terça-feira, 30 de junho de 2015

Que o ódio deixe lugar ao amor

Papa denuncia forças que procuram «aniquilar» a Igreja


RV


Francisco celebrou Missa com 46 metropolitas, incluindo arcebispos de Luanda e Curitiba


(Ecclesia) - O Papa denunciou hoje no Vaticano as “forças” que ao longo da história “procuraram e procuram aniquilar a Igreja”, tanto no exterior como no seu interior, afirmando que esta sobrevive a todas essas tentativas.
“Passaram reinos, povos, culturas, nações, ideologias, potências, mas a Igreja, fundada sobre Cristo, não obstante as inúmeras tempestades e os nossos muitos pecados, permanece fiel ao depósito da fé no serviço, porque a Igreja não é dos Papas, dos Bispos, dos padres, nem sequer dos fiéis; é só e unicamente de Cristo”, disse, na homilia da Missa a que presidiu na Basílica de São Pedro, na solenidade litúrgica dos Apóstolos Pedro e Paulo.

Francisco condenou as perseguições “atrozes, desumanas e inexplicáveis” que ainda hoje atingem os cristãos em várias partes do mundo, “muitas vezes sob o olhar e o silêncio de todos”.

“Nenhum Herodes é capaz de apagar a luz da esperança, da fé e da caridade daquele que crê em Cristo”, sustentou.

A celebração começou com a bênção dos pálios, insígnias litúrgicas de ‘honra e jurisdição’, que vão ser depois impostos a 46 arcebispos metropolitas dos cinco continentes nomeados no último ano, incluindo os de Luanda (D. Filomeno Vieira Dias), em Angola, e de Curitiba (D. José António Peruzzo), no Brasil.

O Papa recordou a “coragem” das primeiras comunidades cristãs em “levar por diante a obra de evangelização, sem medo da morte nem do martírio, no contexto social dum império pagão”.

“Em nome de Cristo, os crentes ressuscitaram os mortos; curaram os enfermos; amaram os seus perseguidores; demonstraram que não existe uma força capaz de derrotar quem possui a força da fé”, acrescentou.

Francisco sublinhou, a este respeito, que as catacumbas não eram lugares para escapar das perseguições, mas principalmente “lugares de oração”.

A homilia aludiu à importância do “testemunho”, deixando um apelo “à oração, à fé e ao testemunho”.

“Não há testemunho sem uma vida coerente! Hoje sente-se necessidade não tanto de mestres, mas de testemunhas corajosas, convictas e convincentes; testemunhas que não se envergonham do nome de Cristo e da sua Cruz, nem diante dos leões que rugem nem perante as potências deste mundo”, pediu aos arcebispos presentes.

O Papa agradeceu depois a presença de uma delegação do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla (Igreja Ortodoxa).

Os pálios são envergados pelos arcebispos metropolitas nas suas igrejas e nas da sua província eclesiástica, constituída por diversas dioceses.

Em Portugal há três províncias eclesiásticas: Braga, Lisboa e Évora.

OC

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Sínodo 2015: Trabalhos vão ao encontro de quem se sente «excluído»


News.va

Vaticano apresenta nova metodologia de trabalho, dedicando cada semana a um tema



O cardeal Lorenzo Baldisseri, secretário-geral do Sínodo dos Bispos, disse hoje no Vaticano que há algumas “exclusões” na relação da Igreja com as famílias, defendendo que é preciso “ver se alguns destes muros podem ser derrubados”.

O responsável falava na apresentação do documento de trabalho (instrumentum laboris) da próxima assembleia geral ordinária do Sínodo, que vai ter lugar no Vaticano entre os dias 4 e 25 de outubro deste ano, sobre o tema ‘A Vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo’.

A mesma ideia foi defendida por D. Bruno Forte, secretário-especial desta assembleia sinodal, para quem é urgente uma “conversão da linguagem” que assuma a necessidade de “mediação cultural”.

A segunda etapa do Sínodo sobre a família procura “integrar”, porque ninguém deve sentir-se recusado ou excluído” pela Igreja Católica, falando sobretudo nas “situações de fragilidade, famílias feridas”.

“Nesses casos, como expressar a atitude de amor, de proximidade, de misericórdia do Senhor?”, questionou.

O cardeal Baldisseri assinalou o “notável interesse” que suscitou este processo, que já incluiu uma assembleia sinodal extraordinária em outubro de 2014.

As propostas enviadas à Santa Sé chegaram de conferências episcopais, dioceses, organizações católicas, universidades, centros de investigação e estudiosos,

Para o secretário-geral do Sínodo dos Bispos, as contribuições ajudaram a um “enriquecimento temático” neste documento de trabalho.

O cardeal italiano alertou ainda para o facto de a assembleia sinodal ser um espaço de diálogo e não “um Parlamento”, cabendo a última palavra ao Papa.

A conferência de imprensa adiantou que a assembleia de outubro do organismo consultivo, com representantes dos episcopados católicos de todo o mundo, vai ter uma nova metodologia.

Os trabalhos vão ser divididos em três semanas, abordando cada uma das partes do instrumento de trabalho (desafios, vocação e missão da família) com intervenções gerais e trabalhos de grupo (círculos menores) semanais.

Portugal vai ter como delegados o presidente da Conferência Episcopal, D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, e o presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família, D. Antonino Dias, bispo de Portalegre-Castelo Branco.

Segundo D. Lorenzo Baldisseri, os últimos meses foram “extremamente úteis” para aprofundar o texto preparatório, divulgado em dezembro de 2014.

O cardeal Peter Erdo, relator-geral da 14ª assembleia geral ordinária do Sínodo, disse aos jornalistas, por sua vez, que a resposta da Igreja deve prestar particular atenção à preparação dos jovens para o Matrimónio.

O responsável sustentou que os trabalhos sinodais têm como referência os “ensinamentos de Jesus”, inclusive sobre o “adultério”.

Para o cardeal húngaro, a afirmação de uma atenção pastoral em relação aos homossexuais não implica o reconhecimento como “casamento” da união entre duas pessoas do mesmo sexo.
OC - (Ecclesia)

domingo, 28 de junho de 2015

Tu és Pedro!


https://www.youtube.com/watch?v=_gQECflcesI

Pela fé a Igreja é revestida da luz do ressuscitado

Junto com a festa de S. Pedro e S. Paulo, celebramos a festa do que a Igreja é: Corpo de Cristo, testemunha de Jesus Cristo (At 1,8), testemunha da vitória de Cristo sobre o mal e todas as manifestações e sobre a morte. Ao celebrarmos num mesmo dia a festa desses dois mártires, tão diferentes entre si, mas unidos pelo mesmo amor à pessoa de Jesus, amor que os levou a entregar a própria vida, celebramos também a diversidade da Igreja e o desafio de construir a comunhão eclesial. Um e outro puderam experimentar uma profunda e radical transformação em suas vidas. Pedro foi encontrado pelo Senhor, às margens do mar da Galileia, enquanto, com seu irmão André, lavavam as redes, depois de uma noite de pesca. A partir desse primeiro encontro, teve início um longo caminho de transformação radical da sua vida, que o levou a essa magnífica expressão de sua adesão radical a Jesus: “... Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo” (Jo 21,17). Paulo, de perseguidor implacável da Igreja de Cristo, foi iluminado pelo Senhor no caminho de Damasco. Essa iluminação, num primeiro momento, o cegou para fazê-lo compreender que todo o passado dele sem Cristo era uma grande cegueira. A luz que surpreendeu Paulo o cegou para dar a ele uma nova luz, a luz do Cristo ressuscitado, a iluminação que é dada como fruto da fé no Senhor vencedor do mal e da morte. A fé da Igreja está apoiada na rocha da fé de Pedro e no testemunho daqueles que com Pedro foram testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou. Pela fé a Igreja é revestida da luz do Cristo ressuscitado e, pela graça do mesmo Cristo, é herdeira de sua vitória (cf. Ap 12,1-6). Deles e de todos os que viveram o tesouro da fé a ponto de darem suas vidas se pode dizer que nada foi capaz de separá-los do amor de Cristo (Rm 8,35-37). Por razões diferentes, a Igreja de todos os tempos sempre foi perseguida e ameaçada. Sempre tivemos mártires. O nosso tempo, nesse aspecto, não faz exceção. Por trás do discurso de tolerância religiosa se esconde uma verdadeira rejeição aos valores verdadeiramente cristãos. Que Deus nos dê a graça e a força do Ressuscitado para que, apoiados na fé dos Apóstolos, possamos, não obstante o mundo que nos cerca, dar o verdadeiro testemunho de Cristo. E que, não obstante os momentos difíceis, as ameaças e os perigos, a Igreja continue o seu caminho. Que Deus nos conceda a graça de uma confiança inabalável nele e a graça da lealdade e da fidelidade à Igreja, construída sobre a rocha da fé de Pedro.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj

sábado, 27 de junho de 2015

São Pedro e São Paulo. Dia do Papa.


https://www.youtube.com/watch?v=U--04WAKyGQ

Deus ama a vida! Ele quer apenas a vida! “Deus criou o homem para ser incorruptível” (primeira leitura). Pelo seu Filho, salva-nos da morte: eis porque Lhe damos graças em cada Eucaristia. Na sua vida terrena, Jesus sempre defendeu a vida. O Evangelho de hoje relata-nos dois episódios que assinalam a defesa da vida: Ele cura, Ele levanta. Ele torna livres todas as pessoas, dá-lhes toda a dignidade e capacidade para viver plenamente. Sabemos dizer-Lhe que Ele é a nossa alegria de viver?
Estamos em tempo de verão, início de férias… É uma ocasião propícia para celebrar a festa da vida! O 13º domingo celebra a vida mais forte que a morte, celebra Deus apaixonado pela vida. Convém, pois, que na celebração deste dia a vida expluda em todas as suas formas: na beleza das flores, nos gestos e atitudes, na proclamação da Palavra, nos cânticos e aclamações, na luz. No cântico do salmo e na profissão de fé, será bom recordar que é o Deus da vida que nós confessamos, as suas maravilhas que nós proclamamos. Durante toda a missa, rezando, mantenhamos a convicção expressa pelo Livro da Sabedoria: “Deus não Se alegra com a perdição dos vivos”.

http://www.dehonianos.org/

Quais são as melhores fontes de oração?


Young man praying © Dream Perfection / Shutterstock

As 4 fontes mais eficazes para ter uma vida de oração poderosa e transformadora

O Espírito Santo é “a água viva” que, no coração orante, “jorra para a Vida eterna” (Cf. Jô 4,14). É Ele que nos ensina a haurir essa água na própria fonte: Cristo. Ora, existem na vida cristã fontes em que Cristo nos espera para nos dessendentar com o Espírito Santo.

A Palavra de Deus

A Igreja “exorta todos os fiéis cristãos, com veemência e de modo peculiar… a que pela frequente leitura das divinas Escrituras aprendam ‘a eminente ciência de Jesus Cristo’ … Lembrem-se, porém, de que a leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada pela oração, a fim de que se estabeleça o colóquio entre Deus e o homem; pois ‘a Ele falamos quando rezamos; a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos’” (Sto. Ambrósio).

Os Padres espirituais, parafraseando Mt 7,7, resumem assim as disposições do coração alimentado pela Palavra de Deus na oração: “Procurai pela leitura, e encontrareis meditando; batei orando, e vos será aberto pela contemplação” (Cf. Guigo, o Cartuxo, Scala: PL 184,746C).

A Liturgia da Igreja

A missão de Cristo e o Espírito Santo, que, na liturgia sacramental da Igreja, anuncia, atualiza e comunica o Mistério da salvação, prolonga-se no coração de quem reza. Os Padres espirituais comparam às vezes o coração a um altar. A oração interioriza e assimila a Liturgia durante e após sua celebração. Mesmo quando é vivida “no segredo” (Mt 6,6), a oração é sempre oração da Igreja, comunhão com a Santíssima Trindade (Cf. IGLH 9)

As virtudes teologais

Entramos na oração como entramos na Liturgia: pela porta estreita da fé. Por meio dos sinais de sua Presença, procuramos e desejamos a Face do Senhor, e é sua Palavra que queremos ouvir e guardar.

O Espírito Santo, que nos ensina a celebrar a Liturgia na expectativa da volta de Cristo, nos educa a orar na esperança. Por sua vez, a oração da Igreja e a oração pessoal alimentam em nós a esperança. Especialmente os salmos, com sua linguagem concreta e variada, nos ensinam a fixar nossa esperança em Deus: “Esperei ansiosamente pelo Senhor, Ele se inclinou para mim e ouviu o meu grito” (Sl 40,2). “Que o Deus da esperança vos cumule de toda alegria e paz em vossa fé, a fim de que pela ação do Espírito Santo a vossa esperança transborde” (Rm 15,13).

“A esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, que nos foi dado” (Rm 5,5). A oração, formada pela vida litúrgica, tudo haure do Amor com que somos amados em Cristo e que nos concede responder-lhe, amando como Ele nos amou. O Amor é a fonte da oração; quem dela bebe atinge o cume da oração:

Meu Deus, eu vos amo, e meu único desejo é amar-vos até o último suspiro de minha vida. Meu Deus infinitamente amável, eu vos amo e preferiria morrer amando-vos a viver sem vos amar. Senhor, eu vos amo, e a única graça que vos peço é amar-vos eternamente… Meu Deus, se minha língua não pode dizer a cada instante que eu vos amo, quero que meu coração vo-lo repita tantas vezes quantas eu respiro (S. João Maria Vianney).

“Hoje”


Aprendemos a rezar em certos momentos ouvindo a Palavra do Senhor e participando do seu Ministério pascal, mas é em todos os tempos, nos acontecimentos de cada dia, que seu Espírito nos é oferecido para fazer jorrar a oração. O ensinamento de Jesus sobre a oração a nosso Pai esta na mesma linha que o ensinamento sobre a Providência (Cf. Mt 6,11-34). O tempo está nas mãos do Pai; no presente é que nós o encontramos, nem ontem, nem amanhã, mas hoje: “Oxalá ouvísseis hoje a sua voz! Não endureçais vossos corações” (Sl 95,8).

Orar nos acontecimentos de cada dia e de cada instante é um dos segredos do Reino revelados aos “pequeninos”, aos servos de Cristo, aos pobres das bem-aventuranças. É justo e bom orar para que a vinda do Reino de justiça e de paz influa na marcha da história, mas é também importante modelar pela oração a massa das humildes situações do cotidiano. Todas as formas de oração podem ser esse fermento ao qual o Senhor compara o Reino (Cf. Lc 13,20-21).

(Fonte: Catecismo da Igreja Católica nº 2652-2660)
sources: ENCONTRO COM CRISTO

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Duas orações do Papa Francisco pela proteção do planeta


Pope Francis in contemplative mode

Na encíclica #LaudatoSi, o Santo Padre nos ensina a pedir a Deus criador pela nossa terra

A encíclica Laudato si, do Papa Francisco, termina com duas orações: uma oferecida para ser compartilhada com todos os que crêem em “um Deus criador omnipotente”, e a outra proposta aos que professam a fé em Jesus Cristo.

O Papa apresenta as orações assim: “Depois desta longa reflexão, jubilosa e ao mesmo tempo dramática, proponho duas orações: uma que podemos partilhar todos quantos acreditam num Deus Criador Omnipotente, e outra pedindo que nós, cristãos, saibamos assumir os compromissos para com a criação que o Evangelho de Jesus nos propõe” (n. 246).

ORAÇÃO PELA NOSSA TERRA

Deus Omnipotente,
que estais presente em todo o universo
e na mais pequenina das vossas criaturas,
Vós que envolveis com a vossa ternura
tudo o que existe,
derramai em nós a força do vosso amor
para cuidarmos da vida e da beleza.
Inundai-nos de paz,
para que vivamos como irmãos e irmãs
sem prejudicar ninguém.
Ó Deus dos pobres,
ajudai-nos a resgatar
os abandonados e esquecidos desta terra
que valem tanto aos vossos olhos.
Curai a nossa vida,
para que protejamos o mundo
e não o depredemos,
para que semeemos beleza
e não poluição nem destruição.
Tocai os corações
daqueles que buscam apenas benefícios
à custa dos pobres e da terra.
Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa,
a contemplar com encanto,
a reconhecer que estamos profundamente unidos
com todas as criaturas
no nosso caminho para a vossa luz infinita.
Obrigado porque estais connosco todos os dias.
Sustentai-nos, por favor, na nossa luta
pela justiça, o amor e a paz.

ORAÇÃO CRISTÃ COM A CRIAÇÃO

Nós Vos louvamos, Pai,
com todas as vossas criaturas,
que saíram da vossa mão poderosa.
São vossas e estão repletas da vossa presença
e da vossa ternura.
Louvado sejais!
Filho de Deus, Jesus,
por Vós foram criadas todas as coisas.
Fostes formado no seio materno de Maria,
fizestes-Vos parte desta terra,
e contemplastes este mundo
com olhos humanos.
Hoje estais vivo em cada criatura
com a vossa glória de ressuscitado.
Louvado sejais!
Espírito Santo, que, com a vossa luz,
guiais este mundo para o amor do Pai
e acompanhais o gemido da criação,
Vós viveis também nos nossos corações
a fim de nos impelir para o bem.
Louvado sejais!
Senhor Deus, Uno e Trino,
comunidade estupenda de amor infinito,
ensinai-nos a contemplar-Vos
na beleza do universo,
onde tudo nos fala de Vós.
Despertai o nosso louvor e a nossa gratidão
por cada ser que criastes.
Dai-nos a graça de nos sentirmos
intimamente unidos
a tudo o que existe.
Deus de amor,
mostrai-nos o nosso lugar neste mundo
como instrumentos do vosso carinho
por todos os seres desta terra,
porque nem um deles sequer
é esquecido por Vós.
Iluminai os donos do poder e do dinheiro
para que não caiam no pecado da indiferença,
amem o bem comum, promovam os fracos,
e cuidem deste mundo que habitamos.
Os pobres e a terra estão bradando:
Senhor, tomai-nos
sob o vosso poder e a vossa luz,
para proteger cada vida,
para preparar um futuro melhor,
para que venha o vosso Reino
de justiça, paz, amor e beleza.
Louvado sejais!
Amém.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Papa Francisco: quando os adultos perdem a cabeça, é a alma dos filhos que sofre imensamente


Pope Francis kisses a child during a meeting with blind and deaf people

"Não obstante a nossa sensibilidade, tão evoluída, parece que ficamos anestesiados diante das feridas profundas nas almas das crianças”

Nesta quarta-feira de céu nublado na capital italiana, o Papa concedeu a sua última audiência antes da pausa de verão, prevista para o mês de julho. A Praça São Pedro recebeu o Pontífice com o carinho habitual, aplaudindo a passagem do papamóvel. Dezenas de milhares de fiéis, turistas e romanos presenciaram o encontro.

Nas últimas catequeses, prosseguindo no tema das Famílias, o Papa analisou algumas fragilidades da condição humana, como a pobreza, a doença e a morte. Desta vez, Francisco quis refletir sobre as feridas que surgem no âmbito da convivência, “quando a família machuca a si mesma”... “a pior coisa!”, disse o Papa. “Palavras, ações e omissões que, em vez de exprimir amor, corroem-no e mortificam-no”.

Feridas
“E quando as feridas são subestimadas, acabam degenerando, se transformam em prepotência, hostilidade e desprezo. O esvaziamento do amor conjugal gera ressentimentos e a desagregação do casal recai sobre os filhos”, advertiu.

“Quando os adultos perdem cabeça, quando cada um pensa apenas em si mesmo, quando o pai e a mãe se agridem, a alma dos filhos sofre imensamente, sentem-se desesperados. E nós? Não obstante a nossa sensibilidade, tão evoluída, parece que ficamos anestesiados diante das feridas profundas nas almas das crianças”.

Reflexo nos filhos

Francisco continuou dizendo que “na família, tudo está interligado. Quando um homem e uma mulher, que se comprometeram a ser ‘uma só carne’ e formar uma família, pensam obsessivamente nas próprias exigências de liberdade e gratificação, esta distorção fere profundamente o coração e a vida dos filhos.

“Temos que entender bem isso: o marido e a mulher são uma só carne; mas as suas criaturas são carne da sua carne. Quando se pensa na dura advertência que Jesus fez aos adultos para não escandalizarem os pequeninos, pode-se compreender melhor a sua palavra sobre a grave responsabilidade de salvaguardar o vínculo conjugal que dá início à família humana. Quando o homem e a mulher se tornam uma só carne, todas as feridas e todo o abandono do pai e da mãe incidem na carne viva dos filhos”.

Indiferença

O Papa fez uma ressalva: “Há casos em que a separação é inevitável; às vezes pode se tornar até moralmente necessária, quando se fala de salvar o cônjuge mais frágil, ou filhos pequenos, de feridas causadas pela prepotência e a violência, das humilhações e da exploração, da indiferença. Terminando a catequese, o Pontífice destacou a questão do acompanhamento pastoral, por ele muito sublinhada no âmbito dos debates do Sínodo Extraordinário sobre a Família e ressaltada também como central no próximo encontro sinodal, em outubro:

“Ao nosso redor, há muitas famílias que se encontram na situação chamada ‘irregular’ (palavra de que não gosto). Nós nos perguntamos: Como ajudá-las? Como acompanhá-las para que as crianças não sejam ‘reféns’ do pai ou da mãe? Peçamos ao Senhor uma fé grande para vermos a realidade com o olhar de Deus; e uma caridade grande, para nos aproximarmos destas pessoas com coração misericordioso”.

(Rádio Vaticano)

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Santos Populares


Os três santos festejados em junho com tanto estrondo de bailes, ceias e fogueiras foram três testemunhas de Jesus Cristo, muito diferentes uns dos outros: um frade do século XIII que assombrou o mundo com a sua sabedoria; um profeta publicamente elogiado por Jesus, que pagou com a vida o seu testemunho acerca da Verdade e um pescador, apóstolo de Jesus, cheio de audácias, de covardias e de fé a quem Jesus fez seu representante; este selou também com a vida a autenticidade da sua fé. Tanta austeridade contrasta com a forma ruidosa como são celebrados por todo o país.
Santo António de Lisboa


A vida de Santo Antônio comporta duas etapas: nascimento e formação em Portugal; desenvolvimento e ação em França e na Itália e morte na Itália. «O santo de todo o mundo» teve nasceu em Lisboa entre 1190 e 1195. Estudou na escola catedral e foi admitido à vida religiosa no Mosteiro de S. Vicente de Fora, dos Cónegos Regulares de Santo Agostinho. Foi para o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde desenvolveu e terminou estudos de Filosofia, Teologia e Sagrada Escritura. Foi ordenado sacerdote no Mosteiro de Santa Cruz, em 1219 ou 1220.

Cerca de 1220 instalaram-se em Santo Antão dos Olivais em Coimbra, alguns frades franciscanos. Rapidamente o jovem clérigo agostiniano se sentiu atraído pela vida simples daquela Ordem de mendicantes. Encontrou-se ali com os cinco frades que depois veneraria como mártires, os Mártires de Marrocos. Movido pelo seu exemplo transitou para a Ordem dos Frades Menores. Adotou o nome de frei Antônio. Partiu para Marrocos, grave doença o fez regressar. Impelido por uma tempestade o barco aportou na Sicília. E assim se iniciou a última fase da sua vida.

Dela há a reter, sobretudo, uma prodigiosa atividade como pregador contra as heresias em França e na Itália. S. Francisco mandou-o para Bolonha, ensinar. Papa Gregório IX apelidou-o de “Arca do Testamento”.

Em 1229-1231 estabeleceu-se em Pádua como pregador. Em Rimini deu-se o célebre milagre da pregação aos peixes. Fisicamente consumido morreu em Arcella a 13 de junho de 1231. Tinha 39 anos.

Foi canonizado onze meses depois da morte e proclamado Doutor da Igreja.


São João Batista, profeta, precursor de cristo, mártir.


João Batista acompanha Jesus (precede-O), desde a Anunciação. Ao nascimento de João estão associados dois dos mais emblemáticos hinos bíblicos: o Magnificat e o Benedictus, um pela boca de Maria, outro pela de Zacarias. Por sua vez Isabel, mãe de João, reconhece em Maria a Mãe do seu Senhor.

João surge como o último profeta do Antigo Testamento e o Precursor do Novo. Na orla do rio Jordão João atinge o clímax da sua missão de precursor quando apresenta publicamente Jesus como o Ungido do Pai, apontando-o como «o Cordeiro de Deus, que vai tirar o pecado do mundo» (Jo 1,29).

Definiu-se a si mesmo como uma voz, a voz do que clama no deserto: “endireitai os caminhos do Senhor”. Morreu mártir em defesa da Lei de Deus, porque ousou dizer ao rei adúltero: não te é lícito viver com a mulher de teu irmão (Mt 6,18). Além de ser é o único santo publicamente elogiado por Cristo (Lc 7,28),

S. João Batista é também o único de quem se comemoram as datas do nascimento e da morte.

São Pedro, apóstolo e mártir.

O nome de Pedro é mencionado logo nos primeiros chamamentos de Jesus (Mt 4,18-19 e Jo 1,41-42) e ele vem sempre em primeiro lugar nos elencos dos apóstolos.

Em Pedro todos nos podemos rever. Ele é capaz de rasgos audaciosos, como das piores pusilanimidades, como quando declara por três vezes nunca ter visto Jesus. Apesar disso, ele reconhece a sua cobardia, entregasse à misericórdia de Deus, nela confia (ao contrário de Judas) e «chora amargamente».

É Pedro quem, como nenhum outro, confessa abertamente a divindade de Cristo (Mt 16,16). É no nome de Pedro que se cimenta entre o pequeno núcleo cristão inicial a fé na ressurreição, expressa num conciso “credo”: «Na verdade o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». É a ele que Jesus entrega «as chaves do reino dos Céus»; é a ele que Jesus faz «pescador de homens», é ele que Jesus confirma como alicerce – sobre ti, Rochedo-Pedro, de Deus, edifico a minha Igreja.

A tradição transmite que Pedro sofreu o martírio em Roma, sob o império de Nero, por volta dos anos 64/67.


Autor: Alberto Júlio Silva Autor da obra «Os Nossos Santos e Beatos»
Fonte: Revista Ecclesia

terça-feira, 23 de junho de 2015

Pronto-socorro espiritual


Pray

Encontre aqui a Palavra de Deus para o seu coração. Tome posse e receba a bênção!

Precisa de coragem?

“Quando vos invoquei, vós me respondestes; fizestes crescer a força de minha alma.” Salmo 137,3

“Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares. Tomai, portanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever”. Efésios 6,10-13


Precisa de proteção?

“Porque o Senhor é teu refúgio. Escolheste, por asilo, o Altíssimo. Nenhum mal te atingirá, nenhum flagelo chegará à tua tenda, porque aos seus anjos ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos.” Salmo 90,9-11

“O Senhor é teu guarda, o Senhor é teu abrigo, sempre ao teu lado.” Salmo 120,5

 Está balançando diante da vida?

“Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3,16

“E o testemunho é este: Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho. quem possui o filho possui a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Isto vos escrevi para que saibais que tendes a vida eterna, vós que credes no nome do Filho de Deus.” 1 João 5,11-13
 Está passando por necessidade financeira?

“Reverenciai o Senhor, vós, seus fiéis, porque nada falta àqueles que o temem. Os poderes empobrecem e passam fome, mas aos que buscam o Senhor nada lhes falta.” Salmo 33,10-11

“Em recompensa, o meu Deus há de prover magnificamente a todas as vossas necessidades, segundo a sua glória, em Jesus Cristo.” Filipenses 4,19

 Precisa de perdão?

“Temos, portanto, um grande Sumo-sacerdote que penetrou nos céus, Jesus, Filho de Deus. Conservemos firma a nossa fé. Porque não temos nele um pontífice incapaz de compadecer-se das nossas fraquezas. Ao contrário, passou pelas mesmas provações que nós, com exceção do pecado. Aproximemo-nos, pois, confiadamente do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e achar a graça de um auxílio oportuno”. Hebreus 4,14-16

Está buscando direção para a sua vida?

“Que teu coração deposite toda a sua confiança no Senhor! Não te firmes em tua própria sabedoria! Sejam quais forem os teus caminhos, pensa nele, e ele aplainará tuas sendas.” Provérbios 3,5-6

 Está deprimido?

“O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes, restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome. Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo.” Salmo 22,1-4

 Está necessitando de paciência?

“Aliás, sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, aqueles que são os eleitos, segundo os seus desígnios. Os que ele distinguiu de antemão, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que este seja o primogênito entre uma multidão de irmãos”. Romanos 8,28-29

 Deseja paz?

“Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize!” João 14,27

 Deseja vencer a tentação?

“Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela.” 1 Coríntios 10,13

 Tem sido desprezado pelas pessoas?

“Com efeito, é coisa agradável a Deus sofrer contrariedades e padecer injustamente, por motivo de consciência para com Deus. Que mérito teria alguém se suportasse pacientemente os açoites por ter praticado o mal? Ao contrário, se é por ter feito o bem que sois maltratados, e se o suportardes pacientemente, isto é coisa agradável aos olhos de Deus. Ora, é para isso que fostes chamados. Também Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo para que sigais os seus passos. Ele não cometeu pecado, nem se achou falsidade em sua boca (Is 53,9). Ele, ultrajado, não retribuía com idêntico ultraje; ele, maltratado, não proferia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça”. 1 Pedro 2,19-23

 Está fraco?

“Mas ele me disse: “Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força.” Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. Eis por que sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo. Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte.” 2 Coríntios 12,9-10


sources: PADRE ALBERTO GAMBARINI

segunda-feira, 22 de junho de 2015

O Padre Joaquim foi ao encontro do Pai


EXÉQUIAS DO REV.DO P. JOAQUIM HENRIQUES PEREIRA: 3ª FEIRA ÀS 10H00 EM CERNACHE DO BONJARDIM

Inesperadamente, o Senhor nosso Deus chamou a Si esta manhã, na sua residência paroquial, o Rev.do Senhor Padre Joaquim Henriques Pereira, nascido a 1 de fevereiro de 1938, ordenado Presbítero a 7 de julho de 1963 e, actualmente, Pároco de Orvalho, Cambas e Amieira.

Que o Senhor Jesus, a Quem o Rev.do Padre Joaquim serviu com tão dedicada e alegre entrega, o acolha no Céu, na morada do Pai onde vivem todos os que adormecem no Senhor.

Ontem, domingo, 21 de Junho, celebrou se a Eucaristia pelas 19h00 na Igreja de Orvalho., 2ª feira, 22 de Junho, celebrou -se a Eucaristia pelas 10h00 na Igreja de Orvalho e logo de seguida o féretro sairá de Orvalho para Cernache do Bonjardim onde permanecerá em câmara ardente. Na terça feira, dia 23 de Junho, pelas 10h00, na Igreja Matriz, terão lugar as Exéquias presididas pelo nosso Bispo, D. Antonino Dias.

Na esperança, com fé na ressurreição, na vida eterna e na comunhão dos santos, rezemos ao Senhor pedindo o dom das Vocações ao Sacerdócio para a Diocese de Portalegre-Castelo Branco.


Arquiteta, empresária, doutora... E decidiu virar freira?


religiosa

Você tem uma profissão, um bom emprego, uma vida “quase” realizada, mas tem medo de largar tudo para consagrar-se a Cristo como padre ou freira?

Fique tranquilo. Não é o primeiro nem o único a largar profissão, emprego, vida “quase” realizada e outras coisas para consagrar-se a Deus como padre ou freira. De cada 10 sacerdotes, 7 tinham uma profissão antes de entrar no seminário (descartando os padres do seminário menor). O mesmo ocorre na vida religiosa: temos de arquitectas a administradoras de empresas que se tornaram freiras.
É normal que o primeiro sentimento seja o de medo diante da ideia de abandonar tudo.
Na realidade, você não abandona nada. Pelo contrário: ganha tudo! Trata-se de empreender uma nova missão: a de discípulo! Os discípulos de Jesus, de maneira simples e imediata, nos deixaram um grande exemplo.
A nova profissão de discípulo consistia em estar com o Mestre, deixar-se guiar totalmente por Ele. Dessa maneira, a profissão encontra duas vertentes. A primeira diz respeito a algo externo: caminhar junto ao Mestre com direcção diferente, sem vacilar e com segurança. A segunda é íntima e interna e diz respeito à nova orientação da existência.
Os sentimentos e pensamentos já não apontam para os negócios nem para a comodidade pessoal, mas conduzem ao abandono total e à doação aos outros
Estar à disposição do Mestre havia chegado a ser uma razão de vida. Isso significava tornar realidade o convite de Jesus ao jovem rico, a Mateus e a outros milhares de homens que largaram tudo, e podemos comprovar todos os dias.
A seguir, vou lhe apresentar uma maravilhosa experiência de “largar tudo”. Trata-se de uma jovem, administradora de empresas, profissão que deixou para se dedicar à nova profissão do discipulado proposto pelo Mestre. Ela é uma simples religiosa, formada em Teologia e actualmente cursa Direito Canónico; exerce sua profissão no mundo por meio da sua congregação.
Você tem uma profissão, um bom emprego, uma vida “quase” realizada, mas tem medo de largar tudo para consagrar-se a Cristo como freira?


Ouvindo isso, Jesus lhe disse: “Ainda lhe falta uma coisa: vá, venda tudo o que você tem e dê o dinheiro aos pobres, e assim terá um tesouro no céu. Depois venha e siga-me” (cf. Lc 18, 22-23). Ao ouvir isso, o jovem ficou muito triste, porque era muito rico.

Cito esta passagem bíblia porque ela reflecte bem o que se vive quando alguém sente o chamado de Deus, ou pelo menos a inquietude de ver em que consiste a “vocação” à vida sacerdotal ou consagrada.

De cara, talvez se pense: “Eu, padre/freira? Mas se já tenho todo um caminho percorrido, uma profissão e um emprego que adoro...”. Talvez você já tenha certo status, seu próprio salário, sua independência, enfim, uma vida com a qual muitos sonham.
Tudo isso pode fazer você achar que não precisa se questionar sobre o tema da vocação, já que está bem no caminho que escolheu, já construiu parte da sua vida e tem “segurança” (no sentido em que o mundo a entende), ou simplesmente pode dizer: “Por que vou me enclausurar ou perder o que já ganhei na vida?”.
No entanto, ainda que pareça incrível de acreditar, a pessoa ganhar mais ainda. Vender tudo, largar tudo... O Senhor, que é sábio e rico em misericórdia, dá muito mais.
Agora lhe contarei a minha história. Meu nome é Erika e sou freira. Na verdade, nunca me imaginei nesta opção de vida, nem quando era criança, adolescente ou jovem. No entanto, Deus me convidou e eu aceitei. Não foi fácil, nada fácil. Eu estava em uma situação de muito bem-estar.
Quando senti o chamado, quase me escondi, e dizia a Deus: “Não! Por favor, não!”. Mas havia algo maior em meu coração, um desejo de serviço, de entrega aos irmãos, de fazer algo diferente daquilo que todo mundo faz (ou seja, casar-se, ter um bom emprego, filhos etc.). É claro que eu tinha medo de largar tudo, “tudo”.
Meu processo durou três anos e ninguém ao meu redor sabia que eu estava passando por isso. As coisas ficavam cada vez mais complicadas para levar a cabo minha opção; no trabalho, eu recebia promoções, tinha cursos, viagens, enfim, nada disso me ajudava a decidir dar o salto. No entanto, eu dei esse salto, lancei-me na aventura e segui meus sonhos, aquilo que fazia meu coração vibrar.
Minha família se perguntava sobre o que eu poderia estar passando de ruim para fazer isso; perguntaram-me se eu havia tido alguma desilusão no amor (como as pessoas pensam ou a mídia mostra). Claro que não! Era um fogo que me queimava por dentro. Foi uma etapa de luta, lágrimas, alegria
Cheguei à vida religiosa e só durei 9 meses. A luta interna era tão grande, que decidi voltar para casa; eu ficava pensando que cada dia que passava era uma oportunidade de emprego perdida e que já não seria a mesma coisa. Então saí durante 10 meses; nesse tempo, voltei a trabalhar, recuperei muito do que deixei, ou mais ainda.
O emprego que consegui era fantástico. Deus me deixava em liberdade para decidir e não me fechava as portas. No entanto, não era a mesma coisa, minha vida parecia, de certa maneira, “vazia”, porque o “ter” e “fazer” me realizavam, mas o “ser” nem tanto. Assim, decidi voltar à vida religiosa, mas dessa vez com as mãos e o coração vazios de tudo o que pudesse me impedir de caminhar.
Agora, posso dizer que Deus é tão maravilhoso, que, na verdade, nos dá mais do que deixamos para trás. Actualmente, vivo com alegria a minha vocação, sigo o Ser a quem amo, e os dons que Ele me deu estão a serviço do seu Reino, ou seja, estudei Contabilidade Pública e, ainda que pareça inacreditável, eu a continuo exercendo. É claro que não recebo um salário espectacular monetariamente, mas em alegria e entrega, sim.
É trabalhar pelos outros, ver e descobrir que fazer bem o meu serviço dá frutos em muitas pessoas. Tudo aquilo que aprendi no trabalho me ajuda muito no trato com as pessoas, no desenvolvimento pessoal e institucional etc. E ainda por cima tive a oportunidade de cursar uma segunda faculdade.
Às vezes, temos a ideia de que, na vida religiosa ou sacerdotal, a pessoa é ignorante ou tem poucas possibilidades de desenvolvimento. Mas isso é um erro. Pelo contrário, Deus lhe permite crescer, desenvolver-se profissionalmente e ter oportunidades para isso.
Isso por falar só no aspecto profissional, mas há muitos outros âmbitos da vida sacerdotal e religiosa que também são muito interessantes.
Finalmente, como ao jovem rico, Jesus pode estar lhe dizendo: “Ainda lhe falta uma coisa: vá, venda tudo o que tem e dê o dinheiro aos pobres, e assim terá um tesouro no céu. Depois venha e siga-me”, e não se arrependerá.

Irmã Erika Jacinto Muñoz
Religiosa del Verbo Encarnado

(Artigo originalmente publicado por Vocación y Actualidad)

domingo, 21 de junho de 2015

Papa Francisco: como não culpar Deus diante da morte de um ente querido





"A perda de um filho é como parar o tempo, onde passado e futuro não se distinguem mais"


O Papa Francisco explicou hoje, em sua catequese aos peregrinos, como viver o luto quando se enfrenta o falecimento de alguém muito querido.

A morte faz parte da vida, disse o Papa, mas quando se dá na família, é muito difícil vê-la como algo natural. Para os pais, perder o próprio filho é algo “desolador”, que contradiz a natureza elementar das relações que dão sentido à própria família. Francisco falou de sua experiência com os fiéis que participam da missa na Casa Santa Marta quando alguns pais, ao falarem da morte do próprio filho, têm “o olhar entristecido”.

“A morte toca e quando é um filho, toca profundamente”, disse. A perda de um filho é como parar o tempo, onde passado e futuro não se distinguem mais. Toda a família fica paralisada. O mesmo acontece para o menor que fica órfão e, com sofrimento, se pergunta quando voltará seu pai ou sua mãe.

“Nesses casos, a morte é como um buraco negro que se abre na vida das famílias e à qual não podemos dar qualquer explicação.” E, às vezes, acaba-se por culpar ou negar Deus. “Eu os entendo”, disse Francisco, porque se trata de uma grande dor.

Todavia, prosseguiu o Papa, a morte física tem “cúmplices”, que são até piores do que ela, como o ódio, a inveja, a soberba e a avareza. O pecado faz com que esta realidade seja ainda mais dolorosa e injusta.

“Pensemos na absurda ‘normalidade’ com a qual, em certos momentos e lugares, os eventos que acrescentam horror à morte são provocados pelo ódio e pela indiferença de outros seres humanos. O Senhor nos liberte de nos acostumarmo-nos a isso!”

Jesus nos ensina a não temer a morte, mas também a vivenciá-la de forma humana. Ele mesmo chorou e ficou turbado ao compartilhar o luto de uma família querida. A esperança nasce das palavras de Cristo à viúva que perdeu seu filho: “Jesus o restituiu à sua mãe”. “Esta é a nossa esperança, que o Senhor nos restituirá todos os nossos caros”, disse o Papa.

Se nos deixarmos amparar por esta fé, a experiência do luto pode gerar uma solidariedade mais forte dos elos familiares, uma nova fraternidade com as famílias que nascem e renascem na esperança. Esta fé nos protege seja do niilismo, seja das falsas consolações supersticiosas e nos confirma que a morte não tem a última palavra.

Por isso, é necessário que os pastores e todos os cristãos expressem de maneira mais concreta o sentido da fé junto às famílias em luto. E nos inspirar naquelas famílias que encontraram forças para perseverar na fé e no amor, testemunhando que o trabalho de amor de Deus é mais forte que a morte. “E lembremo-nos daquele gesto de Jesus, quando nos reencontraremos com os nossos caros e a morte será definitivamente derrotada.”


sources: RÁDIO VATICANO

Ainda não tendes fé?


https://www.youtube.com/watch?v=vl38HGWzYYA

Ainda não tendes fé?

O SENHOR DA NATUREZA
Os milagres de Jesus em relação aos elementos da natureza chamam a atenção para um dado de sua identidade. Ele é detentor de um poder próprio de Deus-criador.
A fúria das ondas do mar evocava o caos anterior à intervenção criadora de Deus que colocou ordem no universo e o transformou em lugar da habitação do ser humano.
Ao acalmar o vento e o mar, com sua autoridade, Jesus se serviu de um poder próprio de Deus, possibilitando aos discípulos continuarem sua viagem. O mar encapelado simbolizava o mundo hostil com o qual os discípulos se defrontariam e diante do qual seriam tomados de pavor. A presença de Jesus, submetendo as forças do vento e das ondas, era motivo de esperança. Por maior que fossem as forças caóticas, contrárias à propagação do Reino, Jesus teria poder de subjugá-las. Os discípulos não seriam poupados do confronto com as forças do mal. Mas, nos momentos de tribulação, poderiam contar com a presença de seu Mestre e Senhor. Com o poder recebido do Pai, ele os livraria do poder do mal.
Por conseguinte, o discípulo não tem por que temer, quando se vê assediado pelas perseguições. Jesus está a seu lado, com o poder de transformar a tempestade em bonança. Nada é suficientemente forte, que não possa ser dominado por ele.

Senhor Jesus, que eu saiba reconhecer tua presença junto de mim, protegendo-me e livrando-me, nas horas de tribulação.

sábado, 20 de junho de 2015

Papa Francisco: não estamos autorizados a saquear o planeta


pope francis ecology

9 preocupações do Papa Francisco ajudam a compreender seu documento sobre uma "ecologia integral"

Em sua encíclica sobre ecologia, publicada quinta -feira, o Papa Francisco expressa algumas de suas preocupações fundamentais diante do uso irresponsável do planeta. Seleccionamos para você 9 trechos da encíclica "Laudato si" que trazem esse olhar do Papa:

Desinteresse

"O movimento ecológico mundial já percorreu um longo e rico caminho, tendo gerado numerosas agregações de cidadãos que ajudaram na consciencialização. Infelizmente, muitos esforços na busca de soluções concretas para a crise ambiental acabam, com frequência, frustrados não só pela recusa dos poderosos, mas também pelo desinteresse dos outros. As atitudes que dificultam os caminhos de solução, mesmo entre os crentes, vão da negação do problema à indiferença, à resignação acomodada ou à confiança cega nas soluções técnicas. Precisamos de nova solidariedade universal". (n. 14)

Poluição e resíduos

"Custa-nos a reconhecer que o funcionamento dos ecossistemas naturais é exemplar: as plantas sintetizam substâncias nutritivas que alimentam os herbívoros; estes, por sua vez, alimentam os carnívoros que fornecem significativas quantidades de resíduos orgânicos, que dão origem a uma nova geração de vegetais. Ao contrário, o sistema industrial, no final do ciclo de produção e consumo, não desenvolveu a capacidade de absorver e reutilizar resíduos e escórias. Ainda não se conseguiu adoptar um modelo circular de produção que assegure recursos para todos e para as gerações futuras e que exige limitar, o mais possível, o uso dos recursos não-renováveis, moderando o seu consumo, maximizando a eficiência no seu aproveitamento, reutilizando e reciclando-os. A resolução desta questão seria uma maneira de contrastar a cultura do descarte que acaba por danificar o planeta inteiro, mas nota-se que os progressos neste sentido são ainda muito escassos." (n. 22)

Aquecimento global

"Numerosos estudos científicos indicam que a maior parte do aquecimento global das últimas décadas é devida à alta concentração de gases com efeito de estufa (anidrido carbónico, metano, óxido de azoto, e outros) emitidos sobretudo por causa da actividade humana. A sua concentração na atmosfera impede que o calor dos raios solares reflectidos pela terra se dilua no espaço. Isto é particularmente agravado pelo modelo de desenvolvimento baseado no uso intensivo de combustíveis fósseis, que está no centro do sistema energético mundial. E incidiu também a prática crescente de mudar a utilização do solo, principalmente o desflorestamento para finalidade agrícola. (n. 23) (...) "tornou-se urgente e imperioso o desenvolvimento de políticas capazes de fazer com que, nos próximos anos, a emissão de anidrido carbónico e outros gases altamente poluentes se reduza drasticamente, por exemplo, substituindo os combustíveis fósseis e desenvolvendo fontes de energia renovável. No mundo, é exíguo o nível de acesso a energias limpas e renováveis." (n. 26)

Água

"Um problema particularmente sério é o da qualidade da água disponível para os pobres, que diariamente ceifa muitas vidas. Entre os pobres, são frequentes as doenças relacionadas com a água, incluindo as causadas por microorganismos e substâncias químicas. A diarreia e a cólera, devidas a serviços de higiene e reservas de água inadequados, constituem um factor significativo de sofrimento e mortalidade infantil. Em muitos lugares, os lençóis freáticos estão ameaçados pela poluição produzida por algumas actividades extractivas, agrícolas e industriais, sobretudo em países desprovidos de regulamentação e controles suficientes. Não pensamos apenas nas descargas provenientes das fábricas; os detergentes e produtos químicos que a população utiliza em muitas partes do mundo continuam a ser derramados em rios, lagos e mares." (n. 29)

Biodiversidade

"É preciso investir muito mais na pesquisa para se entender melhor o comportamento dos ecossistemas e analisar adequadamente as diferentes variáveis de impacto de qualquer modificação importante do meio ambiente. Visto que todas as criaturas estão interligadas, deve ser reconhecido com carinho e admiração o valor de cada uma, e todos nós, seres criados, precisamos uns dos outros. Cada território detém uma parte de responsabilidade no cuidado desta família, pelo que deve fazer um inventário cuidadoso das espécies que alberga a fim de desenvolver programas e estratégias de protecção, cuidando com particular solicitude das espécies em vias de extinção." (n. 42)

Qualidade de vida


"Muitas cidades são grandes estruturas que não funcionam, gastando energia e água em excesso. Há bairros que, embora construídos recentemente, apresentam-se congestionados e desordenados, sem espaços verdes suficientes. Não é conveniente para os habitantes deste planeta viver cada vez mais submersos de cimento, asfalto, vidro e metais, privados do contacto físico com a natureza." (n. 44)

Desigualdade

"A terra dos pobres do Sul é rica e pouco contaminada, mas o acesso à propriedade de bens e recursos para satisfazerem as suas carências vitais é-lhes vedado por um sistema de relações comerciais e de propriedade estruturalmente perverso. É necessário que os países desenvolvidos contribuam para resolver esta dívida, limitando significativamente o consumo de energia não renovável e fornecendo recursos aos países mais necessitados para promover políticas e programas de desenvolvimento sustentável. As regiões e os países mais pobres têm menos possibilidade de adoptar novos modelos de redução do impacto ambiental, porque não têm a preparação para desenvolver os processos necessários nem podem cobrir os seus custos. Por isso, deve-se manter claramente a consciência de que a mudança climática tem responsabilidades diversificadas e, como disseram os bispos dos Estados Unidos, é oportuno concentrar-se «especialmente sobre as necessidades dos pobres, fracos e vulneráveis, num debate muitas vezes dominado pelos interesses mais poderosos»." (n. 52)

Poder económico

"Os poderes económicos continuam a justificar o sistema mundial actual, onde predomina uma especulação e uma busca de receitas financeiras que tendem a ignorar todo o contexto e os efeitos sobre a dignidade humana e sobre o meio ambiente. Assim se manifesta como estão intimamente ligadas a degradação ambiental e a degradação humana e ética. Muitos dirão que não têm consciência de realizar acções imorais, porque a constante distracção nos tira a coragem de advertir a realidade dum mundo limitado e finito. Por isso, hoje, «qualquer realidade que seja frágil, como o meio ambiente, fica indefesa face aos interesses do mercado divinizado, transformados em regra absoluta»." (n. 56)

Deterioração

"Basta, porém, olhar a realidade com sinceridade, para ver que há uma grande deterioração da nossa casa comum. A esperança convida-nos a reconhecer que sempre há uma saída, sempre podemos mudar de rumo, sempre podemos fazer alguma coisa para resolver os problemas. Todavia parece notar-se sintomas dum ponto de ruptura, por causa da alta velocidade das mudanças e da degradação, que se manifestam tanto em catástrofes naturais regionais como em crises sociais ou mesmo financeiras, uma vez que os problemas do mundo não se podem analisar nem explicar de forma isolada. Há regiões que já se encontram particularmente em risco e, prescindindo de qualquer previsão catastrófica, o certo é que o actual sistema mundial é insustentável a partir de vários pontos de vista, porque deixamos de pensar nas finalidades da acção humana: «Se o olhar percorre as regiões do nosso planeta, apercebemo-nos depressa de que a humanidade frustrou a expectativa divina»." (n. 61)


sources: VATICAN

A Tempestade


https://www.youtube.com/watch?v=X-MXK8YUp-M

No mar da nossa vida quantas vezes perguntamos mas afinal onde é que Deus está?


Deus preocupa-se com os dramas dos homens? Onde está Ele nos momentos de sofrimento e de dificuldade que enfrentamos ao longo da nossa vida? A liturgia do 12º Domingo do Tempo Comum diz-nos que, ao longo da sua caminhada pela terra, o homem não está perdido, sozinho, abandonado à sua sorte; mas Deus caminha ao seu lado, cuidando dele com amor de pai e oferecendo-lhe a cada passo a vida e a salvação.
A primeira leitura fala-nos de um Deus majestoso e omnipotente, que domina a natureza e que tem um plano perfeito e estável para o mundo. O homem, na sua pequenez e finitude, nem sempre consegue entender a lógica dos planos de Deus; resta-lhe, no entanto, entregar-se nas mãos de Deus com humildade e com total confiança.
No Evangelho, Marcos propõe-nos uma catequese sobre a caminhada dos discípulos em missão no mundo… Marcos garante-nos que os discípulos nunca estão sozinhos a enfrentar as tempestades que todos os dias se levantam no mar da vida… Os discípulos nada têm a temer, porque Cristo vai com eles, ajudando-os a vencer a oposição das forças que se opõe à vida e à salvação dos homens.
A segunda leitura garante-nos que o nosso Deus não é um Deus indiferente, que deixa os homens abandonados à sua sorte. A vinda de Jesus ao mundo para nos libertar do egoísmo que escraviza e para nos propor a liberdade do amor mostra que o nosso Deus é um Deus interveniente, que nos ama e que quer ensinar-nos o caminho da vida.

http://www.dehonianos.org/

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Papa Francisco: o primeiro motivo para evangelizar


Conclusion of the Synod & Beatification Pope Paul VI - Pope Francis 19-10-2014 - Antoine M - 14_

Em encontro com padres do mundo todo, Francisco explicou as motivações mais profundas da evangelização

O Papa Francisco afirmou que o primeiro motivo para evangelizar é o amor de Jesus.

O Papa falava a sacerdotes reunidos em um retiro em Roma. Na Basílica de São João de Latrão, Francisco proferiu uma meditação, no contexto da festividade do Sagrado Coração de Jesus.

Francisco disse que os sacerdotes são transformados por amor, por amor trinitário. O chamado ao sacerdócio é, antes de tudo, um chamado de amor, e a nossa resposta deve ser uma resposta de amor.

Quando um sacerdote esta apaixonado por Jesus se nota! Apesar de passar por momentos de dificuldade, ele se aproxima do sacrário e dialoga, com amor, com o seu Senhor... Trata-se de um diálogo de amor e não hipócrita. Este encontro amoroso com o seu Senhor, anima o sacerdote na sua missão e ministério.

“O primeiro motivo para evangelizar é o amor de Jesus; o amor de Jesus que recebemos; é a experiência de sermos salvos por Ele, que nos incentiva e encoraja a amar sempre mais. Todo sacerdote tem suas debilidades, não obstante, Jesus o coloca a serviço do seu povo”.

Desta forma, disse o Bispo de Roma, é o amor que nos leva a evangelizar, a levar a mensagem de Jesus, a falar do seu Amado. Quando sentimos o desejo de comunicá-Lo aos outros, devemos dobrar os joelhos, recolher-nos em oração e pedir-lhe que volte a atrair-nos ao seu amor.

Assim, o sacerdote sente o carinho do Senhor, o busca, o ama e o transmite aos outros de modo genuíno e renovado. E exortou os sacerdotes a amar, a deixar-se amar, a abrir seus corações a Jesus e dizer-lhe: “Aqui estou, Senhor!”

Ao concluir sua meditação aos milhares de sacerdotes presentes na Basílica, o Santo Padre respondeu a algumas perguntas feitas por representantes de diversos países. Assim, o Papa passou à celebração da Santa Missa da solenidade do Sagrado Coração de Jesus.

(Com Rádio Vaticano)
sources: RÁDIO VATICANO

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Intimidade


https://www.youtube.com/watch?v=pgIJVFZPrzo

Papa Francisco alerta sobre os "barulhos mundanos"

Como preservar o coração para ser sempre de Deus: reflexão do Papa Francisco de 2ª feira



Na homilia desta segunda-feira, 15, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco deixou um alerta sobre as “paixões” e os “barulhos mundanos” que podem afligir o coração. O Santo Padre enfatizou o convite a não acolher em vão a graça de Deus.

O Papa lembrou que o cristão deve estar consciente e, portanto, deve estar com o coração preparado para acolher o dom dado por Deus, com o coração livre “do barulho mundano”, que é também o “barulho do diabo”. Francisco exortou a acolher este dom, tomando cuidado, porém, com o que São Paulo indica, isto é, não ser motivo de escândalo a ninguém.

“É o escândalo do cristão que se diz cristão, que vai à igreja, vai à missa aos domingos, mas vive não como cristão, mas como mundano ou pagão. E quando uma pessoa é assim, provoca escândalo. Quantas vezes ouvimos nos nossos bairros, nas lojas: ‘Olha aquele ou aquela, todos os domingos na missa e depois faz isso, isso e isso …’. E as pessoas se escandalizam. (…) Nós devemos estar atentos para entender o tempo de Deus, quando Deus passa por nosso coração”.

É preciso, então, proteger o coração, distanciando-o de todo barulho que não vem de Deus e de tudo que tira a paz. “Ser livre de paixões e ter um coração humilde, um coração manso. O coração é protegido pela humildade, pela mansidão, nunca pelas lutas e guerras. Não! Este é um barulho: barulho mundano, barulho pagão ou barulho do diabo. O coração em paz!”.

Francisco enfatizou ainda que é preciso preservar o coração das coisas mundanas para ser sempre de Deus, como diz São Paulo, nas tribulações, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nas fatigas, nas vigílias e jejuns.

“Mas essas coisas são feias e eu devo custodiar o meu coração para acolher a gratuitidade e o dom de Deus? Sim! E como faço isso? Continua Paulo: Com a pureza, sabedoria, magnanimidade, benevolência e espírito de santidade. A humildade, a benevolência e a paciência que olha somente Deus e tem o coração aberto ao Senhor que passa”.


(Rádio Vaticano)

Papa Francisco e a Encíclica: a batalha heroica contra a crise do clima

Nesta quinta-feira, 18 de junho, o tão esperado texto do Papa é publicado


https://www.youtube.com/watch?t=75&v=eC2Fi4WytWc

Papa Francisco e a Encíclica: a batalha heroica contra a crise do clima. Nesta quinta-feira, 18 de junho, chega o tão esperado texto do Papa. #PapaPeloPlaneta

terça-feira, 16 de junho de 2015

CAMINHO VERDADE E VIDA


https://www.youtube.com/watch?v=XtUBc4wJR8g&feature=youtu.be

Papa Francisco abriu o Convénio Diocesano de Roma




No final da tarde deste domingo dia 14 de junho o Papa Francisco encontrou-se na Praça de S. Pedro com os pais das crianças da primeira comunhão e do crisma juntamente com os sacerdotes e catequistas das paróquias da diocese de Roma.

Foi um encontro de oração e reflexão que deu início ao Convénio da Diocese de Roma que este ano é subordinado ao tema: “Transmitimos aquilo que recebemos”.

No discurso que proferiu na ocasião, o Santo Padre começou por falar de renascimento moral e espiritual de Roma. Dirigindo-se em concreto aos pais presentes, o Papa Francisco alertou-os para a sua responsabilidade convidando-os a amarem-se e a transmitirem a vida:

“O Senhor escolheu-vos para amarem-se e transmitir a vida. Estas duas coisas: a vocação dos pais. Este é um chamamento belíssimo porque faz-nos ser, em modo totalmente especial à imagem e semelhança de Deus.”

“ Para um filho não há ensinamento e testemunho maior que ver os próprios pais que se amam com ternura, respeitam-se, são gentis entre eles, perdoam-se um ao outro: aquilo que enche de alegria e de felicidade verdadeira o coração dos filhos. Os filhos, antes de habitarem uma casa feita de tijolos, habitam uma outra casa, ainda mais essencial: habitam o amor recíproco dos pais.”

O Santo Padre afirmou ainda que as diferenças entre homem e mulher fazem crescer os filhos porque são uma riqueza:

“Esta é a primeira e mais fundamental diferença, constitutiva do ser humano. É uma riqueza. As diferenças são riquezas. Há tanta gente que tem medo das diferenças, mas são riquezas.”

No final da sua intervenção o Papa Francisco valorizou o papel dos avós dizendo que tê-los em casa é uma riqueza. (RS)

(from Vatican Radio)

Roma: D. Manuel Clemente tomou posse do título cardinalício


D. Manuel Clemente na igreja de Santo António dos Portugueses, Roma (Patriarcado de Lisboa)

Patriarca evocou situação dos cristãos perseguidos



Roma, 15 jun 2015 (Ecclesia) - O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, tomou posse este domingo do seu título cardinalício na igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma.

“Sejamos como esta igreja de Santo António é na urbe. Algo discreta numa rua estreita, surpreendente depois na harmonia das formas, na transfiguração das luzes e na beleza do som - quando se celebra a Liturgia, quando toca o órgão, quando acolhe tão bem. Assim mesmo se assinala o Reino, cuja singeleza é plena de luz e de paz, para quem chega de longe, para quem busca ao perto”, disse, na homilia da celebração, publicada hoje pelo Patriarcado de Lisboa.

O cardeal, criado pelo Papa Francisco a 14 de fevereiro, saudou os participantes na celebração que o vinculou “à Igreja de Roma” e evocou o falecido D. José Policarpo, primeiro detentor deste título de Santo António.

D. Manuel Clemente recordou os cristãos, “do Próximo Oriente a alguns pontos de outros continentes”, que “respondem como Jesus respondeu aos seus opressores e anunciam como Jesus anunciou o Evangelho da justiça e da paz”.

“Assim cresce o Reino, assim se assinala a realização duma história que trágicos atavismos contrariam ainda”, prosseguiu.

A igreja de Santo António, situada na ‘rua dos portugueses’, no centro histórico de Roma, tem as suas origens no século XV, quando se fundou um estabelecimento de apoio a peregrinos, que viria a ser o ‘Hospital de Santo Antão da Nação Portuguesa’.

Durante o consistório de fevereiro, no Vaticano, cada novo cardeal foi inserido na respetiva ordem (episcopal, presbiteral ou diaconal), uma tradição que remonta aos tempos das primeiras comunidades cristãs de Roma, em que os cardeais eram bispos das igrejas criadas à volta da cidade (suburbicárias) ou representavam os párocos e os diáconos das igrejas locais.

OC

segunda-feira, 15 de junho de 2015

M.C.C. - PEREGRINAÇÃO DIOCESANA‏

Movimento de Cursilhos de Cristandade

                                                    
O Secretariado Diocesano de Portalegre-Castelo Branco do Movimento dos Cursilhos de Cristandade, realizou no passado dia 10 de Junho a programada Peregrinação ao Santuário de Cristo-Rei, Monumento considerado um farol divino, uma mensagem de amor, uma grandiosa profissão de Fé!
Nela participaram mais de uma centena e meia de cursilhistas das diferentes zonas da Diocese, que um dia, aceitaram o convite a caminhar na vida com Jesus e partilhar a Sua mensagem com os que os rodeiam com Alegria.
Foi uma verdadeira manifestação de Fé, Alegria e convívio fraterno.
A Eucaristia ali celebrada em Ação de Graças pelo ano pastoral que chega ao fim, foi presidida pelo Diretor espiritual do Movimento, Pe. Adelino Cardoso e concelebrada pelo Sr. Cónego Lúcio A. Nunes.
Após o almoço, momento igualmente de convívio e alegria, o grupo de cursilhistas dirigiu-se para Lisboa e, na zona de Belém, foi oportunidade para cada um visitar os belos monumentos que ali nos falam da nossa História.
No regresso, ao dirigir-se cada grupo para a sua localidade de origem, levava a certeza de, em cada dia reforçar a grande missão de viver com Deus e para Deus, o grande objetivo desta nossa viagem pela vida.
Como nos diz o nosso Papa Francisco: “Levemos as nossas alegrias, as nossas tristezas e as nossas faltas, à cruz de Cristo; vamos encontrar um coração aberto que nos compreende, nos perdoa, nos ama e nos convida a trazer o mesmo amor para as nossas vidas, para podermos amar cada um dos nossos irmãos e irmãs com este mesmo amor”

LUCÍLIA MIGUÉNS

                                                                       
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