quarta-feira, 15 de março de 2017

Francisco, O Papa Chico!




«A grande reforma de Bergoglio foi a de voltar a colocar no centro o Evangelho, concretizando assim o que tinha sido decidido no Concilio Vaticano II, isto é, mais colegialidade, mais poderes para os bispos, para ter uma Igreja mais representada em todo o planeta.» Foi assim que Elisabetta Piqué, a única jornalista a antever a eleição de Jorge Mario Bergoglio como Papa em 2013, caracterizou estes quatro anos de pontificado de Francisco.

Esta vaticanista, licenciada em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade católica da Argentina e antiga correspondente de guerra no Médio Oriente, define deste modo Francisco, um Papa coerente, de linguagem simples e palavras diretas, que todos compreendem, com um estilo novo e simples e que tem conquistado também os não crentes.

Piqué conheceu o Papa aquando do Consistório de fevereiro de 2001 em que João Paulo II o criou cardeal. Já na altura o futuro Papa era uma pessoa simples, acessível que respondia de uma forma direta às perguntas. Ainda hoje vemos esta capacidade extraordinária de responder diretamente às questões sem entrar em subterfúgios.

O Papa Francisco não mudou absolutamente nada. Para esta jornalista, o homem que conheceu em 2001, é o mesmo quatro anos depois de ser eleito chefe da Igreja. A sua personalidade, a sua simplicidade e humildade são as características. Esta biografia está traduzida em português: "Francisco - Vida e Revolução"

Pessoalmente quando me refiro a Sua Santidade, junto de familiares, amigos ou alunos, trato-o respeitosamente e carinhosamente por Papa Chico. Francisco quer uma Igreja positiva. Não uma Igreja do "não", que condena, mas uma Igreja que acompanha e acolhe todos, principalmente aqueles mais afastados. A escolha do nome "Francisco" não foi por mero acaso. Tal como Cristo e o pobre de Assis, quis fazer-se pobre com os pobres. O Santo Padre é coerente, de grande liberdade e espiritualidade. Enquanto Arcebispo de Buenos Aires já tinha uma predileta atenção para com estes, para com os últimos. Lá, já não viveu no palácio episcopal, nem tinha carro com motorista. Vivia num apartamento e deslocava-se em transportes públicos. Quem sempre o conheceu, sabe bem que esta opção pela casa se Santa Marta ou por carros mais simples, não foi por tentar dar um certo tipo de testemunho. Foi e é uma forma de vida!

Há quem se oponha a este grande homem? Há! Mas não é novidade para Francisco. Quem conhecer a sua vida, sabe que já teve que lidar com oposições enquanto provincial dos Jesuítas na Argentina ou mesmo enquanto Arcebispo de Buenos Aires. Porém, não podemos esquecer que este é um Papa de pontes e não de muros.

Com esta pequena crónica quero agradecer e assim prestar a minha humilde homenagem a este grande homem. Querido Papa Chico, Deus te guarde e conserve durante todos os anos que tens pela frente, ao serviço da Igreja e do Povo de Deus.


Paulo Victória (14-03-2017) em iMissio

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