quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Busca por “Casas de Vida” que acolheram perseguidos em guerras


nazismo


Uma iniciativa da Fundação Wallenberg como reconhecimento aos salvadores em guerras e conflitos


Quando a perseguição se aproximava da sua porta, milhares de pessoas foram salvas no século XX pelas “Casas de Vida”. Essas vidas humanas, ou as dos seus filhos, se devem hoje àqueles salvadores que chegaram a arriscar a própria existência.

Para recordar as “Cadas de Vida” e seus salvadores, a junta directiva da Fundação Internacional Raoul Wallenberg pede a todas as pessoas que tenham tal informação, que comuniquem o endereço dos lares que serviram de refúgio durante a 2ª Guerra Mundial, conflitos armados ou genocídios.

Eduardo Eurnekian, presidente da fundação, destaca em um comunicado que “este convite abrange não somente o Holocausto, mas também outros conflitos ou situações nas quais muitas pessoas deixaram a indiferença de lado e se mostraram solidárias com todos os perseguidos. Um exemplo é o dos salvadores turcos que ajudaram a proteger a vida dos arménios nos terríveis acontecimentos de 1915”.

Baruj Tenembaum, fundador da entidade, sublinha que “esta iniciativa não responde a nenhuma agenda política nem distingue as motivações do salvador; simplesmente acreditamos que é importante reconhecer os seres humanos que se sensibilizaram diante da desgraça alheia e ofereceram ajuda àqueles cuja liberdade ou vida corriam perigo”.

“A Fundação Wallenberg procura obter informação fidedigna e detalhada sobre actos de salvamento ocorridos no passado ou de carácter contemporâneo, incluindo os nomes dos protagonistas (salvadores ou pessoas salvas), bem como os detalhes físicos do lugar de resgate, no caso de que as pessoas salvas tenham sido abrigadas em algum lugar específico”, esclarece o comunicado emitido pela instituição.

A primeira “Casa de Vida” reconhecida em uma cerimónia solene, em 19 de Novembro, foi a Casa Santo Nome de Jesus, das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria (Itália). Em 1943, durante o Holocausto, elas deram refúgio a 40 mulheres e crianças judias, a maioria não italiana.

Entre as pessoas acolhidas, encontravam-se os filhos do rabino de Génova, Riccardo Pacifici, que foi assassinado em Auschwitz.

Dado que as crianças eram homens e o convento era só de mulheres, a madre superiora, Sandra Busnelli, os acolheu com carinho e depois encontrou refúgio em uma escola próxima, o Instituto de Santa Maria, onde foram protegidos pela madre Marta Folcia. Os meninos ficaram lá até a libertação de Florença.

A Fundação Internacional Raoul Wallenberg incentiva todos a compartilharem informações fidedignas sobre outras “Casas de Vida”, via e-mail (irwf@irwf.org) ou telefone, nas diversas sedes da instituição:

Nova Iorque: 212-7373275
Jerusalém: + 972-2-6257996
Buenos Aires: + 54-11-43827872

Maiores informações em http://www.raoulwallenberg.net. 

JESÚS COLINA ( aleteia.org)

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