Caridade, coisa maravilhosa essa!
A propósito disso recordo muitas vezes a história que o nosso Padre Manuel contava dos tempos de seminário. Para ser bem contada, só por ele (a quem faço justa homenagem como contador de histórias) que relatava a história de um seminarista que pelos vistos não tinha cumprido com sucesso todas as provas a que se tinha proposto, e como tal estava em risco de não prosseguir nos seus estudos. Todos se aproximaram do professor a tentar convence-lo a deixar passar esse jovem e o argumento era este: “Se não for por justiça, que seja por caridade!”
Tanto quanto me recordo, e apesar de ser padre, não foi sensível ao argumento da caridade e agarrou-se mais à justiça. Se tem razão ou não, eu não sei julgar, mas obriga-me a refletir quantas vezes temos o poder na mão, e a justiça do nosso lado e optamos pela caridade. E nas vezes em que somos JUSTOS, justíssimos mas ficamos com um amargo de boca porque não fomos caridosos.
Quantas vezes temos de decidir, sejamos professores, líderes de grupos, membros de equipas, passar, utilizar ou chumbar alguém e nos deparamos com dúvidas.
O que fazer?
A justiça deveria andar de braço dado com a caridade, mas quantas vezes, fechamos os olhos e pomos mais uns pozinhos nas notas para o outro poder passar. Quantas vezes fechamos os olhos às ausências e justificamos com amor na expectativa de que a qualquer momento ele sinta que a sua presença é importante. Quantas vezes é justíssimo o lugar que ocupamos e o cedemos a alguém que dele precisa.
Quantas vezes achamos que somos justos, mas na verdade apenas guardamos a lei e não olhamos à substância. Cumprimos fielmente protocolos e etiquetas, mas esquecemos-mos de assumir que o nosso dever é amar o outro com as suas falhas e limitações. Não estou com isso a justificar injustiças, mas a realçar a vertente humana de qualquer decisão.
A justiça protege-nos, mas nem sempre nos apazigua.
A justiça protege-nos dos julgamentos dos outros, mas não do nosso.
Não, não é fácil discernir o que é correto, eu sei do que falo, mas na dúvida: “se não fizer por justiça, que seja por caridade”.
Quem sabe é uma oportunidade de o outro ver em nós, não uma fraqueza, mas a grandeza maior que é o amor traduzida em gestos de caridade.
Nem sempre o outro reconhece o dom que lhe é dado, nem sempre o outro merece, nem sempre…mas sabe tão bem!
E tu amiga, quantas vezes fazes por caridade?
A justiça deveria andar de braço dado com a caridade, mas quantas vezes, fechamos os olhos e pomos mais uns pozinhos nas notas para o outro poder passar. Quantas vezes fechamos os olhos às ausências e justificamos com amor na expectativa de que a qualquer momento ele sinta que a sua presença é importante. Quantas vezes é justíssimo o lugar que ocupamos e o cedemos a alguém que dele precisa.
Quantas vezes achamos que somos justos, mas na verdade apenas guardamos a lei e não olhamos à substância. Cumprimos fielmente protocolos e etiquetas, mas esquecemos-mos de assumir que o nosso dever é amar o outro com as suas falhas e limitações. Não estou com isso a justificar injustiças, mas a realçar a vertente humana de qualquer decisão.
A justiça protege-nos, mas nem sempre nos apazigua.
A justiça protege-nos dos julgamentos dos outros, mas não do nosso.
Não, não é fácil discernir o que é correto, eu sei do que falo, mas na dúvida: “se não fizer por justiça, que seja por caridade”.
Quem sabe é uma oportunidade de o outro ver em nós, não uma fraqueza, mas a grandeza maior que é o amor traduzida em gestos de caridade.
Nem sempre o outro reconhece o dom que lhe é dado, nem sempre o outro merece, nem sempre…mas sabe tão bem!
E tu amiga, quantas vezes fazes por caridade?
Raquel Rodrigues
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