quinta-feira, 31 de março de 2016

Ser misericordioso é fazer misericórdia.


Não é uma simples sensibilidade do coração que leva a ter piedade da miséria dos outros, mas uma maneira de agir e de se comportar face ao outro.

A misericórdia, no sentido bíblico, encontra-se na junção de duas correntes de pensamento: a compaixão e a fidelidade.

A compaixão significa a ternura que nasce do coração, a sua expressão em atos, quer na ocasião de uma situação trágica, quer no perdão das ofensas. A fidelidade está implicada no termo “misericórdia” porque esta razão não é apenas um instinto de bondade, mas uma bondade consciente, querida, que requer fidelidade a si mesmo e à relação que une as pessoas.

A misericórdia reconstrói vidas e é o verdadeiro motivo da Alegria. Alegria esta que não é exterior, mas brota do nosso interior e nos revela a fonte que nada nem ninguém nos podem tirar: o amor misericordioso de Deus.

Não nos esqueçamos que a alegria é fruto do Espírito Santo, que por sua vez, é o alimento do espírito humano. Dizia Santo Agostinho que o espírito alimenta-se daquilo com que se alegra. Se o Espírito é o modo de Deus estar presente no mundo, a alegria cristã pode dizer-se que é resultado dessa presença vivida e sentida. Por isso “há mais alegria em dar do que em receber” O dom recebido de Deus alegra o coração humano.

Hélio Domingues em iMissio

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