E se conseguíssemos olhar para além do que atingimos academicamente? E se nos víssemos para além do que fazemos profissionalmente? E se conseguíssemos olhar para além da aparência física? E se conseguíssemos ver o outro para além das suas falhas? E se conseguíssemos ver o outro para além da sua riqueza ou pobreza? E se conseguíssemos ver aquele/a que se cruza connosco para além das suas feridas?
Ver para além do que é visível. Ver mais do que o que os outros conseguem apreciar. Ver para além do nada e focarmo-nos apenas na pessoa é entrar na linguagem do amor. Ver para além do tudo e focarmo-nos no olhar de quem está à nossa frente é deixar que o amor nos fale do eterno recomeçar.
E como posso olhar para o outro e ver o que ninguém vê? Como posso olhar para o outro e ver o que ele não vê? Como posso olhar para o outro e ver o seu todo?
Talvez tenha de parar e deixar que o meu olhar se foque no olhar do outro, para que neste encontro não permita que os preconceitos retirem a humanidade daquele que se encontra à minha frente. Utópico? Quero acreditar que não. Difícil e complexo? Sem dúvida alguma. Mas é para isto que serve a caminhada da nossa vida. Para sermos mais. Mais com os outros. Mais para os outros. E, desta forma, conseguirmos estar mais próximos do que realmente somos.
Entrar na linguagem do amor à séria e aprender a olhar com o mais profundo de nós mesmos.
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