sábado, 31 de dezembro de 2016

Solenidade de Santa Mãe de Deus Maria 1º de janeiro


https://www.youtube.com/watch?v=0GJhqkXqyio

Maria tinha diante de si as palavras do Anjo,
as palavras de Isabel e, agora,
a presença amorosa dos pastores,
que lhe falavam ao coração!
Hoje, todos eles falam ao nosso!

Mais um ano ou menos um ano?!




Não sei se o que andamos a viver justifica que pensemos que há mais um ano a caminho. Talvez a perspetiva seja diferente do que a maioria anuncia. Sobra-nos, isso sim, menos um ano. Menos um ano para perceber como podíamos ter feito os dias valer mais a pena. Mais a asas. Um ano subtraído às bondades que não demos, às vontades que esquecemos e aos sonhos que não alimentámos. Um ano a menos de uma aventura sem precedentes. Que ainda protagonizamos como se não houvesse, nunca, um fim. Menos um ano de oportunidades para tentarmos ser mais heróis do que vilões da nossa própria história. Menos um ano para o que já foi adiado demasiadas vezes. Arriscadas vezes. Um ano a menos para as alegrias que nos tínhamos prometido. Um ano a menos para as viagens que eram para ter sido feitas dentro e fora de nós. Um ano a menos para aumentar a soma de dias inesquecíveis e memoráveis. Na areia que quase acaba de correr na ampulheta dos dias, esgueiram-se momentos que passaram, que nos fizeram, que nos aumentaram, que nos estremeceram, que nos apaziguaram, que nos levaram tudo, que nos secaram, que nos mataram a sede. Momentos que…tudo. Um ano subtraído a tudo o que poderia ter sido feito, dito, pensado, alcançado. Encerra-se um capítulo que não é nada mais do que um último grão de areia nas nossas mãos. E agora?! Agora… tivesses vivido. Agora é aquela altura em que as promessas se agarram outra vez aos copos em vez de se construírem no coração. Agora é aquela altura em que os desejos brilham com uma luz que não é nossa. Parece tudo possível e fácil, nesta altura. Viramos a ampulheta e repetimos tudo. Brindes. Sorrisos. Gritos. Festa. Depois já não será meia-noite e já não haverá a novidade de um calendário por estrear.

Ainda faltam uns dias para o virar de página. Ainda vamos a tempo de transformar o ano que aí vem num ano a mais. Um ano de aventuras a mais. De alegrias a mais. De bem a mais.

Já pensaste?! O ano que aí vem será (mais) um ano a menos ou um ano a mais?!


Marta Arrais (28-12-2016) iMissio

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

SONHAR A FAMÍLIA NO SONHO DE DEUS


Celebramos a Festa da Sagrada Família de Nazaré. Faz-nos bem olhar para as pessoas que a constituem. São pessoas amorosas, simpáticas e ternas. Faz-nos bem olhar o perfil humano de cada uma, a força da sua fé, a missão que tinham, o género de vida que levavam, a forma como se relacionavam entre si e com os outros, a maneira como enfrentavam as dificuldades e os sofrimentos do dia-a-dia e as próprias traquinices do Filho que, embora fosse crescendo em estatura, sabedoria e graça, não deixaria, com certeza, “de atirar com o pau ao gato”, presumo eu, não sei. O que sei é que Deus entrou no mundo nesta família que tinha um coração grande e aberto ao amor. E apresentou-se como o «Emanuel» (cf. Mt 1, 23), o Deus connosco. Aliás, como afirma Francisco, este foi, “desde o princípio, o seu sonho, o seu propósito, a sua luta incansável para nos dizer: «Eu sou o Deus convosco, o Deus para vós». É o Deus que, desde os primórdios da criação, afirmou: «Não é conveniente que o homem esteja só» (Gn 2, 18). E nós podemos continuar dizendo: não é conveniente que a mulher esteja só, não é conveniente que a criança, o idoso, o jovem estejam sós; não é conveniente. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe, unir-se-á à sua mulher e os dois serão uma só carne (cf. Gn 2, 24). Os dois serão uma só morada, uma família” (Filadélfia, 26/9/2015). Mas Deus não Se limita a sonhar. Ele “procura fazer tudo «connosco». O sonho de Deus continua a realizar-se nos sonhos de muitos casais que têm a coragem de fazer da sua vida uma família”. Uma família que continua a ser “o símbolo vivo do projeto de amor que um dia o Pai sonhou”. Ser família ou querer formar uma família “é ter a coragem de fazer parte do sonho de Deus, a coragem de sonhar com Ele, a coragem de construir com Ele, a coragem de unir-se a Ele nesta história, de construir um mundo onde ninguém se sinta só, onde ninguém se sinta supérfluo ou sem lugar” (cf. AL321). Sim, “o sonho de Deus continua irrevogável, continua intacto e convida-nos a trabalhar, a comprometer-nos a favor duma sociedade pro família”.
Deus sonha e quer! E quando Deus quer e o homem sonha, a obra nasce, afirmava Fernando Pessoa, que também dizia que o homem é do tamanho do seu sonho. Sim, o sonho comanda a vida, e sempre que um homem sonha, o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos duma criança, escrevia António Gedeão.
O segredo deste êxito, o segredo da concretização deste sonho está em não desistir de promover a cultura do amor. E São Paulo aponta os caminhos a percorrer em direção a essa meta: «O amor é paciente, o amor é prestável; não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, nem guarda ressentimento, não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta» (1Cor 13, 4-7).
Lemos na Amoris Laetitia que “A maturidade chega a uma família quando a vida emotiva dos seus membros se transforma numa sensibilidade que não domina nem obscurece as grandes opções e valores, mas segue a sua liberdade, brota dela, enriquece-a, embeleza-a e torna-a mais harmoniosa para bem de todos” (AL146).
Por entre as alegrias e as tristezas com que a vida mimoseia a todos, as famílias cristãs encontram na Família de Nazaré um estímulo para serem também uma comunidade de vida e de amor, de união e de paz. Encontram nela, não só um estímulo, também uma fonte de proteção e de auxílio divino.
Vamos torcer para que 2017 dê azo à concretização do sonho de Deus no seio de cada família que não deve desistir de sonhar. Que os jovens sejam capazes de sonhar e construir uma família em conformidade com o sonho de Deus. Não existe amor verdadeiro a prazo. Ou apenas e só até que o estrugido se queime ou ele ou ela descubra que ela ou ele não sabe cozinhar a siricaia ou as tortas de Azeitão. Esse é o amor assente sobre a areia e não sobre a rocha, faz parte da cultura do provisório, do usa e deita fora. Há uma pedagogia do amor que não se pode descorar: “o amor é artesanal”, uma tarefa nunca acabada (AL221) a exigir tempo e gratuidade, um exercício de jardinagem que, se cuidado, dá belíssimas e variadas flores. Apesar dessa tarefa nem sempre ser fácil, é pelo sonho que vamos. E sonhando, é importante partir com esperança, caminhar sem desânimo e sentir que somos amados por Deus mesmo que os tropeções sejam muitos e não consigamos chegar ao ponto mais alto que gostaríamos de alcançar. Mas é pelo sonho que vamos. E foi assim que escreveu Sebastião da Gama:

“Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.

Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.

Chegamos? Não chegamos?
– Partimos. Vamos. Somos.”

D. Antonino Dias - Bispo de Portalegre Castelo Branco
30/12/2016.

Contemplar o Presépio e a Sagrada Família




Estes dias da oitava do Natal são algo de magnífico. Já passou o rebuliço das consoadas e o ano novo ainda se vem aproximando de mansinho. Se durante o Advento preparamos a chegada do Menino, na oitava podemos e devemos celebrar a Alegria e Graça de sentirmos que Deus se fez verdadeiro Homem, para melhor nos poder conduzir à salvação.

Desde pequeno que para mim os Natais não são verdadeiramente Natal sem que na família se faça uma encenação e reprodução do presépio. Temos a sorte de ser muitos primos, e de quase todos os anos haver um recém-nascido convocado para representar o papel de Menino Jesus. Sempre rodeado de Maria e José, de uma miríade de pastores (em regra os primos mais pequeninos) uma série de anjos (os primos em torno dos sete anos) e no final os três reis magos (sempre os primos que estão já a caminho da idade da ‘aborrecência’). Todos os anos a algazarra é muita, com os papéis a rodarem, com algum amuo porque se achava que nesse ano é que se era promovido de pastor a anjo, ou de anjo a rei mago, e com todos a cuidarem de se paramentarem devidamente para o teatrinho de Natal.

Há medida que o tempo ia passando e eu ia crescendo, fui-me entediando com a história e a narrativa, que era sempre a mesma, e eu até já sabia quase todas as falas de cor... Foi-se tornando uma daquelas coisas que tinham de ser, sem as quais um Natal não era Natal…

À medida que fui crescendo fui-me apartando do simbolismo, ligando-me mais à forma e vivendo cada vez menos o espetacular conteúdo do presépio. Só mais recentemente me reencontrei com o enorme significado de viver o presépio, de o repetir e revisitar e de o deixar-se entranhar em mim.

O presépio narra-nos a história de uma família, que se desloca para uma terra estranha, e que, batendo a todas as portas, as encontra fechadas. Esta família, Sagrada pela Graça de Deus apenas encontra guarida num pequeno estábulo que, abrigando por natureza animais, não seria o local mais digno para pessoas pernoitarem. É aí que nasce o Menino, Deus feito Homem para nos salvar, colocado sobre as palhinhas de uma manjedoura destinada aos mesmos animais que o haviam de aquecer. Já os anjos cantam ‘Gloria in Excelsis Deo’, e os pastores que se encontram nas redondezas lá se deslocam para, na sua singeleza, adorar o Menino Salvador. Dias depois chegarão os reis magos, guiados por uma estrela, vindos do Oriente com as suas ofertas de ouro, incenso e mirra. O Presépio simboliza a festa que é a presença de Deus entre nós, e bem à sua maneira, começa pequenino e humilde para crescer e se fazer arrebatador e incontornável.

Ouvir e representar tantos anos seguidos na minha infância esta história, transformou-me, percebo hoje, profundamente. Inculcou em mim as raízes da minha fé, e representa talvez a minha primeira adesão e memória do verdadeiro significado de acreditar. A narrativa do presépio fala-nos de ocorrências bem tangíveis e palpáveis.

Todos compreendemos a desumanidade do fechar de portas a Maria e José. Todas as semanas rezamos que ‘Não somos dignos de que entreis em minha morada’, e pedimos que nos seja dita uma palavra para que sejamos salvos. Mas por causa do presépio eu sempre me debati com esta questão: se Deus me batesse à porta reconhecê-lo-ia? Abrir-lhe-ia a porta de minha casa? Da minha intimidade? Seria eu capaz de o rejeitar por ‘ter a casa cheia?’.

Olhando para o caminho percorrido identifico vários momentos em que apenas entreabri a porta e apenas balbuciei algo de ininteligível e envergonhado, seguido de um cerrar da porta (outras tantas nem o trinco de segurança tirei…).

Mas esta Família Sagrada persiste e continua a bater a várias portas, e não se faz rogada em se recolher a um simples estábulo. Mesmo sabendo que haveria de nascer o Deus Menino, não há um momento de soberba ou de exigência, há apenas pedidos humildemente suplicantes e uma gratidão imensa ante a oferta imprópria de tão humilde. É esta a imagem que para mim define a Sagrada Família. Os três, naquele estábulo dando graças a Deus por tanto bem recebido no meio de tanta atribulação. Ainda não chegou mais ninguém e São José conforta e aconchega o melhor que pode Nossa Senhora, que nos seus braços embala aquele que é bebé indefeso nascido pela Graça de Deus. É uma família envolta de fragilidades, mas aquecida pela fé no Pai e pelo abandono à sua vontade (desde o primeiro momento).

Há muitos outros episódios desta Família Sagrada que nos ajudam a perceber a dimensão da sua entrega e disponibilidade, e durante as próximas semanas estes serão narrados nos Evangelhos quotidianos, mas para mim nenhum outro encerra tanta carga emocional e simbólica quanto a Sagrada Família no presépio.

[José Maria P. de Azeredo | essejota]
iMissio (29-12-2016)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Papa Francisco: lamentar-se com Deus é um modo de rezar



“Para crer, é necessário saber ver com os olhos da fé; é este o caminho da esperança"



Passado o Natal e a série de celebrações no Vaticano, o Papa voltou a se reunir nesta quarta-feira (28/12) com os fiéis e peregrinos na habitual audiência geral, que no inverno se realiza na Sala Paulo VI.

Abraão, modelo de fé: foi este o tema de sua catequese, inspirada na carta de São Paulo aos Romanos que descreve “a esperança de Abraão em se tornar pai apesar de muito idoso, e sua esposa, estéril”. Mas Deus havia lhe prometido um filho e Abraão confiava neste anúncio.

Acreditar no impossível

“Abraão crê, sua fé se abre a uma esperança aparentemente irracional; é a capacidade de ir além do raciocínio humano, da sabedoria e da prudência do mundo, além do considerado como bom-senso para crer no impossível. A esperança abre novos horizontes, nos torna capazes de sonhar o impensável. A esperança nos conduz na escuridão de um futuro incerto para caminhar na luz”.

Momentos de crise

O Pontífice lembrou, no entanto, que este caminho é difícil e comporta também crises de desconforto. Abraão, por exemplo, se lamenta com Jesus porque o tempo passava e o ventre de Sara ‘permanecia fechado’ em sua esterilidade. Ele, quase centenário, não teria descendência. Seu herdeiro seria Eliézer de Damasco, um servo.

Pai de muitos povos

Uma noite, o Senhor lhe diz: “Olha para o céu e conta as estrelas, se fores capaz! Assim será tua descendência”. Abraão se sente só, cansado, perto da morte. Seu coração estava tomado pela desilusão e o desânimo. Não havia mais tempo para um filho. Como continuar a crer?

Segundo Francisco, a lamentação de Abraão é uma forma de fé. Não obstante tudo, ele continua a crer em Deus e espera que alguma coisa aconteça. Se não, por que interpelar Deus e pedir o cumprimento de sua promessa? De fato, o Papa explicou que “a fé não é só silêncio que aceita tudo sem replicar; a esperança não é certeza que protege das dúvidas e da perplexidade. Fé é também lutar com Deus, mostrar-lhe nossas amarguras sem fingimento. E esperança é não ter medo de ver a realidade como ela é, aceitando as contradições”.

A única certeza é a fé

Na fé, Abraão se dirige a Deus para que o ajude a continuar a esperar. E o Senhor responde, insistindo na promessa: o herdeiro não será um servo, mas um filho verdadeiro, gerado por ele. “Sua única certeza é confiar na palavra do Senhor”, concluiu o Papa.

Novamente uma promessa, algo a se esperar para o futuro. Como quando Deus o levou para fora da tenda e lhe mostrou as estrelas, esta é a fé.

“Para crer, é necessário saber ver com os olhos da fé; é este o caminho da esperança que cada um de nós deve percorrer. Quando a nossa única possibilidade é olhar para as estrelas, será a hora de confiar em Deus. Não há nada mais bonito do que isso”.

Conclusão com o Circo

Na conclusão da última Audiência Geral de 2016 um momento de alegria com a presença de artistas do Golden Circus de Liana Orfei que ofereceram ao Papa e aos fiéis presentes exibições de malabarismos e equilibrismos. O momento circense, ao som tradicional das marchas de circo, se concluiu com a apresentação de algumas araras, uma das quais foi colocada sobre o braço do Papa Francisco.






Nas suas palavras, em língua italiana, Francisco agradeceu os artistas pela agradável exibição recordando que “a beleza sempre nos aproxima de Deus”.

Ainda na saudação final aos jovens, aos enfermos e aos recém-casados o Papa chamou esses últimos de “corajosos, porque é preciso coragem para se casar e fazer isso por toda a vida”. Recordou mais uma vez aos “corajosos” que “nunca terminem o dia sem fazer as pazes entre eles”.

(Com Rádio Vaticano) 
28 DE DEZEMBRO DE 2016

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A difícil arte de confiar em Deus

Por que é tão difícil aceitar que Deus nos ama incondicionalmente?

A difícil arte de confiar em Deus



A vida nem sempre vai sorrir para nós. Às vezes, a tempestade e o vento parecem ser um obstáculo no caminho e colocam em perigo a estabilidade dos nossos alicerces: “A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário” (Mt 14, 24).

Nesses momentos, como os discípulos, temos medo e nos assusta a possibilidade de perder a vida. Esquecemos que, em meio à escuridão, Jesus está ao nosso lado, caminhando sobre as águas, disposto a acalmar nossa ansiedade: “Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: ‘É um fantasma’. E gritaram de medo. Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!”.

As palavras de Jesus nos tranquilizam, nos fazem ter esperança, levantam nosso ânimo. Tiram de nós esse medo doentio que muitas vezes nos paralisa. Não queremos ter medo, mesmo sabendo ser este um sentimento frequente no coração. Nossa vida é muito frágil, e uma decisão precipitada pode mudar tudo. Um acontecimento inesperado, um diagnóstico com o qual não contávamos.

Uma pessoa me comentou, há alguns dias: “Tenho certeza de que Deus faz tudo para o nosso bem e permite este sofrimento para santificar o meu pai. Para que outra coisa estamos aqui, a não ser para aspirar à vida eterna? Confio em que Deus nos permitirá continuar vivendo estes momentos com confiança em seu amor infinito”.

Viver assim na turbulência das ondas, na instabilidade do barco da vida, que parece a ponto de naufragar às vezes, é um autêntico milagre, um dom de Deus, uma obra feita pelo Espírito Santo em nós.

Mas a verdade é que nem sempre vivemos com a certeza de saber que é Cristo quem caminha ao nosso lado, e então surgem as dúvidas: “Então Pedro lhe disse: ‘Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água’”. Pedro quer uma prova racional, porque duvida, ou melhor, quer um milagre, algo extraordinário que aumente sua fé. Não se conforma com a voz de Cristo, não acredita que realmente seja Ele, pensa ser um fantasma, ou talvez um fruto da sua imaginação temerosa.

Há muitas pessoas que vêem sua vida de fé enfraquecer-se sem poder fazer nada. Não confiam e não sabem se abandonar; duvidam, não enxergam Deus e querem controlar tudo. O Pe. Kentenich nos recorda: “Vivemos em uma era de enfraquecimento da fé e da vida de fé. Especialmente em épocas como esta, existem muitas pessoas que, para converter-se, esperam milagres, sinais extraordinários, visíveis, palpáveis”.

A fé enfraquecida busca sinais que nos confirmem se estamos no caminho certo. Busca fatos extraordinários. Mas o coração quer se encontrar com Deus, quer caminhar com Ele. A fé quer ser construída sobre sinais inquestionáveis, sinais surpreendentes que convençam. No entanto, quando estes acontecem, não é tão fácil aceitar a gratuitidade do amor de Deus, aceitar que Ele se manifesta milagrosamente em nossa vida.

Depender de Deus dessa forma, experimentar um milagre em nós, parece excessivo. É como se já não pudéssemos ser donos da nossa vida; como se nos tirassem o controle sobre a dor e sobre a morte. Diante desse amor gratuito e inesperado de Deus, surge o desconcerto e nos sentimos perdidos.

Por isso, é tão necessário aprender a agradecer na vida, na oração. Esta é nossa aprendizagem mais importante, a rocha mais sólida. É difícil receber as coisas sem ter pago por elas antes, sem que sejam fruto do nosso esforço. É difícil não controlar a vida e ver que tudo é um dom, um milagre que não exigimos, que nada do que nos acontece é merecido.

É difícil agradecer pelas coisas que recebemos diariamente como presente. João Paulo II recordou a necessidade de “ser capazes de agradecer com a mesma devoção com que sabemos pedir. A gratidão sempre nos coloca de uma maneira particular diante da Pessoa”. A gratuitidade do amor de Deus nos deixa indefesos.

Não merecemos o amor e sentimos que não temos como pagá-lo. Por isso, perdemos a vida buscando méritos para devolver o recebido. Pedro não se contentou com o consolo do Senhor sobre as águas, com a segurança de ver seus passos firmes no meio das águas agitadas. Por isso, exigiu poder caminhar, também ele, sobre as águas. Por isso, pediu o milagre do impossível, rebelou-se diante da gratuitidade.

Também nós nos sentimos indignos e queremos fazer alguma coisa, quando descobrimos que Deus nos colmou com um amor que não é correspondido pela nossa entrega…
PADRE CARLOS PADILLA
17 DE AGOSTO DE 2014  - Aleteia

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Oração antes de dormir

Angelus: afeto, oração e lágrimas pelos cristãos odiados no mundo


 


Cidade do Vaticano, 26 Dez 2016

De Rádio Vaticana

– “O mundo odeia os cristãos, pela mesma razão pela qual odiava Jesus, porque Ele trouxe a luz de Deus e o mundo prefere as trevas para esconder as suas más obras”. Foi o que disse o Papa Francisco durante a sua alocução que precedeu a Oração mariana do Angelus na Praça São Pedro, por ocasião da festa do protomártir Estevão, o primeiro de uma longa série – observou o Papa – que continua até hoje.

Hoje, disse o Papa, há oposição entre a mentalidade do Evangelho e a mentalidade mundana. Seguir Jesus significa seguir a sua luz, que se ascendeu na noite de Natal, e abandonar as trevas do mundo.

A alegria do Natal enche também hoje os nossos corações, enquanto a liturgia nos faz celebrar o martírio de Santo Estevão, o primeiro mártir, convidando-nos a recolher o testemunho que através do seu sacrifício, ele nos deixou. É o testemunho glorioso do martírio cristão, sofrido por amor a Jesus Cristo.

O protomártir Estevão, cheio do Espírito Santo, foi apedrejado porque confessou sua fé em Jesus Cristo, Filho de Deus. O unigênito que vem ao mundo convida cada fiel a escolher o caminho da luz e da vida. Este é o significado profundo da sua vinda entre nós. Amando o Senhor e obedecendo à sua voz, o diácono Estevão escolheu Cristo, Vida e Luz para cada homem. Ao escolher a verdade, ele se tornou ao mesmo tempo vítima do mistério do mal presente no mundo. Mas Estevão em Cristo venceu!

Também hoje a Igreja, para dar testemunho da luz e da verdade, experimenta em diversos lugares duras perseguições, chegando até a suprema prova do martírio, disse Francisco, acrescentando.

“Quantos nossos irmãos e irmãs na fé sofrem abusos, violências e são odiados por causa de Jesus! Hoje queremos pensar neles e estar perto deles com o nosso afeto, a nossa oração e também com as nossas lágrimas. Digo a vocês uma coisa: os mártires de hoje são mais numerosos em relação aos mártires dos primeiros séculos”. Quando lemos a história – improvisou o Papa -, lemos tanta crueldade para com os cristãos.

O Papa recordou que ontem, dia de Natal, os cristãos perseguidos no Iraque celebraram o Natal na sua Catedral destruída; um exemplo de fidelidade ao Evangelho. “Eles testemunham com coragem a sua fidelidade a Cristo”.

Falando ainda dos cristãos perseguidos afirmou que apesar das provas e perigos, eles dão testemunho com coragem da sua pertença a Cristo e vivem o Evangelho comprometendo-se em favor dos últimos, dos mais esquecidos, fazendo o bem a todos sem distinção; testemunham a caridade na verdade.

Ao fazer espaço dentro do nosso coração ao Filho de Deus que Se doa a nós no Natal, renovamos - exortou o Papa - a alegre e corajosa vontade de segui-Lo fielmente como o único guia, perseverando em viver de acordo com a mentalidade evangélica e recusando a mentalidade dos dominadores deste mundo.

Francisco concluiu suas palavras pedindo à Virgem Maria, Mãe de Deus e Rainha dos Mártires, para que nos guie e sempre nos sustente em nosso caminho no seguimento de Jesus Cristo, que contemplamos na gruta do presépio.

Em seguida concedeu a todos a sua Benção Apostólica.

CF atualidades
De News.VA
Link http://www.news.va/pt/news/angelus-afeto-oracao-e-lagrimas-pelos-cristaos-odi

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Intendência de Núcleo Centro para Ultreia Mundial


Movimento dos Cursilhos de Cristandade

Intendência de Núcleo Centro

Realizou-se no dia 11 de Dezembro, em Nisa, a Via-sacra como a intendência do Núcleo Centro (dioceses de Coimbra, Guarda, Leiria, Portalegre/Castelo Branco e Santarém) do Movimento dos Cursilhos de Cristandade.
Em todas estas dioceses os cursilhistas se reuniram à mesma hora para fazer a Via-sacra como intendência para a Ultreia Mundial que se vai realizar no dia 6 Maio de 2017.

Na Diocese de Portalegre Castelo Branco os núcleos de escola encontraram-se em Nisa. Iniciou às 16 horas e percorreram as estações até à Igreja de Nossa Senhora da Graça. Estiveram presentes todos os Núcleos de Escola da Diocese.

No final o David deu Graças pelo momento vivido. Só na unidade, na partilha e com a Graça de Deus se consegue vencer os obstáculos e barreiras que vão aparecendo ao longo do caminho.

Sandra Ribeiro

domingo, 25 de dezembro de 2016

NATAL


https://www.youtube.com/watch?v=l7FLOGBB4vM

Tu desces das estrelas, ó Rei do Céu

Ouça o canto de Natal mais famoso da Itália, composto em 1754

Um canto natalino composto em dezembro de 1754 na localidade italiana de Nola, na província de Nápoles, por Santo Afonso Maria de Ligório.

O cântico de louvor transborda admiração pelo mistério da Encarnação do Filho de Deus, que se fez tão pobre e tão frágil na gruta de Belém, por amor a nós, a ponto de levar Santo Afonso a se comover e se compadecer dessa pobreza, que o deixa ainda mais apaixonado pelo Menino Deus.

duas interpretações daquela que se tornou a mais célebre canção de Natal de toda a Itália: a primeira é cantada pelo frei Alessandro, um franciscano famoso naquele país por evangelizar através da música; e a segunda é cantada por ninguém menos que Luciano Pavarotti, um dos tenores mais aclamados da história.

Interpretação do Frei Alessandro, com imagens da sua visita à Gruta da Natividade, em Belém:
https://www.youtube.com/watch?v=PlbLlf4IMy8

Interpretação de Pavarotti, gravada ao vivo na Konzerthaus de Viena, às vésperas do Natal de 1999:

https://www.youtube.com/watch?v=HzU9vVK51-Y

Letra com tradução em Português:

Tu desces das estrelas, ó Rei do Céu,
e vens para uma gruta, ao frio, ao léu.

Ó menininho, meu divino, eu te vejo aqui a tremer.
Ó Deus beato!
Que preço tu pagaste por ter-nos amado!

A ti, que és do mundo o Criador,
faltaram roupa e fogo, ó meu Senhor!

Querido pequenino eleito, como esta pobreza me apaixona mais!
Porque o amor tornou-te pobre demais.

publicado em http://pt.aleteia.org/

SOLENIDADE DO NATAL DO SENHOR – MISSA DO DIA


https://www.youtube.com/watch?v=G1Vo6m2D4bM

A liturgia deste dia convida-nos a contemplar o amor de Deus, manifestado na incarnação de Jesus… Ele é a “Palavra” que Se fez pessoa e veio habitar no meio de nós, a fim de nos oferecer a vida em plenitude e nos elevar à dignidade de “filhos de Deus”.
A primeira leitura anuncia a chegada do Deus libertador. Ele é o rei que traz a paz e a salvação, proporcionando ao seu Povo uma era de felicidade sem fim. O profeta convida, pois, a substituir a tristeza pela alegria, o desalento pela esperança.
A segunda leitura apresenta, em traços largos, o plano salvador de Deus. Insiste, sobretudo, que esse projecto alcança o seu ponto mais alto com o envio de Jesus, a “Palavra” de Deus que os homens devem escutar e acolher.
O Evangelho desenvolve o tema esboçado na segunda leitura e apresenta a “Palavra” viva de Deus, tornada pessoa em Jesus. Sugere que a missão do Filho/”Palavra” é completar a criação primeira, eliminando tudo aquilo que se opõe à vida e criando condições para que nasça o Homem Novo, o homem da vida em plenitude, o homem que vive uma relação filial com Deus.

extractos de portal dos dehonianos

sábado, 24 de dezembro de 2016

Noite Feliz!

Foto de Portal Católico.

SOLENIDADE DO NATAL DO SENHOR – MISSA DA MEIA-NOITE


https://www.youtube.com/watch?v=gI8CeXcWsbU

A liturgia desta noite fala-nos de um Deus que ama os homens; por isso, não os deixa perdidos e abandonados a percorrer caminhos de sofrimento e de morte, mas envia “um menino” para lhes apresentar uma proposta de vida e de liberdade. Esse “menino será “a luz” para “o povo que andava nas trevas”.
A primeira leitura anuncia a chegada de “um menino”, da descendência de David, dom de Deus ao seu Povo; esse “menino” eliminará a guerra, o ódio, o sofrimento e inaugurará uma era de alegria, de felicidade e de paz sem fim.
O Evangelho apresenta a realização da promessa profética: Jesus, o “menino de Belém”, é o Deus que vem ao encontro dos homens para lhes oferecer – sobretudo aos pobres e marginalizados – a salvação. A proposta que Ele traz não será uma proposta que Deus quer impor pela força; mas será uma proposta que Deus oferece ao homem com ternura e amor.
A segunda leitura lembra-nos as razões pelas quais devemos viver uma vida cristã autêntica e comprometida: porque Deus nos ama verdadeiramente; porque este mundo não é a nossa morada permanente e os valores deste mundo são passageiros; porque, comprometidos e identificados com Cristo, devemos realizar as obras d’Ele.

extractos de portal dos dehonianos

Natal é dar graças, diz o Papa Francisco




A alegria cristã é uma dádiva do Senhor. «Ah, padre, nós faremos um banquete, e todos estaremos contentes!». Isto é bonito, um bom almoço faz bem; mas esta não é a alegria cristã da qual falamos hoje; o júbilo cristão é diferente. Ele leva-nos também a fazer festa, é verdade, mas trata-se de algo diferente. É por este motivo que a Igreja nos quer levar a compreender no que consiste esta alegria cristã.

O apóstolo são Paulo já dizia aos Tessalonicenses: «Irmãos, sede sempre felizes!». E como posso ser feliz? É ele mesmo que diz: «Rezai, ininterruptamente, e dai graças por tudo!». Podemos encontrar a alegria cristã na oração, dado que tal júbilo vem da prece, mas também da acção de graças a Deus: «Obrigado, Senhor, por toda esta beleza!».

Papa Francisco | Homilia 12 de dezembro de 2014


iMissio (22-12-2016)

INFORMAÇÃO PAROQUIAL

HORÁRIOS DAS CELEBRAÇÕES DE NATAL

SÁBADO , DIA 24, SOLENIDADE DO NATAL DO SENHOR– ( MISSA DO GALO)



ARRONCHES- IGREJA MATRIZ - 23:00H

ALEGRETE - 00:00H


DOMINGO , DIA 25, SOLENIDADE DO NATAL DO SENHOR – MISSA DO DIA


ALEGRETE - 9:30H

BESTEIROS- 10:30H

ESPERANÇA - 12:00H

VALE DE CAVALOS- 15:30H

MOSTEIROS- 16:30H

DEGOLADOS- 16:30H

ARRONCHES - 12:00H

A EUCARISTIA EM ARRONCHES SERÁ PRESIDIDA PELO SENHOR BISPO D. ANTONINO DIAS.

Mensagem de NATAL do Papa Francisco: NATAL és tu, quando...



No Natal costuma haver muito barulho…
…Mas é necessário fazer silêncio para ouvir a voz do AMOR!

NATAL és tu, quando te dispões, todos os dias, a nascer de novo deixando Deus entrar no teu coração!

O PINHEIRO DE NATAL és tu, quando com a tua força e coragem resistes aos ventos e dificuldades da vida!

AS DECORAÇÕES DE NATAL és tu, quando as tuas virtudes são cores que enfeitam a tua vida!

A LUZ DE NATAL és tu, quando a tua vida de bondade, paciência, alegria e generosidade consegue ser luz que ilumina o caminho dos outros!

O ANJO DE NATAL és tu, quando consegues entoar e cantar a mensagem de paz, justiça e amor para todo o mundo!

A ESTRELA DE NATAL és tu, quando consegues guiar alguém até à alegria do encontro com Jesus!

OS REIS MAGOS és tu, quando consegues dar o melhor de ti mesmo a todos sem distinção!

A MÚSICA DE NATAL és tu, quando vives em harmonia interior e espalhas harmonia à tua volta!

O PRESENTE DE NATAL és tu, quando consegues comportar-te como verdadeiro amigo e irmão ou irmã de qualquer outro ser humano!

O CARTÃO DE NATAL és tu, quando a tua bondade está escrita no gesto de amor que ofereces ao outro!

“VOTOS DE FELIZ NATAL” és tu, quando perdoas, restabelecendo de novo a paz e concórdia, mesmo a custo do teu próprio sacrifício!

A CEIA DE NATAL és tu, quando sacias com o pão da esperança qualquer pessoa necessitada a teu lado!

A NOITE DE NATAL és tu, quando consciente, humilde e silenciosamente, recebes o Salvador do Mundo no teu ser.

UM MUITO FELIZ NATAL para ti e a todos e todas aqueles e aquelas que desejam e procuram assemelhar-se a este NATAL!


Adaptado por P. Carlos Alberto Nunes, MCCJ, a partir das intervenções do Papa Francisco

Publicado 17th December 2014 por Fraternitas Movimento


O DEUS QUE TE FEZ deus …



Mantendo a temática destes dias em que celebramos o Natal de Cristo, hoje recorro a um pequeno texto de Santo Hipólito. Todos os anos nos aparece no Ofício das Horas, em 30 de dezembro. Tem cerca de mil e oitocentos anos. Santo Hipólito é considerado o mais importante escritor e filósofo cristão do final do século III. Era natural de Roma, foi muito interventivo e não temia uma boa polémica, mesmo quando azeda, para defender aquilo em que acreditava. Homem de grande erudição e de fluente retórica, escreveu várias obras e foi orador de referência. Tendo sido deportado para a Sardenha em 235, morreu mártire durante a perseguição aos cristãos levada a cabo pelo imperador Maximiano Trácio. Mais tarde, os seus restos mortais foram transladados para Roma, para o cemitério na Via Tiburtina. Este seu texto provoca a reflexão sobre o fundamento da nossa fé, leva-nos à contemplação do Menino do presépio: um Menino que é Deus, um Deus que se faz Menino. Na sua condescendência e infinita misericórdia, Jesus manifesta, com ternura e encanto, o seu amor por nós e convida-nos a segui-l’O como discípulos:
“Não fundamentamos a nossa fé em palavras sem sentido, nem nos deixamos arrastar por efémeros impulsos do coração ou seduzir pelo encanto de discursos eloquentes; a nossa fé fundamenta-se nas palavras pronunciadas pelo poder divino.
Deus confiou estas palavras ao Verbo, e o Verbo pronunciou-as para arrancar o homem à desobediência; não o quis obrigar pela força como a um escravo, mas apelou para a sua decisão livre e responsável.
Na plenitude dos tempos, o Pai enviou à terra o Verbo, porque já não queria que Ele falasse por meio dos Profetas nem fosse anunciado por meio de prefigurações obscuras, mas desejava que Se manifestasse de forma visível, a fim de que o mundo, ao vê-l’O, pudesse salvar-se.
Sabemos que o Verbo assumiu um corpo no seio da Virgem e transformou o homem velho numa nova criação. Sabemos que se fez homem da nossa mesma substância. Se não fosse assim, em vão nos mandaria que o imitássemos como mestre. Se este homem tivesse sido formado de outra substância, como poderia impor-me a mim, débil por nascimento, as mesmas coisas que Ele fez? Como poderíamos, em tal caso, dizer que Ele é bom e justo?
Mas para que ninguém pensasse que era diferente de nós, suportou o trabalho, quis ter fome, não recusou a sede, dormiu para descansar, não rejeitou o sofrimento, submeteu-Se à morte e manifestou a sua ressurreição. Em tudo isto, ofereceu a sua humanidade como primícias, para que tu não desanimes no meio do sofrimento, mas, reconhecendo-te homem, esperes também tu receber o que a Ele foi oferecido.
Quando contemplares a Deus tal qual é, terás um corpo imortal e incorruptível, como a alma, e possuirás o reino dos Céus, tu que, peregrinando na terra, conheces o Rei dos Céus. Viverás então na intimidade de Deus, serás herdeiro com Cristo e já não estarás sujeito a concupiscências, paixões ou enfermidades, porque foste elevado à condição divina. Todos os males que suportaste, enquanto homem, Deus o permita precisamente por seres homem. Mas Deus prometeu também fazer-te participante das suas prerrogativas, quando fores divinizado e revestido de imortalidade. Conhece-te a ti mesmo, reconhecendo a Deus que te criou; pois conhecer a Deus e ser conhecido por Ele é a sorte daquele que foi chamado por Deus.
Não vos envolvais em contendas como inimigos, nem penseis em retroceder. Cristo é o Deus que está acima de todas as coisas, que decidiu libertar os homens do pecado, renovando o homem velho que Ele tinha criado à sua imagem desde o princípio e manifestando nesta imagem renovada o amor que tem por ti. Se obedeceres aos seus santos mandamentos e imitares com a tua bondade o Bem supremo serás semelhante a Ele e Ele te glorificará. Tudo possui e tudo pode o Deus que te fez deus para sua glória”.

D.Antonino Dias -Bispo de Portalegre Castelo Branco 23-12-2016

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Natal de Elvas


https://www.youtube.com/watch?v=tt7b_O1D2C0&feature=share

Desculpa -nos, Senhor

Foto de Imissio.

Desculpa-nos Senhor, por todas as vezes que não fomos presença do Teu amor.
Desculpa-nos Senhor, por todas as vezes que não tivemos gestos concretos da Tua misericórdia.
Desculpa-nos Senhor, por todas as vezes que fomos incapazes de perdoar.
Desculpa-nos Senhor, por todas as vezes que ignoramos os mais necessitados.
Desculpa-nos Senhor, por todas as vezes que achamos que éramos superiores aos outros.
Desculpa-nos Senhor, por todas as vezes que falhamos e não reconhecemos.
Desculpa-nos Senhor, por todas as vezes que dissemos que não precisávamos de Ti.
Desculpa-nos Senhor, por todas as vezes que pecamos.
Desculpa-nos Senhor, por todas as vezes em que não quisemos esperar por Ti e em Ti.
Desculpa-nos Senhor.
Reconhecemos as nossas faltas.
Reconhecemos os nossos pecados.
E sabemos que agora esperamos, verdadeiramente, por Ti...pois esperamos de coração sincero, puro e arrependido.

[Texto de Emanuel António Dias] em iMissio

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Mensagem de Natal do nosso Bispo







ANUNCIO-VOS UMA GRANDE ALEGRIA!...


As festividades desta quadra de Natal centram-se na pessoa de Jesus Cristo, no Filho de Deus que se fez homem no seio de Maria Virgem. Quem nasce é o Príncipe da paz, o Salvador do mundo, o Filho de Deus, Jesus Cristo Senhor. É, pois, o Seu nascimento que festejamos, com alegria e esperança. Tudo o mais que envolve estes dias de festa há de concorrer para centralizar no essencial da Festa, a tornar maior, mais significativa, mais vivida e para que todos possam sentir-se mais motivados a anunciarem uns aos outros: “Anuncio-vos uma grande alegria … Nasceu-Vos hoje um Salvador, que é Cristo Senhor” (Lc 2, 10).
Jesus vem para que tenhamos a vida e a tenhamos em abundância (cf. Jo 10,10). Ele vem para que a Sua alegria esteja em nós e a nossa alegria seja plena (cf. Jo 15,11). Jesus vem para nos revelar que o nosso Deus é um Deus que se faz Menino, um Deus próximo, sempre presente e atento, rico em misericórdia. É um Deus que vem ao nosso encontro, se faz encontrado e nos desafia: “Vinde a mim todos vós que andais cansados e oprimidos … e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas, pois o meu jugo é suave e a minha carga é leve” (cf. Mt 11, 28-30).
O que mais e melhor podemos desejar uns aos outros em ambiente de Boas Festas é que seja Natal dentro de cada um, que façamos presépio dentro de nós, que acolhamos este Menino que vem ao nosso encontro, que nos deixemos transformar por Ele ao ponto de podermos dizer como São Paulo: “Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? … estou persuadido que nem a morte, nem a vida, nem os Anjos, nem os principados, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderão separar-nos do amor de Deus, manifestado em Cristo Jesus, Senhor nosso” (cf. Rom 8,35.37-39).
Feliz Natal para todos e que todos possam sentir, em Família, a alegria da Família de Nazaré que acolheu Jesus Menino com ternura e encanto, com simplicidade e humildade contemplativa, com gratidão e esperança, em silêncio e ação de Graças.
Feliz Natal para todos e Feliz Ano 2017.

Antonino Dias
Bispo Port.-C. Branco
2016

10 frases do papa Francisco sobre o Natal



O Natal está perto. Que tal viver mais intensamente o Natal e, nos cartões entregues a amigos e parentes, unir aos votos de boas festas belas frases que falem sobre o sentido mais profundo desse dia especial?

Dez frases do papa Francisco sobre o Natal.


1. “Em Jesus manifestou-se a graça, a misericórdia, a ternura do Pai: Jesus é o Amor feito carne. Não se trata apenas dum mestre de sabedoria, nem dum ideal para o qual tendemos e do qual sabemos estar inexoravelmente distantes, mas é o sentido da vida e da história que pôs a sua tenda no meio de nós.” (Homilia no Natal de 2013)

2. “Sois imenso, e fizestes-Vos pequenino; sois rico, e fizestes-Vos pobre; sois omnipotente, e fizestes-Vos frágil.” (Homilia no Natal de 2013)

3. “A primeira coisa que o Natal nos chama a fazer é isto: dar glória a Deus, porque Ele é bom, é fiel, é misericordioso. Neste dia, desejo a todos que possam reconhecer o verdadeiro rosto de Deus, o Pai que nos deu Jesus. Desejo a todos que possam sentir que Deus está perto, possam estar na sua presença, amá-Lo, adorá-Lo.” (Mensagem Urbi et Orbi de 2013)

4. “O dom precioso do Natal é a paz, e Cristo é a nossa paz verdadeira. Cristo bate à porta dos nossos corações para nos conceder a paz, a paz da alma. Abramos as portas a Cristo!” (Angelus, 21 de dezembro de 2014)

5. “A mensagem que todos esperavam, que todos procuravam nas profundezas da própria alma, mais não era que a ternura de Deus: Deus que nos fixa com olhos cheios de afecto, que aceita a nossa miséria, Deus enamorado da nossa pequenez.” (Homilia no Natal de 2014)

6. “Como acolhemos a ternura de Deus? Deixo-me alcançar por Ele, deixo-me abraçar, ou impeço-Lhe de aproximar-Se? «Oh não, eu procuro o Senhor!» – poderíamos replicar. Porém a coisa mais importante não é procurá-Lo, mas deixar que seja Ele a procurar-me, a encontrar-me e a cobrir-me amorosamente das suas carícias. Esta é a pergunta que o Menino nos coloca com a sua mera presença: permito a Deus que me queira bem?” (Homilia no Natal de 2014)

7. “Jesus Menino. Penso em todas as crianças assassinadas e maltratadas hoje, seja naquelas que o são antes de ver a luz, privadas do amor generoso dos seus pais e sepultadas no egoísmo duma cultura que não ama a vida; seja nas crianças desalojadas devido às guerras e perseguições, abusadas e exploradas sob os nossos olhos e o nosso silêncio cúmplice; seja ainda nas crianças massacradas nos bombardeamentos, inclusive onde o Filho de Deus nasceu. Ainda hoje o seu silêncio impotente grita sob a espada de tantos Herodes. Sobre o seu sangue, estende-se hoje a sombra dos Herodes do nosso tempo. Verdadeiramente há tantas lágrimas neste Natal que se juntam às lágrimas de Jesus Menino!” (Mensagem Urbi et Orbi de 2014)

8. “Hoje, o Filho de Deus nasceu: tudo muda. O Salvador do mundo vem para Se tornar participante da nossa natureza humana: já não estamos sós e abandonados.” (Homilia no Natal de 2015)

9. “Se tomarmos o Menino nos nossos braços e nos deixarmos abraçar por Ele, nos dará a paz do coração que jamais terá fim.” (Homilia no Natal de 2015)

10. “Juntamente com os pastores, prostremo-nos diante do Cordeiro, adoremos a Bondade de Deus feita carne e deixemos que lágrimas de arrependimento inundem os nossos olhos e lavem o nosso coração. Disto todos temos necessidade..” (Mensagem Urbi et Orbi de 2015)


semprefamilia]

iMissio (21-12-2016)

Centenário de Fátima: Bispos portugueses lançam carta pastoral



FATIMA, 17 Dez. 2016
De ACI

- A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) publicou na sexta-feira, 17 de dezembro, a carta pastoral “Fátima, sinal de esperança para o nosso tempo”, que assinala o centenário das Aparições na Cova da Iria.

“No centenário das aparições da Virgem Maria, em Fátima, desejamos dar graças a Deus por nos permitir viver este acontecimento, que nos enche de júbilo, e reafirmar a atualidade da sua mensagem para a revitalização da nossa fé e do nosso compromisso evangelizador”, afirmam os Bispos portugueses no início na mensagem.

Segundo os Prelados, “ao longo de todos estes cem anos, a peregrinação a Fátima revitalizou a fé de muitos crentes cansados, suscitou a conversão de muitos corações endurecidos, reafirmou a pertença eclesial de muitos batizados desorientados, tornou possível que muitos indiferentes redescobrissem o Evangelho, suscitou uma religiosidade que plasmou a vida de grande parte do nosso povo”.

Ao falar sobre esta carta, no dia 13 de dezembro, o porta-voz do episcopado português, Pe. Manuel Barbosa, explicou que o documento visa a ajudar os católicos a viver o centenário das aparições “com alegria”, “reavivar a permanente atualidade da mensagem de Fátima” e o “compromisso evangelizar”.

A carta pastoral é dividida em quatro partes, começando com uma “história breve” do acontecimento do centenário. O texto fala ainda sobre a mensagem de Fátima como “bênção fecunda” para a Igreja e o mundo.

Em seguida, aborda tal mensagem “como dom e convite” para sua vivência pessoal e comunitária. Por fim, aponta Fátima em uma perspectiva de futuro “para a Igreja, Portugal e para o mundo, numa perspectiva de evangelização”, acentuando o “rosto materno da Igreja” e o “anúncio profético da misericórdia e da paz”.

Na carta, os bispos afirmam que “a mensagem de Fátima inspira a Igreja a encontrar e a aprofundar os traços do seu rosto mariano”.

“Acolhendo esta interpelação, a Igreja, sacramento universal da salvação, é levada a acolher com Maria e como ela a missão que procede de Deus, a seguir Jesus como discípula fiel e crente, a ser sensível às necessidades dos próximos e aos clamores dos distantes, a estar disposta a permanecer junto à cruz, a assumir o peso da incompreensão e da perseguição, a irradiar a glória e as primícias da ressurreição, a ser ‘hospital de campanha’ que sai ao encontro dos feridos e não “alfândega” que fecha as portas”, acrescentam.

Confira a íntegra da carta pastoral no site do Santuário de Fátima.

CF Atualidades
De ACI Digital
Link http://www.acidigital.com/noticias/centenario-de-fatima-bispos-portugueses-lancam-carta-pastoral-12227/#.WFaICexez7E.blogger

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Pe. LIBÂNIO DOMINGOS MARTINS partiu para o Pai


Pe. LIBÂNIO DOMINGOS MARTINS, nascido a 14 de novembro de 1936 na paróquia de Ermida foi ordenado presbítero a 17 de junho de 1960 no Seminário de Portalegre.
Foi professor em diversas escolas, nomeadamente no Seminário de Gavião, no Colégio Diocesano de Portalegre e Castelo de Vide, entre outras.
Entre outras missões, foi pároco de Marvão, de São Pedro do Esteval, de Cernache do Bonjardim, Nesperal, de Rossio ao Sul do Tejo, Pego, Escalos de Baixo e Mata.

Pe. Libânio Domingos Martins faleceu na manhã de dia 19, no Seminário de Alcains e as Exéquias foram dia 20, na Ermida, pelas 11h00, presididas pelo nosso Bispo!

http://www.portalegre-castelobranco.pt/



  

O Silêncio do Natal

kyle-thompson-zupi-7
O silêncio faz falta aos nossos dias. O tempo de Advento deveria ser um tempo de pausa, de introspeção. Perdemo-nos na azáfama das coisas para o Natal ao ponto de esquecer do próprio aniversariante. O mundo, que somos nós, perturba-nos o consciente e vagueamos pelas compras para a Ceia, para o dia de Natal... Em resumo, para as festas...

Andar em modo silêncio é-nos difícil. Que fazemos mal chegamos a um espaço onde não há ninguém? Procuramos a televisão, a rádio ou qualquer outro aparelho para colocar qualquer coisa a "tocar". Os nossos jovens e menos jovens, não conseguem andar pela rua a ouvir os sons da natureza. Ou porque eles não existem, visto que enchemos os nossos espaços urbanos de ruídos que perturbam, ou porque essa natureza, aquela primordial, já não existe.

No meu dia a dia, vejo cada vez mais pessoas que "falam sozinhas". A necessidade de barulho tornou-se ensurdecedora. Fazemos fadiga em viver o silêncio connosco. Precisamos de música relaxante para relaxarmos. Os nossos tempos de silêncio estão preenchidos de momentos de consternação e desorientação. O silêncio lembra-nos um deserto com o nada a perder de vista... Temos medo de nos encontrarmos connosco próprios?

E no entanto, a ciência começa a provar que o verdadeiro silêncio, aquele que podemos contemplar na natureza, permite a regeneração de células cerebrais; ajuda a aliviar a tensão e o stresse - mais que a música relaxante; aumenta os nossos recursos mentais; e é visto por alguns especialistas como "chave" para a autoconsciência...

Não será que está na altura de apostar recursos no silêncio?

Ainda este fim de semana o evangelho falava-nos de José. O "Patriarca do Silêncio", segundo Alain Corbin. José não tem uma única "fala" em todos os evangelhos. Deus fala-lhe por sonho e ele não responde. Depois de três dias à procura de Jesus, na ida ao templo de Jerusalém, é Maria que fala com Jesus. Até a sua morte é "silenciosa"... E no entanto, é o Justo. É aquele que obedece a Deus docemente. É aquele que dá o nome a Jesus, que quer dizer "Deus salva". É aquele que "insere" Jesus na descendência de David... Papel fundamental na salvação...

Temos tendência para a "conversa". Temos medo do silêncio e de tudo o que ele implica. Temos medo de nos encontrarmos. Usamos tantas palavras que tantas vezes "matam" a Palavra. Mas é nesse mesmo silêncio que a Palavra deve nascer e crescer... Perdemos o gosto pelo silêncio que é Escuta...

José foi capaz de obedecer porque foi capaz de ouvir e de escutar a vontade de Deus.
Desejo-vos um Santo Natal, capacitante de escuta da Palavra que nasce naquele menino.


Paulo Victória (20-12-2016) em iMissio

Papa desafia crianças a partilhar alegria de Natal com os avós


19 dez 2016
De Ecclesia

- O Papa convidou hoje as crianças a partilharem a alegria do Natal com todos, “de forma especial com os avós”.

Francisco falava a uma delegação dos mais jovens membros da Ação Católica Italiana, no Vaticano, a quem deixou como “trabalho de casa” esta missão de ir ao encontro dos mais velhos.

“Pensem bem nisto: esta alegria deve ser partilhada com todos, mas de modo especial com os avós. Conversem muito com os vossos avós, também eles têm esta alegria contagiosa”, disse, numa intervenção divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé.

O Papa pediu que os mais jovens saibam ouvir os idosos, que têm a “memória da história, a experiência da vida.

“Eles também precisam de vos ouvir, de entender as vossas aspirações e esperanças. Portanto, eis o trabalho de casa: conversar com os avós, ouvir os avós”, prosseguiu.

O encontro, que reuniu cerca de setenta adolescentes, acontece anualmente nas proximidades da celebração do Natal.

“O nascimento de Jesus é anunciado como uma ‘grande alegria’, causada pela descoberta de que Deus nos ama e através do nascimento de Jesus se aproximou de nós para nos salvar. Somos amados por Deus. Que coisa maravilhosa”, exclamou o Papa.

Francisco saudou o “compromisso pela paz” dos jovens membros da Ação Católica Italiana, evocando em especial uma iniciativa em favor de alguns jovens de um bairro de Nápoles.

Os adolescentes estavam acompanhados por educadores, assistentes e responsáveis da organização católica.

OC

CF Atualidades
De Agência Ecclesia
Link http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/vaticano/vaticano-papa-desafia-criancas-a-partilhar-alegria-de-natal-com-os-avos/

Deus presente!




Muitas vezes passamos por tantas lutas que nem conseguimos acreditar que tudo está acontecendo connosco. Então nos perguntamos: “Será mesmo que Deus está no controle? Será que existe uma saída para mim?”.

A verdade é que Deus nunca perde o controle deste mundo e Ele está sempre disposto a mudar o rumo de nossas vidas. Pense comigo: "Será que um capitão abandonaria o seu barco no meio do mar? Será que ele deixaria tudo e não completaria a sua viagem?"
É claro que não. Da mesma forma, aquilo que Deus começa, Ele termina! A Bíblia diz: "Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus" (Filipenses 1:6).
Deus tem uma grande obra em sua vida, mas o diabo quer impedí-la de ser completada. Então, toda vez que você pensar que o mal venceu e que Deus não está presente, lembre-se das muitas promessas da Bíblia e faça um compromisso de alinhar o seu coração com o Pai. Talvez você possui áreas em sua vida que precisam ser mudadas e é somente através da oração que os seus olhos espirituais serão abertos.
Lembre-se: Deus está com você na alegria ou na dor, na saúde ou na doença, e nada pode quebrar a aliança que você fez com Ele ao receber Jesus como seu Salvador. O Senhor está com você no meio da tempestade e basta uma palavra dEle para que o mar e os fortes ventos se acalmem.
Nenhum problema é maior do que Deus, e certas coisas são necessárias para mostrar que Ele deve ser o seu único refúgio e fortaleza - o Tesouro mais valioso da sua vida!


Evangelizacao pelos Padres Catolicos

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Ser cristão é a coisa mais difícil do mundo




Certa vez, em um acampamento para jovens, um homem resolveu abrir o coração e disse: "Irmãos, vamos ser sinceros. Ser cristão é a coisa mais difícil do mundo, vocês não acham!? Afinal de contas, o que pode ser mais difícil do que amar o seu inimigo e renunciar o pecado?"
Então um menino, novo na fé, se levantou no meio de todos e disse:
“Moço, eu também já pensei assim um dia! Quando eu conheci Jesus, as lutas eram muito grandes e muitas pessoas me rejeitaram por causa da minha fé, mas eu li uma passagem na Bíblia que diz: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13). Eu acreditei nessa palavra e quando menos percebi, todas as minhas dificuldades haviam sido superadas.
Hoje eu sou prova viva de que uma pessoa nunca é forte o suficiente até que confie em Jesus Cristo. Sim, a vida cristã é difícil, e às vezes pensamos até em desistir. Mas aprendi que vale a pena pagar o preço para ser um seguidor de Cristo. Ele disse que “a porta é estreita e o caminho que leva à vida é apertado, e são poucos os que a encontram" (Mateus 7:14).
Por isso, se você persistir assim como eu, você verá que a cruz te levará para vida eterna! Quando você pegar a cruz da solidão e experimentar a injustiça dos homens, a graça de Deus estará te esperando onde você estiver, e ela é suficiente para encher o seu coração de paz e suprir todas as suas necessidades.”
Então aquele homem que estava desanimado há poucos minutos atrás, se fortaleceu ao ouvir as palavras daquele jovem.
Assim é a nossa caminhada com Cristo! Fazer a Sua vontade muitas vezes é difícil e às vezes até parece impossível, mas quando o Senhor nos fortalece, nós conseguimos superar qualquer barreira! Que eu e você possamos experimentar o poder do Senhor sobre as nossas fraquezas!
"O Senhor me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza" (2 Coríntios 12:9).


Evangelizacao pelos Padres Catolicos

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Angelus: abrir a porta ao Deus que se aproxima




Cidade do Vaticano, 18 Dez 2016
De Rádio Vaticana

– Milhares de fiéis e peregrinos rezaram com o Papa Francisco o Angelus dominical na Praça S. Pedro. O Pontífice comentou a liturgia deste quarto e último domingo de Advento, que fala proximidade de Deus à humanidade.

Maria, exemplo de disponibilidade

No Evangelho de Mateus, os protagonistas são a Virgem Maria e o seu esposo José. O Filho de Deus “vem” no seio Maria para se tornar homem e Ela o acolhe. Assim, de modo único, afirmou o Papa, Deus se aproximou do ser humano tomando a carne de uma mulher. De maneira diferente, também Deus se aproxima de nós com a sua graça para entrar na nossa vida e nos oferecer o seu Filho.

“E nós o que fazemos?, questionou o Papa. Nós O deixamos se aproximar, O acolhemos ou o rejeitamos? Assim como Maria se ofereceu livremente ao Senhor da história e Lhe permitiu mudar o destino da humanidade, também nós, acolhendo Jesus e buscando segui-lo todos os dias, podemos cooperar para o desenho desígnio de salvação sobre nós mesmos e sobre o mundo. “

José, exemplo de confiança

Outro protagonista do Evangelho de hoje é São José, que sozinho não pode dar uma explicação para a gravidez de Maria. Deus então se faz próximo a ele, enviando um mensageiro para explica que sua esposa concebeu pela ação do Espírito Santo.

“Diante do evento extraordinário, que certamente suscita no seu coração tantos interrogativos, José confia totalmente em Deus e, seguindo o seu convite, não repudia a sua futura esposa, mas a toma consigo.” Acolhendo Maria, prosseguiu Francisco, José acolhe Aquele que nela foi concebido por obra admirável de Deus, a quem nada é impossível.

Essas duas figuras, Maria e José, nos introduzem no mistério do Natal. Maria nos ajuda a colocar-nos em atitude de disponibilidade para acolher o Filho de Deus em nossa vida concreta, na nossa carne. José nos impulsiona a buscar sempre a vontade de Deus e a segui-La com plena confiança.

Deus connosco

O Papa repetiu o versículo do Evangelista, para sublinhar o significado do nome Emanuel, “Deus connosco”.

“Assim diz o anjo: “O menino se chamará Emanuel, que significa Deus connosco, isto é, Deus próximo a nós. E ao Deus que se aproxima eu lhe abro a porta – ao Senhor – quando sinto uma inspiração interior, quando sinto que me pede para fazer algo mais aos outros, quando me chama na oração? Deus conosco. Deus que se aproxima. Que este anúncio de esperança que se realiza no Natal leve a termo a espera de Deus em cada um de nós, em toda a Igreja e em tantos pequeninos que o mundo despreza, mas que Deus ama”, foram os votos de Francisco.

Semana de reflexão

Após a oração mariana, o Papa convidou os fiéis a viverem a última semana antes do Natal para fazer refletir e imaginar Nossa Senhora e São José que estão indo a Belém. “Imaginem o caminho, o cansaço, mas também a alegria, a comoção, e depois a ansiedade em encontrar um lugar, a preocupação... e assim por diante. Nisto muito nos ajuda o presépio. Vamos tentar entrar no verdadeiro Natal, o de Jesus, para receber a graça desta festa, que é um graça proximidade, de amor, de humildade e de ternura.”

R.D. do Congo

Antes de se despedir, Pontífice convidou os fiéis a rezarem pela República Democrática do Congo, para que o diálogo se realize com serenidade para evitar qualquer tipo de violência e pelo bem de todo o país.

CF Atualidades
De News.VA
Link http://www.news.va/pt/news/angelus-abrir-a-porta-ao-deus-que-se-aproxima

Os 3 elementos de um sermão capaz de converter


Os 3 elementos de um sermão capaz de converter

Olhos, espelho e luz. E quem nos explica é o Pe. Vieira, diretamente do ano de 1655!








Fazer pouco fruto a palavra de Deus no mundo, pode proceder de um de três princípios:

ou da parte do pregador,

ou da parte do ouvinte,

ou da parte de Deus.

Para uma alma se converter por meio de um sermão, há-de haver três concursos: há-de concorrer o pregador com a doutrina, persuadindo; há-de concorrer o ouvinte com o entendimento, percebendo; há-de concorrer Deus com a graça, alumiando.

Para um homem se ver a si mesmo, são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz.

Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos.

Que coisa é a conversão de uma alma, senão entrar um homem dentro em si e ver-se a si mesmo? Para esta vista são necessários olhos, e necessária luz e é necessário espelho.

O pregador concorre com o espelho, que é a doutrina; Deus concorre com a luz, que é a graça; o homem concorre com os olhos, que é o conhecimento.

Ora suposto que a conversão das almas por meio da pregação depende destes três concursos: de Deus, do pregador e do ouvinte, por qual deles devemos entender que falta? Por parte do ouvinte, ou por parte do pregador, ou por parte de Deus?

Pe. Antonio Vieira, Sermão da Sexagésima, 1655

publicado em Aleteia Brasil

domingo, 18 de dezembro de 2016

Aniversário de Papa Francisco


No dia do seu aniversário, o Papa fez uma reflexão com os cardeais sobre a velhice e sobre a liturgia do dia: é preciso olhar para trás para prosseguir melhor avante.


Vem Senhor Jesus!


https://www.youtube.com/watch?v=eOMUaSpT7nY



Deus está connosco!


https://www.youtube.com/watch?v=NH6uU0CjnBg

Deus está connosco!
Assim como falou a José, um anjo de Deus fala dentro de nós, pela voz de nossa consciência.
Saibamos ouvir.
Haverá sempre paz em nossa vida,se procurarmos ouvir a voz de nossa consciência.
Renovemo-nos... porque é quase Natal!

sábado, 17 de dezembro de 2016

Uma Virgem conceberá


https://www.youtube.com/watch?v=XzCX4jMT_Pc

A liturgia deste domingo diz-nos, fundamentalmente, que Jesus é o “Deus-connosco”, que veio ao encontro dos homens para lhes oferecer uma proposta de salvação e de vida nova.
Na primeira leitura, o profeta Isaías anuncia que Jahwéh é o Deus que não abandona o seu Povo e que quer percorrer, de mãos dadas com ele, o caminho da história… É n’Ele (e não nas sempre falíveis seguranças humanas) que devemos colocar a nossa esperança.
O Evangelho apresenta Jesus como a incarnação viva desse “Deus connosco”, que vem ao encontro dos homens para lhes apresentar uma proposta de salvação. Contém, naturalmente, um convite implícito a acolher de braços abertos a proposta que Ele traz e a deixar-se transformar por ela.
Na segunda leitura, sugere-se que, do encontro com Jesus, deve resultar o testemunho: tendo recebido a Boa Nova da salvação, os seguidores de Jesus devem levá-la a todos os homens e fazer com que ela se torne uma realidade libertadora em todos os tempos e lugares.
A próxima celebração do nascimento de Jesus recorda e celebra esse facto fundamental: Deus ama-nos de tal forma que continua a vir ao nosso encontro… Neste tempo de espera da vinda, somos convidados a tomar consciência do amor de Deus, que se manifesta numa presença permanente a nosso lado; com Ele a dar-nos a mão e a palmilhar connosco a estrada da vida, podemos enfrentar todos os desafios.
Estamos atentos aos “sinais” que Deus semeia na estrada da nossa vida e através dos quais nos indica o caminho a seguir, ou caminhamos numa alegre inconsciência, ao sabor da corrente, desviando-nos por atalhos que nos afastam do objectivo e nos fazem sofrer?
Ser cristão é ser chamado a testemunhar no mundo essa proposta de vida nova e de liberdade
Sinais! Deus está sempre a dar-nos sinais, mas nós procuramos quase sempre do lado do extraordinário. Raramente Deus está no extraordinário. O sinal que Ele nos oferece é o de uma família humana, como as nossas, em que Ele se faz corpo para ser “Deus connosco”. Que espaço Lhe abrimos nas nossas vidas de homens e de mulheres para que o Sinal da sua Presença e do seu Amor seja lisível para todos os que O procuram hoje? Só com o coração aberto a Deus poderemos acolher os irmãos… Só deixando que Deus seja Natal nas nossas vidas poderemos ser Natal para os outros… Nem mais!


extractos de portal dehonianos/ liturgia

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

NATAL EM MAIO? ... E POR QUE NÃO?



Há momentos em que o melhor não é escrever sobre aquilo que nos parece ser o mais importante. Melhor será tentar perceber sobre o que é que é importante escrever. E para mim, desta vez, o mais importante é manifestar a minha gratidão às pessoas que me fizeram chegar cumprimentos de aniversário através desta geringonça da rede social. Através dela, em horas de sesta alentejana ou de menos afazeres, também vou esgaravatando, enjeitando o que não me interessa - o que é muito! -, e acolhendo o que me pode ajudar - o que é muitíssimo mais. Mas podem estar certos que concordo com o poeta João de Deus. Ele disse que isto era uma grande tolice, uma tolice sem emenda, uma tolice própria de quem não tem grande miolo: fazer anos! Que tolo! Ainda se os desfizesse…
Já agora, agradeço também às pessoas que, ao longo do ano, leram e partilharam os meus textos aqui publicados e desejo a todos os amigos do facebook, e suas famílias, um Santo Natal e que o ano 2017 seja simpático, sorria para todos com trabalho, muita saúde, alegria, paz e a Graça do Menino Deus sem a qual seremos paupérrimos e avinagrados. Que todos possam sentir, em Família, a alegria da Família de Nazaré que acolheu Jesus Menino com ternura e encanto, com simplicidade e humildade contemplativa, com gratidão e esperança, em paz e harmonia, em silêncio e ação de Graças.
Como sabemos - e não devemos esquecer! -, as festividades desta quadra de Natal centram-se na pessoa de Jesus Cristo Senhor, o Filho de Deus, o Príncipe da paz, o Salvador do mundo. É o Seu nascimento que festejamos. É o Seu nascimento que agradecemos. É o Seu nascimento que anunciamos. É ao seu nascimento que brindamos. Tudo o mais que envolve estes dias há de concorrer para engrandecer esta Festa, para a tornar mais significativa, mais envolvente, mais vivida e tão frutuosa que todos possam sentir-se ainda mais motivados para anunciar esta feliz notícia a toda a humanidade: “Nasceu-Vos hoje um Salvador, que é Cristo Senhor” (Lc 2, 10).
O pai natal, o pinheirinho, isto e aquilo e mais aquilo e isto que envolvem a Festa, só será bom e útil se ajudar a centralizar, se não distrair do essencial que é o Nascimento de Jesus. Sim, se em tantas partes do mundo os cristãos são perseguidos, presos e mortos por causa de Cristo, não queremos que entre nós sejam os cristãos a destruírem-se a si próprios, desviando-se do essencial, negando mesmo o essencial e tentando educar nesse sentido. Em horas de mais pessimismo ou de maior clarividência - não sei! -, cedo à tentação de pensar que muitos cristãos e muitas famílias cristãs estão a medrar na sua apetência pelo paganismo e a celebrar carinhosamente o seu ateísmo prático, servindo-lhes até de pretexto o próprio nascimento de Jesus. A História da Salvação é elucidativa quanto a estes desvios em relação à Aliança firmada entre Deus e o Seu povo, entre o povo e o seu Deus. A nova e definitiva Aliança, porém, foi firmada com o sangue de Cristo cujo nascimento celebramos com alegria. Ele vem, na verdade, para que a Sua alegria esteja em nós e a nossa alegria seja plena (cf. Jo 15,11). Vem para que tenhamos a vida e a tenhamos em abundância (cf. Jo 10,10). Vem para nos revelar que o nosso Deus é um Deus próximo, sempre presente e atento, rico em misericórdia, um Deus que se fez Menino. Um Deus que não nos abandona, que vem ao nosso encontro, que se faz encontrado e nos desafia: “Vinde a mim todos vós que andais cansados e oprimidos … e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas, pois o meu jugo é suave e a minha carga é leve” (cf. Mt 11, 28-30).
O que de mais elevado podemos desejar uns aos outros neste ambiente de Festa é, de facto, que seja Natal dentro de cada um, que façamos presépio dentro de nós, que acolhamos este Menino que vem ao nosso encontro, que nos deixemos transformar por Ele ao ponto de podermos dizer como São Paulo: “Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? … Estou persuadido que nem a morte, nem a vida, nem os Anjos, nem os principados, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderão separar-nos do amor de Deus, manifestado em Cristo Jesus, Senhor nosso” (cf. Rom 8,35.37-39).
Quando um homem quiser é o título de um poema de Ary dos Santos que aqui recordo para que ninguém deixe de querer e alcançar que seja Natal. O caminho de Deus são os outros perante os quais não podemos ficar indiferentes. E os outros estão connosco todo o ano, todos os meses, todos os dias, todas as horas:

QUANDO UM HOMEM QUISER

“Tu que dormes a noite na calçada de relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão

E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher

Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e comboios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão

E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher.”

Antonino Dias - Bispo de Portalegre Castelo branco
16-12-2016

IMPERFEITO


https://www.youtube.com/watch?v=Y8QWKwo5Vw8


Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.
1 Samuel 16:7

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Companheiros de Cristo

Papa propõe «não-violência» para resolver crises político-militares




Vaticano divulgou mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2017, com apelo à abolição das armas nucleares





Cidade do Vaticano, 12 dez 2016 (Ecclesia) - O Papa defende na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2017, publicada hoje, que a “não-violência” deve ser o caminho para resolver as atuais crises político-militares, apelando à abolição das armas nucleares.

“A violência não é o remédio para o nosso mundo dilacerado. Responder à violência com a violência leva, na melhor das hipóteses, a migrações forçadas e a sofrimentos atrozes” e, “no pior dos casos, pode levar à morte física e espiritual de muitos, se não mesmo de todos”, escreve Francisco.

O texto, intitulado ‘A não-violência: estilo de uma política para a paz’, vai inspirar a celebração do 50° Dia Mundial da Paz, que a Igreja Católica assinala a 1 de janeiro de 2017.

O Papa refere que as “grandes quantidades de recursos” destinadas a fins militares retiram capacidade de investimento, aos Estados, para responder às “exigências do dia-a-dia dos jovens, das famílias em dificuldade, dos idosos, dos doentes, da grande maioria dos habitantes da terra”.

“Lanço um apelo a favor do desarmamento, bem como da proibição e abolição das armas nucleares: a dissuasão nuclear e a ameaça duma segura destruição recíproca não podem fundamentar este tipo de ética”, precisa.

O documento pontifício apresenta a não-violência como “estilo duma política de paz”, a nível pessoal e comunitário, dando como exemplo as pessoas que sabem resistir à “tentação da vingança”, protagonizando assim “processos não-violentos de construção da paz”.

Francisco retoma os seus alertas sobre a “terrível guerra mundial aos pedaços” que considera estar em curso neste momento, com “guerras em diferentes países e continentes; terrorismo, criminalidade e ataques armados imprevisíveis; abusos sofridos pelos migrantes e as vítimas de tráfico humano; devastação ambiental”.

O Papa rejeita que qualquer violência sirva para alcançar “objetivos de valor duradouro”, sustentando que a mesma alimenta, apenas, os “senhores da guerra”.

A mensagem alude ao ensinamento de Jesus Cristo sobre a violência e a paz, a partir do “coração humano”, e pede aos católicos que adiram a esta “proposta de não-violência”.

“Asseguro que a Igreja Católica acompanhará toda a tentativa de construir a paz inclusive através da não-violência ativa e criativa”, refere Francisco.

O Papa recorda que a 1 de janeiro de 2017 vai nascer o novo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, um organismo da Santa Sé que visa contribuir para a construção de “um mundo livre da violência, o primeiro passo para a justiça e a paz”.

“No ano de 2017, comprometamo-nos, através da oração e da ação, a tornar-nos pessoas que baniram dos seus corações palavras e gestos de violência, e a construir comunidades não-violentas, que cuidem da casa comum”, apela o pontífice argentino.

A mensagem do Papa para esta celebração anual é enviada aos Ministérios dos Negócios Estrangeiros de todo o mundo.

O Dia Mundial da Paz foi instituído pelo Papa Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia do novo ano.

OC

Papa convida humanidade a celebrar mistério da «pequenez» de Deus, no Natal


Foto: Lusa

Francisco brinca com festa de aniversário antecipada, pelos seus 80 anos de vida


Ecclesia) - O Papa Francisco disse, quarta- feira, no Vaticano que a preparação para o Natal deve ser um tempo de “esperança” em que a humanidade é chamada a celebrar o mistério da “pequenez” de Deus que se faz Menino.

“Santa Teresa do Menino Jesus escrevia: Não posso temer um Deus que por mim se fez tão pequeno. Abramos os nossos corações a esta pequenez e esta maravilha, e deixemo-nos surpreender pelo Deus-Menino que se faz vizinho de cada um de nós”, pediu, durante a audiência pública semanal, na sala Paulo VI.

“É a surpresa de um Deus-Menino, de um Deus pobre, de um Deus frágil, de um Deus que abandona a sua grandeza para se fazer próximo de cada um de nós”, insistiu.

Perante mais de seis mil pessoas, o Papa convidou os católicos a “aprofundar” a sua fé através da oração, da leitura da Bíblia, da participação na Missa e dos exercícios espirituais de Advento, tempo litúrgico que antecede o Natal.

“Com espírito de alegria, preparai os vossos corações para receber a Boa Nova do nascimento do Filho de Deus”, referiu.

Francisco deixou depois uma saudação aos de língua portuguesa, presentes na sala.

“Votos de um santo Natal de Jesus, vivido com a mesma fé humilde e obediente de Maria e José, que vos faça ver, na força indefesa daquele Menino, a vitória final sobre os poderes arrogantes e estrepitosos da terra. Bom Natal”, declarou.

O pontífice argentino sustentou que, no Natal, “o desespero foi vencido”.

“Como é feio o cristão que perde a esperança, que acha que tudo está terminado, que vê somente muros diante de si... Mas o Senhor derruba os muros com o seu perdão”, prosseguiu.

A audiência desta quarta-feira ficou marcada pelos votos de feliz aniversário para o Papa Francisco, que vai completar 80 anos de vida este sábado

“Agradeço-vos a todos pelos votos de parabéns para o meu próximo aniversário. Muito obrigado”, afirmou.

O Papa brincou com o facto de receber os parabéns com antecedência e disse que na sua terra natal isso dava “azar”, arrancando gargalhadas da assembleia.

Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, a 17 de dezembro de 1936; foi eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, após a renúncia do agora Papa emérito, assumindo o inédito nome de Francisco.

OC