quinta-feira, 23 de março de 2017

Por que me julgas?



«Não me julgues por eu pecar de forma diferente da tua.»
Autor Desconhecido

Penso que isto deveria ser uma verdade universal, mas, acima de tudo, deveria ser algo que estivesse presente naqueles que dizem ser de Cristo.
Faz-me tremenda confusão que os testemunhos do verdadeiro amor sejam, muitas das vezes, os primeiros a julgar e a condenar aquele que se encontra próximo.
É, claramente, muito mais fácil condenarmos do que tentarmos perceber o que está por detrás de toda uma situação.
Não temos tempo para isso.
Não queremos ter respostas, nem justificações.
Desejamos que seja algo rápido e instantâneo para que possamos fazer uma publicação fugaz no Facebook, onde o ódio e a crítica sejam os verdadeiros estandartes de uma sociedade que se diz avançada e moderna.
Por que carregamos tamanha vingança?
Por que desejamos tamanha desunião quando não somos nada sozinhos?
Por que apontamos o dedo ao outro quando todos nós somos autênticos pecadores?
Não é assim que devemos caminhar na vida.
Não é assim que chegaremos junto d'Aquele que nos ama.
A falha, o erro e o pecado não devem ser carregados sozinhos.
É nestas alturas que nos devemos unir para que tenhamos consciência das nossas fragilidades.
É nestes momentos que devemos ouvir, escutar e abraçar aquele que se encontra à nossa frente.
Só a compaixão e a compreensão poderão curar a fraqueza que existe em cada um de nós.
Só uma verdadeira proximidade poderá atenuar a dor de se viver no erro.
Não nos tornemos moralistas, nem donos de uma verdade.
Tornemo-nos, isso sim, cada vez mais humanos para que possamos compreender a vida que acontece em cada um de nós.
Trabalhemos para que cada um faça a sua Páscoa (passagem) para a alegria da vida.
E esta passagem só se concretiza se formos verdadeiros construtores de pontes de amor, paz e união.

Emanuel António Dias (17-03-2017) em iMissio

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