fogos de artifício de encher olhares e de romper vistas.
Fazer o que está certo deve (e tem de) chegar. É suficiente.
Se assim é, por que razão a vida não nos corre melhor? Não (nos) acontece de formas mais favoráveis e, até, mais justas?
Porque a vida tem o seu curso, como um rio. Ensinar-nos-á o que precisarmos de aprender. Far-nos-á crescer à custa de muita dor e de muito sofrimento. Mostrar-nos-á que os prémios não têm qualquer valor quando a recompensa é maior do que a própria vida, como a conhecemos neste mundo.
Enquanto caminhamos, muitas vezes sem sabermos bem para onde nos dirigimos, espero que nos seja possível lembrar que tudo o que é nosso há de ser nosso quando for o tempo. Tudo o que fizermos, ser-nos-á devolvido em dobro e tudo o que dermos será dado como retorno, quando for o dia.
Como diria alguém que conheço: “tudo está como deve estar”.
E eu acrescento: e ainda bem.
Marta Arrais
sexta-feira, 29 de outubro de 2021
PARA ALÉM DA MORTE A VIDA SEM FIM
Os cristãos rezam pelos seus falecidos desde os primórdios. Foram encontradas orações escritas em túmulos, sobretudo de mártires. Esta devoção foi crescendo como demonstração de fé na vida eterna e de amor para com os falecidos. No século V, já se teria determinado um dia para rezar por aqueles pelos quais ninguém rezava, iniciativa que se foi consolidando até ao século XI, rezando por todos os defuntos. Cerca de dois séculos depois foi estabelecido um dia oficial, o dia 2 de novembro. Depois do Dia de Todos os Santos, o Dia de Todos os Fiéis Defuntos. Bento XV, por causa da mortandade havida no primeira Grande Guerra, decretou que os Padres rezassem três Eucaristias no Dia de Todos os Fiéis Defuntos. A doutrina católica baseia-se em passagens bíblicas do Antigo e Novo Testamento, e apoia-se na Tradição da Igreja.
Conforme as culturas e os lugares, há diferentes formas de celebrar e honrar os mortos, algumas até bastante festivas. Entre nós, os cristãos, fazemo-lo com iniciativas diversas, segundo a fé e a devoção de cada um, de cada família, e segundo os costumes das comunidades cristãs. As expressões mais comuns vão desde a confissão sacramental para se participar na comunhão eucarística, à celebração ou participação na Eucaristia, rezando também pelas intenções do Santo Padre. Desde a oração pessoal ou familiar, em casa e na comunidade cristã, à esmola, à mortificação e ao voluntariado por essa intenção. Desde as visitas ou romagens ao Cemitério para rezar pelos falecidos, à participação em eventos organizados. Desde o acender de velas sobre a campa, como que a iluminar o caminho da eternidade, ao colocar uma coroa ou ramo de flores, a simbolizar a vitória da vida sobre a morte e o amor para com os ali sepultados...
Como sabemos, até à vinda gloriosa do Senhor, no final dos tempos, os discípulos de Jesus distribuem-se por três estados da única e mesma Igreja. Uns peregrinam sobre a terra, é a Igreja militante. Outros, passada esta vida, são purificados no Purgatório, é a Igreja padecente. Outros, também tendo passado já esta vida, são glorificados e já contemplam Deus tal como Ele é, a Igreja triunfante. Mas todos comungamos no mesmo amor de Deus e do próximo, embora de modo diverso. Há uma espécie de corrente interna de graça entre os membros de toda a Igreja. Todos entoamos a Deus o mesmo hino de louvor. Todos estamos unidos numa só Igreja e ligados uns aos outros em Cristo. Jamais se interrompe a união dos que ainda caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo. Antes pelo contrário, é reforçada pela comunicação dos bens espirituais. Estando mais intimamente unidos com Cristo, os bem-aventurados consolidam mais firmemente a Igreja na santidade. Enobrecem o culto que ela presta a Deus na terra. Contribuem de muitas maneiras para a sua mais ampla edificação em Cristo. Recebidos na Pátria celeste e vivendo junto do Senhor, não cessam de interceder, com Ele e n'Ele, a nosso favor diante do Pai. A nossa fraqueza é assim grandemente ajudada pela sua solicitude de irmãos (cf. Lumen Gentium, 49).
Rezemos pelos vivos, companheiros de viagem em direção à Pátria definitiva, saibamos dar as mãos uns aos outros. Rezemos pelos que, tendo já partido, se purificam no Purgatório, é um dever de gratidão, de caridade e de justiça. Peçamos a intercessão dos santos no Céu para que nos convertamos e vivamos como verdadeiros filhos de Deus, com alegria e esperança.
A lembrar que também há de partir, deixo-lhe a ladainha dos póstumos natais do ‘Cancioneiro de Natal’ de David de Jesus Mourão Ferreira, falecido a 16 de junho de 1996.
“LADAINHA DOS PÓSTUMOS NATAIS
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que hão-de me lembrar de modo menos nítido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós consigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que não viva já ninguém meu conhecido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem vivo esteja um verso deste livro
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que terei de novo o Nada a sós comigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem o Natal terá qualquer sentido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que o Nada retome a cor do Infinito”
..............
D. Antonino Dias- Bispo Diocesano
Portalegre-Castelo Branco, 29-10-2021.
O que queres que eu faça por ti?
Têm sido dias de grandes contrastes aqueles que tenho vivido. O ser humano, continua a surpreender-me em todos os aspetos. Os negativos não me interessam…
Ao ouvir o Evangelho deste domingo o que mais me marcou foi a pergunta de Jesus a Tiago e João: «Que quereis que vos faça?».
Apesar de haver dúvidas, pensamos que eles queriam a glória deste mundo. É muito provável, que seja uma glória terrena, talvez até política. Portanto, os dois têm sonhos e perspetivas que vão na direção oposta à de Jesus. Mas não são os únicos. Enquanto Tiago e João fazem o seu pedido, os outros dez ficam indignados. A competição perturba o relacionamento entre todos eles.
Mesmo em relação a estes, Jesus reage com um ensinamento extraordinário. Os seus discípulos não devem copiar os modelos usados pelo mundo: prestígio e poder. Devem agir como servos dos outros.
Ou seja, a comunidade cristã deve representar uma alternativa radical aos modelos mundanos. Deve ser fiel a Jesus que, "não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos".
O meu foco na pergunta de Jesus advém do facto de pensar que os dois Apóstolos não a ouviram… Isto é. Quando me confronto com esta pergunta de uma forma honesta, fico sem resposta. Não tenho coragem de responder.
O que espero que Jesus faça por mim? O euromilhões, com a desculpa que o vou repartir por muitos que precisam? Fama, que irei usar para beneficiar os mais esquecidos? E podia continuar por aí fora…
A minha resposta tem que ser totalmente diferente desta lógica mundana…
À pergunta, "O que queres que eu faça por ti?", devo responder como Igreja: ajuda-me a servir e a dar a vida por muitos.
É neste sentido que ainda esta semana fui surpreendido positivamente. Juntamente com mais duas colegas professoras tenho que nomear os alunos para um prémio da escola dedicado à solidariedade. Um prémio que implica um valor monetário que deve ser multiplicado e depois investido no bairro social onde prestamos alguns serviços de voluntariado. Para não sermos parciais pedimos a ajuda às assistentes sociais com quem colaboramos.
E é tão bom. Mesmo muito bom ouvir o que elas dizem dos nossos jovens alunos. Transcrevo as suas palavras porque, na verdade, não tenho melhores…
«Começamos pela nossa doce Inês (…). Sempre disponível para qualquer um dos jovens. Observámos muitas vezes a forma como tratavas os jovens: com carinho, dedicação, tentando não só ensinar os trabalhos de casa e estudar, mas perceber um pouco da pessoa que estava à tua frente e, dentro das suas dificuldades, adaptavas-te e tentavas retirar o melhor dela e do tempo que tinhas disponível. A tua humildade, maneira de estar e de olhar o outro são características que te tornam única e que fazem de ti tão especial.
Querido Ricardo (…), a tua simplicidade e entrega a este projeto tocaram-nos de uma forma especial. Nunca deixaste que o estigma que este bairro tem te impedisse de seguir o teu caminho. Estiveste sempre presente, o primeiro a regressar depois do confinamento e, muitas vezes, o único a aparecer, mas que tentava ajudar todos. O teu carácter e disponibilidade farão de ti uma pessoa que jamais iremos esquecer.
E não poderíamos não falar do nosso Manuel (…), um jovem tão cuidadoso no trato com todos, simples, humilde, que a todos sem exceção tratava com carinho e respeito. Tens em ti o dom da paciência e do respeito ao próximo. Nunca percas estas características que te tornam um ser tão especial.»
Nota: Só de salientar que estes jovens dão apoio escolar no Bairro do Condado, antiga Zona J de Chelas em Lisboa. O ano passado, faziam-no em três dias diferentes.
É isto que Jesus quer que respondamos à sua pergunta! Estamos dispostos a fazê-lo? Estamos preparados para aprender com estes jovens ou queremos um lugar à direita e outro à esquerda?
Boa semana.
quinta-feira, 28 de outubro de 2021
Curados pelo encontro
Esta semana pediram-me para pensar e falar sobre a experiência da cura. Do que é isto de estar ou de nos sentirmos curados.
Num primeiro momento, o convite que me foi dirigido não me parecia fazer muito sentido, porque felizmente nunca passei por uma doença física cujo processo de cura que fosse exigente para mim. É claro que para nós, homens, a cura de uma gripe é sempre uma batalha muito grande, mas penso que para o que me tinha sido pedido isto não conte muito!
Foi então que dei por mim a pensar em toda a minha vida e a tentar perceber quais as vezes e as formas em que este Deus me foi visitando e curando. E percebi que não podia deixar de falar de um episódio que foi marcante na minha vida e essencialmente neste meu percurso de fé. Foi este momento, que mencionei e que também vos irei contar, que tudo se alterou. Costumo brincar, mas de forma muito séria, que neste momento em que fugia d’Ele, foi quando Deus me apanhou mais rápido e de várias formas. De formas que não imaginava.
O primeiro momento foi o de uma lesão no joelho com uma rotura completa do ligamento cruzado anterior. Foi um momento muito marcante e que fez com que questionasse todo o meu percurso, toda a minha fé e fez-me entrar num caminho de crise existencial. A verdade é que a Sua presença foi estando cada vez mais vincada e fui sentindo, em todo o processo de cura, que estava a ser acolhido e abraçado por este Deus.
A verdade é que, quando olhamos para os vários relatos de cura realizados por Jesus, o mais extraordinário que ali é revelado não é a cura física, mas sim o que aquela cura significava na vida de tantos e tantas. Os verdadeiros milagres de Jesus estavam efetivamente na possibilidade de poder recomeçar as vidas. É claro que, para alguns e algumas, o recomeço começava pela cura física, mas a primeira cura, a primeira alteração da sintomatologia na vida de tantos e tantas era o encontro com Aquele que lhes permitia serem olhados, serem acolhidos e serem amados.
É aqui que acho que a cura realmente existe: no encontro. Na relação. Nos milagres que não vemos e que vão acontecendo em tantos momentos das nossas vidas. Quantas vezes fomos curados com a presença de alguém? Quantas vezes fomos curados em abraços? Quantas vezes fomos curados por alguém que apenas nos escutou? Quantas vezes fomos curados e nem reparamos?
Muitos são os momentos em que acreditamos que a cura acontecerá de uma forma mágica e repentina. E é tremendamente legítimo este desejo, porque o é muito humano. Há situações e casos de vida complexos, dolorosos e angustiantes ao ponto de querermos apenas que tudo se renove.
A cura pode acontecer de muitas formas e nós podemos ser efetivamente a cura para tantos e tantas.
Para finalizar, gostava de vos deixar mais umas questões: quantas vezes permitiste que fosses cura de alguém? Quantas vezes te deste de forma inteira a quem mais precisava? Quantas vezes saíste do teu conforto para abraçares o desconforto de tantos?
Espero que esta reflexão que convosco partilho vos tenha inquietado e que isso vos leve a perceber a verdadeira cura que este Jesus dava e continua a dar a todos nós.
Que sejamos testemunhas de uma cura que ganha forma e sentido no encontro puro e inteiro!
Emanuel António Dias
quarta-feira, 27 de outubro de 2021
Encontrar o amor
Encontrar o amor.
Vivemos sempre à procura disto.
Se nós soubéssemos... Se nós soubéssemos que o amor não se resume. Se nós soubéssemos que o amor nos acontece todos os dias. E que somos nós quem precisa deixar-se encontrar. Deixar-se encontrar e tocar por ele. Para saber vê-lo. E encontrá-lo. Se nós soubéssemos...
O amor acontece-nos naqueles abraços que nos refugiam do mundo. O amor acontece-nos naquelas mãos que nos confortam a alma. O amor acontece-nos naqueles olhos que nos olham dentro e nos contam tudo o que há de mais bonito. O amor acontece-nos naqueles sorrisos que nos cruzam o caminho e nos fazem parar. O amor acontece-nos naquelas ternuras que nos curam o que dói. O amor acontece-nos naqueles risos que nos fazem rir sempre mais uma vez. O amor acontece-nos naquelas palavras que nos falam ao coração e naqueles silêncios que nos escutam o coração. O amor acontece-nos naquelas pessoas que nos são tanto. O amor acontece-nos na verdade do coração de quem nos quer bem. O amor acontece-nos naqueles gestos que nos são milagres e nos fazem acreditar. O amor acontece-nos naqueles momentos que nos iluminam o dia, a vida, o coração. O amor acontece-nos quando olhamos mais longe: com o coração. O amor acontece-nos todos os dias.
Se nós soubéssemos... Se nós soubéssemos que é por ele nos acontecer todos os dias, que ainda temos vida para continuar a procurá-lo. Se nós soubéssemos que é por ele nos acontecer todos os dias, que ainda nos salvamos de todos os dias.
terça-feira, 26 de outubro de 2021
Não escolhas o caminho mais fácil
Faz tudo o que te é possível, mesmo aquilo que possas pensar que te é impossível. Não te deixes enganar pelo que os outros pensam a teu respeito. É sempre mais fácil tomar atenção ao que nos distrai e desvia do melhor caminho.
São raras as pessoas que, na vida, chegam onde podem chegar. O medo mata-nos muitos sonhos, antes mesmo de começarmos a lutar por eles. Todos devemos cumprir a missão de sermos quem somos, pagando o preço que tiver de ser.
Toda a gente sonha, mas só poucos se colocam a caminho de os concretizar. O mais fácil é sempre ficar a sonhar, até que tudo nos seja entregue sem que tenhamos de fazer coisa alguma.
Acreditamos que não somos capazes de fazer muitas coisas e isso faz com que nem sequer as tentemos. Somos vítimas das nossas ideias a respeito de nós. É difícil aceitar que talvez sejamos mesmo capazes.
É mais fácil apontar os erros aos outros do que ajudá-los.
Deixar para amanhã é caminho fácil. Porque é sempre mais leve prometer do que cumprir.
O que é melhor? Arrependermo-nos do mal que fizemos ou pararmos a tempo de não fazer o mal que temos em mente? Escolhe o mais difícil.
Algo que é muito mau nos caminhos difíceis é não vermos o sentido de ter de os fazer… mas a fé e a esperança são condições do amor. Nada garantem, mas tudo podem. É cheios de dúvidas que devemos lutar como se tivéssemos certezas.
Muitos são os que, por hábito ou preguiça, se deixam ficar pelo que é fácil. Impedem-se de crescerem, de se engrandecerem, de irem até onde podem ir.
Não percas tempo com aqueles que não acreditam que se pode subir ao mais alto das montanhas. Talvez a sua vida seja mais fácil de suportar assim, sem acreditarem em si mesmos.
Tem fé em ti.
Escolhe o caminho que te leva mais longe, por mais duro que seja.
Tem fé em ti.
segunda-feira, 25 de outubro de 2021
E se tiver de ser diferente?
E se tiver de ser diferente? Esta talvez seja a questão que mais nos assusta tanto a nível pessoal como a nível comunitário. Fazer de uma outra forma ou mudarmos o que temos vindo a ser é ter a coragem de, depois de termos ponderado tudo, arriscar no desconhecido com a esperança de que algo de bom e de melhor possa surgir nas nossas vidas.
E se tiver de ser diferente? Acredito que seja isto que o Papa Francisco nos convida a todos nós neste Sínodo. E se tivermos de mudar? De deixar de anunciar como temos anunciado? E se tivermos de inovar sem perdermos o essencial, que é Cristo? E se tivermos de ouvir quem anda pelas bermas das nossas vidas? E se tivermos de abrir a porta a quem temos medo? E se tivermos de escutar os Santos e Santas que não praticam os nossos rituais, mas que dão testemunho do Seu nome?
Os avanços na Igreja, ao contrário do que vai acontecendo no Mundo, são dados de uma forma mais lenta e isso tem realmente coisas boas, pois não caminhamos por entre modas, mas caminhamos cientes de que vivemos segundo Cristo. No entanto, muitas vezes, isso parece ser uma desculpa para não se mudar. Parece ser um convite a deixarmo-nos ficar quietos e desconfiados. Recorda-me a hesitação de Pedro quando Jesus lhe pede para ir novamente ao mar e colocar as redes fora do seu barco. Parecia uma proposta tola, descabida e que aparentemente não trazia nada de novo, mas a verdade é que as redes de Pedro encheram-se de peixes. Por isso, aquilo que me questiono e que também gostava que questionassem é o seguinte: não terá chegado o tempo de soltarmos de novo as redes da nossa fé? Num mesmo mar, mas de um outro jeito?
Urge uma verdadeira escuta, mas que não nos fiquemos apenas nisso. Façamos como os apóstolos que, depois de escutarem atentamente Cristo Ressuscitado e de terem recebido o Espírito Santo, partiram para um ministério de ação.
Não guardemos a riqueza com as seguranças do passado. Ponhamo-la a render com a esperança de estar mais perto do Reino de Deus que é de todos, para todos e que só ganha sentido com todos.
Hoje, antes de voltarmos ao que sempre somos e fazemos, perguntemos: não poderá Deus estar também do outro lado? Do lado que temos medo de ver e de partir?
Emanuel António Dias
domingo, 24 de outubro de 2021
EU QUERO VER
A primeira leitura afirma que, mesmo nos momentos mais dramáticos da caminhada histórica de Israel, quando o Povo parecia privado definitivamente de luz e de liberdade, Deus estava lá, preocupando-se em libertar o seu Povo e em conduzi-lo pela mão, com amor de pai, ao encontro da liberdade e da vida plena.
Por vezes, somos tentados a olhar para a nossa vida e para a história do nosso mundo, com os óculos do pessimismo, do medo e do desespero ... O terrorismo, os crimes ambientais, as dificuldades económicas, as doenças incuráveis, a fome, a miséria, os valores efémeros, parecem pintar de negro o nosso futuro e o futuro do nosso planeta ... Contudo, a Palavra de Deus que hoje nos é proposta garante-nos: não tenhais medo, pois Deus caminha convosco pela história e, como um pai cheio de bondade que ensina o filho a caminhar, há-de conduzir-vos pela mão ao encontro da vida verdadeira. Há, certamente, um futuro para nós, pois Deus ama-nos e caminha connosco.
A segunda leitura apresenta Jesus como o sumo-sacerdote que o Pai chamou e enviou ao mundo a fim de conduzir os homens à comunhão com Deus. Com esta apresentação, o autor deste texto sugere, antes de mais, o amor de Deus pelo seu Povo; e, em segundo lugar, pede aos crentes que "acreditem" em Jesus - isto é, que escutem atentamente as propostas que Ele veio fazer, que as acolham no coração e que as transformem em gestos concretos de vida.
Os planos de Deus para salvar e libertar os homens concretizaram-se porque Cristo, o Filho, assumiu os projectos do Pai e viveu sempre na obediência incondicional às propostas de Deus. Hoje, os projectos de salvação e de libertação que Deus tem para os homens continuam a concretizar-se através daqueles que aderiram a Jesus e querem, como Ele, viver na estrita obediência aos planos de Deus. Sinto-me, como Jesus, testemunha da salvação de Deus diante dos meus irmãos? ° meu egoísmo e a minha acomodação alguma vez me desviaram do cumprimento dos projectos de Deus? Aqueles que eu encontro, a cada passo, nos caminhos do mundo, têm encontrado em mim uma proposta credível de vida e de libertação?
No Evangelho, o catequista Marcos propõe-nos o caminho de Deus para libertar o homem das trevas e para o fazer nascer para a luz. Como Bartimeu, o cego, os crentes são convidados a acolher a proposta que Jesus lhes veio trazer, a deixar decididamente a vida velha e a seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida. Dessa forma, garante-nos Marcos, poderemos passar da escravidão à liberdade, da morte à vida.
Ao longo da nossa caminhada, encontraremos sempre pessoas que nos ajudam a ir ao encontro de Cristo e pessoas que (muitas vezes com óptimas intenções) tentam impedir-nos de encontrar Cristo. Precisamos de aprender a discernir entre as várias opiniões que nos são propostas e a dar a devida importância a quem nos ajuda a descobrir o caminho para a verdadeira vida.
• Quem encontra Cristo e aceita o desafio para viver como discípulo tem, a partir daí, um caminho fácil? De forma nenhuma. Tem de abandonar a vida cómoda e instalada em que vivia e enfrentar uma nova realidade, num desafio permanente, num questionamento constante; tem de aprender a enfrentar as críticas, as incompreensões, os confrontos com aqueles que não compreendem a sua opção; tem de percorrer, dia a dia, o difícil caminho do amor, do serviço, da entrega, do dom da vida ... É preciso, no entanto, que o discípulo esteja consciente de que o caminho de Jesus não é um caminho que leva à morte, mas é um caminho que leva à ressurreição, à vida verdadeira e eterna.
https://www.dehonianos.org/
sábado, 23 de outubro de 2021
Tudo volta!
Percebemos pouco de como a vida funciona. Às vezes parece-nos que as pessoas boas sofrem mais do que as más. Parece-nos que tudo é arbitrário. Que aquilo que fazemos não tem qualquer efeito neste mundo robotizado, e excessivamente tecnológico, em que vivemos.
Não compreendemos que tipo de pessoas são, afinal, premiadas e vangloriadas num mundo em que todos os valores parecem ter definhado. Quase somos tentados a pensar: de que vale a pena fazer o bem, ser competente, trabalhador e criativo se, na verdade, são os graxistas, incompetentes e arrogantes que são levados em braços? De que nos vale dar a outra face e esfolá-la das feridas alheias se, no fim, nada parece correr-nos bem ou resultar para nós como gostaríamos?
Na verdade, é o nosso raciocínio que não está certo. Não temos de ser premiados por fazer o que está certo. Não temos que ser carregados em ombros alheios por fazer o bem. Não temos o direito de descontar as dificuldades que vamos tendo no muito que julgamos fazer. O nosso motivo para fazer o bem deve ser apenas esse: saber que é isso que constitui o nosso dever. É essa a nossa (verdadeira) vocação.
Fazer o bem não faz barulho. Não provoca sinais luminosos de muitas cores nem origina fogos de artifício de encher olhares e de romper vistas.
Fazer o que está certo deve (e tem de) chegar. É suficiente.
Se assim é, por que razão a vida não nos corre melhor? Não (nos) acontece de formas mais favoráveis e, até, mais justas?
Porque a vida tem o seu curso, como um rio. Ensinar-nos-á o que precisarmos de aprender. Far-nos-á crescer à custa de muita dor e de muito sofrimento. Mostrar-nos-á que os prémios não têm qualquer valor quando a recompensa é maior do que a própria vida, como a conhecemos neste mundo.
Enquanto caminhamos, muitas vezes sem sabermos bem para onde nos dirigimos, espero que nos seja possível lembrar que tudo o que é nosso há de ser nosso quando for o tempo. Tudo o que fizermos, ser-nos-á devolvido em dobro e tudo o que dermos será dado como retorno, quando for o dia.
Como diria alguém que conheço: “tudo está como deve estar”.
E eu acrescento: e ainda bem.
Marta Arrais
sexta-feira, 22 de outubro de 2021
O AMOR ESTÁ SEMPRE EM MOVIMENTO
O que eles viram e ouviram não lhes permitia que se calassem. E quando tiveram de enfrentar uma grande trupe endiabrada que os queria fazer engolir em seco e proibir de anunciar o que tinham visto e ouvido, eles ainda o anunciavam com mais coragem e entusiasmo. Importava mais obedecer a Deus que aos homens (At 5, 29). É verdade que nós, hoje, não vimos, não ouvimos como eles ouviram e viram. Não somos testemunhas de antemão escolhidas (At 10, 41-42), mas estamos no número daqueles que acreditam sem terem visto (Jo 20,29). E acreditamos pelo testemunho dos que viram, ouviram e conviveram com Jesus (cf. At 4,20). No entanto, pode acontecer que hoje, tal como no tempo dos profetas, muitos tapem os olhos para não ver e deixem endurecer o coração para não entenderem nem quererem saber (cf. Is 44, 18). Mas Jesus continua a dizer-nos: “Vós, porém, sois felizes porque os vossos olhos veem e os vossos ouvidos ouvem. Eu vos garanto: muito profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não viram, e ouvir o que vós ouvis e não ouviram” (Mt 13, 16-17). E São Paulo desafia-nos a que, como discípulos de Jesus, não nos cansemos de levar a Boa Nova a todos, pois, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como poderão invocar aquele em quem não acreditam? E como poderão acreditar nele se nunca dele ouvirem falar? E como poderão ouvir falar dele se não houver quem lhes vá anunciar? E como se poderá anunciar se ninguém lhes for enviado? (cf. Rm 10, 13-15).
Ao nos encaminharmos para o fim deste mês dedicado à reflexão sobre a importância de sermos verdadeiramente missionários, a Sagrada Escritura lembra-nos “como são belos os pés daqueles que anunciam boas notícias!” (id).
A melhor das notícias que podemos transmitir aos outros é o Evangelho de Jesus Cristo. Essa é a notícia por excelência! Anunciada com alegria e esperança, com a força e a sabedoria do Espírito Santo, ela não deixa ninguém indiferente, embora, perante ela, tal como outrora, também hoje as atitudes sejam diferentes de pessoa para pessoa. Alguns contentam-se em apenas vê-lo (Lc 19, 1-28). Outros vão ao templo para ver se o encontram (Lc 2, 25-32). Outros apertam-se ao seu redor para o ouvir (Lc 5, 1). Outros alegram-se com todas as maravilhas que Ele realizou e continua a realizar (Lc 13,17). Outros, julgando-se indignos, apenas ousam tocar-lhe, mas logo sentem o seu terno acolhimento (Mc 5, 25-34). Outros continuam a perguntar-se quem é este homem que até perdoa os pecados (Lc 7, 49). Outros, boquiabertos por até os ventos e as águas lhe obedecerem (Lc 8, 25), maravilhados com a sua doutrina (Mc 11, 18) e cheios de espanto com tudo o que Ele diz e faz (Lc 4, 36), deixam tudo para o seguir (Lc 5, 11). Outros contemplam-no como um grande profeta que apareceu entre nós, que é Deus a visitar o seu povo (Lc 7, 16). Outros louvam a Deus pelo que ouvem e veem (Lc 5, 26) pelo que experimentam e presenciam (Lc 5, 26). Outros, nem que seja de noite como Nicodemos (Jo 3, 2), vão ao seu encontro para Lhe perguntar o que fazer para serem felizes (Mt 19, 16-30). Outros preferem ser mortos a negar a pessoa de Jesus (At 6, 1-70). Outros saltam de alegria por perceberem que Ele se oferece para ficar em sua casa (Lc 19, 10). Outros ainda, permanecem sensíveis ao toque de Jesus a bater à porta pedindo delicadamente licença para entrar e sentar-se com eles à mesa (Ap 3, 20), sendo à mesa que tantas vezes se resolvem as situações mais complicadas da vida e se tomam as opções mais fundamentais...
É certo, também continuará a haver quem diga que o mundo já se tornou adulto, que Deus é uma hipótese inútil, que Jesus é um mito, que outros deuses são bem mais dignos de apreço: o poder, o dinheiro fácil, o luxo e o prazer, o conforto do sofá e dos pés à lareira, o ter e o mandar, o usar e deitar fora, o explorar, o descartar... O Deus de Jesus Cristo incomoda, desaconselha a idolatria daqueles deuses, é um desmancha prazeres para quem assim procede. Por isso, continuam a armar-lhe ciladas para o prender (Jo 8, 1-11). Suplicam-lhe que se afaste (Mt 8, 34), entregam-no aos inimigos (Jo 18, 1-3), condenam-no à morte (Jo 19, 1-42).
No entanto, como afirma Francisco na Mensagem para o Dia Mundial das Missões, “o amor está sempre em movimento e põe-nos em movimento, para partilhar o anúncio mais belo e promissor: «Encontramos o Messias» (Jo 1, 41). O grito da esperança ecoou no mundo desde a primeira hora, gerando alegria e esperança: «Não está aqui; ressuscitou» (Lc 24, 6).
Tal como os primeiros cristãos e tantos outros ao longo dos tempos, também nós, hoje, «não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos» (At 4, 20). Lembra-nos o Papa Francisco que esta missão “é, e sempre foi, a identidade da Igreja: «ela existe para evangelizar» (EN14). Por isso, todos nós, «mesmo os mais frágeis, limitados e feridos podem [ser missionários] à sua maneira, porque sempre devemos permitir que o bem seja comunicado, embora coexista com muitas fragilidades» (CV239).
Em Dia Mundial das Missões “recordamos com gratidão todas as pessoas, cujo testemunho de vida nos ajuda a renovar o nosso compromisso batismal de ser apóstolos generosos e jubilosos do Evangelho. Lembramos especialmente aqueles que foram capazes de partir, deixar terra e família para que o Evangelho pudesse atingir sem demora e sem medo aqueles ângulos de aldeias e cidades onde tantas vidas estão sedentas de bênção. Contemplar o seu testemunho missionário impele-nos a ser corajosos e a pedir, com insistência, «ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe» (Lc 10, 2)”.
Jesus continua a precisar “de corações que sejam capazes de viver a vocação como uma verdadeira história de amor, que os faça sair para as periferias do mundo e tornar-se mensageiros e instrumentos de compaixão. E esta chamada, fá-la a todos nós, embora não da mesma forma. Lembremo-nos que existem periferias que estão perto de nós, no centro duma cidade ou na própria família. Há também um aspeto da abertura universal do amor que não é geográfico, mas existencial (...) Viver a missão é aventurar-se no cultivo dos mesmos sentimentos de Cristo Jesus e, com Ele, acreditar que a pessoa ao meu lado é também meu irmão, minha irmã”.
D. Antonino Dias- Bispo Diocesano
Portalegre-Castelo Branco, 22-10-2021.
quinta-feira, 21 de outubro de 2021
Vem aí a Jornada Mundial da Juventude Diocesana!!
Não percas mais tempo e inscreve-te junto do teu Pároco!!
Dia: 20 de novembro
Hora: 9:30 - 17h
Não percas este encontro com os jovens de toda a diocese e desfruta das atividades que temos pensadas para ti!!
Contamos contigo para mais um dia inesquecível!!
quarta-feira, 20 de outubro de 2021
A 19 com São José
Este mês, com três Movimentos, e em novembro haverá mais.
A ideia é divulgar os carismas de cada movimento de modo a que cada um descubra aquele em que melhor se santificar.
No ficheiro em anexo poderão saber como contactar os responsáveis de cada um.
19 SJose outubro.pdf
Secretariado Diocesano da Pastoral Familia
E se não houvesse amanhã?
E se não houvesse amanhã? Esta pergunta pode ser incomodativa ou introspetiva. No entanto, o propósito da escrita desta semana e da pergunta em si, não é gerar sentimentos de tristeza, mas antes de liberdade. Por isso, convido-te a entrar no desafio desta semana de coração aberto e predisposto a seres mais pleno na vida de todos os dias.
E se não houvesse amanhã? Continuarias focado naquilo que te tem tirado horas de sono? Estarias preocupado com o que os outros pensam ou dizem de ti? Manterias a mesma postura rígida sobre certas pessoas e temas?
E se não houvesse amanhã? A quem perdoarias ou pedirias desculpa? A quem ligarias a declamar verdadeiras poesias de amor? A quem correrias para uma contemplação sem fim? A quem procurarias para ser a tua morada?
E se não houvesse amanhã? Ajudarias mais e melhor? Ou ficarias ainda mais fechado em ti? Serias capaz de gravar no teu coração o rosto daqueles que se cruzariam contigo?
E se não houvesse amanhã? Arranjarias mais tempo do que aquele que dizes ter agora? Permitirias que o teu olhar se moldasse segundo as verdadeiras necessidades do mundo? Deixarias que te falassem de como todos partilham do mesmo dom que tu?
E se não houvesse amanhã? Continuarias a negar o amor de Deus àqueles a quem achas que não tem as melhores andanças?
Hoje, antes de voltares para o teu quotidiano, pergunta-te: será mesmo preciso não haver amanhã para te tornares mais e melhor no dia de hoje?
E se não houvesse amanhã? A quem perdoarias ou pedirias desculpa? A quem ligarias a declamar verdadeiras poesias de amor? A quem correrias para uma contemplação sem fim? A quem procurarias para ser a tua morada?
E se não houvesse amanhã? Ajudarias mais e melhor? Ou ficarias ainda mais fechado em ti? Serias capaz de gravar no teu coração o rosto daqueles que se cruzariam contigo?
E se não houvesse amanhã? Arranjarias mais tempo do que aquele que dizes ter agora? Permitirias que o teu olhar se moldasse segundo as verdadeiras necessidades do mundo? Deixarias que te falassem de como todos partilham do mesmo dom que tu?
E se não houvesse amanhã? Continuarias a negar o amor de Deus àqueles a quem achas que não tem as melhores andanças?
Hoje, antes de voltares para o teu quotidiano, pergunta-te: será mesmo preciso não haver amanhã para te tornares mais e melhor no dia de hoje?
terça-feira, 19 de outubro de 2021
Ou és feliz com pouco ou nunca o serás
Não acredites em quem te diz que as riquezas são o caminho para a alegria abundante. Os bens materiais são todos ainda mais passageiros do que nós.
Jamais alguém possuirá todas as coisas e, ainda que isto fosse possível, nem mesmo nessa altura veria a sua cega ambição acalmar. Porque a lógica de ter é acumular sempre, mais e mais. À satisfação de uma maior conquista segue-se uma fome por mais ainda. A pobreza precisa de muito menos do que a ganância.
Aprende a reconhecer o valor do pouco que tens, valoriza a liberdade de quem, por ter uma bagagem pequena e leve, pode ser tudo… e feliz.
Se os teus dias se passam a cuidares de não perder as coisas que tens e a procurares formas de ter mais, talvez seja tempo de te questionares sobre os resultados alcançados. Estás no caminho que planeaste? Por que razão há pessoas que têm tão menos do que tu, mas são muito mais felizes? Estarão elas iludidas? Ou estarás tu?
A vida passa e todas as coisas que temos deixarão de o ser em breve. O tempo que gastámos para as adquirir foi um bom investimento?
Não preciso mais do que pouco para viver aquela alegria que não é momentânea, mas um sentimento profundo que me habita, ilumina e fortalece, tornando-me capaz de viver cada novo dia apenas com o essencial, partilhando o resto com quem não o tem.
segunda-feira, 18 de outubro de 2021
Festa do Acolhimento ao 1º ano de catequese / Compromisso das Catequistas
Domingo, dia 17, teve lugar durante a Eucaristia, a cerimónia do Acolhimento às crianças do primeiro ano da Catequese e simultaneamente o compromisso das Catequistas.
Elas estão a começar este caminho de descoberta e de conhecimento do grande Amigo que é Jesus.
Esta é a primeira festa da catequese. Visa ACOLHER aqueles que entram pela primeira vez para a catequese.
Esta é a primeira festa da catequese. Visa ACOLHER aqueles que entram pela primeira vez para a catequese.
A preocupação que os meninos se sintam acolhidos pelos mais velhos e pela comunidade paroquial.
Uma festa simples, mas uma excelente oportunidade para os nossos mais pequeninos saberem que são muito importantes e que a comunidade se alegra com a sua presença, com o seu sorriso, com a vida que trazem à celebração.
É um momento também essencial para a família das crianças se integrar e se envolver ainda mais na vida da comunidade paroquial.
Os Pais e Crianças assumiram o compromisso de descobrir, viver, aprofundar e Conhecer Jesus, para o poder AMAR.
Acolhemos estas crianças com todo o nosso amor e alegria, sabendo que neles é o próprio Deus que acolhemos.
A nossa comunidade está muito feliz de vos receber.
É um momento também essencial para a família das crianças se integrar e se envolver ainda mais na vida da comunidade paroquial.
Os Pais e Crianças assumiram o compromisso de descobrir, viver, aprofundar e Conhecer Jesus, para o poder AMAR.
Acolhemos estas crianças com todo o nosso amor e alegria, sabendo que neles é o próprio Deus que acolhemos.
A nossa comunidade está muito feliz de vos receber.
domingo, 17 de outubro de 2021
Diocese de Portalegre-Castelo Branco abre sínodo em Castelo Branco
O Cine Teatro Avenida, em Castelo Branco, recebeu no dia 17 a partir das 15H00 a abertura diocesana do processo sinodal, sob a presidência de D. Antonino Dias, o bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco
. O programa iniciou-se com uma oração, seguida do tema “a sinodalidade” desenvolvido por D. Antonino Dias.
Depois o padre Amândio Martins disse como se fará a dinâmica sinodal e por fim o padre Nuno Folgado apresentou o programa no novo ano pastoral.
Esta assembleia sinodal arrancou no Vaticano a 9 e 10 de outubro, sob a presidência do Papa Francisco.
O processo decorre em todas as dioceses até outubro de 2023 sob o tema: “Para uma Igreja Sinodal: participação e missão”.
Há um conjunto de orientações publicadas pela Secretaria Geral do Sínodo, a partir das quais as várias comunidades católicas farão os trabalhos de reflexão.
www.facebook.com/reconquistajornal
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Partilha a tua fé
https://www.youtube.com/watch?v=Lwhl4oR3rj4
A primeira leitura apresenta-nos a figura de um "Servo de Deus", insignificante e desprezado pelos homens, mas através do qual se revela a vida e a salvação de Deus. Lembra-nos que uma vida vivida na simplicidade, na humildade, no sacrifício, na entrega e no dom de si mesmo não é, aos olhos de Deus, uma vida maldita, perdida, fracassada; mas é uma vida fecunda e plenamente realizada, que trará libertação e esperança ao mundo e aos homens. Qual o sentido do sofrimento? Porque é que há tantas pessoas boas, honestas, justas, generosas, que atravessam a vida mergulhadas na dor e no sofrimento? Trata-se de uma pergunta que fazemos frequentemente e que o autor do quarto cântico do "Servo" também punha a si próprio. A resposta que ele encontra é a seguinte: o sofrimento do justo não se perde; através dele, os pecados da comunidade são expiados e Deus dará vida e salvação ao seu Povo. Trata-se, sem dúvida, de uma resposta incompleta, parcial, não totalmente satisfatória; mas encontra-se já nesta resposta a convicção de que, nos misteriosos caminhos de Deus, o sofrimento pode ser uma dinâmica geradora de vida nova. Jesus Cristo demonstrará, com a sua paixão, morte e ressurreição, a verdade desta afirmação.
No Evangelho, Jesus convida os discípulos a não se deixarem manipular por sonhos pessoais de ambição, de grandeza, de poder e de domínio, mas a fazerem da sua vida um dom de amor e de serviço. Chamados a seguir o Filho do Homem "que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida", os discípulos devem dar testemunho de uma nova ordem e propor, com o seu exemplo, um mundo livre do poder que escraviza. Ao assegurar-nos que nada temos a temer pois Deus ama-nos, quer integrar-nos na sua família e oferecer-nos vida em abundância, o nosso texto convida-nos a encarar a vida e os seus caminhos com serenidade e confiança. Os cristãos são pessoas serenas e com o coração em paz. Estão conscientes de que as suas fragilidades e debilidades não os afastam, nunca, de Deus e do seu amor.
Na segunda leitura, o autor da Carta aos Hebreus fala-nos de um Deus que ama o homem com um amor sem limites e que, por isso, está disposto a assumir a fragilidade dos homens, a descer ao seu nível, a partilhar a sua condição. Ele não Se esconde atrás do seu poder e da sua omnipotência, mas aceita descer ao encontro homens para lhes oferecer o seu amor.
sábado, 16 de outubro de 2021
CRIANÇAS DE TODO O MUNDO REZAM O TERÇO PELA PAZ
Em Portugal, o epicentro desta jornada de oração vai ser o Santuário de Fátima. Às 18h30, o cardeal D. António Marto preside à recitação do Terço com as crianças, na Capelinha das Aparições. Um momento que vai ser transmitido pela Rádio Renascença e pela TV Canção Nova. No entanto, o convite estende-se a todas as crianças de todo o país para que neste dia 18 de outubro rezem o Terço, à hora e no local mais adequados.
Várias instituições e movimentos da Igreja colaboram com a Fundação AIS na organização e divulgação desta iniciativa, nomeadamente a Rede Mundial de Oração do Papa, o Santuário de Fátima, o Apostolado Mundial de Fátima e o Secretariado Nacional de Educação Cristã.
De acordo com o Cardeal Mauro Piacenza, presidente internacional da Fundação AIS, este ano, a iniciativa desenvolve-se também em torno de São José, com citações da Carta Apostólica Patris corde (Com Coração de Pai), escrita pelo Papa Francisco para marcar o Ano de São José, instituído com o propósito de assinalar os 150 anos da proclamação de São José como Padroeiro Universal da Igreja, ano jubilar que se conclui no próximo dia 8 de Dezembro.
“A campanha incentivará as crianças a rezarem de mãos dadas com Nossa Senhora e sob a proteção de São José”, diz ainda o cardeal Piacenza, recordando que São José, como Patrono Universal da Igreja, “é um grande exemplo para nós de como Deus pode tornar todas as coisas boas através da nossa oração, da fidelidade e obediência à sua Palavra”.
sexta-feira, 15 de outubro de 2021
FRANCISCO CHAMA POR SI... NÓS TAMBÉM!...
É verdade que não estamos em jejum! Tal como outras Dioceses, também nós fizemos um Sínodo diocesano e batalhamos com tais dinâmicas. No entanto, apesar de tanto esforço e trabalho durante alguns anos, se não estamos em jejum, acho que ainda não merecemos o almoço, muito menos com jantar e/ou ceia. Pastoralmente falando, muito se experienciou, se propôs e ofereceu para elaborar um manjar melhorado e mais delicioso, mas todos gostaríamos que a coisa se tivesse enraizado melhor em prol duma ementa diária, mais capaz, geral e inclusiva, como exigência cristã e eclesial! Para chegar aí, à mesa de todos, exige-se muito trabalho e persistência, confiança no Espírito, do qual ninguém tem o monopólio, e confiança nos outros. Exige-se despojamento de certezas e de preconceitos, distribuição de tarefas sem centralizar nem manipular, que os órgãos de corresponsabilidade e participação funcionem, que o entusiasmo e o alegre compromisso se cheguem à frente, dando as mãos, e os pés também!... Estes ingredientes, porém, não se importam diretamente da Tailândia, não se dão nem se vendem nos hipermercados embora estes possam ter “tudo e mais não sei quê”. Adquirem-se com humildade e dedicação, com verdadeiro sentido de Igreja e treino, muito treino, faça frio ou calor, sopre o vento ou caia a chuva...
Em abril de 2021, o Papa Francisco deu início a um caminho sinodal em toda a Igreja, e de forma diferente. Não é sobre um tema como tantos outros, é sobre a identidade mais profunda da Igreja, a sinodalidade. Se em dois mil anos de história da Igreja “é a primeira vez que um evento destes é chamado a envolver todo o Povo de Deus”, não falta quem diga que “este é o evento eclesial mais importante e estratégico depois do Concílio Vaticano II”.
A primeira fase deste Processo Sinodal decorre, em cada diocese de todo o mundo católico, até fins do primeiro trimestre de 2022. Em Roma, a abertura aconteceu no sábado, dia 9 de outubro de 2021. A fase diocesana inicia-se no Domingo, dia 17 de outubro. Entre nós acontecerá em Castelo Branco, o programa está divulgado. Porque não é possível grande aglomeração, esperamos que todos os Sacerdotes, Diáconos, Ministros Extraordinários da Palavra, Secretariados diocesanos, Movimentos Apostólicos, Confrarias e Irmandades, todos os Agentes da pastoral, falem nos lugares que lhes compete, esclareçam, divulguem, estimulem à participação e se organizem. Depois desta fase em todas as dioceses do mundo, elaborar-se-á o primeiro ‘Instrumento de Trabalho’ sobre o qual se irão debruçar as sete reuniões continentais: África, Oceânia, Ásia, Médio Oriente, América Latina, Europa e América do Norte. Cada uma destas sete regiões elaborará um ‘Documento Final’. A partir destes sete documentos, será produzir o segundo ‘Instrumento de Trabalho’ sobre o qual se debruçará a Assembleia Sinodal de outubro de 2023, no Vaticano.
Com palavras dos documentos e afirmações do Santo Padre, e doutros, que, por este motivo do Sínodo nos fizeram chegar às mãos e temos divulgado, recordo que um Sínodo não é um faz de conta, um “parlatório” ou “um parlamento”. Não é “um jogo de maiorias”, onde, para “alcançar um consenso ou um acordo comum, se recorre à negociação, a pactos ou a compromissos”, a maioria parlamentares. Não se trata de “uma espécie de democratização”, pois a Igreja “é um evento do Espírito Santo, seu verdadeiro protagonista que harmoniza as diferenças, as reconcilia, converge-as na unidade que é o próprio Cristo vivo e presente na Igreja”. Não é uma "convenção" eclesial, uma "conferência de estudos", um "congresso político". Tampouco é para convencer os que não pensam como nós, ou para provocar uma série de reuniões e debates insonsos sobre o que nos é proposto refletir em clima do tem que ser. Também “não é um exercício mecânico de recolha de dados” para produzir mais documentos ou para mostrar trabalho. É o “Povo de Deus a caminho, uma sinfonia de diversidades que convergem na unidade para servir ao mundo”. É um “evento de graça”, um "processo de cura conduzido pelo Espírito", “um espaço protegido no qual a Igreja experimenta a ação do Espírito Santo”. E o Espírito Santo “fala através da língua de todas as pessoas que se deixam guiar pelo Deus que surpreende sempre, pelo Deus que revela aos pequeninos aquilo que esconde aos sábios e aos entendidos, pelo Deus que criou a lei e o sábado para o homem e não o contrário, pelo Deus que deixa as noventa e nove ovelhas para ir procurar a única ovelha tresmalhada, pelo Deus que é sempre maior do que as nossas lógicas e cálculos”.
O Sínodo agora em processo, orienta-se pelos princípios de comunhão, participação e missão, e concentra-se no tema da sinodalidade em si mesma. A sinodalidade é parte integrante da Igreja. Deve ser assumida “como forma, como estilo e como estrutura da Igreja”. Esta forma de estar e participar conduz as pessoas “a sonhar com a Igreja que somos chamados a ser, a fazer florescer as esperanças das pessoas, a estimular a confiança, a vendar as feridas, a tecer relações novas e mais profundas, a aprender uns com os outros, a construir pontes, a iluminar mentes, a aquecer corações e a dar força de novo às nossas mãos para a nossa missão comum”.
Neste sentido, a Igreja, que somos todos os batizados, “caminha unida para ler a realidade com os olhos da fé e com o coração de Deus”. Questiona-se “sobre a sua fidelidade ao depósito da fé, que para ela não representa um museu para visitar ou para salvaguardar, mas é uma fonte viva na qual a Igreja se dessedenta para matar a sede e iluminar o depósito da vida”. É o Espírito Santo quem, neste caminho e busca, nos guia, ilumina e faz com que ponhamos diante dos nossos olhos não os nossos pareceres pessoais por mais importantes que possam ser, mas “a fé em Deus, a fidelidade ao magistério, o bem da Igreja, a salvação das almas que é a lei suprema da Igreja”. Por isso, é preciso escutar “Deus, até ouvir, com Ele, o grito do povo”, é preciso escutar o “povo, até respirar, nele, a vontade a que Deus nos chama”. Este foi o caminho que o Povo de Deus sempre percorreu e percorre conjuntamente. Também Jesus se apresentou entre nós como «o caminho, a verdade e a vida» (Jo 14,6), e os cristãos da primeira hora eram chamados «os discípulos do caminho» (cf. At 9,2).
O método do Sínodo, segundo Francisco, só pode ser, de facto, um: abrir-se ao Espírito Santo, com coragem apostólica, com humildade evangélica, com oração confiante. A coragem apostólica “não se deixa amedrontar diante das seduções do mundo”, nem sequer “diante do empedernimento de alguns corações”. A humildade evangélica “sabe esvaziar-se das próprias convicções e preconceitos para ouvir”, sabe que não pode “apontar o dedo contra os outros para os julgar”, sabe dar-lhes a mão “para os ajudar a levantar-se sem nunca se sentir superior a eles”. A oração confiante é a ação do coração que nos silencia “para ouvir a suave voz de Deus que fala no silêncio. Sem ouvir Deus, todas as nossas palavras serão unicamente «palavras» que não saciam nem servem. Sem nos deixarmos guiar pelo Espírito todas as nossas decisões serão apenas «decorações» que em vez de exaltar o Evangelho o encobrem e escondem”.
Esta consulta que nos está confiada pelo Santo Padre, nesta primeira fase destina-se, em toda a Igreja, a cada Diocese e às pessoas de boa vontade que nela residam, mesmo que se sintam ao lado, mas se queiram inserir, dizendo o que têm a dizer para saber como é que este “caminho em conjunto” está a acontecer hoje na nossa Igreja diocesana. E que passos é que o Espírito Santo nos convida a dar para crescermos no nosso “caminhar juntos”.
Caro leitor, mesmo que tenha de esticar os braços e abrir a boca em jeito de ginástica preguiçosa, que tantas vezes sabe bem, com o Papa Francisco pedimos-lhe o favor de tirar as pantufas, saltar do sofá, calçar os sapatos e não ficar à janela a ver passar a banda. Mas, desafiando outros, vir daí para dar a sua cota parte de participação, formando um pequeno grupo de reflexão, por exemplo. Caminhando juntos, é muito mais bonito e proveitoso. Participar, afirma Francisco, é "uma exigência de fé e não de estilo". Não se trata duma “cosmética eclesial”, para mostrar que somos "politicamente corretos", capazes de um certo grau de partilha. Trata-se de uma questão de identidade verdadeiramente eclesial.
Vamos a isso!
D. Antonino Dias - Bispo Diocesano
Portalegre-Castelo Branco, 15-10-2021.
quinta-feira, 14 de outubro de 2021
Mais empatia, por favor!
A empatia está cada vez mais magra. Passa pelos pingos da chuva que ainda não chegou. Recua para não se fazer notar nem sentir. Não sei se a empatia seria a solução para todos os nossos problemas, mas, sem dúvida, podia estar lá bem perto.
Se pudéssemos ter a consciência de que não sabemos que inquietações assaltam a vida dos outros, teríamos mais cuidado no que dizemos e no que deixamos por dizer, também.
Se soubéssemos que dores massacram a pele das vidas dos que se cruzam connosco, teríamos mais atenção aos nossos gestos, às nossas atitudes, à forma como caminhamos pela vida.
A verdade é que sabemos muito pouco sobre o que se passa com as outras pessoas. Não sabemos que sonhos lhes tiraram, que projetos tiveram que adiar, que dificuldades tenebrosas têm que ultrapassar, de que doenças têm medo, com que doenças (ou fragilidades) lutam e lidam, que lágrimas têm atravessadas naquele sorriso pouco simpático e de circunstância. Que dúvidas têm. Que feridas por curar. Que vazios por preencher.
Não sabemos nada sobre o que os outros são. E, ainda assim, andamos pela vida com a arrogância de quem julga, de quem tudo sabe, de quem não tem nada a perder, de quem nunca esteve doente ou viu alguém sofrer. Em que tipo de pessoas nos estamos a tornar? Autómatos que já não são capazes de sentir nada? Semi-pessoas que, em vez de fazer a vida valer a pena, a desperdiçam com o cultivo de uma existência vazia e cheia de luzes de plástico?
É preciso cultivar a coragem para olhar para os outros com amor. Com simpatia. Com jeito. Com cuidado. Com a gentileza de quem sabe o que é lutar, de quem sabe o que é não saber, de quem sabe o que é poder perder tudo.
Se houver um lema para os próximos dias, que seja este:
Mais empatia, por favor!
quarta-feira, 13 de outubro de 2021
PROCISSÃO DAS VELAS EM HONRA DE Nª SRª DO ROSÁRIO
Hoje, depois de 2 anos, os fiéis saíram à rua numa demonstração de fé e graças à Virgem do Rosário.
Numa noite de Outono, agradável e amena, a Procissão percorreu as ruas principais da zona histórica com elevada participação de fíéis.
A Celebração teve início pelas 20:30h com a Eucaristia a que se seguiu a procissão. As crianças que fizeram a primeira comunhão no sábado passado, acompanharam o andor.
No final, o Padre Fernando manifestou a alegria do regresso e agradeceu ao Padre Rui e a todos os que prepararam esta celebração.
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