Isto contado ninguém acredita. É exatamente isto que se passa quando pensamos e refletimos sobre a história de Deus com a humanidade. Então se nos referirmos preferencialmente a toda a história para este Deus se fazer um entre nós e um como nós, temos, sem sombra de dúvidas, de Lhe dar todo o valor pela sua forma de estar sempre fora da caixa em relação aos nossos pensamentos sobre a Sua revelação.
É que isto contado ninguém acredita. Um Deus que para se fazer presente quis ser menino e não bastasse toda a Sua frágil vinda ainda pediu a participação de uma singela adolescente. Um pedido tão diferente e tão grandioso que a donzela de uma Maria nem percebeu muito bem como isso poderia ser tão real, mas deixou-se confiar sabendo que nas mãos de Deus é sempre tudo ao contrário (e verdade seja dita, é sempre para melhor).
Isto contado ninguém acredita. Não dá mesmo. E Deus para nos trocar ainda mais as voltas apresentou uma conceção vinda do Seu Espírito Santo pondo em causa todo o Seu projeto, pois a pobre Maria bem que podia ter sido apedrejada, julgada e incompreendida.
Isto contado ninguém acredita, porque a vinda de Deus não é coisa para ser contada, mas sim para ser testemunhada. É para ser vivida de forma autêntica num risco e numa entrega sem medidas.
Isto contado ninguém acredita e talvez, nos dias de hoje, se o pedido fosse dirigido de novo a uma jovem adolescente era bem capaz de ser logo bloqueado ou até mesmo cancelado.
Isto contado ninguém acredita. Um Deus que quis ser humano para assim se tornar (ainda mais) divino!
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