quarta-feira, 31 de maio de 2017

Visitação de Nossa Senhora


https://www.youtube.com/watch?v=52p-rbP8GtQ
Na solenidade da Visitação de Nossa Senhora à sua prima Isabel, temos uma grande oportunidade que a Igreja nos dá de refletir sobre o canto do “Magnificat”.
Temos tantos motivos para dar glória a Deus! E mesmo que nossa vida seja de cruzes e dores!
Maior generosidade oferecendo tudo a Deus aqui, maior será a recompensa que nos está reservada no céu!
Só nos resta, com Maria, fazer um ato de fé no amor misericordioso de Deus.
Saber servir, sendo verdadeiros mensageiros do Evangelho!


terça-feira, 30 de maio de 2017

O que fica quando não sobrar nada?!


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Perante as inúmeras feridas que o Mundo vai colecionando, nascem-nos perguntas. No lugar do coração que bate, sentimos ter um coração que nos bate. No lugar do coração que responde, temos um coração que pergunta. Uma pergunta no lugar do coração. Um ponto de interrogação no lugar do coração. Talvez fizesse sentido não escrever tantas vezes esta última palavra. Perdeu-se nas nossas tentativas de lhe desenhar significados bonitos e fáceis. Perdeu-se nas inúmeras palavras que lhe dedicamos e dedicámos em vão. Perdeu-se e perdemo-nos.
No lugar do coração, há um túnel interminável cheio de dúvidas e lágrimas. Quem se atrever a percorrer-lhe o caminho deverá munir-se de uma incrível dose de esperança e de fé. Sem essas duas armas, não chegará (sequer) a meio. Acumuladas e amontoadas podem ver-se feridas por sarar. Podem encontrar-se metades de sonhos e esboços de vidas felizes. Depois, um pouco mais à frente, há nomes de muitas pessoas. A dançar à frente de quem caminha e de quem se atreve a (querer) ver. Nomes de quem foi vítima das feridas que quiseram (ou quisemos?!) oferecer ao mundo. Sim. Vítimas da palavra que começa em terror e acaba em ismo. Recuso-me a dizer-lhe o nome. Recuso-me a deixá-la ser, apenas, uma palavra

(voltemos ao caminho)

No lugar do coração, há um túnel interminável de possibilidades. Quem se atrever a percorrer-lhe o caminho deverá munir-se de paciência e coragem. Sem essas duas asas, não chegará (sequer) a meio. Acumuladas e amontoadas podem ver-se possibilidades. A possibilidade de ter vivido. A possibilidade de ter escapado. A possibilidade de ter fugido mais depressa. A possibilidade do acaso. A possibilidade da decisão à última da hora. A possibilidade de ter seguido um caminho diferente.
Chega. Chega de possibilidades. De feridas que dançam sempre à volta de quem não faz mal a ninguém. Chega de atribuir cada dia ao acaso ou à sorte. Chega de colocar a cabeça para baixo porque Manchester, Paris, Estados Unidos, Síria, Coreia são lugares lá muito longe de nossa casa. Chega de não perceber que o mundo é a nossa casa. Chega de gastar os assuntos das notícias e não fazer absolutamente nada. Não fazer nada também é ter culpa. Não fazer nada também é permitir.
No lugar do coração, há um túnel interminável que vai dar ao mar. Quem se atreve a fazer o caminho, é muito bem capaz de lá chegar. E fazer valer tudo a pena.
Ainda é cedo para desistir. Para não acreditar que é preciso dar respostas ao coração.

E quando não sobrar nada, desistimos?
E quando não sobrar nada, o que fica?

A resposta chega bem para as duas perguntas. Não desistimos porque quando não sobrar nada…há-de ficar a esperança.

Marta Arrais em iMissio - 24 maio 2017

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Fátima: Bispo de Portalegre-Castelo Branco diz que é necessária «uma comunicação construtiva»

Foto: Santuário de Fátima

Neste domingo, dia 28 de Maio, a Diocese de Portalegre Castelo Branco, realizou a habitual Peregrinação Diocesana ao Santuário de Fátima, onde a Eucaristia foi presidida por D. Antonino Dias, Bispo da Diocese.


(Ecclesia) – O bispo de Portalegre-Castelo Branco assinalou este domingo em Fátima o Dia Mundial das Comunicações Sociais e expressou o desejo de “uma comunicação construtiva”, tendo como base a “boa notícia” que “é o próprio Jesus”.
Na celebração eucarística a que presidiu, no recinto do Santuário de Fátima, D. Antonino Dias incentivou a uma comunicação sem “preconceitos contra o outro” e a uma “cultura do encontro por meio da qual se possa aprender a olhar, com convicta confiança, a realidade”.
Indo depois ao encontro da mensagem do Papa Francisco para este 51.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que exorta a “romper com o ciclo das más notícias”, o prelado salientou que “Jesus continua a ser a boa notícia no drama da história”.
D. Antonio Dias defendeu que Fátima permanece 100 anos depois como um convite permanente, “por intermédio de Maria”, a todos os cristãos embarcarem “nesta missão de anunciar a boa notícia que é Jesus”.
Foi em Fátima que se “pôs em relevo o Coração Imaculado de Maria como fonte de esperança, ao olharmos para Maria vemos a mestre espiritual, como a primeira que seguiu Cristo pelo estreito caminho da Cruz”, referiu ainda.
Duas semanas depois da celebração do Centenário das Aparições de Nossa Senhora em Fátima (1917 – 2017), e da canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, presididas pelo Papa Francisco, o bispo destacou Fátima como uma “excelente escola de crescimento na santidade”.
O responsável enalteceu a “vida dos pastorinhos” como “um exemplo e um estímulo” para todas as comunidades cristãs, na relação com Deus e no cuidado com o próximo, sobretudo pelos que andam mais afastados e perdidos na vida.
Tal como os santos Francisco e Jacinta Marto, os cristãos devem “confiar na misericórdia infinita de Deus, e rezar pela conversão dos pecadores, pois estes pecadores também são cada um de nós”, sustentou D. Antonino Dias.
Na Missa deste domingo em Fátima estiveram muitos peregrinos, entre os quais 48 grupos inscritos no Serviço de Peregrinos do Santuário, com destaque para a Peregrinação Nacional dos Pescadores.
JCP

Peregrinação da Catequese a Fátima

Sábado, dia 27 de , as crianças da catequese das nossas paróquias, acompanhadas de alguns familiares, catequistas  e Pároco, foram em Peregrinação ao Santuário de Fátima.

Visitaram a Casa das Candeias, a Casa onde os Pastorinhos, Jacinta e Francisco, viveram e oraram na Capelinha das Aparições.
Neste ano que se comemora o Centenário das Aparições e que os dois irmãos foram canonizados pelo Santo Padre, empenhados em despertar as crianças para a mensagem de Fátima e dar-lhes a conhecer a vida e a espiritualidade dos Beatos Francisco e Jacinta Marto, lançando o desafio  de «acolher e transmitir a luz de Deus, que Nossa Senhora nos trouxe quando veio a Fátima».
As crianças e jovens são desafiados a rezar, a iluminar a vida de alguém com um gesto simples como um sorriso, a lembrar-se de pessoas que são portadoras da luz e a descobrir mais sobre a vida dos pastorinhos e como eles podem ser a luz.
O programa da visita incluiu também visitas aos locais das Aparições do Anjo, na Loca do Cabeço e em Aljustrel e uma encenação, nos Valinhos,  alusiva ao tema da peregrinação.






 

Voltar à Vida


              
         


«Através dos olhos dos homens
Parece que há muito que nos perdemos.»

Come Alive - Lauren Daigle





Há muito que o mundo parece estar perdido. Sem qualquer tipo de rumo.
Os ataques de terrorismo são recorrentes. O ódio e a guerra estão presentes nos olhos de cada ser humano.
Parece não existir uma boa notícia, nem nenhum motivo para se celebrar a vida.
Reina, entre nós, a "profecia do mal" de que nada dará certo e de que nada pode ser alterado.

Reina, entre nós, a "profecia do mal" em que tudo pode ser aceite e que a comunhão é uma utopia.
E como estamos tão enganados…
Tudo pode dar certo. Tudo pode ser alterado. Tudo pode ser melhorado.
Para isso, precisamos de voltar à vida. Precisamos de viver para que o que façamos seja sinónimo de união e não de pura destruição.
Precisamos de voltar à vida.
De voltar a essa vida que só ganha sentido quando é partilhada.
Precisamos de voltar à vida.
De voltar a essa que vida que tem outro encanto quando é conduzida por um coração de carne.
Precisamos de voltar à vida.
De voltar a essa vida que só ganha um rumo quando nos apercebemos que a nossa igualdade é alcançada na diferença de cada um.
Precisamos de voltar à vida.
De voltar a essa vida que batalha pela compreensão e que premeia o encontro.
Precisamos de voltar à vida.
voltar a essa vida que não é indiferente ao olhar de cada pessoa.
Precisamos de voltar à vida…
Urge que nós, cristãos, sejamos essa fonte de água viva para aqueles que se sentem oprimidos e sem rumo.
Urge que nós, cristãos, sejamos acolhedores e tratadores do mundo.
Tratemo-lo com amor e compreensão, não com mais condenação.
Tratemo-lo com compaixão e presença sincera.
Tratemo-lo sem moralismos e verdades absolutas, mas sim como quem cuida dos seus filhos.
Tenhamos a audácia de sermos verdadeiros dadores da vida, para que, lentamente, cada um possa voltar à vida.
Que a Boa Nova se faça à vida para que todos nós possamos voltar à verdadeira humanidade.
Emanuel António Dias em iMissio - 26 maio 2017

domingo, 28 de maio de 2017

SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR



A Festa da Ascensão de Jesus, que hoje celebramos, sugere que, no final do caminho percorrido no amor e na doação, está a vida definitiva, a comunhão com Deus. Sugere também que Jesus nos deixou o testemunho e que somos nós, seus seguidores, que devemos continuar a realizar o projecto libertador de Deus para os homens e para o mundo.
O Evangelho apresenta o encontro final de Jesus ressuscitado com os seus discípulos, num monte da Galileia. A comunidade dos discípulos, reunida à volta de Jesus ressuscitado, reconhece-O como o seu Senhor, adora-O e recebe d’Ele a missão de continuar no mundo o testemunho do “Reino”.
Na primeira leitura, repete-se a mensagem essencial desta festa: Jesus, depois de ter apresentado ao mundo o projecto do Pai, entrou na vida definitiva da comunhão com Deus – a mesma vida que espera todos os que percorrem o mesmo “caminho” que Jesus percorreu. Quanto aos discípulos: eles não podem ficar a olhar para o céu, numa passividade alienante; mas têm de ir para o meio dos homens, continuar o projecto de Jesus.
A segunda leitura convida os discípulos a terem consciência da esperança a que foram chamados (a vida plena de comunhão com Deus). Devem caminhar ao encontro dessa “esperança” de mãos dadas com os irmãos – membros do mesmo “corpo” – e em comunhão com Cristo, a “cabeça” desse “corpo”. Cristo reside no seu “corpo” que é a Igreja; e é nela que Se torna, hoje, presente no meio dos homens.
É relativamente frequente ouvirmos dizer que os seguidores de Jesus gostam mais de olhar para o céu do que comprometerem-se na transformação da terra. Estamos, efectivamente, atentos aos problemas e às angústias dos homens, ou vivemos de olhos postos no céu, num espiritualismo alienado? Sentimo-nos questionados pelas inquietações, pelas misérias, pelos sofrimentos, pelos sonhos, pelas esperanças que enchem o coração dos que nos rodeiam? Sentimo-nos solidários com todos os homens, particularmente com aqueles que sofrem?
Na nossa peregrinação pelo mundo, convém termos sempre presente “a esperança a que fomos chamados”. A ressurreição/ascensão/glorificação de Jesus é a garantia da nossa própria ressurreição/glorificação. Formamos com Ele um “corpo” destinado à vida plena. Esta perspectiva tem de dar-nos a força de enfrentar a história e de avançar – apesar das dificuldades – nesse “caminho” do amor e da entrega total que Cristo percorreu.
A missão que Jesus confiou aos discípulos é uma missão universal: as fronteiras, as raças, a diversidade de culturas, não podem ser obstáculos para a presença da proposta libertadora de Jesus no mundo. Tenho consciência de que a missão confiada aos discípulos é uma missão universal? Tenho consciência de que Jesus me envia a todos os homens – sem distinção de raças, de etnias, de diferenças religiosas, sociais ou económicas – a anunciar-lhes a libertação, a salvação, a vida definitiva? Tenho consciência de que sou responsável pela vida, pela felicidade e pela liberdade de todos os meus irmãos – mesmo que eles habitem no outro lado do mundo?
No dia em que fui baptizado, comprometi-me com Jesus e vinculei-me com a comunidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A minha vida tem sido coerente com esse compromisso?
extractos de http://www.dehonianos.org/portal/liturgia-calendario-geral/

sábado, 27 de maio de 2017

10 minutos de oração diária




Jesus Cristo ditou à Irmã Faustina o Terço da Misericórdia Divina em Vilna (Lituânia), nos dias 13-14 de setembro de 1935.

"Oh! que grandes graças concederei às almas que recitarem esse Terço"
(Diário, 848).

Por ele [o Terço da Divina Misericórdia] conseguirás tudo, se o que pedires estiver de acordo com a Minha vontade" (Diário, 1731)

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ámen.

Pai Nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação mas livrai-nos do mal.

Avé Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte. Ámen.

Creio em Deus, Pai todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra. E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos Céus; está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, de onde há-de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na santa Igreja Católica; na comunhão dos Santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne; e na vida eterna. Ámen.

Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade do Vosso muito amado Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo,
em expiação dos nossos pecados e dos pecados de todo o mundo.
Pela Sua dolorosa Paixão,
tende misericórdia de nós e de todo o mundo.

Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal,
tende piedade de nós e de todo o mundo.

Ascensão do Senhor



A presença de Jesus foi e será sempre o apoio àqueles que assumirem a missão de levar a mensagem do Evangelho, a tarefa de serem seus discípulos missionários.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

GRATIDÃO E ALEGRIA EM COMUNHÃO FAMILIAR

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Celebrar cem anos de vida, já vai sendo frequente. Celebrar oitenta e dois anos de matrimónio, é obra, coisa rara. Pois foi isso mesmo que aconteceu no dia vinte e cinco deste mês de maio. E lá fomos cumprimentar esses noivos de então, ambos centenários. Ele, com cento e três anos de idade. Ela, com cento e um. Casaram em Penha Garcia e residem em Monfortinho, mais propriamente em Termas de Monfortinho, concelho de Idanha-a-Nova, exemplarmente cuidados e apaparicados, em casa, pela “carinhoterapia” da sua atenta e dedicada família, verdadeiro testemunho de dedicação filial no meio da comunidade envolvente. Nessa altura, os noivos, prometeram amor mútuo que durasse para sempre, um amor que fosse “para além da formalidade social ou da tradição” e correspondesse à própria natureza humana que sempre aspira à estabilidade e ao amor para sempre. No meio das suas virtudes, limites e imperfeições, souberam crescer juntos, amadurecer o amor e cultivar a robustez da união familiar, o que constituiu também uma verdadeira escola para os filhos. Oitenta e dois anos de matrimónio, apesar dos calços e percalços, das curvas e contracurvas, dos êxitos e dos fracassos que a vida, por certo, lhes foi apresentando, são a garantia de que a vida deste casal não se reduziu "a um sentimento que vai e vem". Eles souberam apoiar o seu amor na verdade. Sim, só o amor firmado na verdade, só a verdade tocada pelo amor, faz com que a vida de um casal perdure no tempo, supere o instante efémero e permaneça firme a sustentar um caminho comum em direção a uma vida nova e plena, feliz e realizadora. Fomos cumprimentar estes noivos de outrora, ele mais falador do que ela e incontido na alegria pela presença do Bispo, mais uma vez, em sua casa. Rodeados pelos seus familiares e pelo Pároco, administrei-lhes o Sacramento da Santa Unção, celebração em que todos participaram com fé e devoção, de coração agradecido por tão feliz ocorrência. Seguidamente, e a fim de que o seu lar continue a ser sempre iluminado pela esperança e pelo amor, foi-lhes entregue uma Bênção Apostólica que o Santo Padre o Papa Francisco concedeu a ambos, tornando-a extensiva a toda a sua família. Foi um acrescido momento de alegria e de comunhão eclesial, unidos ao Santo Padre. Gente humilde e sacrificada, gente de trabalho e de trabalho difícil, gente de vida dura e austera, gente simples mas de valores verdadeiramente assimilados e vividos, gente feliz e a saber valorizar a família como espaço de amor e de humanização. Gente que chegou, viu e venceu. E porque não há festa sem “quodore”, não podíamos deixar de participar também, lá em casa, à volta da mesa, no convívio familiar que se seguiu, com muita alegria e paz.
Assim consta: “Aos vinte e cinco dias do mês de maio do ano de mil novecentos e trinta e cinco, nesta Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Conceição de Penha Garcia, concelho de Idanha a Nova, diocese de Portalegre, compareceram na minha presença os nubentes José dos Santos Reino e Ermínia Pires Rodrigues com todos os papeis necessários e sem impedimento algum para o matrimónio, ele de idade de vinte e um anos, solteiro, lavrador, baptizado e morador nesta freguesia, filho legítimo de José dos Santos Senior e de Maria Esteves, naturais desta freguezia, e ela de idade de dezanove anos, solteira, doméstica, baptizada e moradora nesta freguezia, filha legítima de José Rodrigues Pires e de Emília Pires, naturais desta freguezia, os quais nubentes se receberam por marido e mulher e os uni em matrimónio conforme as leis da Santa Igreja Católica.
Foram testemunhas José Pires Rodrigues, casado, sapateiro e Joaquim Cigano, casado, lavrador, naturais e residentes nesta freguesia, os quais sei serem os próprios. E para constar lavrei este assento que depois de lido e conferido perante os Conjuges e testemunhas, o assigno só com as testemunhas não o fazendo os Conjuges por não saberem escrever.
Era est supra.
As testemunhas José Pires Rodrigues e Joaquim Cigano
O Prior P.e Possidónio Marques de Miranda”.

D. Antonino Dias - Bispo de Portalegre Castelo Branco
26-05-2017


quinta-feira, 25 de maio de 2017

Reliquias de Santa Helena na Grecia




Povo de Atenas recebe as relíquias de Santa Helena que, pela primeira vez, são expostas na Grécia. Ela foi mãe do Imperador Constantino e, pela sua influência, uma das grandes responsáveis pela conversão do Império Romano. Além disso, sua expedição pela Palestina e Jerusalém recuperou tesouros inestimáveis para a fé católica, incluindo a verdadeira Cruz de Cristo!


O Catequista

QUINTA FEIRA ABENÇOADA


Dia da espiga.JPG





O dia da Ascensão ou dia da Ascensão do Senhor
, tem lugar quarenta dias após o domingo de Páscoa. Designado, popularmente, por quinta-feira de Espiga, comporta praxes e tradições que assumem carácter universal. A mais comum está ligada ao ramo de espiga, com «poderes de virtude benfazeja», que se colhe neste dia pelos campos, constituído por espigas de trigo (abundância de pão), tronquinhos de oliveira (que simbolizam a paz), papoilas (a alegria), malmequeres brancos (a prata) e malmequeres amarelos (o ouro) – sempre em número ímpar em relação a cada um destes elementos.

Colhido o ramo, de preferência entre o meio-dia e a uma hora, devem rezar-se, conforme manda o preceito, três ave-marias e três pais-nossos (Beira Litoral).


Em certas zonas do Alentejo, respeitando-se o sacralismo desse momento, considerado o espaço mais benéfico, colhem-se cinco espigas de trigo, cinco folhas de oliveira e o maior número possível de flores silvestres brancas e amarelas. Enquanto se procede à recolha, rezam-se cinco ave-marias, cinco pais-nossos e cinco gloria patri, «para nesse ano haver em casa trigo, azeite, ouro e prata».

Em Orca (Beira Baixa) e nas localidades ao redor, o dia da Espiga leva também o nome de dia da Marcela ou dia da Marcelada. Por isso se canta: «Eu venho da Marcelada/ venho de colher marcela/ lá dos campos da Idanha/ daquela mais amarela.»

O ramo de espiga guarda-se dentro de casa, na cozinha ou na sala, por vezes atrás da porta ou junto de uma imagem religiosa, aí se conservando, servindo de talismã, com «virtudes de protecção e esconjuro», até ao ano seguinte, altura em que é substituído por um novo ramo.


No Ribatejo, o dia da Espiga é declarado feriado, por ser «o dia mais santo do ano». Também em Évora (Alto Alentejo), da parte da tarde de quinta-feira de Ascensão, algum comércio e serviços encerram as portas, de modo a que os seus funcionários possam cumprir a tradição de colher «o raminho protector e apelativo da abundância».

À semelhança de outras cerimónias, manifestações e ritos associados às diferentes festas agrárias anuais, o acto de colher o ramo de espiga – simbolizando ao mesmo tempo um elemento favorecedor da conservação e coesão do lar e do fortalecimento da família – poderá, supostamente, remeter-nos a épocas remotas. Particularmente, quando na Grécia Antiga se efectuavam as celebrações (estabelecidas pelos deuses da Antiguidade) em louvor de Deméter ( a Ceres dos Romanos), deusa da agricultura e das searas, e de sua filha Perséfone (em Roma Prosérpina), deusa do trigo, da germinação, dos rebentos e das folhas. As Festas Demétrias, ou Grandes Eleusínias, realizadas na Primavera na cidade de Elêusis, representavam a subida de Perséfone à Terra, correspondendo à época das colheitas, vestindo-se o solo de verdura e de flores para a receber. As Pequenas Eleusínias, celebradas no Outono, expressavam a descida da deusa ao Inferno, retratando a introdução das sementes na terra.

O cerimonial do pão – simbolizado no ramo pelas espigas de trigo, em analogia a Cristo – aparece em certos lugares (embora já raramente) substituído pelo ritual do leite. Caso de Atouguia, ou Atouguia das Cabras (Ribatejo), por ter sido aldeia de muitos rebanhos. Nessas localidades o dia da Espiga tomava a designação de dia do Leite, sendo hábito, outrora, os lavradores oferecerem o leite das suas vacas, cabras e ovelhas, ordenhado na quinta-feira de Ascensão, «aos mais necessitados, ao padre ou a quem lho pedisse», acreditando-se que essa dádiva «protegia o gado da sarna». A crença estendia-se ao queijo fabricado com o leite ordenhado nesse dia crendo-se que tinha o poder de «curar as sezões» (febres causadas por emanações de águas pantanosas).

Por tudo isto, verificava-se, antigamente, em Nisa (Alto Alentejo) a praxe de a mãe do noivo, antes do casamento, oferecer à noiva, no dia da Ascensão, um requeijão de «canado» (nome que se dá ali ao tradicional tarro de cortiça). A noiva partia o requeijão ao meio, devolvia uma das partes à futura sogra e distribuía a outra pelas pessoas amigas. Já em Belmonte (Beira Baixa), não se fazia queijo na Quinta-feira de Ascensão, mas comia-se a «coalhada» (leite espesso com açúcar), que se levava para o campo e se distribuía pelos familiares. Se, por acaso, algum membro da família andava desavindo, era a altura de fazer as pazes oferecendo-lhe a «coalhada», em sinal de reconciliação.

Tradições já passadas, outras ainda vivas, a verdade é que resquícios de festas e praxes remotas continuam a perdurar no calendário. Era em Maio que os Romanos efectuavam as comemorações em louvor da ninfa Maia, ou Bona Dea. Aí residindo, eventualmente, a razão de noutros tempos se dar em Nisa, ao dia de Ascensão, o nome de Maia do Coração, sendo tradição antiga nesta data os noivos oferecerem às noivas a «Maia do Coração» – presente constituído por um objecto de ouro ou peça de vestuário».

Nesta data, crenças e praxes continuam a subsistir entre a comunidade rural, ao contrário do que acontece nas grandes cidades, onde se vai perdendo dia a dia o contacto com os rituais que nos ligam ao passado, como suporte da nossa própria identidade, manifestada na fé, no respeito e no valor das coisas que nos foram legadas.

Por isso, é sempre com surpresa acrescentada que deparamos, nos estabelecimentos e nas ruas das grandes cidades (mesmo na capital), com alguém que nos oferece, na quinta-feira de Ascensão (a troco de algumas moedas), o «raminho de espiga benfazejo».



Soledade Martinho Costa                     

quarta-feira, 24 de maio de 2017

INFORMAÇÃO PAROQUIAL





PEREGRINAÇÃO DA CATEQUESE AO SANTUÁRIO DE FÁTIMA

SÁBADO, 27 DE MAIO 
 
Partida dos locais habituais:

ALEGRETE : 07:00H

ARRONCHES : 07:30H

Pequena paragem durante o caminho.

Oração do terço durante a viagem.

10:30H -  VISITA À CASA DAS CANDEIAS ( catequizandos, catequistas e sacerdote)
                ( lotação limitada  na casa)

11:40H - CAPELINHA DAS APARIÇÕES - Oração individual

13:30H - SAÍDA  para Aljustrel/ VALINHOS:
             a) Visita à Casa onde viveram os Pastorinhos;

              b) Paragem junto à imagem de Nossa Senhora, no local onde apareceu a 19 de Agosto e uma pequena encenação;

              c) Local do Cabeço-  Aparição do Anjo aos Pastorinhos em 1916  e lhes ensinou a Oração do Anjo.

17; 00H - Regresso a casa com pequena paragem se necessário.

Ao catequizandos deverão acompanhar as catequistas nas visitas agendadas,

POR MOTIVO DESTA PEREGRINAÇÃO A EUCARISTIA DE SÁBADO, DIA 27 DE MAIO, NA IGREJA DE NOSSA SENHORA DA LUZ SERÁ ÀS 20:00H.


Dia 1 de Julho decorrerá a Peregrinação das Paróquias ao Santuário de  Fátima, os interessados deverão inscrever se junto do Sr Padre Fernando.

Em breve estrará pronta primeira igreja construída em Cuba após 58 anos de comunismo




Graças à colaboração da paróquia de São Lourenço, em Tampa (Estados Unidos), em breve estará pronta a primeira
igreja católica construída em Cuba depois de quase seis décadas de comunismo.

A igreja em construção fica na cidade de Sandino, em Pinas del Río, será dedicada à Divina Misericórdia e foi financiada com 95 mil dólares de doação da paróquia norte-americana.

Segundo informou ‘Tampabay.com’, o pároco de São Lourenço, Pe. Ramón Hernández, disse que estão “muito contentes” e aguardam “com expectativa a
Missa inaugural”.

O sacerdote de origem cubana disse que a ilha “está mudando” e indicou que falta apenas instalar o teto, portanto, espera-se que os trabalhos sejam concluídos no final de junho. Os bancos, um altar e demais elementos necessários chegarão nos meses seguintes. O templo poderá acolher cerca de 200 pessoas e a primeira Missa deverá ser celebrada em janeiro ou fevereiro de 2018.

Por sua parte, Pe. Cirilo Castro, sacerdote da nova igreja, esteve recentemente em Tampa para informar sobre os avanços da construção. Depois de tomar o poder em 1959, Fidel Castro ordenou o exílio de inúmeros religiosos e a expropriação de templos, colégios e outras propriedades.

Devido à falta de templos, a Igreja em Cuba desenvolveu as “casas missão”, que são lares que os fiéis oferecem para que se dê catequese e até mesmo celebrem Missas.

Nos últimos anos, sobretudo após a histórica visita de São João Paulo II em 1998, o governo foi devolvendo algumas propriedades; entretanto, não é permitido que a Igreja tenha escolas ou meios de comunicação de massa.

A ideia de construir a Igreja em Sandino nasceu em 2010, quando Pe. Tom Morgan, então pároco de São Lourenço, expressou ao Pe. Hernández seu interesse em estabelecer uma relação espiritual com Cuba.

Pe. Hernández entrou em contato com Pe. Castro em Cuba e juntos buscaram a permissão para construir a nova igreja. as permissões foram aprovadas pelo governo e o terreno foi vendido por um preço “simbólico”, explicou Pe. Hernández.

Atualmente, outras duas igrejas estão sendo construídas em Cuba, uma em Havana e outra em Santiago de Cuba. Pe. Hernández disse que ambas são financiadas por paróquias de fora da ilha. “A porta agora está aberta”, afirmou.

CF-Atualidades
De
ACI Digital


terça-feira, 23 de maio de 2017

Papa: Todos os dias se deve aprender a arte de amar


De Rádio Vaticana

- O Papa encontrou os fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro neste domingo para a oração mariana do Regina Coeli.

O encontro foi marcado também pelo anúncio da
criação de 5 novos cardeais.

Francisco recordou o Evangelho do dia, que nos "leva àquele momento comovente e dramático que é a última ceia de Jesus com os seus discípulos. O evangelista João recolhe da boca e do coração do Senhor os seus último ensinamentos, antes da paixão e da morte. Jesus promete aos seus amigos que, depois d’Ele, receberão um outro paráclito, ou seja, um outro “advogado”, defensor e consolador, “o Espírito da verdade”, e acrescenta: “Não vos deixarei órfãos, virei até vocês”.

Estas palavras - prosseguiu o Papa - transmitem a alegria de uma nova vinda de Cristo: Ele, ressuscitado e glorificado, está no Pai e, ao mesmo tempo, vem a nós no Espírito Santo. E nesta sua nova vinda se revela a nossa união com Ele e com o Pai: “Vocês saberão que eu estou no meu Pai e vocês em mim e eu em vocês”.

Missão da Igreja

Meditando estas palavras de Jesus - continuou o Pontífice - hoje nós percebemos com senso de fé de sermos o povo de Deus em comunhão com o Pai e com Jesus mediante o Espírito Santo. Neste Mistério de comunhão, a Igreja encontra a fonte inexaurível da própria missão, que se realiza mediante o amor. Jesus diz no Evangelho de hoje: “Quem acolhe os meus mandamentos e os observa, estes são aqueles que me amam. Quem me ama será amado pelo meu Pai e eu também o amarei e me manifestarei nele”.

"É o amor que nos introduz o conhecimento de Jesus, graças à ação do Espírito Santo. O amor a Deus e ao próximo é o maior mandamento do Evangelho. O Senhor hoje nos chama a corresponder generosamente ao chamado evangélico ao amor, colocando Deus no centro da nossa vida e nos dedicando ao serviço dos irmãos, especialmente os mais necessitados de apoio e de consolação", afirmou Francisco.

Comunidade cristã

Se existe um comportamento que não é fácil - advertiu o Papa - que não é óbvio sequer para uma comunidade cristã é justamente aquele de saber se amar, de se querer bem a exemplo do Senhor e com a sua graça. Às vezes os contrastes, o orgulho, as invejas, as divisões deixam sinais também sobre o belo rosto da Igreja. Uma comunidade de cristãos deveria viver na caridade de Cristo, e em vez é bem ali que o maligno ‘coloca a pata’ e nós, às vezes, nos deixamos enganar. E quem sofre são as pessoas mais frágeis espiritualmente.

"Quantas delas se afastaram porque não se sentiram acolhidas, compreendidas e amadas. Até mesmo para um cristão saber amar não é algo que se conquista de uma só vez; todos os dias se deve recomeçar, se deve exercitar para que o nosso amor para com os irmãos e irmãs que encontramos passe a ser maduro e purificado dos limites ou pecados que os deixam parcial, egoísta, estéril e infiel. Todos os dias se deve aprender a arte de amar, todos os dias se deve seguir com paciência a escola de Cristo, com a ajuda de seu Espírito".

Que Nossa Senhora, perfeita discípula de seu Filho e Senhor, nos ajude a sermos sempre mais dóceis ao Paráclito, o Espírito da Verdade, para aprender todos os dias a nos amarmos como Jesus nos amou.

Após a oração do Regina Coeli, o Papa lamentou a retomada da violência na República Centro-Africana e disse que se unirá em oração aos fiéis na China.

Infelizmente chegam notícias dolorosas da República Centro-africana, que tenho no coração, especialmente depois da minha visita em novembro de 2015. Confrontos armados provocaram inúmeras vítimas e desalojados, e ameaçam o processo de paz. Estou próximo à população e aos bispos e a todos aqueles que se esforçam para o bem das pessoas e pela convivência pacífica. Rezo pelos mortos e feridos e renovo o meu apelo: calem-se as armas e prevaleça a boa vontade para dialogar para dar ao país paz e desenvolvimento.

China

No próximo dia 24 de maio nos uniremos espiritualmente aos fiéis católicos na China, na recorrência de Nossa Senhora “Ajuda dos Cristãos”, venerada no santuário de Sheshan, em Xangai. Aos católicos chineses digo: ergamos o olhar a Maria nossa Mãe, para que nos ajude a discernir a vontade de Deus a respeito do caminho concreto da Igreja na China e nos apoie em acolher com generosidade o seu projeto de amor. Maria encoraja a oferecer a nossa contribuição pessoal para a comunhão entre os fiéis e para a harmonia de toda a sociedade. Não esqueçamos de testemunhar a fé com oração e amor, mantendo-nos abertos ao encontro e ao diálogo, sempre.

CF-Atualidades
De News.VA

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Santa Rita de Cássia




Rita nasceu no ano de 1381, na província de Úmbria, Itália, exatamente na cidade de Cássia. Rita, ainda na infância, manifestou sua vocação religiosa. Diferenciando-se das outras crianças, ao invés de brincar e aprontar as peraltices da idade, preferia ficar isolada em seu quarto, rezando.

Para atender aos desejos de seus pais já idosos, Rita casou-se com um homem de nome Paulo Ferdinando, que, a princípio, parecia ser bom e responsável. Mas, com o passar do tempo, mostrou um caráter rude, tornando-se violento e agressivo. A tudo ela suportava com paciência e oração. Tinha certeza de que a penitência e a abnegação conseguiriam convertê-lo aos preceitos de amor a Cristo. Um dia, Paulo, finalmente, se converteu sinceramente, tornando-se bom marido e pai. Entretanto suas atitudes passadas deixaram um rastro de inimizades, que culminaram com seu assassinato, trazendo grande dor e sofrimento ao coração de Rita.

Dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos, que na adolescência descobriram a verdadeira causa da morte do pai e resolveram vingá-lo, quando adultos. Rita tentou, em vão, impedir essa vingança. Desse modo, pediu a interferência de Deus para tirar tal ideia da cabeça dos filhos e que, se isso não fosse possível, os levasse para junto dele. Assim foi. Em menos de um ano, os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança.

Rita ficou sozinha no mundo e decidiu dar um novo rumo à sua vida. Determinada, resolveu seguir a vocação revelada ainda na infância: tornar-se monja agostiniana. As duas primeiras investidas para ingressar na Ordem foram malsucedidas. Segundo a tradição, ela pediu de forma tão fervorosa a intervenção da graça divina que os seus santos de devoção, Agostinho, João Batista e Nicolau, apareceram e a conduziram para dentro dos portões do convento das monjas agostinianas. A partir desse milagre ela foi aceita.

Ela se entregou, completamente, a uma vida de orações e penitências, com humildade e obediência total às regras agostinianas. Sua fé era tão intensa que na sua testa apareceu um espinho da coroa de Cristo, estigma que a acompanhou durante catorze anos, mantido até o fim da vida em silencioso sofrimento dedicado à salvação da humanidade.

Rita morreu em 1457, aos setenta e seis anos, em Cássia. Sua fama de santidade atravessou os muros do convento e muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. Sua canonização foi assinada pelo papa Leão XIII em 1900.

A vida de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na história da Igreja católica, por esse motivo os fiéis a consideram a “santa das causas impossíveis”. O seu culto é celebrado em todo o mundo cristão, sendo festejada no dia 22 de maio, tanto na Igreja do Ocidente como na do Oriente.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Quitéria e Casto.

CF-Vida dos Santos
De
Franciscanos

Sede agradecidos


https://www.youtube.com/watch?v=GpnVHISFZjI

domingo, 21 de maio de 2017

Não vos deixarei orfãos



A liturgia do 6º Domingo da Páscoa convida-nos a descobrir a presença – discreta, mas eficaz e tranquilizadora – de Deus na caminhada histórica da Igreja. A promessa de Jesus – “não vos deixarei órfãos” – pode ser uma boa síntese do tema.
O Evangelho apresenta-nos parte do “testamento” de Jesus, na ceia de despedida, em Quinta-feira Santa. Aos discípulos, inquietos e assustados, Jesus promete o “Paráclito”: Ele conduzirá a comunidade cristã em direcção à verdade; e levá-la-á a uma comunhão cada vez mais íntima com Jesus e com o Pai. Dessa forma, a comunidade será a “morada de Deus” no mundo e dará testemunho da salvação que Deus quer oferecer aos homens.
A primeira leitura mostra exactamente a comunidade cristã a dar testemunho da Boa Nova de Jesus e a ser uma presença libertadora e salvadora na vida dos homens. Avisa, no entanto, que o Espírito só se manifestará e só actuará quando a comunidade aceitar viver a sua fé integrada numa família universal de irmãos, reunidos à volta do Pai e de Jesus.
A segunda leitura exorta os crentes – confrontados com a hostilidade do mundo – a terem confiança, a darem um testemunho sereno da sua fé, a mostrarem o seu amor a todos os homens, mesmo aos perseguidores. Cristo, que fez da sua vida um dom de amor a todos, deve ser o modelo que os cristãos têm sempre diante dos olhos.

Constitui, para nós, um tremendo desafio a acção evangelizadora de Filipe… Apesar dos riscos corridos em Jerusalém, Filipe não desistiu, não sentiu que já tinha feito o possível, não se acomodou; mas simplesmente partiu para outras paragens a dar testemunho de Jesus. É o mesmo entusiasmo que nos anima, quando temos de dar testemunho do Evangelho de Jesus?
Às vezes, Deus tem que usar métodos drásticos para nos obrigar a sair do nosso cantinho cómodo e levar-nos ao compromisso. Muitas vezes, os aparentes dramas da nossa vida fazem parte dos projectos de Deus. É necessário aprender a olhar para os acontecimentos da vida com os olhos da fé e aprender a confiar nesse Deus que, do mal, tira o bem.
• Diante das dificuldades, das propostas contrárias aos valores cristãos, é em Cristo – o Senhor da vida, do mundo e da história – que colocamos a nossa confiança e a nossa esperança? Ou é noutros esquemas mais materiais, mais imediatos, mais lógicos, do ponto de vista humano?
O que é que nos falta – a nós, “família de Deus” – para sermos verdadeiros sinais de Deus no meio dos homens?
Dar razões da Esperança que habita em nós… Num mundo em busca de sentido, temos consciência de que cabe a cada um de nós anunciar Aquele que nos faz viver? “Dar razões”… passa pela qualidade do nosso amor, oferecido a todos sem condição, na doçura e no respeito das diferenças…

extractos de http://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=1386

sábado, 20 de maio de 2017

Tudo passa?!

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Não te preocupes demasiado. Tudo passa. Achamos que não conseguiremos ultrapassar um momento que nos roubou a paz e o sossego. Acreditamos que há episódios dignos de reescrever toda a nossa história. Acreditamos que o que nos acontece e vai acontecendo nos marca para sempre. Com certeza não estarei a dedicar estas linhas aos lugares comuns de cada dia que passa por nós. Dedico-me, isso sim, aos dias que tudo deixam em suspenso. Aos momentos que fazem questionar cada decisão, cada passo, cada trégua.

Não te preocupes demasiado. Tudo passa. Se pudermos voar até ao dia mais importante da nossa vida, onde vão poisar as asas da nossa memória? Recuaremos ao dia em que cruzámos o nosso olhar com o da pessoa que mudaria a nossa vida para sempre. Recuaremos ao dia em que vimos regressar alguém que não víamos há muito. Recuaremos ao dia em que a doença amansou e o sofrimento nos estendeu uma bonita bandeira branca. Recuaremos ao dia em que nos nasceu um filho. Ou um sonho.

Tudo passa. O dia em que vencemos. O dia em que a guerra com alguém abriu mares em nós. O dia em que nascemos. O dia em que perdemos o que achávamos que seria nosso. O dia em que voltámos costas à decisão que precisávamos de tomar. O dia em que decidimos não decidir absolutamente nada. Tudo passa. O que já vimos. O que nos fez rebentar a alma de esperança. O que nos fez querer perder tudo o que tínhamos conhecido até então. Tudo passa.

No entanto, aquilo que nos conforta é o “tudo passa” associado a tudo aquilo que queremos que passe. Se ainda não passou, há-de passar. Há-de ser diferente depois. Tudo passa. É uma premissa de esperança. De alento. De final feliz. Não te preocupes demasiado. Tudo passa. O que talvez não queiramos compreender é que o bom também passa. Também voa. Também se perde. De nós ou do mundo. Tudo passa diz respeito a tudo. Não seleciona nem contém. A verdade é esta mesma: não há nada que não passe.

Fica a pergunta: o que é que eu quero que não passe de dentro de mim quando tudo o resto passar?!

Ou ainda: Se tudo passa, o que é que fica?!
Marta Arrais em iMissio 19 Maio 2017

REFORMAS E MODERNIZAÇÕES?... AQUI NÃO!...

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Para dar sequência ao apelo de São João Paulo II na Carta Encíclica “O Evangelho da Vida” (EV), a Conferência Episcopal Portuguesa estabeleceu, há anos, uma “Semana da Vida”, semana essa a coincidir, em cada ano, com o Dia Internacional da Família, 15 de maio. Em fidelidade, pois, a essa determinação, está a decorrer a “Semana da Vida”, com guião preparado pelo Departamento Nacional da Pastoral da Família em comunhão com a respetiva Comissão Episcopal. Os objetivos desta semana são os propostos na referida Carta Encíclica: “suscitar nas consciências, nas famílias, na Igreja e na sociedade, o reconhecimento do sentido e valor da vida humana em todos os seus momentos e condições, concentrando a atenção de modo especial na gravidade do aborto e da eutanásia, sem contudo transcurar os outros momentos e aspetos da vida que merecem ser, de vez em quando, tomados em atenta consideração, conforme a evolução da situação histórica sugerir” (EV85). “Perita em humanidade” (PP13), a Igreja defende que «Nada e ninguém pode autorizar que se dê a morte a um ser humano inocente seja ele feto ou embrião, criança ou adulto, velho, doente incurável ou agonizante. E também a ninguém é permitido requerer este gesto homicida para si ou para outrem confiado à sua responsabilidade, nem sequer consenti-lo explícita ou implicitamente. Não há autoridade alguma que o possa legitimamente impor ou permitir» (EV57). Não matar, nem causar outro dano no corpo ou na alma a si mesmo ou ao próximo, é o que ordena a Lei por excelência.
Referindo-se ao aborto provocado, ao qual o Concílio Vaticano II chama “crime abominável”, São João Paulo II dizia que, hoje, “a perceção da sua gravidade vai-se obscurecendo progressivamente em muitas consciências. A aceitação do aborto na mentalidade, nos costumes e na própria lei, é sinal eloquente de uma perigosíssima crise do sentido moral que se torna cada vez mais incapaz de distinguir o bem do mal, mesmo quando está em jogo o direito fundamental à vida. Diante de tão grave situação, impõe-se mais que nunca a coragem de olhar frontalmente a verdade e chamar as coisas pelo seu nome, sem ceder a compromissos com o que nos é mais cómodo, nem à tentação de autoengano”. O Papa denuncia aquilo que hoje também acontece em relação à eutanásia e ao suicídio assistido. Para fazer valer a causa, usa-se uma linguagem ambígua, como “direito a morrer”, “direito a morrer com dignidade”, “morte medicamente assistida”, “respeito pela liberdade e autonomia da pessoa” como se todos os direitos fossem disponíveis ou o homicídio deixasse de o ser pelo facto de ser consentido pela vítima. Diz o Papa: “precisamente no caso do aborto, verifica-se a difusão de uma terminologia ambígua, como «interrupção da gravidez», que tende a esconder a verdadeira natureza dele e a atenuar a sua gravidade na opinião pública. Talvez este fenómeno linguístico seja já, em si mesmo, sintoma de um mal-estar das consciências. Mas nenhuma palavra basta para alterar a realidade das coisas: o aborto provocado é a morte deliberada e direta”. É verdade que, “muitas vezes, a opção de abortar reveste para a mãe um carácter dramático e doloroso”, pois tal decisão não é tomada “por razões puramente egoístas ou de comodidade”. No entanto, quaisquer razões invocadas, “por mais graves e dramáticas que sejam, nunca podem justificar a supressão deliberada de um ser humano inocente” (EV58).
A decidirem a morte da criança aparecem, com frequência, outras pessoas, como o pai, a família, os amigos. “A mulher, não raro, é sujeita a pressões tão fortes que se sente psicologicamente constrangida a ceder ao aborto”. Neste caso, a responsabilidade moral pesa particularmente sobre aqueles que direta ou indiretamente a forçaram a abortar. Responsáveis são também os profissionais da saúde, sempre que põem ao serviço da morte a competência adquirida para promover a vida; os legisladores que promoveram e aprovaram leis abortistas; os administradores das estruturas clínicas onde se praticam os abortos; todos aqueles que favoreceram a difusão de uma mentalidade de permissivismo sexual e de menosprezo pela maternidade; aqueles que não asseguram válidas políticas familiares e sociais de apoio às famílias; a vasta rede de cumplicidades, incluindo instituições internacionais, fundações e associações, que se batem sistematicamente pela legalização e difusão do aborto no mundo. Tudo isto faz com que o aborto ultrapasse a responsabilidade dos indivíduos e arque uma dimensão fortemente social. É uma ferida gravíssima infligida à sociedade e à sua cultura por aqueles que as deveriam construir e defender (cf. EV59).
O Papa Francisco tem abordado, vezes sem conta, a questão do aborto, inclusive no discurso que fez no Parlamento Europeu. E numa Mensagem para a jornada promovida pela Igreja de Inglaterra e Pais de Gales sobre “cultivar a vida, aceitar a morte”, ele afirmava que quem promove a prática do aborto e da eutanásia tem o comportamento “dos mafiosos: existe um problema, eliminemo-lo”. De facto, ele tem denunciado vigorosamente a falsa compaixão com que se quer fazer valer a promoção da eutanásia e do aborto e de outros atentados à vida. É que não se trata de um problema propriamente religioso, nem filosófico, nem científico, é um problema humano, é matar, é descartar. E na sua Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium”, dá conta de que “Muitas vezes, para ridiculizar jocosamente a defesa que a Igreja faz da vida dos nascituros, procura-se apresentar a sua posição como ideológica, obscurantista e conservadora; e, no entanto, esta defesa da vida nascente está intimamente ligada à defesa de qualquer direito humano. (…) Não se deve esperar que a Igreja altere a sua posição sobre esta questão. A propósito, quero ser completamente honesto. Este não é um assunto sujeito a supostas reformas ou ‘modernizações’. Não é opção progressista pretender resolver os problemas, eliminando uma vida humana” (EG213-214). E na Carta Apostólica “Misericordia et Misera” escreve: “Quero reiterar com todas as minhas forças que o aborto é um grave pecado, porque põe fim a uma vida inocente; mas, com igual força, posso e devo afirmar que não existe algum pecado que a misericórdia de Deus não possa alcançar e destruir, quando encontra um coração arrependido que pede para se reconciliar com o Pai.”

D. Antonino Dias- Bispo de Portalegre Castelo Branco
19-05-2017


sexta-feira, 19 de maio de 2017

Olhares que nos encontram

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Dizem que os olhos são o espelho da alma. Que com as suas expressões tudo refletem, até o mais íntimo da pessoa em si.
Dizem que num olhar nos podemos perder e que num outro olhar nos podemos encontrar. E, de facto, por vezes encontramos olhares que nos fazem perder e verdadeiramente nos fazem encontrar.
Entre os milhares de olhares únicos e irrepetíveis que guardo na minha mente, penso num. Um apenas. Um que me fixou tanto quanto os outros, mas um que me interpelou mais que todos os outros. Esse.
O olhar simples, por vezes envergonhado, mas sempre risonho. O olhar que se desvia subtilmente e que seduz outros olhares. O olhar que reflete uma vida cheia mas um amor ainda maior. O olhar que não consegue estar em silêncio por dele brotarem todas as palavras bonitas capazes de formar o mais belo poema. O olhar ternurento que me desarma e me faz não ter medo. Não por ser o olhar que é. Não por serem os olhos de quem são. Mas por transmitirem, de forma tão espontânea, tudo aquilo que já viveram.
Olhos verdes reluzentes como o mais belo luzeiro. Olhos verdes espelhados como a água do mar. Olhos verdes encantados como a alegria de viver. Olhos verdes cansados de não desistir. Olhos verdes vitoriosos dos sofrimentos que guardam. Olhos verdes de ternura, resplandecendo o amor do Pai. Olhos verdes humildes, espelho daquilo que é.
Um olhar que, por me encontrar, me fez perder. Mas um olhar que, estando perdida, me fez encontrar de novo.

Rita Santos- em iMissio-11 Maio 2017

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Fé ou fezada?






"Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração,

com toda a tua alma, com todas as tuas forças e

com todo o teu entendimento."

Deut 6, 5-6




Somos confrontados, todos os dias, como sendo verdadeiros loucos, por professarmos a fé num Deus que é Pai.

Mas a verdade é que somos convidados a amar este Deus com todo o nosso entendimento.

Não nos é pedido que O amemos apenas por uma mera fezada.

Não nos é pedido que O amemos apenas por um mero sentimento que nos conforta.

Somos convidados, isso sim, a amarmos este Deus com aquilo que a vida nos vai dando e ensinando.

Somos convidados a amarmos este Deus com aquilo que vamos conquistando e batalhando.

Não é para O amarmos às cegas, nem por medo.

Não é para O amarmos fanaticamente sem percebermos aquilo que Ele nos pede.

É para O amarmos com uma fé que vai ao encontro da razão.

É para o amarmos com uma fé que vai muito mais do que depositar a confiança naquilo que não vemos ou não percebemos.

É preciso interpretá-Lo com os sinais que nos vão aparecendo.

É preciso decifrá-Lo com as adversidades que nos vão sendo colocadas.

É preciso desmascará-Lo em cada silêncio das nossas vidas.

E só o conseguiremos fazer, se nos predispusermos a conhecê-Lo pela razão, pelo conhecimento.

Não há amor sem conhecimento. Não há entrega sem relação e com este Deus as coisas não acontecem de forma diferente.

É preciso amadurecer. É preciso "estudarmos" este Seu mistério. É preciso vivê-Lo de forma autêntica e coerente.

Não existe outra maneira e se assim o fizermos a Sua presença será concreta.

Se assim o fizermos, aqueles que olharem para nós, perceberão que a nossa fé vai para além de qualquer história da carochinha.

Se assim o fizermos, aqueles que olharem para nós, entenderão que O encontramos através da nossa busca e do nosso conhecimento...

Se assim o fizermos, aqueles que olharem para nós, descobrirão que a nossa loucura não é sem motivo.

Se assim o fizermos, aqueles que olharem para nós, saberão que a nossa loucura e fruto de um verdadeiro amor.

Emanuel António Dias em iMissio- 12-05-2017

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Papa em Fátima: Silêncio e segurança impressionam vaticanistas


VATICANO

Francisco chegou na sexta-feira ao Santuário de Fátima e a primeira coisa que fez foi rezar na Capelinha das Aparições, de costas para a multidão. Em silêncio. Não se ouve barulho durante todo o tempo em que está em recolhimento. Os jornalistas estrangeiros ficaram impressionados, tal como se surpreenderam com o dispositivo de segurança, por ser discreto.

"O que mais me chama a atenção em Fátima é a forma como sabem rezar, com uma grande devoção e entrega. Impressiona o silêncio em determinados momentos." É a diferença que Valentina Alazraki, jornalista mexicana da Televisa, encontra em Portugal em relação a tantos outros sítios do mundo onde acompanhou os papas. Viu a mesma devoção pela Nossa Senhora da Guadalupe, padroeira do seu país, mas não tanto silêncio. É a vaticanistas com mais viagens papais: 142.

O segundo voto positivo vai para a segurança. "Esperava mais nervosismo por parte das autoridades policiais, mais medidas de segurança. Tive a sensação de que tudo correu com grande tranquilidade. Aliás, comentámos isso entre os jornalistas, que a segurança foi muito discreta, não foi ostensiva nem para os peregrinos nem para nós. Atuou sem se dar por ela."

Também destaca o comportamento dos peregrinos a jornalista da Rádio Renascença, Aura Miguel, que completou 92 viagens, a terceira vaticanistas com mais participações. Realça o sacrifício que fizeram para ali chegar, não são "cristãos de sofá" de quem o Papa não gosta, diz. E, sobretudo, o respeito demonstrado durante toda a visita.

"Senti uma união muito grande com o Papa, respeitando o silêncio quando era preciso, respondendo ao pedido do Papa para o acompanharem. Quem ali estava, estava com ele e isso refletiu-se durante as cerimónias, o que impressiona. Nos outros sítios onde já estive, não se vê este silêncio respeitador como em Fátima, com qualquer papa. Quando estava na Capelinha das Aparições, de costas voltadas para as pessoas e de frente para Nossa Senhora, parecia que estava sozinho, ouvia-se os passarinhos."

Outros sítios onde esteve, nomeadamente em redor da Basílica de São Pedro, em Roma, verificou o DN, nunca há silêncio. Muitas vezes, parece mais um ponto turístico do que um local de culto. E, na missa de domingo, Francisco sublinhou o silêncio dos peregrinos no momento do seu recolhimento.

Quantos milhares estavam em Fátima falta contar com rigor. Os responsáveis da GNR remetem a resposta para a reitoria do Santuário de Fátima, que diz não dar números. E o porta-voz do Vaticano indicou 500 mil pessoas, citando as autoridades portuguesas.

Peregrino entre peregrinos, em oração pela "esperança e pela paz" e perante a Virgem Maria, cujo exemplo de vida várias vezes mencionou, foi como o Sumo Pontífice se assumiu em Fátima. Na lista das 19 viagens do Papa Francisco indicada pela Santa Sé, apenas a realizada à Terra Santa - entre 24 e 26 de maio de 2014 -, é também registada como peregrinação. Aura Miguel explica que esta foi a primeira vez que se deslocou apenas ao Santuário, embora se tenha reunido com o Presidente da República e o primeiro--ministro, mas fê-lo a título pessoal.

"É a primeira vez que sai exclusivamente como peregrino e vai só ao Santuário. Tem ido a outros santuários marianos mas em visitas de Estado. É a primeira que vai e vem para a peregrinação e que os discursos só têm que ver com isso. Não admira porque o Papa é muito mariano, tem grande ligação à Nossa Senhora."
Valentina Alazraki destaca também a ausência de um cariz de chefe de Estado, o representante máximo do Vaticano. "Vem pela sua devoção mariana, que é muito forte, e também pelo Centenário das Aparições."

A jornalista esteve no Santuário com João Paulo II, em maio de 1982, um ano depois do papa ser vítima de um atentado, do qual se salvou, e que considerou ser milagre de Fátima. Também em 2000, quando foi revelado o terceiro segredo, há sete anos, nos dez anos da beatificação de Jacinta e Francisco e, agora, na sua canonização. Momentos que considera marcantes, sem revelar preferências com qualquer um dos três papas que acompanhou.

Valentina acabava de fazer 24 anos quando fez a primeira viagem, numa visita de João Paulo II que incluía o seu país. Nas 104 saídas ao estrangeiro deste papa, a jornalista mexicana só falhou quatro. Faltou a uma das 24 de Ratzinger, e participou nas 19 de Francisco. Tem 62 anos.

Aura Miguel realizou 92 viagens papais, mais de metade com João Paulo II, quando ainda não seguia no avião, ia ter aos sítios, tinha 30 anos na primeira vez. Fez as 24 de Bento XVI e falhou duas de Francisco. Tem 67 anos.

DN]

terça-feira, 16 de maio de 2017

Fátima e o fio que liga o papa Francisco à história


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Naquele ano de 1917, que com o aproximar-se do fim da I Guerra Mundial assinalava o efetivo início histórico do século XX para além do mero início cronológico, em perfeita continuidade com o século XIX liberal e burguês, de 13 de maio a 13 de outubro, em Fátima, três crianças viveram uma extraordinária experiência de escuta e visão da Virgem Maria.

Dela afirmaram ter recebido uma mensagem a transmitir ao mundo, cujo conteúdo era efetivamente de singular alcance profético: nela se anunciavam os grandes acontecimentos do século há pouco iniciado, as terríveis violências que o iriam caracterizar, os totalitarismos cegos que se iriam afirmar, o seu fim, as perseguições aos crentes e o testemunho fiel de muitos deles, culminantes no selo de sangue derramado pelo «Bispo vestido de branco, que reza por todos». Muitos reconheceram em João Paulo II, gravemente ferido no atentado sofrido em 1981, a realização desta profecia. O certo é que um laço especial uniu o papa polaco a Fátima, aonde foi várias vezes [três] como peregrino.

É por isso que gostaria de me aproximar da mensagem daquelas aparições, que a visita do papa Francisco repropôs a todos, partindo de alguns versos de Karol Wojtyla, que evocam intensamente o mundo interior da Mãe de Jesus a partir da hora da anunciação:
«Este momento de toda a minha vida, condensado em verbo,/ convertido na minha carne, alimentado com o meu sangue,/ levado até ao êxtase,/ crescendo no meu coração silencioso/ como um homem acabado de nascer,/ sem suspender o espanto, nem os trabalhos quotidianos.// Este momento, ao atingir o cume, continua a ser inicial,/ encontra-te de novo e apenas me falta uma lágrima/ nas pálpebras para que os raios dos olhares se fundam no ar frio/ e a imensa fadiga encontre luz e sentido».


Só Deus é o Senhor da vida e da história; uma humanidade sem Deus é uma humanidade mais pobre, e não mais livre e feliz; só uma confiança humilde e enamorada ao Senhor assegura esperança para o mundo. É quanto exprimiu com palavras simples a mais velha dos três pastorinhos, a Irmã Lúcia, ao descrever a experiência vivida 


São versos que resumem a vivência de Maria de Nazaré, exprimindo ao mesmo tempo o significado para tudo o que aconteceu nela, com uma intimidade que habita as palavras tornando-as grávidas de uma conversa com ela antiga e constante, feita de escutas, de invocações, de confiança terna e profunda. De tudo isto vem uma luz singular que incide também na peregrinação que levou o papa Francisco, segundo sucessor de João Paulo II, ao lugar onde os três pastorinhos receberam a mensagem, exatamente há um século.

Com efeito, se todas as viagens deste papa têm um significado próprio e original, se aquela recente ao Egito foi o denso compêndio de quanto deve ser dito ao mundo sobre a necessidade do diálogo ecuménico e inter-religioso na ineliminável fidelidade à verdade, esta peregrinação a Fátima no centenário dos acontecimentos que profetizaram o século XX apresenta-se como um tributo de amor pessoalíssimo que o papa «vindo do fim do mundo» quis prestar à Mãe do Senhor. Em Maria, Bergoglio testemunha ter encontrado conforto e ajuda em todas as horas da sua vida, renovando-lhe confiança e amor, tanto nas visitas ao santuário da Virgem de Luján, em Buenos Aires, como à basílica de Santa Maria Maior, em Roma.

A ela Francisco quis entregar o século, cuja chave de compreensão tinha sido oferecida aos três «pequeninos da terra» nas horas dramáticas nas quais, com a aproximação do fim da I Guerra Mundial e a iminente revolução bolchevique, se desvanecia o otimismo liberal do progresso, típico de Oitocentos, e se abria o tempo das grandes crises, dos totalitarismos e das velocíssimas transformações da técnica, o «século breve» (Eric Hobsbawm) das grandes conquistas científicas e mediáticas, do triunfo violento e do não menos traumático declínio das ideologias produzidas pela razão moderna. A biografia de Jorge Mario Bergoglio entretece-se de tal maneira com estes acontecimentos, que o seu tributo à Virgem venerada em Fátima é um reconhecimento solene daquela chave de compreensão do século, que nas aparições foi entregue aos três pastorinhos.

Esta chave é o centro e o coração da mensagem, incansavelmente proclamada pelo papa Francisco. Só Deus é o Senhor da vida e da história; uma humanidade sem Deus é uma humanidade mais pobre, e não mais livre e feliz; só uma confiança humilde e enamorada ao Senhor assegura esperança para o mundo. É quanto exprimiu com palavras simples a mais velha dos três pastorinhos, a Irmã Lúcia, ao descrever a experiência vivida: «A força da presença de Deus era tão intensa, que nos absorvia e aniquilava quase por completo. Parecia privar-nos inclusive do uso dos sentidos espirituais. A paz e a felicidade que sentíamos eram grandes, mas totalmente interiores, com a alma completamente recolhida em Deus».

Aos crentes uma tal mensagem pede para que sejam não menos, mas mais testemunhas de Deus e do seu primado; aos não crentes penso que ela coloca fortemente as grandes interrogações sobre a vida e a morte, sobre o mal e o bem, convidando-os à escuta do Mistério e à paixão pela Verdade, além de todas as derivas débeis de uma certa pós-modernidade. Saberão uns e outros estar à altura da promessa e do desafio? 


Em Deus este papa viveu os acontecimentos da sua vida, dos anos da formação e das não fáceis responsabilidades a ele confiadas desde jovem na Companhia de Jesus, às das resistência firme à violência da ditadura e ao corajoso empenho em salvar muitas vidas inocentes, passando pelo ministério universal de bispo de Roma: este estar recolhido em Deus, a partir do exemplo do seu Inácio de Loyola, é a sua força, a fonte da sua liberdade, é aquilo que dá confirmação das suas razões. A sua peregrinação a Fátima, àquela que a fé saúda como mãe dos pobres e vencedora dos poderosos, foi um confessar na maneira mais alta que o século iniciado poderá evitar as tragédias daquele que se concluiu só com uma condição: o regresso a Deus.

«O século XXI ou será místico ou não será»: esta frase de André Malraux parece ressoar com toda a sua força no gesto do papa peregrino da alma ao lugar onde - na coroa colocada na cabeça da pequena estátua de Maria - está encastoada a bala que a 13 de maio de 1981 não conseguiu deter S. João Paulo II, sinal de que os desígnios do Senhor eram outros e de que o anúncio aos pequenos pastores relativo ao senhorio e à vitória de Deus não fora desmentido. O Eterno revela-se também assim como o Senhor da história, bem acima dos poderosos deste mundo: e a mensagem de Fátima - aparentemente inacreditável no momento em que foi dada - soa hoje rica de uma extraordinária potência, fonte de esperança para além do naufrágio das presunções ideológicas e de compromisso para além de toda a renúncia a amar e a jogar a vida pelos outros. Como afirmou o papa Francisco, Maria «ensina-nos a virtude da espera, mesmo quando tudo parece privado de sentido: ela sempre confiante no mistério de Deus, mesmo quando Ele parece eclipsar-se por culpa do mal do mundo».

Aos crentes uma tal mensagem pede para que sejam não menos, mas mais testemunhas de Deus e do seu primado; aos não crentes penso que ela coloca fortemente as grandes interrogações sobre a vida e a morte, sobre o mal e o bem, convidando-os à escuta do Mistério e à paixão pela Verdade, além de todas as derivas débeis de uma certa pós-modernidade. Saberão uns e outros estar à altura da promessa e do desafio? O papa peregrino a Fátima lança a todos estas perguntas, ao mesmo tempo incómodas e necessárias, e indica o caminho para lhes encontrar a luz de respostas confiáveis





D. Bruno Forte, arcebispo de Chieti-Vasto, Itália
In "Il Sole 24 Ore", 14.5.2017
Trad.: SNPC
Publicado em 15.05.2017

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Semana da Vida tem início com apelos contra «marginalização» e ameaças a «pessoas indefesas»



Guião apresenta propostas de reflexão para cada dia e propõe encontros geracionais
(Ecclesia) – A Semana da Vida que hoje tem início quer colocar no centro da reflexão as várias “ameaças à família” em especial das pessoas “indefesas” e “marginalizadas”.

“As pessoas são marginalizadas e a sociedade é mais defensora da morte do que da vida”, disse à Agência ECCLESIA Manuel Marques, responsável pelo Departamento Nacional da Pastoral Familiar.

O responsável foca o distanciamento entre gerações, que vota os mais velhos ao isolamento e à “exploração”.

“Uma pessoa investe na sua vida profissional, faz o melhor possível e o melhor que sabe ao longo da sua vida, ao serviço dos outros. E chega a um ponto que as pessoas são rejeitadas e exploradas no final da vida”.

Manuel Marques critica ainda as ameaças à vida como a eutanásia e o aborto, situação que acontece com o “beneplácito da sociedade civil”.

“A sociedade devia ser tocada pelo apelo de se cuidar da vida em toda e qualquer circunstância”, frisa o responsável.

A Semana da Vida chega às pessoas através de um guião com propostas de reflexão, extraídas da carta apostólica do Papa «A Alegria do amor», que incidem sobre o ser família, para os diferentes dias.

O responsável frisa que o “encontro geracional” cria “relação, afetividade, amor, ternura e a alegria de ser família”.

“Há um mundo de afeto, gratidão e graça que estreita e enriquece a família, e lhe dá forma para testemunhar na Igreja e na sociedade”.

O
guião sugere algumas pistas às comunidades na abordagem de temas, mas trata-se de uma orientação “mínima”, deixando às comunidades a “liberdade para as pessoas” para optarem pelas reflexões mais adequadas.

LS

Este é o balanço que o Papa Francisco faz da sua peregrinação a Fátima

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O papa lembrou ontem, no Vaticano, a viagem de 12 e 13 de maio ao santuário de Fátima, tendo sublinhado que na Cova da Iria a Virgem «escolheu o coração inocente e a simplicidade dos pequenos Francisco, Jacinto e Lúcia» para depositários da sua mensagem.

«Também nos nossos dias há muita necessidade de oração e penitência para implorar a graça da conversão, como também o fim de muitas guerras pelo mundo, e são cada vez mais, dos conflitos absurdos e das violências, grandes e pequenas, que desfiguram o rosto da humanidade», afirmou Francisco na oração "Regina Coeli" (Rainha dos Céus).

Com a declaração de Francisco e Jacinta como santos (canonização), proclamada na missa que a que presidiu este sábado no santuário, por ocasião dos 100 anos da primeira aparição da Virgem aos pastorinhos, o papa quis «propor a toda a Igreja o seu exemplo de adesão a Cristo e testemunho evangélico».

«Quis também propor a toda a Igreja que cuide das crianças», frisou, acrescentando que a santidade de Francisco e Jacinta «não é consequência das aparições, mas da fidelidade e do ardor com que corresponderam ao privilégio recebido de poder ver a Virgem Maria».

Francisco lembrou que «após o encontro com a "bela Senhora", como a chamavam, recitavam frequentemente o Rosário, faziam penitência e ofereciam sacrifícios para obter o fim da guerra e pelas almas mais necessitadas da divina misericórdia».

Referindo-se ao «longo» período que passou «em silêncio» quando, na sexta-feira, chegou à capelinha das Aparições, «acompanhado pelo silêncio orante de todos os peregrinos», o papa sublinhou que se criou «um clima de recolhimento e contemplação, no qual decorreram os vários momentos de oração».

«E no centro de tudo esteve e está o Senhor ressuscitado, presente no meio do seu povo na Palavra e na Eucaristia. Presente no meio de tantos doentes, que são protagonistas da vida litúrgica e pastoral de Fátima, como de cada santuário mariano», acentuou.

Depois de pedir aos fiéis reunidos na Praça de S. Pedro para saudarem a Senhora de Fátima, o papa afirmou: «Em Fátima mergulhei na oração do santo povo fiel, oração que lá flui há cem anos como um rio, para implorar a proteção materna de Maria para o mundo inteiro. Dou graças ao Senhor que me concedeu deslocar-me aos pés da Virgem Maria como peregrino de esperança e de paz».

Na intervenção o papa agradeceu «de coração» aos «bispos, ao bispo de Leiria-Fátima, às autoridades do Estado e a todos aqueles que ofereceram a sua colaboração» para a peregrinação.

Ao concluir a meditação que antecedeu a oração "Regina Coeli", Francisco lançou um convite: «Deixemo-nos guiar pela luz que vem de Fátima. O Coração Imaculado de Maria seja sempre o nosso refúgio, a nossa consolação e o caminho que nos conduz a Cristo».

Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura


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domingo, 14 de maio de 2017

Frases marcantes da visita do Papa a Portugal


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13 de maio

“Não podia deixar de vir aqui venerar a Virgem Mãe e confiar-lhe os seus filhos e filhas”. Papa Francisco

“Como exemplo, temos diante dos olhos São Francisco Marto e Santa Jacinta, a quem a Virgem Maria introduziu no mar imenso da Luz de Deus e aí os levou a adorá-Lo.” Papa Francisco

“Sempre que olhamos para Maria, voltamos a acreditar na força revolucionária da ternura e do carinho.” Papa Francisco

13 de maio

“Com frequência somos surpreendidos por imagens de morte, pela dor de inocentes que imploram ajuda e consolação, pelo luto de quem chora uma pessoa querida por causa do ódio e da violência, surpreendidos pelo drama dos deslocados que fogem da guerra ou dos migrantes que morrem tragicamente." Cardeal Pietro Parolin

“É com grande alegria que recebemos em Portugal o papa Francisco, uma referência certamente para os crentes, mas uma referência para todos aqueles que acreditam nos valores da paz, nos valores da humanidade, nos valores da dignidade da pessoa humana.” António Costa -Vídeo divulgado no Twitter e no Instagram

“Percorreremos, assim, todas as rotas, seremos peregrinos de todos os caminhos, derrubaremos todos os muros e venceremos todas as fronteiras, saindo em direção a todas as periferias, aí revelando a justiça e a paz de Deus.” Papa Francisco

“O país vive Fátima há muitas décadas intensamente, neste momento mais intensamente porque é um centenário, porque há dois novos santos, porque o papa vem, e a conjugação disto tudo é que é única e sendo único os portugueses percebem que é um momento singular que estão a viver.” Marcelo Rebelo de Sousa

“Peço a todos para unirem-se a mim, como peregrino da esperança e da paz: que as vossas mãos em oração continuem a apoiar as minhas.” Papa Francisco



(Lusa)

Caminho, Verdade e Vida


https://www.youtube.com/watch?v=1CYMACfAw3Q

A Palavra de Deus deste 5º Domingo do Tempo Comum convida-nos a reflectir sobre o compromisso cristão. Aqueles que foram interpelados pelo desafio do “Reino” não podem remeter-se a uma vida cómoda e instalada, nem refugiar-se numa religião ritual e feita de gestos vazios; mas têm de viver de tal forma comprometidos com a transformação do mundo que se tornem uma luz que brilha na noite do mundo e que aponta no sentido desse mundo de plenitude que Deus prometeu aos homens – o mundo do “Reino”.
No Evangelho, Jesus exorta os seus discípulos a não se instalarem na mediocridade, no comodismo, no “deixa andar”; e pede-lhes que sejam o sal que dá sabor ao mundo e que testemunha a perenidade e a eternidade do projecto salvador de Deus; também os exorta a serem uma luz que aponta no sentido das realidades eternas, que vence a escuridão do sofrimento, do egoísmo, do medo e que conduz ao encontro de um “Reino” de liberdade e de esperança.
A primeira leitura apresenta as condições necessárias para “ser luz”: é uma “luz” que ilumina o mundo, não quem cumpre ritos religiosos estéreis e vazios, mas quem se compromete verdadeiramente com a justiça, com a paz, com a partilha, com a fraternidade. A verdadeira religião não se fundamenta numa relação “platónica” com Deus, mas num compromisso concreto que leva o homem a ser um sinal vivo do amor de Deus no meio dos seus irmãos.
A segunda leitura avisa que ser “luz” não é colocar a sua esperança de salvação em esquemas humanos de sabedoria, mas é identificar-se com Cristo e interiorizar a “loucura da cruz” que é dom da vida. Pode-se esperar uma revelação da salvação no escândalo de um Deus que morre na cruz? Sim. É na fragilidade e na debilidade que Deus Se manifesta: o exemplo de Paulo – um homem frágil e pouco brilhante – demonstra-o.

Ser cristão é também ser uma luz acesa na noite do mundo, apontando os caminhos da vida, da liberdade, do amor, da fraternidade… Eu sou essa luz que aponta no sentido das coisas importantes, impedindo que a vida dos meus irmãos se gaste em frivolidades e bagatelas? Para os que vivem no sofrimento, na dúvida, no erro, para os que vivem de olhos no chão, eu sou a luz que aponta para o mais além e para a realidade libertadora do “Reino”?


“Sal da terra”. As nossas vidas têm gosto? E que gosto? O gosto da partilha, do acolhimento, da misericórdia, da caridade, como nos convida Isaías? Têm o sabor de Cristo ressuscitado? Se sim, as nossas vidas terão gosto para nós mesmos e para os outros… tornar-se-ão “Luz diante dos homens”. Que assim seja em mais uma semana!


extractos de www.dehonianos.org/