terça-feira, 28 de março de 2017

Cruz: O que sabem eles?


«Queres saber qual o teu valor?
Olha para cruz:
tu vales um Deus crucificado!»

Santo Agostinho
 




Vemos muitas pessoas que usam um crucifixo ao peito, mas terão consciência do seu verdadeiro “peso”?
Saberão quanto sofrimento coube numa cruz?
Saberão que a humanidade nunca mais foi a mesma depois de tamanho sacrífico?
Saberão que na cruz surge toda a vida?
Saberão que na cruz reflete o maior de todos os amores?
Saberão que foi na cruz que tudo ficou consumado?
Saberão que na cruz se transcendeu toda e qualquer lógica deste Deus de amor?
Saberão que o Messias teve de a carregar às costas?
Saberão que na cruz surge a esperança de uma vida eterna?
Saberão que a cruz simboliza a maior de todas as alianças?
Saberão que não é uma mera peça de bijuteria, mas símbolo de uma entrega total?
Saberão que na cruz formou-se a maior de todas as teologias?
Saberão que a cruz é o único caminho da vida?
Saberão a responsabilidade de dar testemunho de tal entrega?
Saberão quantas questões foram feitas perante a cruz do Senhor?
Saberão quantas lágrimas foram derramadas?
Saberão que foi na cruz que o Filho de Deus sofreu a maior de todas as provocações?
Saberão que na cruz surgiu o medo e a dúvida de não existir um novo amanhã?
Saberão quantas vidas se entregaram para dar testemunho da árvore da vida?
Saberão quantas vidas se salvaram por experimentarem a paixão da cruz?
Saberão que na cruz morreu o maior de todos os inocentes?
Saberão que na cruz se revelou toda a Sua verdade?
Saberão?
Neste tempo de quaresma temos a obrigação de nos prepararmos devidamente para olharmos para o maior ato de amor.
É tempo de silêncio, mas não podemos, nem devemos adormecer.
É agora, mais do que nunca, que devemos perceber a importância que a cruz tem nas nossas vidas.
Não nos deixemos cair na ignorância, nem tenhamos medo do conflito interior que isso nos poderá causar.
Tenhamos a audácia de sentir o verdadeiro significado da cruz.
Tenhamos a oportunidade, de cada vez que usarmos o crucifixo ao peito, de sentirmos o quanto somos amados por este Pai.
Não a usemos por vaidade ou por modas, usemo-la como reconhecimento da nossa fragilidade e da nossa confiança num Deus que morreu na cruz.

Emanuel António Dias (03-03-2017) em iMissio

Sem comentários:

Enviar um comentário

Este é um espaço moderado, o que poderá atrasar a publicação dos seus comentários. Obrigado