Reconhecer minha pobreza e a santidade como presente de Deus, ter uma relação de amor com Jesus e dar-lhe meu “sim”
Uma santidade feita de pequenos gestos. Uma santidade que consiste em fazer as coisas quotidianas extraordinariamente bem. Uma santidade do amor que se entrega com liberdade e paz no dia a dia.
Ser santos hoje não significa afastar-nos do mundo. Não, muito pelo contrário! O mundo de hoje precisa de santos vivos e próximos, que possam ser tocados. Às vezes colocamos a santidade tão longe das nossas vidas, que não acreditamos na santidade dos que estão mais perto de nós.
Vestimos a santidade de perfeição e não admitimos, então, que os santos tenham defeitos. Nem erros. Nem quedas. Desenhamos uma santidade de branco e ouro, de perfeições inalcançáveis e, assim, nos eximimos da obrigação de ser santos.
Santa Teresinha queria chegar até Jesus como se fosse levada por Ele por um elevador. A verdadeira santidade implica deixar que Jesus nos carregue em seus braços. Mas não podemos ser santos sem intimidade com Ele.
É impossível avançar sem um amor pessoal a Ele.
Há algum tempo, contaram-me de uns “cristãos” que confessavam nunca rezar a Jesus. A resposta me surpreendeu. Porque, sem essa conversa próxima e pessoal com Jesus, nossa vida interior não pode crescer. É como o amor do amigo: se não se cultiva, ele esfria.
Jesus é esse amigo desconhecido para muitos. Um autêntico estranho em suas vidas. Não deixamos que Ele nos acompanhe em tudo o que fazemos? Não dirigimos o olhar a Ele cada vez que nos sentimos sozinhos? Não nos ancoramos nele? Sem esse olhar profundo, sem esse encontro profundo, não podemos aspirar à santidade.
A santidade sempre vai ser grande demais para nós. Porque ela é uma graça de Deus, que nos reveste do seu amor. Mas tudo começa com o reconhecimento da nossa pobreza. Quando assumimos que não podemos fazer nada sozinhos.
Ser santos não tem a ver com perfeição. Porque não podemos ser perfeitos. É algo grande demais para nós. Nossa torpeza tem pouco a ver com uma vida perfeita e sem manchas.
Aspiramos à santidade como um dom de Deus que pedimos todos os dias. É o desejo que cresce no coração. Depende de nós, porque a parte de Deus já está feita. Queremos ser santos?
Mas, se não damos o nosso “sim”, nada vai mudar. Então, temos dois caminhos: ou continuais iguais ou caminhamos rumo à santidade. Ou nos arrastamos pela vida pensando que estamos cansados ou continuamos caminhando sem medo do que está por vir.
.PADRE CARLOS PADILLA ( aleteia.org)
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