O que quiseres. Como preferires. Que seja!
Quantas vezes usamos esta expressão? Demasiadas. Quando temos de escolher entre situações em que não temos uma ideia definida, geralmente dizemos: ”tanto faz” e ficamos à mercê da escolha do outro, até que o outro escolhe algo e dizemos: “ se calhar a outra opção era melhor”, “essa não gosto”. Escusamo-nos numa falsa tolerância, e damos aos outros um poder de escolha que nos assiste a nós. Mesmo que erremos, a decisão é nossa, por isso, acho que o “TANTO FAZ” é uma treta! Não é mais do que uma manta que encobre as nossas incertezas e inseguranças chutando para os outros um peso que não necessitam carregar.
Às vezes dizemos “tanto faz” por preguiça.
- Não queremos pensar muito no assunto,
- Não queremos estudar ideologias politicas ou valores morais,
- Não queremos saber história,
- Não queremos ler sobre temas importantes ou ficamo-nos pelas letras gordas dos títulos dos jornais.
Por isso: tanto faz!
Outras vezes, sabemos o que queremos mas disfarçamos a nossa convicção para evitar conversas mais desagradáveis, ou discussões mais acesas.
Outras, dizemos “tanto faz, escolhe uma qualquer” e quando o outro escolhe e o resultado não é o melhor, somos os primeiros a apontar dedos e a criticar, mas não tivemos coragem de assumir a nossa vontade ou correr o risco de ser criticados.
Se calhar, da próxima vez que te apetecer responder ”tanto faz”, talvez, só talvez, possas pensar se realmente se te é indiferente. Arranja coragem, arrisca no erro, vá lá diz o que pensas, diz o que gostas, ou pelo menos atreve-te a pensar nisso.
E tu amiga, vais deixar de dizer “tanto faz”?
Raquel Rodrigues
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