A primeira leitura apresenta-nos o exemplo de uma mulher pobre de Sarepta, que, apesar da sua pobreza e necessidade, está disponível para acolher os apelos, os desafios e os dons de Deus. A história dessa viúva que reparte com o profeta os poucos alimentos que tem, garante-nos que a generosidade, a partilha e a solidariedade não empobrecem, mas são geradoras de vida e de vida em abundância.
O Evangelho diz, através do exemplo de outra mulher pobre, de outra viúva, qual é o verdadeiro culto que Deus quer dos seus filhos: que eles sejam capazes de Lhe oferecer tudo, numa completa doação, numa pobreza humilde e generosa (que é sempre fecunda), num despojamento de si que brota de um amor sem limites e sem condições. Só os pobres, isto é, aqueles que não têm o coração cheio de si próprios, são capazes de oferecer a Deus o culto verdadeiro que Ele espera.
A segunda leitura oferece-nos o exemplo de Cristo, o sumo-sacerdote que entregou a sua vida em favor dos homens. Ele mostrou-nos, com o seu sacrifício, qual é o dom perfeito que Deus quer e que espera de cada um dos seus filhos. Mais do que dinheiro ou outros bens materiais, Deus espera de nós o dom da nossa vida, ao serviço desse projecto de salvação que Ele tem para os homens e para o mundo.
Dirigindo-se a cristãos em dificuldade, que já perderam o entusiasmo inicial e que, diante das dificuldades, correm o risco de renunciar ao compromisso assumido no dia do Baptismo, o autor da Carta procura animá-los e revitalizar a sua experiência de fé.
A Palavra de Deus que hoje nos é oferecida garante-nos que as nossas fragilidades e debilidades não podem afastar-nos da comunhão com Deus, da vida eterna; e, no final do nosso caminho, Jesus, o nosso libertador, lá estará à nossa espera para nos oferecer a vida definitiva.
O verdadeiro crente é aquele que não guarda nada para si, mas que, dia a dia, no silêncio e na simplicidade dos gestos mais banais, aceita sair do seu egoísmo e da sua auto-suficiência e colocar a totalidade da sua existência nas mãos de Deus.
. Também nós somos reenviados a nós mesmos. Não se trata daquilo que damos no peditório, em cada domingo! Trata-se da nossa fé, da confiança que damos ao nosso Pai dos céus. Todos nós conhecemos momentos em que tudo escurece, em que não temos mais apoios, em que a nossa vida parece tremer. É então que se pode verificar a solidez da nossa fé, da nossa confiança. "Senhor, eu creio, mas vem em auxílio da minha pouca fé! Pai, entrego-me nas tuas mãos!"
(portaldosdehonianos)
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