O papa Francisco anunciou este domingo o nome dos 19 arcebispos e bispos que vai juntar ao Colégio de Cardeais no próximo dia 22 de Fevereiro, data em que a Igreja católica assinala a festa da Cátedra de S. Pedro.
Os futuros cardeais, de 12 países, «representam a profunda relação eclesial entre a Igreja de Roma e as outras Igrejas espalhadas pelo mundo», afirmou Francisco na intervenção que proferiu durante a oração do Angelus, no Vaticano.
A 23 de Fevereiro, o papa preside a uma concelebração com os novos cardeais, enquanto que nos dias 20 e 21 do mesmo mês ocorrerá um consistório «com todos os cardeais para reflectir sobre o tema da família», anunciou o papa, citado pela Rádio Vaticano.
Dezasseis dos novos cardeais, os primeiros criados por Francisco, têm menos de 80 anos, pelo que podem participar num futuro conclave para a eleição do papa.
O número máximo de cardeais que podem eleger o papa é 120. Actualmente estão "vagos" 13, número que em maio passa a 16. Ou seja, em maio haveria 104 cardeais com menos de 80 anos. Com esta escolha, Francisco repõe o número máximo de cardeais eleitores.
Destes 16 novos cardeais, quatro são membros da Cúria do Vaticano e 12 são arcebispos ou bispos residenciais.
A distribuição dos 16 cardeais eleitores por continentes é a seguinte: Europa, 2; América do Norte e Central, 3; América do Sul, 3; África, 2; Ásia, 2.
A escolha de cardeais do Burkina Faso e do Haiti resulta da atenção que o papa quer dar às populações provadas pela pobreza, explicou o responsável pela Sala de Imprensa do Vaticano, padre Federico Lombardi.
O cardeal mais idoso, Loris Capovilla, foi secretário de João XXIII, o papa que decidiu a realização do Concílio Vaticano II (1962-1965) e que vai ser canonizado em 2014, juntamente com João Paulo II.
Entre os escolhidos, o único de língua portuguesa é o arcebispo do Rio de Janeiro, D. Orani Tempesta. O prelado mais novo é Chibly Langlois, de 55 anos, enquanto que o mais idoso tem 98 anos.
O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, não consta da lista, «seguindo a tradição recente de não criar dois cardeais eleitores na mesma sede diocesana», dado que D. José Policarpo, patriarca emérito, não completou 80 anos, explica a Agência Ecclesia.
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