domingo, 30 de novembro de 2014

Vigiai! O Senhor virá!


https://www.youtube.com/watch?v=gfKrJyVXtbg

Vigiai! O Senhor virá!

Caminhando para as celebrações do Natal,
a Igreja como um todo coloca-se em vigilância.

Convida-nos a ler a presença, a vinda de Cristo,
nos acontecimentos de nossa vida.

É esta a vigilância que Cristo pede.

S. João da Cruz

Imagem

Procure a alma inclinar-se não ao que é mais fácil, mas ao mais difícil;
Não ao mais agradável, mas ao mais agreste;
Não ao mais gostoso, mas ao que menos gosto dá;
Não ao que é descanso, mas ao que é trabalhoso;
Não ao que é consolo, mas antes ao desconsolo;
Não ao mais, antes ao menos;
Não ao mais alto e precioso, mas ao mais baixo e desprezível;
Não a querer alguma coisa, mas a não querer nada;
Não a andar buscando o melhor das coisas temporais, mas o pior;
e, por amor de Cristo, a desejar entrar em toda a nudez e vazio e pobreza que há no mundo.
E estas obras convém que se dê a elas do coração e procure nelas aplainar a vontade.
Quem do coração as pratica, muito em breve, agindo ordenada e discretamente, nelas virá a achar grande alegria e consolação.


S. João da Cruz

sábado, 29 de novembro de 2014

Sempre há alguém ao nosso lado


amor


Este é o milagre do amor: para ele, não há distâncias




Este é o milagre do amor: para ele, não há distâncias.

Quando amamos, sempre estamos perto de alguém. Por mais perdido que se sinta, nosso amor o alcançará.

E quem ama de verdade jamais se sente perdido, nem no deserto, nem na cidade confusa.

Quem ama de verdade não se cansa de buscar diálogo e compartilhar a

vida.

Quem ama de verdade nunca está morto, nem de sede, nem de medo. Mas carrega em suas mãos a plenitude da vida, a água que reanima e o ânimo que dá coragem.

Sempre há alguém ao nosso lado. Quem ama, descobre sua presença. Do contrário, estará somente na multidão, terrivelmente sozinho, com sua auto suficiência e seu egoísmo.

Quanto mais eu resista a abrir-me aos outros, inclinando-me com egoísmo para admirar minhas próprias limitações, mais solitário ainda ficarei. E não haverá ninguém que consiga restituir minha alegria de viver.

Esta é a lei da vida: para viver em plenitude, é preciso compartilhar em profundidade.

E quem ama entende isso muito bem!

(Artigo publicado originalmente por Oleada Joven)

Saber Esperar


https://www.youtube.com/watch?v=bU1Y6yZPogk

Advento, tempo de graça.

Com o primeiro domingo do Advento, começamos um novo ano litúrgico.
 Para os cristãos, trata-se de um verdadeiro início de ano, pois a vida cristã é marcada pela celebração do mistério de Deus, revelado em Jesus Cristo. 
O Advento é um tempo de graça, um itinerário que nos prepara para celebrarmos o mistério do Natal do Senhor. A disposição requerida para esse tempo é a “vigilância”.
A vigilância é uma atitude de quem está atento aos enganos do inimigo da natureza humana e, com a graça de Cristo, supera suas armadilhas. “Vigiar” é, ainda, se manter fiel à tarefa dada por Deus; trata-se de assumir o seu papel e sua tarefa no Reino de Deus. A vigilância exige, ainda, a oração para não cair no poder da tentação (cf. Lc 22,46).

Às vezes parece que somos um corpo sem alma. Sentimo-nos vazios ou a dormir. É preciso aguardar que o espírito nos encha, que a alma nos desperte para continuarmos a caminhar. Eis que Cristo está à porta e bate. Estaremos cheios por dentro?

Vivemos numa azáfama contínua. É preciso parar e zelar pela nossa interioridade. Afinal Cristo é a alma da nossa vida, só Ele nos pode encher por dentro.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Informação Paroquial



No próximo dia 29, último sábado do mês, teremos a habitual oração de Taizé, no Centro Paroquial , às 21.00H.

VENHA REZAR CONNOSCO!

Também no próximo fim de semana, teremos entre nós, a presença do Missionário, Padre Álvaro, que virá animar a equipa do Movimento Missionário da nossa Paróquia.

Conforme publicamos, o sr Bispo teve que proceder a uma movimentação de entre o clero, para dar resposta a algumas necessidades de ordem pastoral. assim o nosso Pároco, Padre Fernando, foi nomeado Pároco da Paróquia de S. João Batista de Alegrete, em acumulação com os restantes serviços pastorais. Peçamos ao Senhor que o abençoe, o ajude e lhe dê a força necessária para um trabalho tâo pesado que a partir de agora se lhe irá deparar. 





Advento- Ir ao encontro Daquele que vem


https://www.youtube.com/watch?v=38Z4HEplKf0



quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Busca por “Casas de Vida” que acolheram perseguidos em guerras


nazismo


Uma iniciativa da Fundação Wallenberg como reconhecimento aos salvadores em guerras e conflitos


Quando a perseguição se aproximava da sua porta, milhares de pessoas foram salvas no século XX pelas “Casas de Vida”. Essas vidas humanas, ou as dos seus filhos, se devem hoje àqueles salvadores que chegaram a arriscar a própria existência.

Para recordar as “Cadas de Vida” e seus salvadores, a junta directiva da Fundação Internacional Raoul Wallenberg pede a todas as pessoas que tenham tal informação, que comuniquem o endereço dos lares que serviram de refúgio durante a 2ª Guerra Mundial, conflitos armados ou genocídios.

Eduardo Eurnekian, presidente da fundação, destaca em um comunicado que “este convite abrange não somente o Holocausto, mas também outros conflitos ou situações nas quais muitas pessoas deixaram a indiferença de lado e se mostraram solidárias com todos os perseguidos. Um exemplo é o dos salvadores turcos que ajudaram a proteger a vida dos arménios nos terríveis acontecimentos de 1915”.

Baruj Tenembaum, fundador da entidade, sublinha que “esta iniciativa não responde a nenhuma agenda política nem distingue as motivações do salvador; simplesmente acreditamos que é importante reconhecer os seres humanos que se sensibilizaram diante da desgraça alheia e ofereceram ajuda àqueles cuja liberdade ou vida corriam perigo”.

“A Fundação Wallenberg procura obter informação fidedigna e detalhada sobre actos de salvamento ocorridos no passado ou de carácter contemporâneo, incluindo os nomes dos protagonistas (salvadores ou pessoas salvas), bem como os detalhes físicos do lugar de resgate, no caso de que as pessoas salvas tenham sido abrigadas em algum lugar específico”, esclarece o comunicado emitido pela instituição.

A primeira “Casa de Vida” reconhecida em uma cerimónia solene, em 19 de Novembro, foi a Casa Santo Nome de Jesus, das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria (Itália). Em 1943, durante o Holocausto, elas deram refúgio a 40 mulheres e crianças judias, a maioria não italiana.

Entre as pessoas acolhidas, encontravam-se os filhos do rabino de Génova, Riccardo Pacifici, que foi assassinado em Auschwitz.

Dado que as crianças eram homens e o convento era só de mulheres, a madre superiora, Sandra Busnelli, os acolheu com carinho e depois encontrou refúgio em uma escola próxima, o Instituto de Santa Maria, onde foram protegidos pela madre Marta Folcia. Os meninos ficaram lá até a libertação de Florença.

A Fundação Internacional Raoul Wallenberg incentiva todos a compartilharem informações fidedignas sobre outras “Casas de Vida”, via e-mail (irwf@irwf.org) ou telefone, nas diversas sedes da instituição:

Nova Iorque: 212-7373275
Jerusalém: + 972-2-6257996
Buenos Aires: + 54-11-43827872

Maiores informações em http://www.raoulwallenberg.net. 

JESÚS COLINA ( aleteia.org)

A Finalidade sobrenatural do Ano Liturgico

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Papa Francisco: a verdadeira luz é a que vem do Senhor


Pope Francis 4 - Beatification of Pope Paul VI Sabrina Fusco_

"Que sejamos humildes, sem nos vangloriar de uma luz própria", pediu-nos  o Papa Francisco

Quando a Igreja é humilde e pobre, então “é fiel” a Cristo. Foi o que afirmou o Papa Francisco, 2ª feira em sua homilia na missa em Santa Marta.

No episódio evangélico da viúva que, sob o olhar de Jesus, doa todo seu bem ao tesouro do templo – enquanto os ricos oferecem grandes cifras para eles supérfulas –, o Papa Francisco identifica duas tendências sempre presentes na história da Igreja: uma vaidosa e outra pobre, que não tem outra riqueza além do seu Esposo.

“Eu gosto de ver a Igreja nesta figura que é, num certo sentido, um pouco viúva, porque aguarda a volta do seu Esposo… Sim, tem seu Esposo na Eucaristia, na Palavra de Deus, mas espera sua volta, não? Esta atitude da Igreja… Esta viúva não era importante, o nome desta viúva não aparecia nos jornais. Ninguém a conhecia. Não tinha láureas… nada. Nada. Não brilhava de luz própria. É exatamente isso que me faz ver a Igreja nesta mulher. A grande virtude da Igreja deve ser não brilhar de luz própria, mas brilhar com a luz que vem do seu Esposo. Que vem justamente do seu Esposo. E nos séculos, quando a Igreja quis ter luz própria, errou”.

“É verdade – reconhece o Papa – que por vezes o Senhor pode pedir à sua Igreja para assumir uma luz própria”, mas isto significa que se a missão da Igreja é iluminar a humanidade, a luz deve ser exclusivamente a recebida de Cristo, numa atitude de humildade.

“Todos os serviços que nós fazemos na Igreja são para nos ajudar a receber aquela luz. Um serviço sem esta luz não é bom: faz com que a Igreja se torne rica, poderosa, ou que busque o poder, ou que erre o caminho, como aconteceu tantas vezes na história e acontece em nossas vidas, quando queremos ter uma outra luz que não é a do Senhor, uma luz própria”.

Quando a Igreja “é fiel à esperança e a seu Esposo – repete ainda Francisco – se alegra em receber a luz Dele, de ser ‘viúva’, de ficar à espera, como a luz, do ‘sol que virá’”.

“Quando a Igreja é humilde, quando a Igreja é pobre, ou quando a Igreja confessa suas misérias, a Igreja é fiel e diz: ‘Eu estou nas trevas, mas a luz me chega dali’, e isto faz muito bem. Rezemos a esta viúva que está no Céu para que nos ensine a sermos Igreja assim, jogando fora tudo o que temos: que nada fique para nós. Tudo para o Senhor e para o próximo. Que sejamos humildes, sem nos vangloriar de uma luz própria, procurando sempre a luz que vem do Senhor”.
sources: RÁDIO VATICANO

A Fé

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Os 7 conselhos de Santo Ambrósio para educar bem

Sábias dicas de um santo, em palavras que eram válidas em seu tempo e permanecem mais actuais do que nunca

                           baby abortion
Um dia meu pai colocou na geladeira de casa uma folha com a seguinte citação: o amor e a estima entre pais e filhos ajudarão a estes mais do que mil recomendações; eles serão ajudados pelos gestos que viram em casa: os afectos simples, correctos e expressos com pudor, o dar-se valor recíproco, o senso de proporção, o domínio das paixões, o gosto pelas coisas belas e a arte, a força também de sorrir (Santo Ambrósio).

Cada vez que eu abria a geladeira, meus olhos liam algumas daquelas palavras. Era impossível não concordar com o que estava escrito naquele pedaço de papel amarelado pelos anos, mas que permaneceu ali. Era como se Santo Ambrósio continuasse a me dizer: “olha que estas palavras eu preparei para você: valiam quando escrevi, valem agora e valerão para sempre”.

Hoje vou me tornar pai e pela primeira vez releio estas linhas como adulto e não mais somente como destinatário. Um sentido de impotência, misturado com temor, impregna meu coração. Serei um bom pai? Saberei acompanhar meu filho na estrada que foi preparada para ele? E depois, o que será dele? O desafio está começando e estar em companhia da Igreja, com um grande aliado como Santo Ambrósio, torna mais saboroso e atraente o início deste caminho.

Desejo compartilhar com todos o texto que completa a citação. É um pedaço dos “Sete diálogos com Ambrósio, bispo de Milão” (Centro Ambrosiano, 1996).
1- A educação dos filhos é para adultos dispostos a arriscar uma dedicação que se esquece de si mesmo: serão capazes o marido e a mulher que se amam o suficiente para não mendigar afecto.

2- O bem dos seus filhos será aquele que eles próprios escolherem: não sonhem por eles os seus desejos. Bastará que saibam amar o bem e se guardar do mal, e que tenham horror à mentira.

3- Não pretendam, portanto, definir o futuro deles; tenham confiança neles, mesmo que os surpreendam e pareçam se esquecer de vocês.

4- Não encorajem ingénuos sonhos de grandeza, mas se Deus os chama para algo belo e grande, não sejam vocês a pedra que os impeça de voar.

5- Não tenham a arrogância de tomar decisões no lugar deles, mas os ajudem a entender que é preciso decidir, e não se assustem se aquilo que amam causa cansaço e às vezes faz sofrer: é insuportável uma vida vivida por nada.

6- Mais que seus conselhos, irá ajudá-los a estima que eles têm por vocês e a estima que vocês têm por eles; mais do que mil recomendações sufocantes, irão ajudá-los os gestos que viram em casa: os afectos simples, correctos e expressos com pudor, a estima recíproca, o senso de proporção, o domínio das paixões, o gosto pelas coisas belas e a arte, a força também de sorrir. E todos os discursos sobre caridade não me ensinaram mais do que os gestos da minha mãe, que dava espaço em casa para um mendigo faminto. Não encontro gesto melhor para dizer do orgulho de ser homem, do que quando meu pai tomou a vez para defender um homem acusado injustamente.

7- Que os filhos habitem a vossa casa com aquele saudável bem-estar que traz felicidade e os encoraja justamente a sair de casa, pois se trata de um ambiente de confiança em Deus e do gosto de viver bem.

CORRADO PAOLUCCI( alaeteia.org)

30 coisas importantes das quais nos esquecemos


A boy on a skateboard_


Nossas vidas seriam diferentes se lembrássemos delas pelo menos de vez em quando




Penso com frequência nestas coisas importantes de que nos esquecemos. Nossas vidas realmente seriam diferentes se pensássemos nelas pelo menos de vez em quando. E são tão simples e belas...!

Você não imagina o quanto me ajudaram! É por isso que as compartilho com você:

1. Somos filhos de Deus e, portanto, todos irmãos.

2. Se você não consegue amar e perdoar, peça a Deus esta graça e Ele a concederá.

3. Se você se arrepender de coração, Deus o perdoará. Procure um padre, peça-lhe que ouça sua confissão: assim, você deixará no confessionário um fardo pesado que até hoje não o deixou ser feliz.

4. Deus quer que você seja santo, porque os santos são felizes. E Ele quer que você seja feliz.

5. Deus tem um plano maravilhoso para você. Abandone-se em suas mãos.

6. Jesus está no sacrário, em cada sacrário, esperando por você. Não perca tempo, visite-o hoje.

7. Jesus sabe que, no fundo, você é bom. E quer que esta plantinha floresça em você.

8. Você não está sozinho. Deus caminha ao seu lado, assim como seu anjo da guarda, que cuida dos seus passos, Nossa Senhora, que vela por você do céu, o bom Jesus, que o espera em cada confissão sacramental, em cada Eucaristia, e os santos do céu, que intercedem por você. Então, sozinho você não está.

9. Suas boas obras repercutem nos outros.

10. Se você oferecer a Deus seu trabalho cada manhã, Ele o abençoará e seu dia correrá bem.

11. Você alimenta seu corpo todos os dias, mas pode deixar que sua alma morra sem o alimento de que precisa para se fortalecer:oração, boas obras, leituras espirituais, amor aos semelhantes, Eucaristia...

12. Quando você odeia, fica doente; quando perdoa, fica curado.

13. O amor de Deus pode tudo.

14. Confie, ore e verá milagres em sua vida.

15. Você não imagina o quanto Deus o ama! Deixe-se amar, não tenha medo.

16. Cada vez que você comunga, torna-se um sacrário vivo.

17. Deus quer que você o ame, que o leve aos outros, que sua vida seja exemplo para muitos.

18. Sua vida é um dom: gaste-a em algo grande, que transcenda. Faça cada minuto valer a pena.

19. Confie: Deus não o abandonará.

20. Reze, continue rezando, não desanime... Deus sempre escuta e responde.

21. Quando você desanimar, reze; quando a tentação chegar, reze; quando não encontrar uma saída, reze.

22. Percebi que é verdade: o pobre é Jesus.

23. Seja agradecido com Deus, Ele o abençoará.

24. Deus gosta de ver você pensando nele.

25. Santa Teresa tinha razão ao dizer: “A alma é um jardim que precisa ser cultivado”.

26. Sua vida é uma grande aventura quando você vive para Deus. Conheci muitas pessoas que abandonaram tudo para seguir Jesus e são plenamente felizes.

27. Se você rezar pelos outros, pelos que o amam, pelos que o prejudicam, pelos seus vizinhos, familiares, pelos doentes, verá como Deus escutará essas belas orações e lhe responderá.

28. Deus sempre nos surpreende com seu amor.

29. Com Deus, o melhor está sempre por vir.

30. Coragem! Deus caminha ao seu lado.


CLAUDIO DE CASTRO ( aleteia.org)

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A alegria de viver as bem-aventuranças de Tomás Moro


felicidad


Felizes os que sabem rir de si mesmos, porque nunca deixarão de divertir-se




Felizes os que sabem rir de si mesmos,
porque nunca deixarão de divertir-se.
Felizes os que sabem distinguir uma montanha de uma pedra,
porque evitarão muitos inconvenientes.
Felizes os que sabem descansar e dormir sem buscar pretextos,
porque chegarão a ser sábios.

Felizes os que sabem escutar e calar,
porque aprenderão coisas novas.
Felizes os que são suficientemente inteligentes
a ponto de não se levar muito a sério,
porque serão valorizados pelos que os rodeiam.

Felizes os que estão atentos às necessidades dos outros
sem sentir-se indispensáveis,
porque serão distribuidores de alegria.
Felizes os que sabem ver com serenidade as pequenas coisas
e com tranquilidade as grandes coisas,
porque chegarão longe na vida.

Felizes os que sabem apreciar um sorriso
e esquecer um desprezo,
porque seu caminho será repleto de sol.
Felizes os que pensam antes de agir
e rezam antes de pensar,
porque não se agitarão diante dos imprevistos.

Felizes vocês que sabem calar e sorrir
quando lhes é tirada a palavra,
quando os contradizem ou pisam seus pés,
porque o Evangelho começa a penetrar em seu coração.

Felizes vocês se são capazes de interpretar
sempre com benevolência as atitudes dos outros,
mesmo quando as aparências são contrárias.
Parecerão inseguros, mas este é o preço da caridade.

Felizes sobretudo vocês que sabem
reconhecer o Senhor em tudo o que veem,
pois já encontraram a paz e a verdadeira sabedoria.

(Artigo publicado originalmente por Oleada Joven)

domingo, 23 de novembro de 2014

Festa de Acolhimento

Hoje festejamos o Acolhimento     

Acolher é receber bem, encaminhar, proteger, ajudar.

Hoje, na celebração da Eucaristia, Jesus, acolheu de um modo especial, os catequizandos que frequentam o 1º ano de Catequese! Ele chama cada criança, pelo próprio nome, com todo o amor, porque as ama.
Recebamos, também, nós estas crianças com todo o nosso amor e alegria, sabendo que, nelas, é o próprio Deus que acolhemos.
O Sacerdote fez a entrada a partir do fundo da igreja. As crianças integraram a procissão de entrada acompanhadas por um elemento da família (mãe, pai, avós ou padrinhos), sendo portadores de uma vela e uma flor.
As leituras estiveram a cargo dos pais das crianças e catequista.
Após a Homilia, seguiu- se o compromisso dos pais, catequistas e assembleia na educação da fé, como no dia do baptizo.
Com este compromisso, vem obrigatoriamente o testemunho. Daí sejamos todos capazes de o transmitir, pois elas esperam muito de nós.



As crianças cantaram um hino dizendo:

Um girassol, florindo no jardim
Buscando a luz do sol, sorriu para mim.
Eu também sou, um pequeno girassol
Procuro a luz de Deus e sou feliz assim!


De seguida fizeram a oferta da flor a Nª Senhora.


Hoje acolhemos as crianças do primeiro ano da Catequese. 

Eles estão a começar este caminho de descoberta e de conhecimento do grande Amigo que é Jesus.
A nossa comunidade está muito feliz de vos receber.






Mary, Did You Know? - Pentatonix


https://www.youtube.com/watch?v=ifCWN5pJGIE#t=145

O grupo Pentatonix, conhecido pelo programa americano “The Sing-Off” (NBC), canta “Mary, did you know?”, palavras dirigidas à Mãe de Jesus

Uma das músicas mais assistidas no YouTube nos últimos dias é “Mary, did you know?”. A música foi escrita em 1984, por Buddy Greene. O primeiro artista a gravá-la foi Michael English, lançada em Janeiro de 1992. Nos Estados Unidos é comum, no fim do ano, artistas lançarem novas gravações e interpretações de canções natalinas, que ajudam a viver bem a preparação e o tempo do Natal. O vídeo que gira o mundo é a interpretação da mesma canção pelo grupo Pentatonix, no álbum “That’s Christmas to Me”. Segue abaixo a tradução da música:

Maria, você sabia que o seu bebê um dia irá andar sobre a água?
Maria, você sabia que o seu bebê irá salvar nossos filhos e filhas?
Você sabia que o seu bebê vem para fazê-la de novo?
Esta criança que a você foi entregue, em breve a entregará

Maria, você sabia que o seu bebê dará visão a um cego?

Maria, você sabia que o seu bebê vai acalmar uma tempestade com a mão?
Você sabia que o seu bebê anda onde os anjos pisaram?
Quando você beija o seu pequeno bebê, você beija a face de Deus

Maria, você sabia?

O cego enxergará
O surdo ouvirá
E o morto viverá novamente
O coxo saltará
O mudo vai falar
Os louvores do Cordeiro

Maria, você sabia que o seu bebê é o Senhor de toda a criação?
Maria, você sabia que o seu bebê um dia irá governar as nações?
Você sabia que o seu menino é o Cordeiro perfeito dos Céus?

Esta criança dormindo que você está segurando
É o grande Eu Sou!


CLARISSA OLIVEIRA ( aleteia.org)

Solenidade de Cristo Rei Ano A


https://www.youtube.com/watch?v=QFHShE3xff0&list=UUHgxajZls018VipBTjoPPAg

Solenidade de Cristo Rei - Ano A
O que se faz ao menor de todos, a Jesus se faz!

Rei!

Jesus, aos olhares puramente humanos, apresentava-se como um rei fraco, crucificado, agonizante.
Um rei dominado pelos romanos, um rei que nada significava.
Um rei que, aparentemente, não pode salvar-se a si mesmo.
Um rei, como diz São Paulo, “crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gentios!” (1Cor 1, 23).
Pregado na cruz, Jesus reinava sobre os judeus e toda a humanidade. Derramando seu sangue, remia o mundo todo.

sábado, 22 de novembro de 2014

Sejamos Dóceis

Vinde Benditos


https://www.youtube.com/watch?v=MAdOphn_Wb8

O critério último da salvação é a caridade.

Neste último domingo do ano litúrgico, celebramos a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do universo. Enquanto Rei, e como tal, Jesus Cristo é o pastor que reúne, cuida e conduz às boas pastagens o rebanho de Deus. A sua vida e a sua presença gloriosa (Mt 28,20) iluminam o ser humano, fazendo com que cada um esteja diante da verdade de si mesmo.
Esta passagem sobre o julgamento final só é descrita por Mateus. Não aparece nos outros evangelhos. Mateus quer insistir sobre um aspecto da vivência cristã. Qual aspecto?
No juízo se manifestará a verdadeira identidade da pessoa, a qual, aliás, o cristão já conhece desde agora: só o amor aos irmãos é o que dá ao homem consistência e salvação; só no amor aos irmãos se encontra concretamente o Senhor. Tiago dirá: “A fé sem obras é morta”. (Tg 2,17).
. A manifestação definitiva do mistério do Reino de Deus se dará em gestos pequenos, simbólicos e significativos. Alguns desses gestos, como os elencados em nosso texto, fazem parte de nossa vida quotidiana: dar de comer aos que têm fome, de beber aos que têm sede, vestir os que estão nus etc. O que é dito no texto vale não somente para os cristãos, mas para todo ser humano que vive neste mundo.
Se o texto fala de condenação, é para fazer apelo a viver no amor que exige o serviço ao semelhante. O critério último da salvação, que é dom de Deus, não é a fé, mas a caridade.


Rezar com um simples clique. Jesuítas lançam "Click to Pray"



No "smartphone" ou no computador, há uma nova aplicação pensada para os jovens e para quem rezar não é um hábito.

Estar onde os jovens estão e falar a sua linguagem tem sido a aposta dos jesuítas em vários projectos de oração. E volta a ser assim com o "Click to Pray", uma aplicação gratuita para "smartphones" que propõe três momentos diários de oração – de manhã, à tarde e à noite.

"A grande preocupação desta proposta é chegar onde estão os jovens", diz o padre António Valério, secretário nacional do Apostolado da Oração, obra confiada pelo Vaticano à Companhia de Jesus e que tem como missão principal a promoção da espiritualidade e da oração pessoal.

"Se virmos onde eles se movem, onde comunicam, o espaço que habitam é o espaço das novas tecnologias. Por isso, a oração, com o que implica de silêncio, de recolhimento e encontro com Deus, não pode estar fora do que são os seus hábitos", afirma Valério.

O projecto está acessível a todos, mas foi pensado sobretudo "para quem não tem o hábito de rezar e quer dar os primeiros passos na oração".

E como se faz? Basta "clicar para rezar" nesta nova aplicação digital, disponível em vários formatos: "o formato essencial é a aplicação móvel, para Android e iOS, mas também se pode aceder através do site.

Na primeira sexta-feira de cada mês todos serão convidados a rezar pelas intenções do Papa, ou não fosse esta uma das missões do Secretariado Nacional do Apostolado da Oração. A aplicação inclui uma espécie de rede social em torno da oração: um mural onde cada utilizador pode publicar uma oração.

Jovens "têm necessidades espirituais"
António Valério garante que a nova aplicação não substitui outros projectos, como o "Passo a Rezar": "Essa é também uma proposta muito levada para o quotidiano das pessoas, adaptada à mobilidade que caracteriza o dia a dia, mas implica um momento de paragem de dez, 12 minutos".

A vantagem do "Click to Pray", diz, é que "requer ainda menos tempo e talvez seja um bocadinho menos exigente para algumas pessoas começarem a rezar".

Os jovens aderem a estes projectos? O secretário nacional do Apostolado da Oração garante que sim: "Não andam tão distraídos das coisas como nós imaginamos, têm necessidades espirituais e humanas bastante sérias, apreciam e dão muito valor se lhe mostrarmos alternativas de uma vida interior mais profunda".

O projecto, apoiado pela Renascença, tem como parceiro a Pastoral Juvenil e foi apresentado esta sexta-feira na capela do Carmelo de Fátima, no âmbito das Jornadas Práticas sobre Comunicação Digital. 

O local foi escolhido na perspectiva de unir duas formas de oração, aparentemente distintas: a de um convento de clausura, espaço privilegiado de oração e silêncio, e a de uma nova plataforma, capaz de levar a oração aos espaços quotidianos e ao ritmo de vida de hoje.

A nova plataforma, que compreende o site, aplicações móveis, redes sociais e mails, é uma iniciativa do Secretariado Nacional do Apostolado da Oração (Portugal). O evento de lançamento conta com a presença do Presidente daComissão Episcopal do Laicado e Família, D. Antonino Dias; do Secretário Nacional do Apostolado da Oração, P. António Valério, s.j.; e do Director do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, P. Eduardo Novo.

No encontro, dirigido sobretudo aos profissionais e voluntários ligados à comunicação da Igreja, participaram vários "especialistas com grande experiência internacional" que "mostraram o modo prático como se podem usar os meios digitais na comunicação da fé".

Esta iniciativa do Apostolado da Oração tem como parceiros o Departamento Nacional da Pastoral Juvenil e “La Machi”, e como media partners a Agência Ecclesia, Rádio Renascença e Aleteia.org.

(sources  Radio Renascença)

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A Pressa Mata o Amor

Apresentação de N. Sra. no Templo - 21/novembro


https://www.youtube.com/watch?v=5Kqnh0i3qU4

A apresentação de Maria deve ter sido muito modesta
e ao mesmo tempo muito gloriosa.
Foi através de seu serviço,
a partir de sua apresentação no Templo,
que Maria preparou-se de corpo e alma para receber o Filho de Deus,
realizando em si a palavra de Cristo:
“Felizes os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática!"

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Papa Francisco: não ser um cristão de privilégios


Pope Francis kisses a child during a meeting with blind and deaf people

“Quando na Igreja os fiéis, os ministros se tornam assim... não eclesial, mas ‘eclesiástico’, de privilégio de proximidade ao Senhor, têm a tentação de esquecer o primeiro amor"

O Papa Francisco afirmou que a Igreja vive em todas as épocas a tentação de olhar para Jesus esquecendo de ver Nele o pobre que pede ajuda, fechando-se em um “microclima eclesiástico”, ao invés de se abrir aos excluídos sociais. O Papa falava em sua homilia na Casa Santa Marta, comentando a passagem evangélica do cego de Jericó.

O cego – explicou o Papa – representa “a primeira classe de pessoas” que povoa a narração do evangelista Lucas. Um homem que não contava nada, mas que “tinha sede de salvação”, “de ser curado”, e que, portanto, grita mais forte do que o muro de indiferença que o circunda, “para bater à porta do coração de Jesus”. A este homem se opõe o círculo dos discípulos, que querem calá-lo para evitar que incomode e, assim afastar “o Senhor da periferia”.

“Esta periferia não podia chegar ao Senhor, porque este círculo – mas com muita boa vontade, hein – fechava a porta. E isso acontece com frequência entre nós, fiéis: quando encontramos o Senhor, sem que percebamos, se cria este microclima eclesiástico. Não só os padres, os bispos, mas também os fiéis: ‘Mas nós somos os que estão com o Senhor’. E de tanto olhar para Ele, não olhamos para as suas necessidades: não olhamos para o Senhor que tem fome, que tem sede, que está na prisão, que está no hospital. ‘Aquele Senhor não, pois é um marginalizado’. E este clima nos faz tão mal”.

A seguir, o Papa descreveu o grupo dos que se sentem eleitos pelo Senhor e que, por isso mesmo, querem afastar qualquer pessoa que posa incomodá-Lo – inclusive as crianças. Essas pessoas, observou, esqueceram e abandonaram o primeiro amor.

“Quando na Igreja os fiéis, os ministros se tornam assim... não eclesial, mas ‘eclesiástico’, de privilégio de proximidade ao Senhor, têm a tentação de esquecer o primeiro amor, aquele amor tão bonito que todos nós recebemos quando Ele nos chamou, nos salvou. Esta é uma tentação dos discípulos: esquecer o primeiro amor, ou seja, esquecer inclusive as periferias, onde eu me encontrava, e também me envergonhar disso”.

Há ainda o terceiro grupo nesta narração: o povo simples, que louva a Deus pela cura do cego. “Quantas vezes – afirmou o Papa – encontramos pessoas simples, quantas idosas que caminham, com sacrifício, para rezar em um santuário de Nossa Senhora”. “Não pedem privilégios, mas somente graça”. É o “povo fiel”, que “sabe seguir o Senhor sem pedir qualquer privilégio”, capaz de “perder tempo com Ele” e, sobretudo, de não esquecer a “Igreja marginalizada” das crianças, dos doentes, dos prisioneiros. O Papa então conclui:

“Peçamos ao Senhor a graça de que todos nós, que temos a graça de sermos chamados, de jamais nos afastar desta Igreja; de jamais entrar neste microclima dos discípulos eclesiásticos, privilegiados, que se afastam da Igreja de Deus, que sofre, que pede salvação, que pede fé, que pede a Palavra de Deus. Peçamos a graça de ser povo fiel de Deus, sem pedir ao Senhor qualquer privilégio que nos afaste de Seu povo".

(Rádio Vaticano)

Doze passos para ser um católico comprometido


man alone in church


Há uma crise católica em andamento e nós podemos superá-la

Está acontecendo uma “crise católica”: um grande número de baptizados católicos deixou a Igreja e a maioria dos que permanecem são "católicos casuais", que não conhecem a fé católica e não a praticam.

O descompromisso desses católicos com Jesus Cristo e com a Sua Igreja tem contribuído para a acelerada deterioração da cultura pós-moderna.

A longa lista de exemplos de decadência cultural é óbvia para quem está disposto a enxergar: o abate industrial de bebés em pleno útero, a auto-esterilização através do uso de contraceptivos, a epidemia da promiscuidade, da pornografia e da perversão sexual, a fuga do casamento, os níveis desenfreados de divórcio e de adultério, a não percepção da diferença entre o casamento naturalmente aberto à vida e a união entre parceiros do mesmo sexo, o vício em substâncias tóxicas de todo tipo, a confusão de géneros, a sujeira e a grosseria na ordem do dia na mídia, a perda de conexão com a natureza, a fuga para a "realidade" virtual, a exploração do meio ambiente, o materialismo exacerbado, a perda da dignidade do trabalho, as discriminações raciais, a comercialização da gula e o sistema político e jurídico disfuncionais. E a lista ainda poderia se estender longamente.

A sociedade pós-moderna está doente.

No meio dessa decadência social, porém, ainda há pessoas que procuram o verdadeiro, o belo e o bom e que estão trabalhando para trazer a paz e a alegria de Cristo ao mundo: os católicos comprometidos.
Eles se dedicam ao Rei Todo-Poderoso, Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e à Sua Santa Igreja, percebendo que este é o mais verdadeiro dos amores: amar a Deus com todo o próprio ser e ao próximo como a si mesmo.

Os católicos comprometidos perceberam as grandes bênçãos que fluem do compromisso com Cristo e com a Igreja. Os católicos comprometidos fizeram da santidade o seu objectivo e se propuseram a levar as suas famílias e o máximo possível de almas para o céu. Os católicos comprometidos perceberam que, por trás da decadência cultural, esconde-se Satanás, que é tão real quanto o pecado. Os católicos comprometidos não são perfeitos, mas levam a sério o chamado de Cristo à perfeição. É somente em Cristo, afinal, que os católicos comprometidos encontram a coragem para perseverar quando caem no pecado e se refortalecem continuamente para a batalha contra Satanás. Todo católico é chamado a se doar por inteiro a Jesus Cristo e à Sua Igreja católica.

E como tornar-se um católico comprometido?

Sugiro 12 passos para crescermos na fidelidade e na devoção a Jesus Cristo:

1. Todo católico deve ser capaz de apresentar pelo menos um argumento empolgante ao explicar aos outros (e a si mesmo) por que Jesus Cristo é o seu Rei. Se um católico não está convencido da grandeza de Cristo a ponto conseguir explicá-la, o seu crescimento na fé será atrofiado e ele não atrairá outros para Cristo.

2. Comprometer-se a ser um santo de Cristo Rei. Não há pessoas “bacanas” no céu: há santos. A maioria dos católicos não faz o compromisso firme de lutar pela santidade e fica presa à mediocridade. É preciso levantar o nível de exigência e não há nível mais alto que a santidade. As primeiras palavras de Cristo em sua vida pública foram "arrependei-vos!". Todo católico precisa se arrepender e mudar, pois o arrependimento inspira a grandeza e ao mesmo tempo leva a perceber a própria pobreza espiritual, que, por sua vez, faz reconhecer humildemente a necessidade da misericórdia de Deus e clamar por ela.

3. Recorrer ao sacramento da reconciliação pelo menos uma vez por mês. A Igreja ensina que devemos nos confessar ao menos uma vez por ano, mas qualquer pessoa sincera consigo mesma e com Cristo sabe que precisa do sacramento da reconciliação com muito mais frequência. Analise regularmente como você está cumprindo os 10 mandamentos: esta é uma óptima forma de exame de consciência para preparar a confissão mensal. Determine um dia concreto a cada mês para se confessar, mas procure a confissão imediatamente se cair em pecado mortal. A reconciliação frequente nos transforma.
4. Orar durante pelo menos quinze minutos todos os dias. Um número muito pequeno de católicos reza quinze minutos por dia. Como vamos conhecer Jesus se nunca falamos com Ele? É impossível. Comprometa-se a conhecer Jesus Cristo conversando com Ele todos os dias. É nesta conversa pessoal que Cristo vai mostrar a você qual é a vontade dele.

5. Descubra a força da missa, fonte e ápice da fé católica e que, mesmo assim, a maioria dos católicos não frequenta. Eles não sabem o que de fato ocorre na missa: têm pouca compreensão deste sacramento devotamente transmitido durante dois mil anos e não percebem que, durante a missa, que eles são testemunhas do sacrifício cruento e real de Jesus Cristo na cruz. O católico que não participa activamente da missa, por ignorância ou por tédio, não pode receber as graças que fluem da Eucaristia. Conheça mais sobre a missa, até conseguir explicar aos outros, com a reverência e a devoção merecidas, o que é o sacrifício de Cristo.

6. Participe sempre da missa dominical e de pelo menos mais uma missa durante a semana. É obrigação mínima de todo católico assistir à missa todos os domingos, mas a minoria vai à missa durante a semana também. Isto é uma falha catequética e um insulto escandaloso ao nosso Rei. Além de ir à missa todos os domingos, dê um passo adicional e encontre Jesus Eucaristia pelo menos mais uma vez durante a semana. E lembre-se: não receba a Eucaristia em pecado mortal. Confesse-se antes.

7. Reze o terço regularmente e leve um rosário sempre consigo. O rosário nos chama para mais perto de nossa Santa Mãe e do seu Filho Jesus. É um ato de lealdade e de fidelidade. Comprometer-se com o rosário é uma arma contra o ataque diário de Satanás, que odeia o terço e o teme. Mantenha o rosário acessível em todos os momentos para rezar, por exemplo, nos momentos de gratidão ou de estresse. O rosário faz parte do “uniforme” do católico comprometido!

8. Conheça o seu santo padroeiro e o anjo da guarda. Acreditamos na comunhão dos santos, mas muitos católicos não têm uma relação pessoal com um santo ou com o anjo da guarda. Os santos e anjos intercedem pelos homens e nos defendem do ataque diário de Satanás. Não vá para a batalha diária desacompanhado de um santo de sua devoção e do seu anjo da guarda!

9. Leia as Sagradas Escrituras durante quinze minutos por dia. Toda ela gira em torno de Jesus Cristo, o Messias. Quando lemos a Sagrada Escritura, Jesus está connosco, não em sentido figurado, mas de forma real e atual. O próprio Jesus veio à terra para falar a todos os homens de todos os tempos. Um católico não pode conhecer Jesus Cristo sem contemplar a Palavra dele.

10. Seja sacerdote, profeta e rei na sua casa. Diante de uma cultura laicista que ataca a família, os católicos precisam reafirmar os seus papéis legítimos como “sacerdotes”, “profetas” e “reis” em família. Não estamos falando de ser tiranos chauvinistas, mas verdadeiros santos de Cristo, servindo à família com sacrifício humilde e dando exemplo corajoso do compromisso de conduzi-la para o céu. Seja sacerdote levando a sua família à oração. Seja profeta ensinando a verdade de Cristo e da Sua Igreja. Seja rei defendendo a sua família das perversões da cultura atual, corrigindo-a quando cai no erro e levando-a para a Eucaristia e para a reconciliação.

11. Crie fraternidade com outros católicos da sua paróquia. Em Atos 2,43, os apóstolos, desde os primeiros dias da Igreja, davam a "fórmula" para a fraternidade católica: perseverar na doutrina e na comunhão dos apóstolos, no partir do pão e nas orações. Para crescer na fé, um católico deve construir a fraternidade com outros fiéis católicos que possam desafiá-lo e ajudá-lo a crescer em santidade. Há uma epidemia de solidão nos homens modernos, mesmo nos que participam da missa regularmente. Faça o compromisso de construir a fraternidade com outros católicos. Reúna-se com eles em grupos, grandes e pequenos, para orar, aprender, ensinar e servir aos pobres. Seja um catalisador, um líder, trabalhando em harmonia com o seu pároco. Foi Cristo que nos pediu: "Ide e fazei discípulos".

12. Comprometa-se com o dízimo. A doação de uma pequena parte dos seus ganhos à Igreja é um indicador da força prática da sua lealdade a Jesus Cristo. Muitos católicos dão pouquíssimo ou nada para a Igreja, tanto em termos absolutos quanto em comparação com os fiéis de outras igrejas cristãs.

Ser firmemente comprometido é o maior desafio a que um católico pode aspirar. O compromisso pode parecer assustador, mas não desista: seja um católico comprometido! Faça a resolução, aqui e agora, e lute para cumpri-la. Como em todas as coisas, comece com uma oração: ore para que Jesus lhe envie o Espírito Santo e o ajude a se tornar um católico realmente comprometido. Ore de todo o coração e dê o melhor de si. Nosso Rei prometeu responder àqueles que persistem na oração! E Jesus Cristo nunca vai abandonar um católico comprometido com Ele.

Por que se passa uma cestinha para coletar dinheiro durante a missa?


Grandfather passing offering basket to granddaughter in church pew_

Durante o ofertório, são colectadas doações para os pobres e para as necessidades da Igreja, como demonstração de partilha de bens

Há um momento da missa, quando se apresentam o pão e o vinho que não se tornar o Corpo e o Sangue de Cristo, no qual é costume passar entre os presentes uma cesta para colectar dinheiro.

Que sentido e origem tem esta colecta? É obrigatório dar dinheiro nesse momento? Isso não distrai da celebração ou inclusive pode induzir a achar que se está cobrando um preço por participar da missa?

O sentido da colecta económica durante a missa é a partilha dos bens, segundo o Missal Romano.

“São oferecidos dons materiais para os pobres assistidos pela comunidade cristã ou para as necessidades da própria paróquia”, explica à Aleteia o especialista em liturgia Jaume González Padrós.

É obrigatório?

Com o gesto de passar a cesta no momento do ofertório, os cristãos são chamados a unir uma doação material à sua doação espiritual ao sacrifício da missa. Certamente, isso é feito em liberdade e segundo a própria consciência.

“O importante é a consciência de cada fiel – explica o especialista. Todo cristão deve ter consciência da sua obrigação de colaborar com a Igreja em seus fins e em seu sustento, é um mandamento da Igreja.”

Dar dinheiro durante a missa quando passam a cestinha “não é uma obrigação; cada um, em sua consciência, decide como pode colaborar”.

Neste sentido, esclarece: “Não é a mesma coisa uma pessoa desempregada que uma que ganha 10 mil reais por mês. Cada um precisa descobrir, em sua consciência, em que grau pode colaborar, ou se realmente não pode”.

Desde os primeiros cristãos

O costume de passar a cestinha remonta às origens da Igreja, ainda que a forma foi variando ao longo do tempo.

Os primeiros cristãos levavam à missa o pão e o ofereciam para que o sacerdote o consagrasse. De fato, ainda hoje, nas liturgias orientais, os fiéis levam o pão, e o que não for usado na Missa é dado aos pobres.

Mais adiante, no lugar do pão, as pessoas começaram a oferecer outros dons para os pobres e necessitados, ou inclusive para a Igreja.

Também na actualidade, são recolhidos produtos vários em determinados lugares ou momentos, por exemplo, em uma campanha de Natal. Neste caso, esses dons são colocados em um lugar apropriado, fora da mesa eucarística.

“Hoje, na sociedade ocidental, é mais cómodo fazer uma colecta de dinheiro para as necessidades da paróquia e para os pobres que levar a comida”, destaca o director do secretariado da Comissão Episcopal de Liturgia da conferência episcopal espanhola, Luis García Gutiérrez.

Além das habituais, também há colectas especiais, determinadas pelas conferências episcopais para um fim determinado da Igreja: caridade, evangelização, formação de seminaristas etc., sempre vinculado à acção evangelizadora, pastoral e caritativa da Igreja.

A colecta sempre foi realizada no mesmo momento da missa, quando se apresenta o pão e o vinho, porque está vinculada à apresentação dos dons para a Eucaristia.

Segundo Gutiérrez, uma vez passada a cestinha, não é correto deixa-la sobre o altar – onde só devem permanecer o pão e o vinho – nem tampouco leva-la à sacristia, mas sim depositá-la aos pés do altar como expressão do que cada um oferece de si mesmo.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Como o estresse afecta a vida espiritual e como combatê-lo?( cont.)

Os antigos mestres do deserto tinham um método para recuperar a consciência do amor de Deus, fonte de paz


Também ensinavam que a oração constituía o caminho da graça santificante para enfrentar vícios capitais, como a preguiça, causantes de angústias maiores. Entendida geralmente como “desânimo”, a preguiça suscitava gravíssimas dificuldades morais e espirituais, particularmente a perda da consciência do amor de Deus.

No século IV, Santo Antônio Anacoreta, pai do monacato egípcio, descreveu certos estados perturbados pelo excesso de preocupação.

Para o santo monge, as apreensões espirituais desatavam desordens interiores, bem como temores, pensamentos confusos, abatimento, desânimo, evasão dos exercícios ascéticos, aflições, apegos desordenados, medo exagerado da dor e da morte, instabilidade de caráter, inquietação diante da virtude e inclinação ao pecado.

Evagrio Póntico (345-399), teólogo e místico do monacato primitivo, advertia que a pessoa podia lidar com “estressores”, mas não lhe era possível carregar o tempo inteiro memórias negativas, rancores, medos, culpas, ansiedades e frustrações.

Inclusive semelhante estado de desesperança poderia transformar-se em um vício habitual, a ponto de destruir a vontade e adoecer o espírito. Evagrio fazia referência à importância da memória, porque entendia que as lembranças nocivas podiam facilmente arrancar-nos da paz e “cansar-nos” das coisas de Deus.

Os antigos mestres do deserto praticavam a presença de Deus, a chamada “meme Theos”, que gera serenidade, esperança e paz.

Os monges também rezavam a oração do Nome de Jesus: “Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tende piedade de mim, pecador”, um método de oração que tinha, entre outras finalidades, a de incentivar uma oração contínua e recuperar a consciência do amor de Deus, ensinamento primordial de Jesus Cristo.

Voltando ao entardecer diante do oceano, acaso o Senhor Jesus não se recolhia na tranquilidade da solidão, próximo ao Mar da Galileia, para orar ao Pai? (cf. Lc, 5, 16).

(Artigo publicado originalmente pelo Centro de Estudios Católicos)

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Ser padre é estar ao lado de quem perdeu tudo


Father Bernard Kinvi

Padre Bernard Kinvi arriscou a vida para salvar milhares de muçulmanos perseguidos



Padre Kinvi agiu de acordo a corresponder à sua vocação: “quando me tornei sacerdote, prometi servir os doentes, mesmo à custa de colocar minha vida em risco. Eu disse, mas não sabia realmente o que isso significaria. Quando, porém, chegou a guerra, entendi bem o que queria dizer arriscar a vida. Ser padre não é somente dar a bênção. É muito mais: significa estar ao lado daqueles que perderam tudo”.

Uma história contagiante

A história do padre Bernard Kinvi, contada no jornal inglês The Guardian (13 de Novembro), é literalmente contagiante, a partir do seu gesto misericordioso: o padre católico arriscou a vida para salvar centenas de muçulmanos que vivem na África Central, “onde, até poucos meses atrás, os rebeldes islâmicos Seleka, muitas vezes apoiados pela população muçulmana local, caçavam os cristãos. Logo em seguida, foram eles que passaram a ser caçados pelos anti-balaka, uma milícia local animista” (Tempi, 18 de novembro).

A força da misericórdia

Padre Kinvi, 31 anos, chegou a proteger até 1.500 muçulmanos (aqueles que antes o perseguiram), nunca dividindo sua população segundo o esquema perseguidores/perseguidos. Mês após mês, o missionário da ordem de São Camillo de Lellis conseguiu transferir todos os muçulmanos que precisavam de ajuda para Camarões, onde estariam seguros. Fez isso com a ajuda dos próprios anti-balaka, de uma certa forma “contagiados” pelo seu comportamento de amor e dedicação ao próximo. “Passei semanas cuidado pelos anti-balaka. Um dia precisava retirar os refugiados. Um grupo de pessoas me ajudou a fazê-los subir no caminhão. Muitos tinham o talismã no pescoço. Eram milícias, mas naquele dia me ajudaram”, declarou o sacerdote. Até mesmo os

cristãos locais foram contagiados pelo comportamento do Padre Kinvi: “No início os anti-balaka matavam todos os muçulmanos, um a um. Depois o povo começou a protegê-los até que eles pararam de matá-los. Levaram até mim muitos muçulmanos para que eu os defendesse, e muitos cristãos os esconderam em suas casas, arriscando a vida".

Prêmio Human Rights Watch

Os esforços do sacerdote camiliano foram reconhecidos este ano pelo Human Rights Watch, que lhe atribuiu o prêmio Alison Des Forges. O reconhecimento é dado a pessoas “de valor que arriscam suas vidas para libertar o mundo de abusos, discriminação e opressão”. Porém, o padre Kinvi não fez tudo isso buscando reconhecimento ou prémio, mas apenas pela fidelidade total a sua vocação.

CORRADO PAOLUCC
( aleteia.org)

Como o estresse afecta a vida espiritual e como combatê-lo?( Cont)

Os antigos mestres do deserto tinham um método para recuperar a consciência do amor de Deus, fonte de paz

As pessoas estressadas caminham rumo ao abatimento. O Journal of Clinical Psychological Science advertia, após um estudo, acerca das consequências nocivas de permanecer “rumiando” os acontecimentos negativos, porque acabaremos obcecados pelo que saiu mal antes de buscar soluções aos problemas.

Os pesquisadores também afirmaram que certas situações estressantes, inadequadamente tratadas, impossibilitam as ações necessárias para combater as formas de pensar repetitivas, carregadas de pessimismo, chamadas de “catastróficas”, e os comportamentos impulsivos que vêm de crenças errôneas.

Atualmente, em nossas culturas, muitas vezes se perde de vista a dimensão espiritual da pessoa, enfatizando-se mais o âmbito psicológico e orgânico. Sem dúvida, a realidade do estresse tem uma dimensão psicológica importante, que muitas vezes precisa de um tratamento terapêutico adequado, mas isso não significa ignorar a dimensão espiritual da pessoa.

As implicações do estresse vão muito além das suas consequências psíquicas, e por isso é preciso levar em consideração o notável impacto do excesso de estresse na vida espiritual.

Isso já foi identificado na antiguidade cristã, cuja espiritualidade favorecia a paz centrada na segurança do amor de Deus, antes que nas evasões e no autoengano.

Estar aflito não é ruim?

Nas bem-aventuranças, o Senhor Jesus vai ao encontro dos abatidos. Entre os que se reuniram para escutá-lo naquela montanha da Galileia, abundavam pessoas sofredoras: pobres, famintos, temerosos, doentes, desprezados, perseguidos.

Certamente, Jesus não estava em capacidade de oferecer-lhes bens materiais, porque era pobre. Tampouco possuía uma solução imediata para cada uma das suas angústias. Mas lhes anunciava: “Felizes os que choram, porque serão consolados!” (Mt 5, 5).

Refletindo sobre aquela sentença, o Papa emérito Bento XVI se perguntou se era bom estar aflito, inclusive se era desejável denominar “bem-aventurada” a desolação.

No entanto, Jesus estava ensinando com paradoxos. No monte, falava a pessoas que haviam perdido a esperança e que possivelmente já não confiavam no amor e na verdade, situação que abate e destrói o homem por dentro. O Santo Padre também destacava que, entre eles, havia pessoas ansiosas pela verdade. Outros estavam aflitos pelas suas imperfeições, desejando mudar.

Jesus se oferece a eles, com seu testemunho de esperança e reconciliação. Mateus menciona aquele convite: “Vinde a mim todos vós que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei” (Mt 11, 28). O Senhor manifesta que Deus está compartilhando nossa vida. Ele nos fala enviando seu Filho amado! “Deus não pode padecer, mas pode compadecer-se”, afirmava São Bernardo.

São Paulo indicava como ideal a obtenção da paz interior, que contrastava com a confusão e o autoengano, favorecedores da ansiedade. Para o Apóstolo, era claro que Deus deseja que as pessoas vivam em paz (cf. 1 Cor. 14, 33).

Mas, como grande conhecedor do espírito humano, São Paulo entendia muito bem suas contradições, razão pela qual insta os cristãos a trabalhar para obter a paz da alma, que está em sintonia com a salvação (cf. Rm 15, 13).

Esta paz, fundada na abnegação, na virtude e na entrega generosa, contém a renúncia à discórdia; em concreto, a rejeição das controvérsias inúteis que ofuscam o coração e obscurecem a verdade (cf. 2 Tm. 2, 23). Ao contrário, São Paulo favorece a escuta, a compaixão e a oração.

Os antigos monges do Egito recomendavam a confrontação das crenças e comportamentos opostos ao Evangelho. Incentivavam a paciência, que abre o amplo horizonte da esperança, educando-nos na visão da eternidade.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Nomeações

Havendo necessidade de dar resposta a algumas necessidades de ordem pastoral, havemos por bem proceder à seguinte movimentação de entre o clero:

Padre Manuel Lopes Nunes, dispensado de Pároco das Paróquias de Nossa Senhora da Conceição de Vila de Rei e de Santa Margarida da Fundada, Arciprestado de Sertã, continuando com os outros serviços que lhe estavam confiados;

Padre João Pires Coelho, dispensado de Notário do Tribunal Eclesiástico da Diocese, de Diretor da Casa-Seminário do Imaculado Coração de Maria, da Casa Sacerdotal e de Pároco das Paróquias de SãoJoão Batista de Alegrete e de Nossa Senhora da Esperança de Ribeira de Nisa, Arciprestado de Portalegre, e nomeado Pároco das Paróquias de Nossa Senhora da Conceição de Vila de Rei e de Santa Margarida da Fundada, Arciprestado de Sertã;

Padre João Maria Antunes Lourenço, nomeado Pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Esperança de Ribeira de Nisa, Arciprestado de Portalegre, em acumulação com os serviços que lhe estão confiados;

Padre Fernando Manuel de Jesus Farinha, nomeado Pároco da Paróquia de São João Batista de Alegrete, Arciprestado de Portalegre, em acumulação com os serviços pastorais que lhe estão confiados;

Padre Eusébio Firmino da Silva, nomeado Vigário Paroquial da Paróquia de São Miguel da Sé, Arciprestado de Castelo Branco, onde já vem exercendo o seu ministério;

Diácono João Barata Serrasqueiro, nomeado Notário do Tribunal Eclesiástico da Diocese.

Portalegre, 17 de Novembro de 2014.


Antonino Eugénio Fernandes DiasBispo de Portalegre-Castelo Branco





Como o estresse afecta a vida espiritual e como combatê-lo?


Young businessman who sits on a chair at the top of the mountain and looks into the sky_

Os antigos mestres do deserto tinham um método para recuperar a consciência do amor de Deus, fonte de paz


Recentemente, enquanto contemplava um tranquilo entardecer à beira do mar, parei para pensar quando havia sido a última vez em que reparei em um pôr do sol semelhante, deslumbrando-me com a beleza do oceano e sua enigmática imensidade. Com a harmonia e perfeição das ondas. Com o ágil voo das aves para pegar um peixe.

Foi então que uma ideia ansiosa invadiu minha atenção: a braveza do oceano poderia interromper aquela serenidade? Como saber? Em mais de uma ocasião, no entanto, permitimos que tais pensamentos nos perturbem. Será que, quando éramos crianças, nos preocupávamos tanto quando íamos à praia?

Pensando sobre aquele entardecer, lembrei da aguda observação do escritor britânico C. S. Lewis: “Nós nos preocupamos com o ontem. Nós nos preocupamos com o hoje. Nós nos preocupamos com o amanhã. Simplesmente nos preocupamos”.

Estes pensamentos nos tornam pessoas exageradamente ansiosas e estressadas? Não necessariamente. Todos nós nos inquietamos. O problema ocorre quando a preocupação se torna ingovernável, invadindo e asfixiando nosso campo de consciência.

A palavra “estresse” nos parece familiar, pois já é um ícone da cultura actual. A maioria de nós pensa que é sinónimo de “preocupação”. Se você está preocupado, então está estressado.

No entanto, “estresse” tem um sentido mais amplo. Significa também mudança, uma situação que gera transformação. Não importa se é uma mudança positiva ou negativa. Ambas são estressantes.

Explicado de maneira simples, o estresse é uma reacção inata à mudança, a tudo aquilo que gera instabilidade. O estresse está intimamente relacionado à ansiedade, mas pode se transformar em uma intensa angústia, a ponto de ultrapassar os mecanismos biológicos e psíquicos de autorregulação.

Um dos primeiros pesquisadores nesta área foi o endocrinologista alemão Hans Selye, que, na década de 1930, indicou que o organismo reagia drasticamente diante de certas experiências perturbadoras, tanto orgânicas como psicológicas, denominando-as “estressoras”. Selye se referia particularmente ao excesso de estresse, que deve ser objecto do nosso alarme.

Como comprovaram Selye e outros pesquisadores, os estressores são hábitos, sintomas orgânicos e ideias que podem causar desbordamentos emocionais. Também agem como estressoras aquelas situações que tentamos esquecer: uma doença, algo que nos dê vergonha ou a possibilidade de cair no vazio se temos medo de altura. Talvez um dos maiores estressores seja a ansiedade diante do indeterminado.

Não é novidade que nos exponhamos a níveis elevados de estresse. Enquanto isso ocorra em momentos breves e não nos altere demais, ainda é governável.

Mas, como descobriram médicos e psicólogos, o estresse excessivo e constante pode afectar muito nosso sistema cardíaco e imunológico. Pode gerar problemas gástricos e excesso de peso. Também afecta a memória, favorecendo as lembranças apreensivas.

As células cerebrais (neurónios) se comunicam entre si mediante “mensagens químicas”, os neurotransmissores. Quando a pessoa é exposta a níveis exagerados de estresse, a comunicação começa a se deteriorar. Afectados os mensageiros, sofremos sintomas como insónia, dores generalizadas, depressão e angústia.

É comum fugir das pressões buscando refúgio na evasão. A pessoa é particularmente criativa para fugir da realidade e dos sintomas que lhe advertem que algo está mal; mas aquilo gera mais ansiedade.

Não é que faltem realidades agravantes em nossa cultura, favorecedora das distracções.

Diariamente, devemos enfrentar situações como a falta de sincronia existencial, aquele relativismo que questiona nossos valores sobre o bem e a verdade. ( cont)
( aleteia.org)

Desafios da vida

domingo, 16 de novembro de 2014

Vigiai


https://www.youtube.com/watch?v=C9YCFNF1o-k

Há duas maneiras de fazer as coisas: por obrigação, e então são cansativas, aborrecidas e maçadoras e por amor, e então são suaves, alegres e fecundantes. Um estudante que trabalha naquilo que tem vocação torna-se criativo e produtivo. Um profissional que tem o seu trabalho no coração realiza-se e cria um mundo novo. Fazer as coisas com temor e por obrigação, por muito que alguém se esforce, será sempre um peso doloroso e estéril. O importante é amar o que se faz quando não se pode fazer o que se ama. Só assim desaparece o esforço e surge a alegria. Pelo contrário, quando algo nos custa demasiado não é por ser difícil, o que nos falta é essa força interior que é o amor. Tarefa que não redunda em prazer é porque é feita por obrigação.É preciso ter presente que nós, os cristãos, somos agora no mundo as testemunhas de Cristo e do projecto de salvação/libertação que o Pai tem para os homens. É com o nosso coração que Jesus continua a amar os publicanos e os pecadores do nosso tempo; é com as nossas palavras que Jesus continua a consolar os que estão tristes e desanimados; é com os nossos braços abertos que Jesus continua a acolher os imigrantes que fogem da miséria e da degradação; é com as nossas mãos que Jesus continua a quebrar as cadeias que prendem os escravizados e oprimidos; é com os nossos pés que Jesus continua a ir ao encontro de cada irmão que está sozinho e abandonado; é com a nossa solidariedade que Jesus continua a alimentar as multidões famintas do mundo e a dar medicamentos e cultura àqueles que nada têm… Nós, cristãos, membros do “corpo de Cristo”, que nos identificamos com Cristo, temos a grave responsabilidade de O testemunhar e de deixar que, através de nós, Ele continue a amar os homens e as mulheres que caminham ao nosso lado pelos caminhos do mundo.

Oremos pelo Clero

Oremos pelo clero.



Deixai, ó Jesus, que em vosso Coração Eucarístico, depositemos as mais ardentes preces pelo nosso clero. Multiplicai as vocações sacerdotais em nossa pátria; atraí ao vosso altar os filhos do nosso país; chamai-os com instância ao vosso ministério!

Conservai na perfeita fidelidade ao vosso serviço aqueles a quem já chamastes; afervorai-os, purificai-os, santificai-os, não permitindo que se afastem do espírito de vossa Igreja.

Não consintais, ó Jesus nós Vos suplicamos, que  sejam, por mãos indignas, profanados os vossos mistérios de amor. Com instância vos pedimos: deixai que a misericórdia de vosso Coração vença a vossa justiça divina por aqueles que se recusaram à honra da vocação sacerdotal, ou desertaram das fileiras sagradas.

Por vossa Mãe, Maria Santíssima, Rainha dos Sacerdotes, atendei, Jesus, a esta nossa insistente oração. Ó Maria, ao vosso coração confiamos o nosso clero: guiai-o, guardai-o, protegei-o, salvai-o!
Cardeal Leme

sábado, 15 de novembro de 2014

5 qualidades da mulher católica que trazem benefícios para a sociedade

A identidade feminina ficou confusa por causa do feminismo radical

Woman In Kitchen Using Laptop with Jesus Road Sign on Screen.

1. É transmissora de vida: Acolher no seio materno, gerar a vida e dar à luz são funções exclusivas da mulher. E se a sua missão fosse apenas essa, já seria suficiente. Porém, a sua contribuição vai além do que, por natureza, é-lhe exclusivo.

2. Chama o homem a exercer a paternidade: A mulher é quem incorpora o homem à paternidade. Desde os primeiros dias de ser concebido, a mãe apresenta ao pai o seu filho, a um nível celular, diz a Dra. Natalia López Moratalla. E depois, é a mulher que vai mostrando ao homem quem é o seu filho e o ajuda a compreender os processos do crescimento infantil e adolescente. Os filhos frequentemente procuram as mães para pedir-lhes que intercedam junto ao pai! Ela é capaz de ver as situações com realismo e intuição ao mesmo tempo, e de manter-se próxima às necessidades de um e de outro.

3. Sua presença é insubstituível: Especialmente nos primeiros anos de vida do filho, as neurociências nos dizem que “o córtex cerebral não cresce automaticamente, cresce segundo a estimulação que recebe enquanto está no seu período de crescimento principal, nos primeiro anos e quando está junto com a sua mãe. Muitos estudos demonstram que quanto mais horas um filho passa com a sua mãe, mais elevado será o seu coeficiente intelectual… Também foi descoberto que os lóbulos córtico-límbicos se desenvolvem unicamente como resposta à estimulação da mãe. O sistema límbico é essa parte do cérebro que governa o sentido de si mesmo, as emoções, o autocontrole, a compaixão… A estimulação do sistema límbico começa com o olhar mútuo da mãe e do bebê”.

4. É formadora da pessoa humana: A mulher possibilita aos filhos o ingresso no mundo afectivo, pois é a primeira referência de amor e acolhida; e no transcurso da vida de cada filho o forma nos valores humanos e cristãos, ensinando-lhes as normas da convivência social.

5. Artesã da paz para o mundo: A mãe trabalha com delicadeza e com detalhe a conduta e o carácter dos filhos –às vezes inclusive de seu marido–, para desterrar os egoísmos e o orgulho que podem habitar nos seus corações. É criadora de uma cultura de respeito e diálogo no interior da família, e está dotada de uma grande capacidade para humanizar o mundo trabalhista. A mulher, quando descobre que a sua vocação é o amor e se encontra com o modelo de humanidade que Cristo lhe oferece, converte-se em uma verdadeira artesã da paz.

(Do texto intitulado “Multitask, protetora e empática”, de autoria da equatoriana Sonia Maria Crespo de Illingworth, Presidente da Fundação Família e Futuro, e diretora da revista “Vive!”)

(ACI Digital)

33º Domingo do Tempo Comum Ano A


https://www.youtube.com/watch?v=_ltL6aeXZrw

Talentos que frutificam!
Os talentos que temos são frutos da generosidade de Deus e a missão que cada um recebe é ser bom administrador de tudo, fazendo frutificar para o bem.
Deus não nos pede aquilo que está acima de nossas forças.
Pede que, sendo muitos ou poucos, que produzam seus frutos.
A todos Deus oferece o maior dos talentos que é sua Graça, sua amizade. Deus nos ama!
Se estamos com ele, somos ricos. Ricos do seu amor, da sua bondade, de sua misericórdia!

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

«Espanta-me muito que se leia tão pouco a Bíblia», diz escritora Alice Vieira


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Coleccionadora de Bíblias, Alice Vieira supunha que as suas histórias iriam encontrar leitores minimamente enquadrados com as narrativas: «Na minha ingenuidade, pensava que já conheciam as histórias, mas não»



A escritora Alice Vieira revelou hoje que se sentiu surpreendida pela falta de cultura bíblica, nomeadamente entre as crianças, para quem escreveu o livro “Histórias da Bíblia para ler e pensar”.

«Espanta-me muito que se leia tão pouco a Bíblia», afirmou Alice Vieira durante a 5.ª Jornada de Teologia Prática, centrada no tema “As intrigantes linguagens da fé”, que decorre na Universidade Católica, em Lisboa.

A autora qualificou de «assustadora» a ausência de cultura bíblica entre as crianças: «Estamos numa laicização tremenda».

Alice Vieira começou a sua intervenção recordando que as famílias por onde passou eram «profundamente anticlericais», sendo comum ouvir dizer: «Se eu vir um padre, é como ver um gato preto».

O primeiro contacto de Alice Vieira com a Bíblia foi na escola secundária, através de uma professora de Religião e Moral, que nas aulas lia textos da Sagrada Escritura: «Abriu-me horizontes extraordinários».

Aos 18 anos entrou para a faculdade e para o jornal “Diário de Lisboa”, onde conheceu um «católico fervoroso, e não menos fervoroso comunista», que viria a ser o marido, o jornalista e escritor Mário Castrim.

O primeiro presente que recebeu dele foi uma Bíblia «destinada a ser lida como literatura»: «Tudo o que precisares, abre o livro ao calhas e encontras a resposta». Desde então, as leituras bíblicas foram «sempre algo normal» em sua casa.

Com o passar dos anos, Alice Vieira percebeu que o texto bíblico está «muito presente nas histórias da tradição popular» portuguesa, com personagens ligadas ao Antigo e Novo Testamento, bem como à vida dos santos, tudo pontuado pela «intervenção divina, que é uma constante».

Antes de escolher as histórias da Bíblia para o seu livro, consultou a neta, que lhe fez um único pedido: incluir a narrativa de Rute, a que acrescentou as histórias de Ester, David e Golias, e Salomão, entre outros personagens.

Colecionadora de Bíblias, Alice Vieira supunha que as suas histórias iriam encontrar leitores minimamente enquadrados com as narrativas: «Na minha ingenuidade, pensava que já conheciam as histórias, mas não».

«Para chegar às crianças temos de pensar muito bem na linguagem. Não é utilizar linguagem pobrezinha, pensando que não percebem as palavras difíceis», explicou.

Por outro lado, «tem de ser uma palavra que chegue ao coração, ritmada, com cadência», como se encontram nas histórias tradicionais», sublinhou a escritora, que realçou também a «grande incidência nos pormenores» que dá às suas histórias.

«Gostaria muito que as crianças tivessem quem lhes lesse as histórias», assinalou Alice Vieira, porque a Bíblia é um alicerce para a infância e a vida adulta: «Faz muita falta para entender o mundo, para nos entendermos a nós».

Nas 80 escolas que, em média, percorre anualmente, dificilmente encontra o seu livro nas bibliotecas de escolas não católicas, porque os responsáveis temem a oposição dos pais.


Rui Jorge Martins
Publicado em 14.11.2014 http://www.snpcultura.org/

Liturgia

"Tarde Te Amei" - Santo Agostinho


La famiglia che prega


O poema-oração que talvez melhor resume a vida de Santo Agostinho






1. Tarde Te amei, oh Beleza tão antiga e tão nova... Tarde Te amei... Trinta anos estive longe de Deus. Mas durante esse tempo algo se movia dentro do meu coração... Eu era inquieto, alguém que buscava a felicidade, buscava algo que não achava... Mas Tu Te compadeceste de mim e tudo mudou porque Tu me deixaste conhecer-Te. Entrei no meu íntimo sob Tua Guia e o consegui porque Tu Te fizeste meu auxílio.

2. Tu estavas dentro de mim e eu fora... «Os homens saem para fazer passeios, a fim de admirar o alto dos montes, o ruído incessante dos mares, o belo e ininterrupto curso dos rios, os majestosos movimentos dos astros. E, no entanto, passam ao largo de si mesmos. Não se arriscam na aventura de um passeio interior». Durante os anos de minha juventude, pus meu coração em coisas exteriores que só faziam me afastar cada vez mais d’Aquele a Quem meu coração, sem saber, desejava... Eis que estavas dentro e eu fora. Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Estavas comigo e não eu Contigo...

3. Mas Tu me chamaste, clamaste por mim e Teu grito rompeu minha surdez... «Me fizeste entrar dentro de mim mesmo... Para não olhar para dentro de mim, eu havia me escondido. Mas Tu me arrancaste de meu esconderijo e me puseste diante de mim mesmo a fim de que eu enxergasse o indigno que era, o quão deformado, manchado e sujo estava». Em meio à luta, recorri a meu grande amigo Alípio e lhe disse: “Os ignorantes nos arrebatam o céu e nós, com toda a nossa ciência, nos debatemos em nossa carne”. Assim me encontrava, chorando desconsolado, enquanto perguntava a mim mesmo quando deixaria de dizer “Amanhã, amanhã”... Foi então que escutei uma voz que vinha da casa vizinha... Uma voz que dizia: “TOMA E LÊ, TOMA E LÊ!”

4. Brilhaste, resplandeceste sobre mim e afugentaste minha cegueira. Então corri à Bíblia, a abri ao acaso e li o primeiro capítulo sobre o qual caiu o meu olhar. Pertencia à carta de São Paulo aos Romanos e dizia assim: «Não em orgias e bebedeiras, nem na devassidão e libertinagem, nem nas rixas e ciúmes. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo» (Rm 13,13s). Aquelas Palavras RESSOARAM dentro de mim. Pareciam escritas por uma pessoa que me conhecia, que sabia da minha vida...

5. Exalaste Teu Perfume e respirei. Agora suspiro por Ti, anseio por Ti... Deus... de Quem separar-se é morrer, de Quem aproximar-se é ressuscitar, com Quem habitar é viver. Deus... de Quem fugir é cair, a Quem voltar é levantar-se, em Quem apoiar-se é estar seguro. Deus... a Quem esquecer é perecer, a Quem buscar é renascer, a Quem conhecer é possuir. Assim foi como descobri a Deus e me dei conta de que no fundo era a Ele, mesmo sem saber, a Quem buscava ardentemente meu coração.

6. Provei-Te, e agora tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me, e agora ardo por Tua Paz. «Deus começa a habitar em ti quando tu começas a amá-Lo». Vi dentro de mim a Luz Imutável, Forte e Brilhante! Quem conhece a Verdade conhece esta Luz. Ó Eterna Verdade! Verdadeira Caridade! Tu és o meu Deus! Por Ti suspiro dia e noite desde que Te conheci. E mostraste-me então Quem eras. E irradiaste sobre mim a Tua Força dando-me o Teu Amor!...

7. E agora, Senhor, só amo a Ti ! Só sigo a Ti ! Só busco a Ti ! Só ardo por Ti !...

8. Tarde te amei! Tarde Te amei, oh Beleza tão antiga e tão nova ! Tarde demais eu Te amei !... Eis que estavas dentro e eu, fora. E fora Te buscava e lançava-me, disforme e nada belo, ante a beleza de tudo e todos que criaste. Estavas comigo e não eu Contigo...Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Chamaste, clamaste por mim e rompeste minha surdez. Brilhaste, resplandeceste e Tua Luz afugentou minha cegueira. Exalaste Teu Perfume e respirando-o, suspirei por Ti, Te desejei. Eu Te provei,Te saboreei, e agora tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me e agora estou ardendo em desejos por Tua Paz !

Santo Agostinho, Confissões 10, 27-29
(Comunidade Senhor da Vida)
 
https://www.youtube.com/watch?v=qthiSehqQPs

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Papa Francisco: cristão não deve dar escândalo


Pope Francis with dove_

"Escândalo é dizer e professar um estilo de vida – cristão – e depois, viver como pagão, não acreditando em nada", disse o Papa


O Papa Francisco afirmou na segunda-feira que “todo cristão, qualquer que seja sua vocação, deve saber perdoar sempre e não dar escândalo, porque os escândalos destroem a fé”.

Ao comentar o Evangelho do dia na missa na Casa Santa Marta, o Papa explicou "escândalo é dizer e professar um estilo de vida – cristão – e depois, viver como pagão, não acreditando em nada. Isto dá escândalo porque “não tem testemunho”, enquanto a fé confessada – ressalvou Francisco – é vivida”.

“Quando um cristão ou uma cristã que vai à igreja, em paróquia, não vive assim, escandaliza. Quantas vezes ouvimos dizer: “Eu não vou à igreja porque é melhor ser honesto em casa e não ser como aquele, ou aquela, que vão à igreja e depois fazem isso e aquilo...”. O escândalo destrói, destrói a fé!. E por isso, Jesus é tão forte: “Estejam atentos!”. Faria bem repetirmos isso hoje: “Estejam atentos a vocês mesmos. Todos somos capazes de escandalizar!”.

Do mesmo modo, todos deveríamos, ao invés, saber perdoar. E perdoar “sempre”, insiste o Papa retomando as palavras de Cristo, que convida a fazê-lo também “sete vezes num dia” se quem fez algo contra mim pede perdão arrependido. Jesus, observou o Papa Francisco, “exagera para que entendamos a importância do perdão”, porque “um cristão que não é capaz de perdoar escandaliza: não é cristão”.

“Devemos perdoar, porque perdoados. E isso está no Pai Nosso, como Jesus nos ensinou. E isso não se entende na lógica humana. A lógica humana nos leva a não perdoar, à vingança; nos leva ao ódio, à divisão. Quantas famílias divididas por não se perdoarem: quantas famílias! Filhos longe dos pais, marido e mulher distantes… É tão importante pensar nisso: se eu não perdoo não tenho direito a ser perdoado ou não entendi o que significa quando o Senhor me perdoa. Esta é a segunda palavra, perdão”.

Entende-se então, conclui o Papa Francisco, “porque os discípulos, ouvindo isto, disseram ao Senhor: ‘Aumenta a nossa fé’”.

“Sem a fé não se pode viver sem escandalizar e sempre perdoando. Só à luz da fé, daquela fé que recebemos: da fé de um Pai misericordioso, de um Filho que deu a Sua vida por nós, de um Espírito que está dentro de nós e nos ajuda a crescer, da fé na Igreja, da fé no povo de Deus, baptizado, santo. E isso é um dom, a fé é um dom. Ninguém com os livros, indo a conferências, pode ter fé. A fé é um presente que Deus nos dá por isso os apóstolos pediram a Jesus: ‘Aumenta a nossa fé!’”.

(Rádio Vaticano)