sexta-feira, 7 de março de 2014

Deus presente na sua vida




Deus nos fala em nosso dia a dia, no templo santo da nossa alma

“Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”: é isso que Deus nos diz e espera de nós. Ele colocou sua glória em nosso coração, semeou sua vida divina em nossa alma. Somos santos porque Ele mesmo é santo.

São Paulo acrescenta que somos templos de Deus: “Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é sagrado – e isto sois vós. Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se julga sábio à maneira deste mundo, faça-se louco para tornar-se sábio, porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus” (1 Cor 3, 16-19).

Nossa tarefa é buscar a intimidade com o Senhor e cuidar dela, viver no templo da nossa carne em profunda união com Deus. Ele habita em nós e, assim, nossa vida se transforma.

Mas, às vezes, esse templo não tem ordem nem paz, pode estar sujo e ter obstáculos que não nos permitem subir mais alto. A alma nos pesa e nos puxa para baixo, para a terra, ao invés de aspirar ao céu. Acabamos escravizados. Queremos aprender a amar em Deus, mas amamos a nós mesmos de maneira egoísta.

Queremos aprender a crescer no amor, mas às vezes não nos sentimos dignos da presença de Deus. Queremos aprender a rezar, ver Deus na nossa vida, amá-lo no templo do nosso coração.

Deus está no humano, no quotidiano, em nossa vida, muitas vezes vivida na rotina. Sim, ainda que gostemos de coisas espectaculares e encontros extraordinários com Deus, Ele nos fala em nossa própria vida, no templo santo da alma, que está cheio e amores e desamores humanos, de encontros e desencontros, de decisões acertadas e erros, de rotina. Deus está aí, esperando-nos, querendo habitar o nosso coração.

Assim é esse Deus que nos procura e nos ama a cada dia. Ele quer que sejamos um templo habitável, porque, quando Ele chega, tudo se transforma.

Nossa alma, quando Deus não está nela, é um muro de gelo, um mar impossível de navegar. Só a presença de Deus e de Maria o tornam navegável. É o sentido da nossa vida: ser um mar navegável no qual muitos possam se encontrar com Deus e descansar no seu colo.

Padre Carlos Padilla ( Aleteia)

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