sábado, 24 de fevereiro de 2024
Jacinta e Francisco!
Celebrámos, dia 20, o dia dos Santos pastorinhos Jacinta e Francisco Marto. Nos tempos de imensa tribulação em que vivemos, estes dois meninos são uma luz acesa traduzida em esperança e em amor.
Ensinaram-nos, com a sua vida e com a forma como viveram a própria morte, que tudo se pode transformar em dádiva mesmo quando a tormenta é imensa. Mostraram-nos como ter fé em Deus e como viver essa fé de uma forma totalmente gratuita e entregue. Estas crianças não esperavam a visita de Nossa Senhora, mas tiveram-na. Foram protagonistas de uma das maiores graças do próprio Deus que se fez presente através da presença de uma Mãe capaz de ser sempre colo.
Jacinta e Francisco eram crianças pobres e simples. Foram escolhidos para ser testemunhas do próprio Céu, que tantas vezes se dilui com a terra e com as nossas profundas fraquezas e falhas. Trouxeram-nos a mensagem que precisamos, ainda hoje, para viver as nossas vidas. Disseram-nos que a luz de Deus arde, mas não queima nem dói. Disseram-nos que o propósito da vida é entregá-la, sempre, a quem já no-la tinha dado.
Somos descendentes das aparições e temos a obrigação de as viver no presente. Somos continuação da “Senhora mais brilhante que o Sol” que se vestiu de luz e de amor para nos salvar a vida tantas e tantas vezes. Salvar-nos, principalmente, de nós próprios e das nossas incredulidades.
A santidade da Jacinta e do Francisco vem trazer-nos a possibilidade da nossa própria santidade. É simples viver entregue ao Pai. Basta-nos mergulhar numa constante rendição a um amor que não tem prazo, tempo ou espaço.
O milagre que viveram estas crianças, acompanhados também da sua prima Lúcia, vem mostrar-nos que a rocha que nos sustenta é sempre maior do que as ondas galopantes que o mar da vida nos pode trazer. Veio trazer-nos a esperança de dias melhores, mais condizentes com a paz que toda a humanidade tem o direito a viver e a experimentar, seja qual for a sua condição.
Não podemos deixar passar este dia e esta celebração em branco. Pedem-nos, estes meninos, que saibamos viver cada dia como se fôssemos uma oração dita pelas mãos do próprio Deus.
“Nós estávamos a arder naquela luz que é Deus e não nos queimávamos”
Marta Arrais
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