Hoje – não sei se mais do que nunca – vivemos num mundo cheio de segundas intenções.
Andamos, falamos, pensamos e todos nós temos necessidade de utilizar uma fita métrica para ver até onde podem ir os nossos passos, as nossas conversas, os nossos pensamentos...
Medimos e voltamos a medir e a consciência – essa senhora que ajuda (ou não) a arrumar as decisões - mesmo depois de nos prenunciarmos, de caminharmos, convida-nos constantemente a avaliar se o que dissemos, se por onde andamos, se o que pensamos, se o que dissemos era ou não o indicado para aquela pessoa, naquele contexto ou para nós mesmos, naquele momento da nossa vida.
Penso que nos falta pureza de intenções, daquela que torna clara cada vocábulo que dizemos, cada pensamento que geramos, cada passo que damos.
A pureza consegue fazer emergir o céu. E o céu é o bem e o belo que habitam em nós e que geram paz em cada momento da nossa vida.
Condicionados que andamos pelas aparências e iludências caímos – tantas vezes! – no erro de camuflar e abafar o melhor de nós: a autenticidade.
Anne Frank, no seu “Diário”, referia que enquanto pudermos olhar para o céu sem medo estaremos certos de sermos puros por dentro e voltaremos a ser felizes!
Quando foi a última vez que olhamos para o céu sem medo? Quando foi a última vez que olhamos para o mundo e a vida, sem medo?
Precisamos, urgentemente, de nos abrir ao horizonte da pureza: essa que não tem segundas intenções, mas que nos ajuda a colocar o olhar no infinito e também a ver no aqui e agora o bem e a beleza!
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