segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Portalegre-Castelo Branco: Bispo aponta à celebração dos 475 anos da diocese

 

Conselho Pastoral debateu percurso sinodal e formação de ministros

Agência ECCLESIA/LFS

Portalegre, 03 fev 2024 (Ecclesia) – O bispo de Portalegre-Castelo Branco anunciou a intenção de promover um programa celebrativo dos 475 anos da diocese, que se assinalam em 2024.

“A expressão mais forte será em Portalegre com certeza, embora, depois, haja a criatividade nas paróquias da diocese, mas levantamos o que estamos a fazer de momento levantamos a questão. E, agora, vamos ter os conselhos pastorais”, explicou D. Antonino Dias à Agência ECCLESIA.

O bispo diocesano assinala que este aniversário é uma “data universal porque a diocese é só uma, diz respeito a toda a diocese”, mas contextualiza que “os 475 anos são sobretudo da fundação da Diocese de Portalegre”.

“A de Castelo-Branco, separada também da Guarda, foi fundada em 1771 e durou até 1881, só durou 100 anos, e o território foi anexado à Diocese de Portalegre. Só a partir de 1956 o bispo pediu a Roma para juntar também Castelo Branco ao nome, mas não foi restaurada a diocese”, explicou o responsável diocesano, que na rede social Facebook já assinalou esta celebração fundacional.

O Papa Paulo III, com a Bula ‘Pro Excellenti Apostolicae Sedis’, criou a Diocese de Portalegre, por desmembramento da Diocese da Egitânia/Guarda, a 21 de agosto de 1549.

Neste tempo pós Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, a caminho de um Ano Santo, onde vai ser celebrado o Jubileu dos Jovens, D. Antonino Dias salienta que os jovens são “uma das principais apostas em todas as dioceses de Portugal” e não são “exceção” neste território.

“O que importa é pôr os jovens a surfar na onda, como dizia o Papa, e não desistir de o fazer. E está-se a tomar algumas iniciativas, aquilo que nos é possível atendendo à pouca juventude que temos, à juventude dispersa e que vão estudar para fora e os que ficam procuram logo sair porque procuram estruturar e alicerçar a vida de uma forma diferente, ali o território não dá resposta. E jogamos em tudo isto”, assinalou.

O bispo de Portalegre-Castelo Branco observa que “a pastoral hoje torna-se é difícil”, mas é uma aposta: “Não desistimos e caminhos com esperança e com alegria, dentro dos condicionalismos que temos e das circunstâncias que temos e somos.”

D. Antonino Dias destacou que têm “a riqueza de os leigos cada vez se comprometerem com a dinâmica da pastoral”, numa diocese extensa em território, com pouca população, e 61 sacerdotes, já incluindo na contagem as quatro comunidades religiosas e padres estrangeiros, em declarações, à Agência ECCLESIA, nas Jornadas do Clero das Dioceses do Centro de Portugal, que se realizaram, com o tema ‘Evangelização e comunidades’, de 30 de janeiro a 1 de fevereiro, no Santuário de Fátima.

O Conselho Diocesano da Pastoral da Diocese de Portalegre-Castelo Branco reuniu-se hoje, refletindo sobre a continuidade dos trabalhos sobre “Uma Igreja Sinodal e Missão”, a partir do relatório síntese da primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos que decorreu em Roma de 4 a 29 de outubro de 2023.

“Esta reflexão realizou-se por grupos de trabalho, terminando com um plenário onde se partilhou o que foi refletido e se reafirmou a necessidade de continuar a reflexão, envolvendo o mais possível grupos e comunidades”, assinala uma nota enviada à Agência ECCLESIA pelo Secretariado Diocesano de Pastoral.

Os participantes debateram ainda a preparação para o V Congresso Eucarístico Nacional, que decorrerá de 31 de maio a 2 de junho, em Braga, informando que a diocese tem 182 ministros extraordinários da celebração dominical na ausência do presbítero, 346 ministros extraordinários da Comunhão e 35 ministros extraordinários da celebração dominical e exéquias na ausência de presbítero, “constatando-se que algumas zonas da Diocese estão menos orientadas nesse sentido”.

O papel dos diáconos permanentes, 13 na Diocese de Portalegre-Castelo Branco, foi outro tema debatido.

“Eles mesmos reclamam mais algum acompanhamento e melhor integração do seu ministério na pastoral paroquial, pois as comunidades os acolhem e aceitam bem”, pode ler-se.

CB/OC

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