quinta-feira, 3 de novembro de 2016

«Eu não estou longe; estou apenas do outro lado do Caminho»




O texto que se segue, que as partilhas massivas nas redes sociais tornaram muito conhecido e popular, fala-nos com delicadeza e luminosidade sobre a morte, entendida como passagem para a eternidade e não como fim do caminho.

Com grande frequência, a composição é atribuída a Santo Agostinho, embora não seja dele.

Há quem o considere, pelo estilo, um texto gnóstico ou espírita. No entanto, ele não contém nenhuma discordância com a fé católica no que toca ao sentido da morte e da vida eterna, embora mereça algumas observações pontuais: por exemplo, ao falar do “mundo das criaturas” e do “mundo do Criador”, o texto parece contrapor o que na verdade é uma só criação – o chamado “mundo das criaturas” também pertence, afinal, ao Criador. Ainda assim, com bom senso, pode-se entender o sentido pretendido como uma diferenciação entre o atual mundo passageiro, no qual vivemos como mortais, e a eternidade, em que, superada a morte, viveremos junto de Deus para todo o sempre.

Além da suavidade e serenidade com que enxerga a morte em seu sentido cristão, o texto também contém uma das maiores certezas do cristianismo: o Amor não desaparece jamais!


O AMOR NÃO DESAPARECE JAMAIS

O amor não desaparece jamais.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.

Me deem o nome que vocês sempre me deram,
falem comigo como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas,
eu estou vivendo no mundo do Criador.

Não utilizem um tom solene ou triste.
Continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim. Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciado como sempre foi,
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.

A vida significa tudo o que ela sempre significou,
o fio não foi cortado.
Eu não estou longe.
Apenas estou do outro lado do Caminho…



Aleteia (02-11-2016)

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