segunda-feira, 31 de março de 2014
domingo, 30 de março de 2014
IV DOMINGO DA QUARESMA- PROCISSÃO DO SENHOR DOS PASSOS
Nosso Senhor dos Passos é uma invocação de Jesus Cristo e uma devoção especial na Igreja Católica a ele dirigida, que faz memória ao trajecto percorrido por Jesus Cristo desde sua condenação à morte no pretório até o seu sepultamento, após ter sido crucificado no Calvário.
A história desta devoção remonta à Idade Média, quando os cruzados visitavam os locais sagrados de Jerusalém por onde andou Jesus a caminho do martírio, e quiseram depois reproduzir espiritualmente este caminho quando voltaram à Europa sob forma de dramas sacros e procissões, ciclos de meditação, ou estabelecendo capelas especiais nos templos.
No século XVI se fixaram 14 momentos principais deste trajecto, embora o número tenha variado na história do catolicismo de sete a 39. Estes pontos principais são chamados de as estações ou os passos da Paixão de Cristo ao longo da Via Sacra ou Via Crucis.
Este domingo, devido ao tempo chuvoso, a Procissão do Senhor dos Passos, não pode percorrer as ruas da nossa vila. No entanto, as muitas pessoas presentes durante a Eucaristia, acompanharam a imagem do Senhor dos Passos, num circuito dentro da Igreja, enquanto a Banda de Alegrete nos convidava a meditar e alimentava a nossa fé e devoção.
Para dar, é preciso ter recebido antes
Nossa vocação é ser fontes, mas para isso precisamos buscar o poço que as alimenta
É difícil passar sede. É duro viver continuamente com sede. A sede do deserto. A sede da solidão. A sede do pecado, da angústia. Cristo, do alto da cruz, diz: “Tenho sede”. Mas a sede de Jesus é sede de amor, do nosso amor sincero. Ele tem sede de nós, que muitas vezes lhe fechamos a porta. Tem sede da nossa vida, que com frequência desperdiçamos.
O homem de hoje também tem muita sede. Sede de uma água pura, sede de verdade, de justiça, de amor, de paz. Sede de uma família na qual descansar, de um lar no qual enraizar-se. Sede de um Deus que acalme sua necessidade de infinito. Sede de perdão, de misericórdia, de uma mão que o socorra e o tire de sua dor. Sede de saúde, de vida plena, de alegria.
Muitas vezes, caminhamos com sede. Só quem tem sede deseja beber. Só quem experimentou a seca pode, cansado, suplicar por água. Às vezes, nem percebemos essa nossa sede: vivemos os dias automaticamente e não olhamos para o nosso interior.
A Quaresma é esse momento de deserto, de olhar para dentro de nós, de parar um pouco, de ver nossa sede, nossa inquietude. Tempo de pedir a Deus e ao próximo que nos dê de beber, que nos dê a água que nos falta.
É verdade que, se não sabemos de que temos sede, não podemos pedir nada. E se não conhecemos a sede do próximo, não podemos dar nada. Mas às vezes vivemos assim, cada um com a sua água, desconhecendo a água do outro, a sede do outro, a minha sede, a minha água.
Qual é a minha sede? Aquilo por que eu anseio, o que me inquieta, o que me acontece e não me deixa repousar, isso que me queima por dentro. E qual é a água que eu posso dar? Meus dons, qualidades, minha capacidade de amar.
E qual é a sede do meu próximo? Qual é a água que os outros têm e que me falta? Sei pedi-la?
Precisamos voltar aos poços dos quais é possível tirar água pura. Abbé Pierre disse: “Para que haja fontes no deserto, é preciso haver poços escondidos na montanha”. Da fonte mana a água que vem das profundezas do poço.
Nós temos a vocação de ser fontes, mas para isso precisamos buscar o poço que as alimenta, o poço do qual podemos tirar a água da qual necessitamos.
Segundo S. Alberto Magno, “existem três tipos de plenitude: a do vaso, que retém e não dá; a do canal, que dá e não retém; e a da fonte, que cria, retém e dá”. Queremos dar a água que recebemos, queremos nos abrir para que muitos possam beber. Não queremos ser como o vaso nem como o canal. Isso não nos basta. Nossa vocação é ser fontes.
Mas, para isso, o poço precisa ter água. Se a fonte está seca, é porque o poço também está. O poço precisa ser profundo, para que a água nunca se acabe. Para isso, precisamos votar sempre novamente a esses lugares nos quais podemos nos encher de água e de vida.
Quais são as fontes das quais bebemos? Como enchemos de água nosso próprio poço? Os lugares nos quais abastecemos nosso poço podem ser lugares santos, nos quais o coração vibra, se enamora, descansa e sonha.
Mas também podem ser pessoas santas que nos enchem de Deus, aquelas pessoas de cuja autenticidade e verdade podemos beber, nas quais podemos descansar. São lares nos quais somos o que temos de ser, sem medo de ser rejeitados.
O homem de hoje também tem muita sede. Sede de uma água pura, sede de verdade, de justiça, de amor, de paz. Sede de uma família na qual descansar, de um lar no qual enraizar-se. Sede de um Deus que acalme sua necessidade de infinito. Sede de perdão, de misericórdia, de uma mão que o socorra e o tire de sua dor. Sede de saúde, de vida plena, de alegria.
Muitas vezes, caminhamos com sede. Só quem tem sede deseja beber. Só quem experimentou a seca pode, cansado, suplicar por água. Às vezes, nem percebemos essa nossa sede: vivemos os dias automaticamente e não olhamos para o nosso interior.
A Quaresma é esse momento de deserto, de olhar para dentro de nós, de parar um pouco, de ver nossa sede, nossa inquietude. Tempo de pedir a Deus e ao próximo que nos dê de beber, que nos dê a água que nos falta.
É verdade que, se não sabemos de que temos sede, não podemos pedir nada. E se não conhecemos a sede do próximo, não podemos dar nada. Mas às vezes vivemos assim, cada um com a sua água, desconhecendo a água do outro, a sede do outro, a minha sede, a minha água.
Qual é a minha sede? Aquilo por que eu anseio, o que me inquieta, o que me acontece e não me deixa repousar, isso que me queima por dentro. E qual é a água que eu posso dar? Meus dons, qualidades, minha capacidade de amar.
E qual é a sede do meu próximo? Qual é a água que os outros têm e que me falta? Sei pedi-la?
Precisamos voltar aos poços dos quais é possível tirar água pura. Abbé Pierre disse: “Para que haja fontes no deserto, é preciso haver poços escondidos na montanha”. Da fonte mana a água que vem das profundezas do poço.
Nós temos a vocação de ser fontes, mas para isso precisamos buscar o poço que as alimenta, o poço do qual podemos tirar a água da qual necessitamos.
Segundo S. Alberto Magno, “existem três tipos de plenitude: a do vaso, que retém e não dá; a do canal, que dá e não retém; e a da fonte, que cria, retém e dá”. Queremos dar a água que recebemos, queremos nos abrir para que muitos possam beber. Não queremos ser como o vaso nem como o canal. Isso não nos basta. Nossa vocação é ser fontes.
Mas, para isso, o poço precisa ter água. Se a fonte está seca, é porque o poço também está. O poço precisa ser profundo, para que a água nunca se acabe. Para isso, precisamos votar sempre novamente a esses lugares nos quais podemos nos encher de água e de vida.
Quais são as fontes das quais bebemos? Como enchemos de água nosso próprio poço? Os lugares nos quais abastecemos nosso poço podem ser lugares santos, nos quais o coração vibra, se enamora, descansa e sonha.
Mas também podem ser pessoas santas que nos enchem de Deus, aquelas pessoas de cuja autenticidade e verdade podemos beber, nas quais podemos descansar. São lares nos quais somos o que temos de ser, sem medo de ser rejeitados.
sábado, 29 de março de 2014
A fé baptismal é iluminação
https://www.youtube.com/watch?v=R289paC0Uns
É preciso, antes de tudo, ter presente essa afirmação que está no centro do trecho do livro de Samuel: o Senhor não vê a aparência, mas o que está no coração (cf. 1Sm 16,7). O Senhor não julga à maneira dos homens. Deus não se deixa levar pela aparência. No contexto da Quaresma, e para além dela, somos convidados a desejar ver para além das aparências, e considerar o coração, o que a pessoa efectivamente é. Aí não há engano. O que transforma o nosso olhar e faz com que seja semelhante ao olhar de Deus sobre cada pessoa é a fé, que é iluminação.
É Deus, e somente Ele, que faz com que a luz brilhe nas trevas. Que o Senhor nos conceda sempre a luz da fé e, por ela, mantenha acesa em nós a chama da esperança. Que Deus nos dê a todos a graça da coragem, da audácia, do testemunho que brota e é exigido da fé em Jesus Cristo."
Carlos Alberto Contieri, sj
Por que a Quaresma?
A meta da Quaresma é a expiação dos pecados; pois eles são a lepra da alma. Não existe nada pior do que o pecado para o homem, a Igreja e o mundo
Desde os primórdios do Cristianismo a “Quaresma marcou para os cristãos um tempo de graça, oração, penitência e jejum, afim de obter a conversão. Ela nos faz lembrar as palavras do Mestre divino: “Se não fizerdes penitência, todos perecereis” (Lc 13,3).Esses quarenta dias que precedem a Semana Santa, são colocados pela Igreja para que cada um de nós se prepare para a maior de todas as Solenidades litúrgicas do ano, a Páscoa, a grande celebração da Ressurreição de Jesus, a vitória Dele e nossa sobre o Mal, sobre o pecado, sobre a morte e sobre o inferno.
A celebração litúrgica não é mera lembrança do passado, algo que aconteceu com Jesus e passou, não. Jesus está presente na Liturgia. O Catecismo diz que: “Pela liturgia, Cristo, nosso redentor e sumo sacerdote, continua em sua Igreja, com ela e por ela, a obra de nossa redenção.” (§1069). Isto é, pela Liturgia da Igreja Ele continua a nos salvar, especialmente pelos Sacramentos, e faz tornar presente a nossa redenção.
Mas, para que o cristão possa se beneficiar dessa celebração precisa estar preparado, com a alma purificada e o coração sedento de Deus. A Igreja recomenda sobretudo que vivamos aquilo que ela chama de “remédios contra o pecado” (jejum, esmola e oração), que Jesus recomendou no Sermão da Montanha (Mt 6, 1-8) e que a Igreja nos coloca diante dos olhos logo na Quarta-feira de Cinzas, na abertura da Quaresma.
A meta da Quaresma é a expiação dos pecados; pois eles são a lepra da alma. Não existe nada pior do que o pecado para o homem, a Igreja e o mundo.
Todos os exercícios de piedade e de mortificação têm com objetivo de livrar-nos do pecado. O jejum fortalece o espírito e a vontade para que as paixões desordenadas, especialmente aquelas que se referem ao corpo (gula, luxúria, preguiça), não dominem a nossa vida e a nossa conduta. A esmola socorre o pobre necessitado e produz em nós o desapego e o despojamento dos bens terrenos; isto nos ajuda a vencer a ganância e o apego ao dinheiro. A oração fortalece a alma no combate contra o pecado. Jesus recomendou na noite de sua agonia: “Vigiai e orai, o espírito é forte mas a carne é fraca”. A Palavra de Deus nos ensina: “É boa a oração acompanhada do jejum e dar esmola vale mais do que juntar tesouros de ouro, porque a esmola livra da morte, e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna” (Tb 12, 8-9).
“A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos pecados”(Eclo 3,33). “Encerra a esmola no seio do pobre, e ela rogará por ti para te livrar de todo o mal” ( Eclo 29,15).
Jesus ensinou: “É necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo” (Lc 18,1b); “Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt 26,41a); “Pedi a se vos dará” (Mt 7,7) . E São Paulo recomendou: “Orai sem cessar” (I Ts 5,17).
Quaresma é pois tempo de rompimento total com o pecado. Alguns pensam que não têm pecado, se julgam irrepreensíveis, como aquele fariseu da parábola que desprezava o pobre publicano (Lc 18,10 ss); mas na verdade, muitas vezes não percebem os próprios pecados por causa de uma consciência mal formada que acaba encobrindo-os. Para não cairmos neste erro temos de comparar a nossa vida com aqueles que foram os modelos de santidade: Cristo e os Santos.
Prof. Felipe Aquino
(Cléofas)
sexta-feira, 28 de março de 2014
Papa: ter sempre um pequeno Evangelho no bolso
“Em qualquer momento do dia, eu pego do bolso o Evangelho e leio alguma coisinha, um pequeno trecho. Ali é Jesus que nos fala, no Evangelho!”
No contexto da leitura bíblica da Transfiguração, o Papa recordou que Deus diz: “Escutai Jesus!”.
Francisco explicou que “é muito importante este convite do Pai. Nós, discípulos de Jesus, somos chamados a ser pessoas que escutam a sua voz e levam a sério suas palavras”.
“Para escutar Jesus, é preciso ser próximo a Ele, segui-Lo, como faziam as multidões do Evangelho que o seguiam pelos caminhos da Palestina”, disse.
Segundo o Papa, é preciso seguir Jesus para escutá-Lo. “Mas também escutamos Jesus na sua Palavra escrita, no Evangelho”.
“Faço uma pergunta a vocês: vocês lêem, todos os dias, um trecho do Evangelho? Sim, não…sim, não…Meio a meio… Alguns sim e alguns não. Mas é importante! Vocês lêem o Evangelho? É uma coisa boa; é uma coisa boa ter um pequeno Evangelho, pequeno, e levá-lo connosco, no bolso, na bolsa, e ler um pequeno trecho em qualquer momento do dia.”
“Em qualquer momento do dia, eu pego do bolso o Evangelho e leio alguma coisinha, um pequeno trecho. Ali é Jesus que nos fala, no Evangelho! Pensem nisto. Não é difícil, nem necessário que sejam os quatro: um dos Evangelhos, pequenino, connosco. Sempre o Evangelho connosco, porque é a Palavra de Jesus para poder escutá-Lo.”
O Papa pediu para não esquecermos disso: “escutem Jesus! E pensem nesta questão do Evangelho: vocês o farão? Farão isto? Depois, no próximo domingo, vocês me dirão se fizeram isto: ter um pequeno Evangelho no bolso ou na bolsa para ler um pequeno trecho no dia”.
(Leia a íntegra do Angelus no site da Canção Nova)
Como Jesus acalma nossos medos?
Cristo toca, se envolve, motiva e nos dá paz, com seu poder que vence a dor e a morte
Mas, além de aproximar-se, Ele nos toca. Jesus toca em muitos momentos da vida. Toca o doente, o ferido, o moribundo. Toca e cura, dá a vida, devolve a saúde. Tocar é um gesto muito próprio do Senhor. Ele sempre toca. Impõe as mãos, levanta quem caiu, carrega o doente. Quem toca se envolve.
Jesus toca para acalmar os discípulos. É um gesto de carinho, de compreensão. É como se Ele estivesse lhes dizendo que não vai abandoná-los, que estará sempre ao seu lado.
Também lhes pede que se levantem e que não temam. Jesus pede isso a nós também. Quer que nos levantemos, que estejamos dispostos a dar a vida, corajosos, vencendo o temor. Não quer que tenhamos medo da vida, da entrega, do caminho.
Mas a verdade é que o medo é forte. Tudo o que não controlamos e desconhecemos nos assusta. Temos medo da morte e da doença. De fracassar e perder. Temos medo de que os sonhos se desmoronem, que o rumo da nossa vida mude subitamente por algum motivo incontrolável.
Claro, estas palavras são para nós que vivemos com medo. Jesus nos toca hoje e nos diz: “Não tema, levante-se”. Quer que vamos com Ele, de mãos dadas, até onde Ele quiser. Quer que não nos assustemos ao pensar no futuro e que saibamos caminhar ao seu lado sem mais protecção.
O temor pode chegar a paralisar-nos. É necessário, então, confiar no poder de Cristo. Bento XVI dizia: “Só o poder que está sob a bênção de Deus pode ser digno de confiança. Jesus tem esse poder enquanto ressuscitado, isto é, este poder pressupõe a cruz, pressupõe a morte. Pressupõe o outro monte, o Gólgota, onde morreu pregado na cruz, escarnecido pelos homens e abandonado pelos seus. O Reino de Cristo é diferente dos reinos da terra e do seu esplendor”.
É o poder daquele que vence a dor e a morte, daquele que dá paz à alma.Cristo vivo, ressuscitado, nos dá seu poder e sua paz.
Em seu poder nós podemos confiar. Mas como nos custa confiar no Senhor! Seu poder não é reconhecível, não podemos tocá-lo. Não distinguimos sua mão protegendo e tocando, não percebemos seu abraço consolador. Sentimo-nos sozinhos no meio da batalha e então o medo nos invade. Onde está sua vitória?
Sua forma de vencer não é a nossa. A sua vem da pobreza e do invisível, de onde o homem não pode se gloriar do seu próprio poder, onde suas forças não alcançam e ele experimenta a fraqueza. Lá, no Gólgota, encontra-se o caminho da vida.
quinta-feira, 27 de março de 2014
Dar felicidade
Há pessoas que irradiam luz e nos fazem imaginar como será nossa felicidade no céu
Há pessoas que sabem aproveitar cada instante. Sentem-se em casa com facilidade em qualquer lugar. Avaliam tudo positivamente. Têm um olhar inocente e confiante sobre a vida.Essas pessoas – cada vez mais raras – fazem da vida uma corrente ininterrupta de momentos de luz. Talvez sejam tocadas por Deus de uma maneira especial. Elas existem, conheço algumas.
No entanto, há outras que vêem escuridão e se recreiam no temor. Não avançam, temem, retrocedem. Julgam com dureza, fecham-se em sua própria carne. Tudo lhes parece pouco. Vivem com medo do futuro e se sentem mal com o seu passado. Não aceitam seu presente e não vêem luz em nada do que as cerca.
Não escutam a voz de Deus dizendo-lhes o quanto as ama. E sempre pensam que deveriam ser mais amadas do que são. Porque nada é suficiente. Sim, também conheço algumas dessas pessoas que tiram a cor da vida e a tornam cinza e triste.
Em que grupo de pessoas nos encontramos? Talvez em um grupo intermediário: nem tão cinza, nem com tanta luz.
Mas é verdade que é possível preencher com um pouco mais de luz a nossa vida e a dos outros. É possível mudar o olhar, melhorar, avançar.Deus pode fazer isso. É possível transformar a noite em amanhecer, porque sempre há esperança. A resposta está em nós, que podemos ver a vida de forma muito diferente.
Já na terra começamos a viver o que será no céu. Ainda que velado. Deus nos oferece sua presença, seu amor. Dá-nos momentos de paz e de céu. A promessa de Deus é que já aqui, em nossa vida, Ele caminha connosco.
Aqui experimentamos faíscas do que será a plenitude no céu. Lá, não será preciso descer da montanha. Os momentos de paz da nossa vida serão eternos.
Esta paisagem que contemplamos, as conversas nas quais descansamos, esses momentos de oração ou de amizade que respiramos, esses instantes em que sentimos que alguém nos amava muito e a vida tinha um sentido.
Esses momentos em que vimos Deus em alguém. Essas pessoas que, quando as vemos, fazem com que nos esqueçamos de tudo que há de ruim, que nos libertam e nos ajudam a descansar.
Pessoas que nos olham nos olhos e diante de quem podemos ser quem somos, porque sabemos que nos acolherão assim. Pessoas que acreditam e confiam, que fazem seus os nossos sonhos. Que se interessam pelas nossas coisas, até pelas pequenas coisas, só pelo fato de serem nossas.
Elas tiram os obstáculos do nosso caminho e olham para o nosso coração até o fundo, compreendendo-nos.
Quem é assim em nossa vida? E eu, sou esse Tabor para as pessoas ao meu redor?
Todos nós temos momentos de vida em nossa história. Acho que é fundamental vivê-los a fundo, tirar as sandálias para pisar esse terreno sagrado. São pedaços de céu que nos ajudam a saber como será estar com Deus para sempre. Algo parecido, mas melhor e eterno.
Para isso fomos criados, para o lar que não passa. Todas as nossas experiências de beleza e de bondade, de luz e de paz, de estar, de chegada, na verdade são momentos em que Deus, como esse dia na montanha, nos diz que nos ama, que somos seus filhos predilectos.
Ele nos espera todos os dias, quer estar connosco. Até que estejamos juntos para sempre. A luz que um dia vi permanece dentro e iluminará os momentos de escuridão. A paz que um dia vivi me dará forças quando tudo mudar. O amor que senti me ajudará a crer quando eu me sentir sozinho.
Padre Carlos Padilla
www.aleteia.org
quarta-feira, 26 de março de 2014
10 sugestões de Santo Antônio para fazer penitência pelos pecados
Um breve guia para a quaresma
Santo António, tão querido dos Portugueses, é um nome muito adequado para a quaresma, já que, como todos os santos franciscanos, sempre dedicados à conversão e à penitência, ele nos sugere pelo menos 10 formas de realizar algum exercício penitencial.
A "disciplina de mortificação", apesar de cansativa, não precisa ser chata! Os santos também podem nos ajudar a escolher uma forma adequada de nos prepararmos para a Páscoa, ou de perceber que as coisas que já fazemos têm valor se as oferecermos com intenção de reparação pelos pecados:
1. Renúncia à própria vontade;
2. Abstinência de comida e bebida;
3. Rigor do silêncio;
4. Vigílias de oração durante a noite;
5. Derramamento de lágrimas;
6. Dedicação de tempo à leitura;
7. Trabalho físico exigente;
8. Ajudar generosamente os outros;
9. Vestir-se modestamente;
10. Desprezar a própria vaidade.
Estas sugestões de Santo Antônio de Pádua vêm do seu Sermão do Domingo de Pentecostes, 1§7.
A "disciplina de mortificação", apesar de cansativa, não precisa ser chata! Os santos também podem nos ajudar a escolher uma forma adequada de nos prepararmos para a Páscoa, ou de perceber que as coisas que já fazemos têm valor se as oferecermos com intenção de reparação pelos pecados:
1. Renúncia à própria vontade;
2. Abstinência de comida e bebida;
3. Rigor do silêncio;
4. Vigílias de oração durante a noite;
5. Derramamento de lágrimas;
6. Dedicação de tempo à leitura;
7. Trabalho físico exigente;
8. Ajudar generosamente os outros;
9. Vestir-se modestamente;
10. Desprezar a própria vaidade.
Estas sugestões de Santo Antônio de Pádua vêm do seu Sermão do Domingo de Pentecostes, 1§7.
Fontes: Cantuale Antonianum
www.aleteia.org
Quaresma, tempo de alegria
Quando a renúncia é feita por um bem maior, crescemos e nos alegramos com cada pequeno passo
Queremos ser donos da nossa vida e do nosso corpo para discernir no Espírito. Dominando o corpo ao qual amamos, nós nos tornamos livres para buscar o que Deus quer de nós. Livres para amar mais, para entregar mais, para não ser mesquinhos.
No fundo, não queremos ser arrastados pelos nossos instintos mais elementares. Queremos que tudo pertença a Deus. Queremos aprender a renunciar para ser mais de Deus, para pertencer a Ele por inteiro. Mas queremos fazer isso como alegria. Não adianta viver o sacrifício com cara de tristeza.
Jesus nos pede que ninguém perceba que jejuamos. Porque só Deus tem que ver isso. E nós temos de aprender a tirar o bem do mal, o bom da carência, da renúncia.
O sacrifício tem que produzir em nós a alegria interior. A renúncia é só um símbolo que nos mostra o valor de dizer “não”. E, ao fazê-lo, nós nos alegramos por cada pequena vitória. Mas como isso pode ser custoso!
Dizer “não” a algo ruim nos parece evidente, até saudável e santo. Mas renunciar a algo bom pode nos parecer uma perda, o que nos entristece. Na verdade, fazemos isso visando a um bem maior, mais alto.
Renunciamos por amor a Deus, ao próximo e a nós mesmos. Na renúncia, crescemos e nos alegramos com esses pequenos passos que nos custam. É por tudo isso que este tempo Quaresmal é alegre.
Ao mesmo tempo, a renúncia nos torna mais solidários e nos une a todos aqueles que não renunciam por livre vontade, mas porque podem fazê-lo de outra forma.
Há tantas pessoas que hoje, com a crise e a falta de emprego, chegam a passar fome e necessidade. Tantos indigentes que dependem da ajuda de outros, pessoas sozinhas, sem ninguém para cuidar delas ou dar-lhes carinho.
Sim, a renúncia nos une a eles, nos torna solidários, irmãos, mais humanos; faz com que deixemos de olhar para nós mesmos. Faz-nos viver livremente o que muitos vivem por obrigação. Permite-nos acompanhá-los em sua necessidade e rezar por eles.
O amor faz da renúncia um trampolim para o céu. Só assim há plenitude. No caminho, faremos que o cansaço seja descanso e as dores, motivos de esperança. Porque o cristão é assim. Ao viver enamorado de Cristo, ele dá um sentido a tudo o que faz e a tudo o que sofre, a tudo o que vive e sonha. É a capacidade de deixar que Deus veja por meio do próprio coração.
Não renunciamos porque a vida pode nos fazer pecar. Renunciamos porque nos educamos para a vida. E a vida sempre, ainda que às vezes não queiramos, tem uma cota importante de renúncia, de negação de si mesmo, de esvaziamento para deixar-nos preencher por Deus.
Padre Carlos Padilla ( aleteia)
terça-feira, 25 de março de 2014
Anunciação
"Só com o coração humilde, como aquele de Maria, podemos nos aproximar de Deus" Papa Francisco
Boa festa da Anunciação a todos!
Você já deixou de sentir sede?
Às vezes é mais cómodo viver a escravidão sem amor do que amar na liberdade
Pode ser que vejamos muitas coisas a serem mudadas e não saibamos por onde começar. E nunca começamos. Sonhamos com o céu sem levantar voo. O esforço nos custa. Como dizia Gabriel García Márquez: “Aprendi que todo mundo quer viver no topo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na maneira de subi-la”.
Queremos já estar no topo, sem luta, sem ter de sofrer a dureza e a sede do caminho. Não é assim. É preciso aprender a desfrutar também o caminho e a sede. Mas nos assusta a ideia do esforço e da necessidade de mudança. Por isso, nós nos acostumamos com a vida, e mudar nos parece uma quimera, um esforço absurdo. A escravidão é mais cómoda que a liberdade.
A mulher samaritana que tirava água do poço era uma mulher ferida e escrava: teve cinco maridos. Estava ferida no amor, no mais profundo. Buscava água para acalmar sua sede. Vivia escrava de si mesma. Cinco maridos e um amante.
Ela talvez vivesse a vida que não havia sonhado, que não havia querido. Apenas sobrevivia. Muitos fracassos e sensabores. Talvez sua dor fosse tão profunda, que nenhuma água era capaz de aliviar. Uma mulher desprezada, rejeitada, à margem do caminho.
Jesus olha para ela de um jeito novo; reconhece-a sem jamais tê-la visto antes. Vê sua beleza interior, sua alma pura, sua verdade.
O povo de Israel também havia sido um povo escravo. Deus o libertou, acreditou nele, viu sua verdade. Caminhando pelo deserto, os israelitas sentiram sede e clamaram a Deus: “Tu nos fizeste sair do Egito para fazer-nos morrer de sede, nós, nossos filhos e nosso gado?”. Na escravidão, não tinham liberdade, mas não padeciam necessidades, não sentiam sede nem fome. Na liberdade do deserto, sofreram, padeceram.
A mulher samaritana, em sua ferida de amor, tem uma sede eterna. É escrava e tem seu poço para aliviar temporariamente sua sede. Mas a sede mais profunda continua. Às vezes, é mais cómodo viver a escravidão sem amor, que amar na liberdade.
Ser escravos limita as possibilidades de optar na vida, mas dá tranquilidade, alivia a sede por um tempo. Não queremos ser escravos, mas muitas vezes o somos, porque a liberdade tem seus riscos e dói. Não nos atrevemos a sofrer a sede do deserto.
www.aleteia.org
Informação Paroquial
Durante a Eucaristia deste domingo, foram apresentados à comunidade os jovens da Instituição" PRA CACHOPOS" que irão receber o Baptismo na Vigília Pascal.
No próximo sábado, dia 29, teremos como habitualmente na Quaresma, a Celebração Penitencial, na Eucaristia das 18:30H, na Igreja de Nª Srª da Luz.
Também no sábado pelas 21:00H , na Casa Paroquial, teremos a Oração de Taizé.
Domingo, dia 30 de Março ( Domingo IV da Quaresma) celebraremos o Domingo de Passos, na nossa Paróquia.
A Eucaristia será às 16:00H, seguida da Procissão, que percorrerá o itinerário habitual.
segunda-feira, 24 de março de 2014
QUARESMA TEMPO PARA AMAR
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www.youtube.com/watch?v=s2Vqgx2Dy6g
www.youtube.com/watch?v=s2Vqgx2Dy6g
Quaresma:
Tempo para partir...
tempo para a oração...
tempo para perdoar
Tempo para partilhar...
tempo para amar!
Tempo para partir...
tempo para a oração...
tempo para perdoar
Tempo para partilhar...
tempo para amar!
Toma a tua cruz...
Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. (São Mateus 16, 24)
domingo, 23 de março de 2014
Acredite...
Como são belos, Senhor Jesus, os momentos em que Tu Te revelas...
Dizes que "vai chegar a hora" e a mulher acrescenta "que vai chegar o Messias"!
Que diálogo admirável!
É assim que sempre acontece! Quando partilho conTigo os meus segredos, Tu vais-me "fazendo saber todas as coisas", vais-me entregando a identidade do Teu Ser: "Esse Messias SOU EU, que estou a falar contigo."
Ajuda-me, Senhor Jesus, a estar preparada para compreender esta revelação, para experimentar este AMOR, ao ponto de, à semelhança da samaritana, abandonar o poço, o cântaro, afastar-me da montanha... porque todo o resto me é dado por Ti!
Ensina-me, Senhor Jesus, a rezar sempre...
Ensina-me, Senhor Jesus, a acolher-Te quando vens ao meu encontro...
Ensina-me, Senhor Jesus, a beber sempre da Tua Água que me saciará e me dará a felicidade que eu desejo.
Ensina-me, Senhor Jesus, a acolher-Te no pobre, no fraco, no rejeitado, no necessitado...
Ensina-me, Senhor Jesus, a tornar-me finalmente livre!
http://www.youtube.com/watch?v=iHa4L3TV-bo#t=249
Salmo 94
https://www.youtube.com/watch?v=htlYeXj1Gck
Hoje não fecheis o vosso coração, mas ouvi a voz do Senhor
sábado, 22 de março de 2014
3º Domingo da Quaresma
https://www.youtube.com/watch?v=N2MWclv0h2Y
O DOM DE DEUS
Jesus tornou-se o dom de Deus na vida da mulher que ele encontrou junto ao poço de Siquém. A descoberta do dom divino deu-se de maneira gradativa. A reação inicial da mulher foi de rejeição, fruto de preconceitos. Ela não podia compreender como um judeu tivesse a ousadia de dirigir-se a uma samaritana, dado a inimizade histórica entre estes dois grupos.
O comentário de Jesus, diante desta negativa, despertou nela um certo interesse. A alusão à possibilidade de obter "água viva" suscitou um mal-entendido: a mulher entreviu a possibilidade de ver-se livre da obrigação de buscar água, naquele poço tão profundo. Assim, quando Jesus falou de uma água que jorra para a vida eterna, ela manifestou o desejo de obtê-la. Para isso, o Mestre colocou como condição que trouxesse consigo seu marido. Foi quando Jesus começou a penetrar na vida pessoal da samaritana, mostrando conhecê-la muito mais do que ela pensava. O Mestre manifestou seu interesse por aquela mulher desconhecida. A partir daí ela começou a se abrir para a fé. O tema da água foi substituído pela questão da adoração a Deus. De modo pedagógico e delicado, Jesus conduziu-a nos meandros da fé, a ponto de fazê-la compreender que tinha diante de si o Messias longamente esperado.
Assim que ela acolheu o dom de Deus na pessoa de Jesus, tornou-se proclamadora de sua presença como Messias salvador. E muitos acreditaram, a partir do testemunho da mulher.
Oração
Pai, em Jesus, tu nos destes um dom precioso. Dá-me a graça de reconhecê-lo e acolhê-lo, cheio de fé, e deixar minha vida ser transformada por ele.
sexta-feira, 21 de março de 2014
Coletânea de frases do Papa Francisco
Uma selecção de 15 frases de Francisco que mostram seu pensamento como pontífice e pastor
“Há a espremedura de laranja, há a espremedura de maçã, há a espremedura de banana, mas, por favor, não bebam “espremedura” de fé. A fé é integral, não se espreme. É a fé em Jesus.” (Encontro com os jovens argentinos, 25 de Julho de 2013)
“Acaso sou o guarda do meu irmão? Sim, tu és o guarda do teu irmão! Ser pessoa significa ser guardas uns dos outros!” (Vigília de oração pela paz, 7 de Setembro de 2013)
“Cuidado com a tentação da inveja! Estamos no mesmo barco e vamos para o mesmo porto! Peçamos a graça de nos alegrarmos com os frutos alheios, que são de todos.” (Exortação apostólica Evangelii Gaudium)
“Ah, como eu queria uma Igreja pobre e para os pobres!” (Discurso, 16 de março de 2013)
“A fé não é um refúgio para gente sem coragem, mas a dilatação da vida: faz descobrir uma grande chamada – a vocação ao amor – e assegura que este amor é fiável, que vale a pena entregar-se a ele.” (Lumen Fidei)
“Nunca sejais homens e mulheres tristes: um cristão não o pode ser jamais! Nunca vos deixeis invadir pelo desânimo!” (Homilia, XXVII Jornada Mundial da Juventude, 24 de Março de 2013)
“Deus escolhe sempre 'os pequeninos', chama-os pelo nome e estabelece com eles uma relação pessoal: é por isso que, para dialogar com Ele, é preciso antes tornar-se 'pequenino'.” (Homilia, Santa Marta, 24 de Janeiro de 2014)
“Um coração no qual há muitas coisas que vão e voltam parece um mercado de bairro, onde se encontra de tudo. Exactamente por esta razão é necessária uma obra constante de discernimento; para compreender o que é verdadeiramente do Senhor.”(Santa Marta, 9 de Janeiro de 2014)
“A esperança é a mais humilde das três virtudes teologais, porque se esconde na vida. Contudo, ela nos transforma em profundidade.” (Santa Marta, 31 de Outubro de 2013)
“Deus chama para escolhas definitivas, Ele tem um projecto para cada um: descobri-lo, responder à própria vocação, é caminhar para a realização feliz de si mesmo.” (Encontro com os Voluntários da XXVIII JMJ, 28 de Julho de 2013)
“Não tenhais medo do compromisso, do sacrifício, e não olheis para o futuro com temor; mantende viva a esperança: há sempre uma luz no horizonte.” (Audiência geral, 1º de maio de 2013)
“Esta é a beleza da Igreja: a presença de Jesus no meio de nós!” (Audiência geral, 16 de Outubro de 2013)
“O homem precisa de conhecimento, precisa de verdade, porque sem ela não se mantém de pé, não caminha. Sem verdade, a fé não salva, não torna seguros os nossos passos.” (Lumen Fidei)
"Rezai por mim." (Twitter, 13 de Março de 2014)
Quaresma, tempo de rever o caminho
Jonas 3,1-10 - "DEIXEM CADA UM O SEU MAU CAMINHO E CONVERTA-SE DA VIOLÊNCIA QUE HÁ EM SUAS MÃOS".
Tempo da Quaresma - Tempo de rever o caminho!
Por onde estou andando?! Que caminho estou tomando?!
Se o meu caminho não está me conduzindo a Deus tenho a obrigação de mudar de rota. O caminho que leva a Deus sempre foi e sempre será Jesus. Sempre passará por Ele.
Quem sabe já andamos por tantos atalhos. Atalhos estes que não nos conduzem a lugar nenhum, ou melhor, nos conduzem à tristeza e ao precipício. Sugestão: deixar esse caminho e voltar-se para o caminho que nos conduz à verdade e à vida.
Reze assim: "Senhor, meu Deus e Pai, apresento-me diante de vós com pedidos de aceitar-me de volta em seus caminhos. Conduzi-me, Senhor, neste caminho que me leva à vida e que me faz íntegro, feliz e liberto.
Já errei muito, Senhor! Já fiz tantas opções erradas! O tempo vai passando e eu não quero e não posso errar tanto! Dai-me o discernimento, dai-me a sabedoria do alto e assim com sua presença a me guiar eu serei conforme Vós me fizestes. Fortalecei-me, Senhor, nos seus caminhos. Amém".
(Pe. Mauro Zandona, SdP).
www.facebook.com/BelezaDaIgrejaCatolica
quinta-feira, 20 de março de 2014
“REFLEXÃO/RETIRO DE QUARESMA”- MCC
M.C.C.
DIOCESE DE PORTALEGRE – CASTELO BRANCO
“REFLEXÃO/RETIRO DE QUARESMA”
NISA – 09/03/2014 – 1º. Domingo da Quaresma
Realizou-se novamente, desta vez na Igreja do Calvário, em Nisa, mais esta iniciativa do Secretariado Diocesano do MCC e que teve inicio pelas 15 horas, do dia 9 de Março, p.p..
Com a presença de cerca de uma centena de cursilhistas vindos de diversas paróquias da Diocese, o Diretor Espiritual, Padre Adelino Cardoso, deu início aos trabalhos, após o Acolhimento, com uma pequena oração, invocando o Espirito Santo.
Depois iniciou uma pequena reflexão, baseada na recente Exortação do Papa Francisco, intitulada “EVANGELII GAUDIUM”, incidindo especialmente no respectivo Capítulo V e que intitulou de EVANGELIZADORES COM ESPIRITO.
Seguiu-se a formação de grupos e a respectiva reunião, terminando com o plenário – que decorreu de forma bastante animada - e em que cada grupo refletiu sobre a questão proposta:
“Quais as implicações que este tema tem na vida de cada um de nós?”
A Eucaristia, celebrada na Igreja do Espirito Santo, ponto alto deste Encontro, foi momento de Ação de Graças, de partilha mas também de Compromisso pessoal e comunitário pois uma das opções fundamentais do MCC – e portanto, de cada cursilhista – é efectivamente FERMENTAR DE EVANGELHO OS AMBIENTES (IF 139,150, 654,660).
Um agradável lanche-convívio oferecido pelos cursilhistas locais, concluiu de forma alegre esta tarde de reflexão sobre um tema tão oportuno e motivador.
Como foi rezado na oração dedicada a Maria, Mãe da Evangelização:
“… Que a alegria do Evangelho chegue até aos confins da Terra.”
(José Gravelho)
“Quais as implicações que este tema tem na vida de cada um de nós?”
A Eucaristia, celebrada na Igreja do Espirito Santo, ponto alto deste Encontro, foi momento de Ação de Graças, de partilha mas também de Compromisso pessoal e comunitário pois uma das opções fundamentais do MCC – e portanto, de cada cursilhista – é efectivamente FERMENTAR DE EVANGELHO OS AMBIENTES (IF 139,150, 654,660).
Um agradável lanche-convívio oferecido pelos cursilhistas locais, concluiu de forma alegre esta tarde de reflexão sobre um tema tão oportuno e motivador.
Como foi rezado na oração dedicada a Maria, Mãe da Evangelização:
“… Que a alegria do Evangelho chegue até aos confins da Terra.”
(José Gravelho)
Quaresma: tempo de desconectar e fazer silêncio no coração
Estamos sempre com pressa, procurando sem encontrar, sem tempo para assimilar todas as experiências que temos no dia a dia
Como vai a sua vida de oração?
A Quaresma é um tempo privilegiado para buscar mais momentos de oração, para contemplar o Senhor na adoração, para ler a Bíblia e saborear a Palavra de Deus.
Tempo para meditar sobre a própria vida à luz de Maria no Santuário, buscando discernir os caminhos que precisamos seguir. Tempo para ler livros de espiritualidade que despertem novas perguntas em nós. Tempo para enxergar Deus na nossa vida, no silêncio, no escondido. Tempo para fazer algum retiro e voltar nosso olhar para o próprio coração.
Como é difícil desconectar, deixar as coisas um pouco de lado, parar e fazer silêncio! Estamos sempre com pressa, procurando sem encontrar, sem tempo para assimilar todas as experiências que temos. A Quaresma nos convida a ir ao deserto, seguindo os passos de Jesus, acompanhando sua busca.
Jesus sentiu fome no deserto. Jesus vivenciou a necessidade, a fome, a sede, a solidão. O ser humano sempre evita ter fome. Como é difícil fazer jejum quando a Igreja o propõe! Parece que é quando temos mais fome.
Na vida, buscamos satisfazer os sentidos, as necessidades, à medida em que vão surgindo. Se temos fome, comemos; se temos sede, bebemos; se precisamos de alguma coisa, compramos.
Achamos que satisfazer os desejos é o caminho da verdadeira felicidade. Como nos equivocamos! Um desejo satisfeito abre a porta para outro desejo. Maior ou diferente. E assim vamos, em um círculo interminável. Saber renunciar nos torna mais livres e, portanto, mais capazes de ser felizes.
Mas como custa sofrer a fome, a sede, a renúncia! Por isso, a Quaresma adquire um tom cinza, porque sentimos que temos de renunciar e nos parece que renunciar é perder algo importante, que não ter é ausência do que desejamos. Como podemos ser felizes renunciando?
Sempre que Deus nos pede uma renúncia, ela adquire um sentido muito verdadeiro. Ele nos convida a preencher nosso coração com o seu amor, com a sua vida. Mas é claro que isso dói.
O homem de hoje perdeu a imagem positiva da renúncia, que parece já não ter valor para ele. Não gostamos de sofrer a escassez, queremos tudo para "agora", achamos que precisamos de muitas coisas. Então, já saciados, nosso amor se empobrece e nossa personalidade se enfraquece.
Estamos acostumados a ter tudo facilmente. Nesta sociedade do bem-estar, nós nos habituamos rapidamente às coisas boas. O emburguesamento da alma é paulatino, lento, mas crescente. A alma vai perdendo força, ímpeto, e adormece. Vai se enfraquecendo quase sem percebermos.
Padre Carlos Padilla
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