O cardeal Tolentino Mendonça evocou hoje em Lisboa a importância da figura de São Vicente (séc. III-IV), padroeiro da cidade, falando na abertura das celebrações dos 850 anos da chegada a Lisboa das relíquias do diácono e mártir.
O responsável católico aludiu à necessidade de “mediadores” entre gerações, que “passem o testemunho”, falando numa “crise de transmissão”.
“Diálogo, inclusão, negociação, coesão são também declinação de uma herança com 850 anos”, observou.
A intervenção citou o discurso proferido pelo Papa no Centro Cultural de Belém, a 2 de agosto, no qual falou de Lisboa como “cidade do encontro”, “cidade do Oceano”, “capital mais ocidental da Europa” e “capital do futuro”.
“Se olharmos com atenção, o símbolo de Lisboa não faz dela uma capital do passado, mas uma protagonista do futuro”, disse D. José Tolentino Mendonça.
O colaborador do Papa evocou “todas as formas de martírio”, que afetam a humanidade, convidando a aplicar, hoje, o “amplo património espiritual e social” da herança de São Vicente, como “transladadores de futuro”.
Aquela nau transporta, através do oceano, um estranho que nós acolhemos, mostrando que a nossa identidade não se constrói na lógica da indiferença ao outro, mas na abertura, na hospitalidade e no diálogo”.
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