sábado, 12 de novembro de 2016

Levantai a cabeça



https://www.youtube.com/watch?v=3Lx7g-IRTw8

A liturgia deste domingo reflecte sobre o sentido da história da salvação e diz-nos que a meta final para onde Deus nos conduz é o novo céu e a nova terra da felicidade plena, da vida definitiva. Este quadro (que deve ser o horizonte que os nossos olhos contemplam em cada dia da nossa caminhada neste mundo) faz nascer em nós a esperança; e da esperança brota a coragem para enfrentar a adversidade e para lutar pelo advento do Reino.
Na primeira leitura, um “mensageiro de Deus” anuncia a uma comunidade desanimada, céptica e apática que Jahwéh não abandonou o seu Povo. O Deus libertador vai intervir no mundo, vai derrotar o que oprime e rouba a vida e vai fazer com que nasça esse “sol da justiça” que traz a salvação.
O Evangelho oferece-nos uma reflexão sobre o percurso que a Igreja é chamada a percorrer, até à segunda vinda de Jesus. A missão dos discípulos em caminhada na história é comprometer-se na transformação do mundo, de forma a que a velha realidade desapareça e nasça o Reino. Esse “caminho” será percorrido no meio de dificuldades e perseguições; mas os discípulos terão sempre a ajuda e a força de Deus.
A segunda leitura reforça a ideia de que, enquanto esperamos a vida definitiva, não temos o direito de nos instalarmos na preguiça e no comodismo, alheando-nos das grandes questões do mundo e evitando dar o nosso contributo na construção do Reino.

É preciso ter consciência de que a intervenção libertadora de Deus não deve ser projectada apenas para o “último dia” do mundo… Ela acontece a cada instante; e nós devemos estar numa espera vigilante e activa, a fim de sabermos reconhecer e acolher de braços abertos a intervenção salvadora e libertadora de Deus na nossa história e na nossa vida.
O que parece, aqui, fundamental, não é o discurso sobre o “fim do mundo”, mas sim o discurso sobre o percurso que devemos percorrer, até chegarmos à plenitude da história humana… Trata-se de uma caminhada que não nos leva ao aniquilamento, à destruição absoluta, ao fracasso total, mas à vida nova, à vida plena; por isso, deve ser uma caminhada que devemos percorrer de cabeça levantada, cheios de alegria e de esperança.
É, sem dúvida, uma caminhada eivada de dificuldades, de lutas, onde o bem e o mal se confrontarão sem cessar; mas é um percurso onde o mundo novo irá surgindo – embora com avanços e recuos – e onde a semente do “Reino” irá germinando.
A nossa vida não pode ser um ficar de braços cruzados a olhar para o céu, mas um compromisso sério e empenhado, de forma a que floresça o mundo novo da justiça, do amor e da paz.
Levar a Palavra de Deus como luz para mais uma semana de trabalho, de estudo… Ao longo dos dias da semana que se segue, procurar rezar e meditar algumas frases da Palavra de Deus: «há-de vir o dia do Senhor… Nascerá o sol de justiça… trazendo a salvação…”; “trabalhem tranquilamente, para ganharem o pão que comem…”; “tereis ocasião de dar testemunho…”; “pela vossa perseverança salvareis as vossas almas…”. Procurar transformar as palavras de Deus em atitudes e em gestos de verdadeiro encontro com Deus e com os próximos que formos encontrando nos caminhos percorridos da vida…
extractos de www.dehonianos.org/

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