sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O fim de um casamento: Este vídeo pode mudar sua vida

O fim de um casamento: Este vídeo pode mudar sua vida
Uma das coisas que procuramos demonstrar através de nossas publicações neste blog é que a família é a base de tudo. Nós existimos por quê a família existe. Nós subsistimos porque a família é a força motora que nos leva adiante.

A sociedade moderna tem tentado descartar os valores e princípios familiares. Muitos já veem o casamento como um mero contrato temporário com o famoso clichê "... vamos tentar, se não der certo...".

Todo casamento, certamente, terá seu momento de crise ou dificuldade, ou não. Mas construir uma família é um desafio e perseverança e paciência são necessários para levar um matrimônio adiante.

Muitos casamentos contrariam o princípios cristão de "até que a morte os separe" vindo a terminar em divórcio. Mas a pergunta é:

- Você já fez de tudo para salvar seu casamento? Já buscou a Deus a este respeito e se permitiu ouvir a voz do Espírito Santo?

Este vídeo é um exemplo de que um casamento pode chegar ao fim, ou não. Confira:


O fim de um casamento ...Um video para mudar a sua vida .



E se tratássemos a Bíblia como tratamos o nosso telemóvel?

Uma agenda de números para ter sempre à mão


e carregássemos a Bíblia em nossa bolsa, mochila, pendurada no cinto ou no bolso?
Se déssemos uma olhada nela várias vezes ao dia?
Se a usássemos para enviar mensagens para os nossos amigos?
Se a tratássemos como se não pudéssemos viver sem ela?
Se a déssemos de presente aos nossos filhos, para estar sempre em contacto com eles?
Se a levássemos nas viagens, para usar em caso de emergências?
Se a abríssemos imediatamente em caso de perigo?

Ao contrário do telemóvel, a Bíblia nunca fica sem sinal. Podemos nos conectar para estar em contacto com Deus em qualquer lugar (inclusive no pico de uma montanha ou em alto-mar).

Não precisamos nos preocupar com a falta de crédito, porque Jesus já pagou para sempre a recarga e o crédito é ilimitado.

Melhor ainda: a comunicação nunca se interrompe e a bateria está carregada para a vida inteira.

Ah, só existe um modelo, ele se actualiza sozinho, nunca sai de moda e é sempre perfeito.

NÚMEROS PARA MARCAR EM CASO DE NECESSIDADE:

• Se você está triste, João 14
• Se as pessoas falam mal de você, Salmo 27
• Se você está nervoso ou estressado, Salmo 51
• Se está preocupado, Mateus 6,19-24
• Se está em perigo, Salmo 63
• Se precisa fortalecer a sua fé, Hebreus 11
• Se você se sente sozinho e tem medo, Salmo 22
• Se você é duro e crítico, 1 Coríntios 13
• Para conhecer o segredo da felicidade, Colossenses 3, 12-17
• Se você se sente triste e abandonado, Romanos 8, 31-39
• Se precisa de paz e descanso, Mateus 11, 25-30
• Se o mundo parece maior que Deus, Salmo 90

Anote estes números na agenda (pode ser inclusive a do telemóvel!), porque podem ser muito úteis em alguns momentos da sua vida.

Há momentos nos quais é melhor ter um número bíblico (para encontrar a ajuda de Deus) que ter um número de telefone (para encontrar a ajuda das pessoas).

Você é especial para Deus, nunca se canse de buscá-lo.

(Artigo de Tiziana Galluso, do blog Cavalieri dela Luce)

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Apresentação e Benção das crianças nascidas em 2013

No dia 2 de Fevereiro, domingo, celebraremos a festa de Nª Srª da Luz


A procissão sairá da Escola Básica Nª Srª da Luz, em direcção à Igreja, pelas 20:30h, seguindo o percurso habitual e aí será rezada a sagrada Eucaristia.

São convidados os pais das 17 crianças nascidas no ano de 2013 a comparecerem com os seus filhos para apresentação à comunidade, a exemplo de Maria e José.

Como nos anos anteriores, as pessoas que estiverem interessadas poderão adquirir as velas, na Escola, para serem benzidas nesse dia.

Neste Domingo não será celebrada a habitual missa das 11:30h

A importância da ternura

A ternura nos permite descobrir que Deus semeou em nosso interior algo que nos torna originais, fecundos, compreendendo-nos com a linguagem do coração


Eu me pergunto, com certa frequência, do que mais temos necessidade hoje em dia. É desconcertante que não se possa avançar quando há problemas urgentes que não podem adiar mais possíveis soluções.

Se usamos somente argumentos ideológicos, vemos que estes nos mantêm ancorados em esquemas fixos que impedem de reconhecer que o outro pode ter parte de razão. Então, o diálogo é cada vez mais difícil e a relação entre as pessoas se torna áspera. Do que mais precisamos hoje em dia?

Quando se vive com a tensão de quem não encontra espaço para respirar, ou a vida se reduz a ir passando cada dia sem maior relevância, quando não sabemos preencher de conteúdo humano e espiritual as horas que investimos em tempos vazios, é bom saber colocar uma chave de leitura aos acontecimentos que vivemos e às palavras que pronunciamos ao longo do dia. Precisamos ter a humildade de deixar-nos surpreender.

Deve haver uma chave que nos permita perceber que, por trás de tudo isso, há uma pessoa humana, com um coração de carne, capaz de amar. Por isso, no fundo de tudo o que fazemos e dizemos, está a possibilidade e também o dever de descobrir as múltiplas capacidades das quais dispomos para ser bons e fazer o bem.

Hoje, precisamos sobretudo de ternura. Essa que carregamos dentro de nós e que tantas vezes mantemos escondida, para não parecer que nos envergonhamos de mostrar o que somos, ou talvez por preguiça, porque é mais cómodo e não nos compromete.

A ternura nos faz descobrir, partindo da fé, que Deus semeou em nosso interior algo que nos torna originais e fecundos, que permite que nos entendamos com a linguagem do coração.

Falar da importância da ternura significa acreditar na primazia do amor, na oferta sincera do diálogo, em propiciar âmbitos de confiança, em favorecer espaços nos quais possamos construir e criar redes de entendimento e esperança.

Assim, poderemos perceber que um mistério de amor se aproximou da nossa vida. Então, a ternura poderia chegar a ser nosso mais autêntico rosto imperado pelo amor.

(Artigo de Dom Sebastià Taltavull, publicado originalmente no site do Arcebispado de Barcelona)

Na internet, o testemunho cristão pode alcançar as periferias existenciais

Em mensagem aos comunicadores, o Papa diz que as estradas digitais estão “congestionadas de humanidade, muitas vezes ferida: homens e mulheres que procuram uma salvação ou uma esperança”


Na internet, o cristão deve se colocar como um ponto de referência, demonstrando o seu envolvimento pessoal no contacto com o próximo, para assim contribuir para que o testemunho cristão alcance as periferias existenciais.

Esse é um dos pontos da mensagem que o Papa Francisco divulgou hoje para o próximo Dia Mundial das Comunicações Sociais, que se celebra a 1 de junho.

Para explicar como a comunicação pode estar ao serviço de uma autêntica cultura do encontro, o Papa usou a parábola do bom samaritano.

“Quem comunica faz-se próximo. E o bom samaritano não só se faz próximo, mas cuida do homem que encontra quase morto ao lado da estrada. Jesus inverte a perspectiva: não se trata de reconhecer o outro como um meu semelhante, mas da minha capacidade para me fazer semelhante ao outro. Por isso, comunicar significa tomar consciência de que somos humanos, filhos de Deus. Apraz-me definir este poder da comunicação como ‘proximidade’.”
O Papa advertiu sobre a comunicação voltada prioritariamente para o consumo:

“Quando a comunicação tem como fim predominante induzir ao consumo ou à manipulação das pessoas, encontramo-nos perante uma agressão violenta como a que sofreu o homem espancado pelos assaltantes e abandonado na estrada, como lemos na parábola. Naquele homem, o levita e o sacerdote não vêem um seu próximo, mas um estranho de quem era melhor manter a distância. Naquele tempo, eram condicionados pelas regras da pureza ritual. Hoje, corremos o risco de que alguns mass-media nos condicionem até ao ponto de fazer-nos ignorar o nosso próximo real.”
Francisco explicou que não basta circular pela internet, não basta estar conectado. É necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro verdadeiro. “Não podemos viver sozinhos, fechados em nós mesmos. Precisamos de amar e ser amados. Precisamos de ternura”.

“A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas. A neutralidade dos mass-media é só aparente: só pode constituir um ponto de referimento quem comunica colocando-se a si mesmo em jogo. O envolvimento pessoal é a própria raiz da fiabilidade dum comunicador. É por isso mesmo que o testemunho cristão pode, graças à rede, alcançar as periferias existenciais.”

“Tenho-o repetido já diversas vezes: entre uma Igreja acidentada que sai pela estrada e uma Igreja doente de auto-referencialidade, não hesito em preferir a primeira. E quando falo de estrada penso nas estradas do mundo onde as pessoas vivem: é lá que as podemos, efectiva e afectivamente, alcançar. Entre estas estradas estão também as digitais, congestionadas de humanidade, muitas vezes ferida: homens e mulheres que procuram uma salvação ou uma esperança.”

“Também graças à rede, pode a mensagem cristã viajar «até aos confins do mundo» (Act 1, 8). Abrir as portas das igrejas significa também abri-las no ambiente digital, seja para que as pessoas entrem, independentemente da condição de vida em que se encontrem, seja para que o Evangelho possa cruzar o limiar do templo e sair ao encontro de todos.”

“Somos chamados a testemunhar uma Igreja que seja casa de todos. Seremos nós capazes de comunicar o rosto duma Igreja assim? A comunicação concorre para dar forma à vocação missionária de toda a Igreja, e as redes sociais são, hoje, um dos lugares onde viver esta vocação de redescobrir a beleza da fé, a beleza do encontro com Cristo. Inclusive no contexto da comunicação, é precisa uma Igreja que consiga levar calor, inflamar o coração.”
O Papa explicou que o testemunho cristão não se faz com o bombardeio de mensagens religiosas, mas com a vontade de se doar aos outros através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas.

“Dialogar significa estar convencido de que o outro tem algo de bom para dizer, dar espaço ao seu ponto de vista, às suas propostas. Dialogar não significa renunciar às próprias ideias e tradições, mas à pretensão de que sejam únicas e absolutas.”
O Papa pediu que os cristãos não tenham medo de se fazer cidadãos do ambiente digital.

“É importante a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para dialogar com o homem de hoje e levá-lo ao encontro com Cristo: uma Igreja companheira de estrada sabe pôr-se a caminho com todos. Neste contexto, a revolução nos meios de comunicação e de informação são um grande e apaixonante desafio que requer energias frescas e uma imaginação nova para transmitir aos outros a beleza de Deus.”

( Aleteia)

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O Senhor fez por nós grandes coisas


"O SENHOR fez por nós grandes coisas!"


"Quando o SENHOR mudou o destino de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
2A nossa boca encheu-se de sorrisos
e a nossa língua de canções.
Dizia-se, então, entre os pagãos:
"O SENHOR fez por eles grandes coisas!"
3Sim, o SENHOR fez por nós grandes coisas;
por isso, exultamos de alegria.
4*Transforma, SENHOR, o nosso destino,
como as chuvas transformam o deserto do Négueb.
5*Aqueles que semeiam com lágrimas,
vão recolher com alegria.
6À ida vão a chorar,
carregando e lançando as sementes;
no regresso cantam de alegria,
transportando os feixes de espigas."



(Salmo 126)


PAI SANTO, Tu sorris e fazes-me sorrir!
Faz com que eu abra, com Confiança e com Esperança, o meu coração! Mesmo com todas as minhas dificuldades, os meus medos, as minhas angústias e feridas...
A minha vida espiritual começa na certeza da Tua declaração: "Tu és o meu filho bem-amado, tu és a minha filha bem-amada, em ti Eu coloquei a Minha Alegria!"

PAI SANTO, que eu saiba deixar-me AMAR e CUIDAR por TI!
E, assim, conTigo e... porque me escolheste, aqui e agora, eu saberei, com Alegria, Amar e Cuidar do outro, porque também ele é o Teu filho bem-amado! Também ela é a Tua filha bem-amada!

Pai Nosso... Avé Maria... Glória ao Pai...


M.F.

Taizé - Jesus le Christ

https://www.youtube.com/watch?v=AqoYsauFa2I

Francisco está continuando a construção da Igreja de Bento XVI?

Evidências indicam uma continuidade entre ambos que é maior do que se pensa



Nos parágrafos 93 a 97 da Evangelii Gaudium, o papa Francisco fala de duas formas de "mundanidade espiritual" que ele vê como obstáculos para o verdadeiro cristianismo. Uma comparação dessas passagens com o que Joseph Ratzinger previu como o futuro da Igreja sugere que o papa actual e o papa emérito compartilham a visão do que a Igreja terá de se tornar nos próximos anos. As coisas que se interpõem no caminho da Igreja imaginada por Ratzinger são as mesmas que o papa Francisco identifica como problemáticas.

Escrevendo no fim da década de 1960, Ratzinger parece prever o colapso total do catolicismo cultural e das instituições que o caracterizam:

"Da crise de hoje emergirá a Igreja de amanhã, uma Igreja que terá perdido muito. Ela se tornará pequena e terá de recomeçar mais ou menos do início. Ela não conseguirá habitar muitos dos edifícios que construiu nos tempos de prosperidade. Com o número de seus adeptos diminuindo, ela perderá muitos dos seus privilégios sociais. Em contraste com épocas anteriores, ela será vista muito mais como uma sociedade de entrada voluntária, à qual se adere apenas por livre decisão".
A Igreja, Ratzinger previu, perderia o seu prestígio social e muitas das suas instituições. Compare essa previsão com a condenação que Francisco faz do mundanismo espiritual que ele chama de gnosticismo:

"Esse mundanismo espiritual se esconde atrás de um fascínio com o ganho social e político, ou do orgulho pela capacidade de gerir negócios práticos, ou da obsessão com programas de auto ajuda e auto realização. Ele pode se traduzir ainda na preocupação por ser visto, na vida social cheia de aparências, reuniões, jantares e recepções. Ele também pode levar a uma mentalidade de negócios, feita de gestões, estatísticas, planos e avaliações cujo beneficiário principal não é o povo de Deus, mas a Igreja como mera instituição".
Além de tratar dos artigos da fé apenas como um "conjunto de ideias e dados que servem para consolar e iluminar", esse gnosticismo católico está concentrado em manter as instituições e os projectos para salvar as aparências: ele tenta preservar justamente os privilégios sociais e os edifícios institucionais que Ratzinger previu que a Igreja teria de se preparar para abandonar.

Entre os edifícios que terão de ser abandonados, há certamente inúmeras escolas católicas, hospitais e instituições de caridade. Muitas paróquias erguidas em notável número das grandes cidades dos Estados Unidos fecharam nas últimas décadas. O aumento da pressão cultural em torno do que é eufemisticamente chamado de "cuidados reprodutivos" e da supervisão da indústria médica pelo governo pode levar muitos hospitais católicos a ser vendidos ou forçados a fechar as portas, inclusive os que foram criados há poucas décadas. A instituição das uniões do mesmo sexo vem extinguindo em vários Estados as agências católicas de adopção, que tinham sido as mais eficientes nas suas respectivas regiões.

Em dado momento, teremos que estar prontos para abandonar o prestígio de realizar um grande número de programas "católicos", cortando o laço institucional que identifica a Igreja como a progenitora desses esforços de caridade. Se insistirmos em manter a “identidade católica” das instituições só porque o catolicismo oferece um certo “efeito terapêutico”, mas nunca foi ou não é mais integrado plenamente à sua missão, então teremos caído na armadilha dessa primeira forma de mundanismo espiritual.


Timothy Kirchoff : sources: Aleteia

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

9ªs Jornadas Diocesanas da Família na Sertã

A FAMÍLIA EM TEMPOS DE MUDANÇA

Cerca de três centenas de cristãos da diocese de Portalegre-Castelo Branco reuniram-se a 25 Jan 2014, na Casa de Espectáculos e da Cultura da Sertã, para participarem nas 9.ªs Jornadas Diocesanas da Pastoral da Família. Na abertura rezou-se a oração da tércia e o encerramento foi solenizado com a celebração da eucaristia presidida também pelo bispo D. Antonino.
O tema central das jornadas “A Família em tempos de mudança” serviu de mote à conferência proferida pelo dr.º José Eduardo Borges de Pinho, docente da Universidade Católica de Lisboa. Na brilhante e preclara conferência, Borges de Pinho reflectiu a família tradicional cristã, suas características e variantes de causa socioculturais, e as realidades familiares até outros tipos de união de pessoas que marcam os tempos de hoje. Segundo ele, impõe-se evitar juízos generalizados sobre o que provoca e leva a afirmar «a família está em crise», com a certeza, confirmada por estudos sociológicos, de que a família continua a ser a estrutura que oferece às pessoas mais garantias de estabilidade e de esperança.
A Família constitui-se para servir o mundo e para praticar a caridade no seu interior e fora de portas.

Já o debate subsequente trouxe a discussão a catequese e também a catequese dos pais, no reconhecimento de que o ideal é que «os pais eduquem os filhos na fé cristã», no que é preciso desenvolver também uma catequese intergeracional. A vivência e vivacidade das celebrações foram também reflectidas pela assembleia, o que é necessário equacionar com criatividade, ajustar oportunidades de celebração e de cultura de educação cristã numa igreja que tem procurado e sabido abrir as portas sem perder a sua essência identitária.
Após o almoço partilhado, o coro infantil e juvenil da paróquia da Sertã abriu a tarde com um momento musical.
“A Família Cristã da Actualidade” foi o tema do painel moderado pelo dr. Joaquim Leonardo Martins e no qual dois casais e uma viúva deram o seu testemunho de família cristã.
Como realçou D. Antonino a terminar a Santa Missa, todos somos corresponsáveis, e somos enviados, para uma pastoral da família mais forte, mais esclarecedora; e eu sei que estais connosco; que sejamos capazes de congregar mais gente, de ir dizer que isto foi muito bom, e é verdade! Cristo está à porta e bate!
Neste que é o ano em que o nosso sínodo diocesano reflecte a família, ano 2014 também proclamado Ano Internacional da Família, Ano Europeu da Agricultura Familiar e com o Sínodo dos Bispos Católicos a concentrar-se também na problemática da Família, funde-se a família na confiança, na fidelidade, no amor, sendo testemunhas de Cristo.

Fonte: http://portalegre-castelobranco.pt/

Papa pede: não fazer mexericos

“As pessoas invejosas e ciumentas são amargas: não sabem cantar, não sabem louvar e não conhecem a alegria”, afirmou Francisco em homilia

“Os cristãos devem fechar as portas a ciúmes, invejas e mexericos que dividem e destroem nossas comunidades”. A exortação foi feita pelo Papa na manhã desta quinta-feira, 23, na missa presidida na Casa Santa Marta.

Sua reflexão começou a partir da primeira leitura do dia, que fala da vitória dos israelitas sobre os filisteus, graças à coragem do jovem Davi. A alegria da vitória se transformou logo em tristeza: o Rei Saul, invejoso porque as mulheres louvaram Davi, que matou Golias, mandou executá-lo.

“É o que o ciúme faz em nosso coração – observou o Papa – é uma inquietude cruel: não toleramos que um irmão ou irmã tenham algo que não temos. Saul, ao invés de louvar Deus, como fizeram as mulheres de Israel, preferiu se fechar e ficar lamentando consigo mesmo”.

“O ciúmes leva a matar... foi pela porta da inveja que o diabo entrou no mundo. Ciúme e inveja abrem as portas ao mal, são um veneno”, disse, advertindo:

“As pessoas invejosas e ciumentas são amargas: não sabem cantar, não sabem louvar e não conhecem a alegria. Semeiam sua amargura e a difundem em toda a comunidade. Outra consequência deste comportamento são os mexericos, porque quando uma pessoa não tolera que outra tenha algo que ela não tem, tenta ‘rebaixá-la’, falando mal dela. Vejam: por trás de uma fofoca estão sempre ciúmes e inveja”.

“Quantas belas comunidades cristãs – afirmou o Papa – andavam bem até que o verme da inveja contagiou um de seus membros e com ele, a tristeza, o ressentimento e as fofocas”, completou o Papa.

“Hoje, nesta missa, rezemos por nossas comunidades cristãs para que a semente do ciúme não seja semeada entre nós; que a inveja não penetre em nossos corações e possamos ir avante, louvando o Senhor, com a graça de não cairmos na tristeza”.

(Rádio Vaticano)

domingo, 26 de janeiro de 2014

«Se não rezarmos uns pelos outros, a unidade não virá» - Papa Francisco

FotoO papa Francisco concluiu hoje em Roma a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, tendo afirmado a membros de Igrejas cristãs e comunidades eclesiais que a reconciliação não acontecerá como «um milagre no fim», mas após um «caminho» conjunto.

«Se não rezamos uns pelos outros, a unidade não virá», vincou o papa na oração litúrgica de Vésperas, que celebrou na Basílica de S. Paulo Fora de Muros, no dia em que se assinala a conversão do denominado apóstolo dos gentios, refere o site "Vatican Insider".

As divisões na Igreja não são um fenómeno «inevitável», acentuou Francisco, para quem «a perfeita união entre os irmãos» não «poderá ser fruto de estratégia humana» mas apenas tendo como referência «o pensamento e os sentimentos de Cristo Jesus».

«Cristo, que não pode ser dividido, quer atrair a si, para os sentimentos do seu coração, para o seu total e confiante abandono nas mãos do Pai, para o seu radical esvaziamento por amor da humanidade. Só Ele pode ser o princípio, a causa, o motor da nossa unidade», apontou.

A acção dos papas João XXIII, Paulo VI e João Paulo II «fez com que a dimensão do diálogo ecuménico se tenha tornado um aspecto essencial do ministério do bispo de Roma, tanto que hoje não se compreenderia plenamente o serviço petrino sem nele incluir esta abertura ao diálogo com todos os crentes em Cristo?.

Segundo Francisco, o caminho ecuménico «permitiu aprofundar a compreensão do ministério do sucessor de Pedro, e devemos ter confiança de que continuará a actuar nesse sentido, mesmo para o futuro».

«Sem esconder as dificuldades que hoje o diálogo ecuménico atravessa, pedimos para poder ser todos revestidos dos sentimentos de Cristo, para poder caminhar para a unidade por ele querida. Caminhar juntos é já fazer unidade», assinalou o papa.

A interrogação «estará Cristo dividido?», que S. Paulo colocou no início da sua primeira carta aos Coríntios, constituiu o tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.

«Peço-vos, irmãos (...) que estejais todos de acordo e que não haja divisões entre vós; permanecei unidos num mesmo espírito e num mesmo pensamento. Pois, meus irmãos, fui informado (...) que há discórdias entre vós. Refiro-me ao facto de cada um dizer: "Eu sou de Paulo", ou "Eu sou de Apolo", ou "Eu sou de Cefas", ou "Eu sou de Cristo". Estará Cristo dividido?» (1 Coríntios 1, 10-13).

Este sábado, representantes das Igrejas católica, lusitana, presbiteriana, metodista e ortodoxa (Patriarcado Ecuménico de Constantinopla) em Portugal assinam em Lisboa uma declaração de reconhecimento mútuo do Baptismo.

A cerimónia que decorre na catedral de São Paulo (Igreja Lusitana - Comunhão Anglicana), com a participação do patriarca e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Manuel Clemente, que apresentará uma reflexão, anuncia a Agência Ecclesia.

Rui Jorge Martins
© SNPC | 25.01.14

Beato João Paulo II canta O Pescador de Homens




JOÃO PAULO II canta tu te abeiraste da praia em espanhol

Em El Salvador 1983

sábado, 25 de janeiro de 2014

Pescador de homens





Jesus escolhe Cafarnaum para morar. Mateus recorda que isso é para que se cumpra a Escritura, em Isaias, que fala da luz que brilha na escuridão. A mensagem que passa a pregar é de conversão: "arrependam-se". O Reino de Deus é o núcleo da sua pregação. Começa também a formar sua equipe de missão. Chama Pedro e André, dois pescadores. e mais dois pescadores; Tiago e João. O texto diz que "imediatamente" ou, "no mesmo instante", deixaram as redes, o pai e o barco e foram com Jesus. A profissão de pescadores se transforma na missão de salvar pessoas para o Reino.
"Ir" com Jesus, ou "segui-lo" significa ser fiel a ele. Aqui nasce a espiritualidade do seguimento.

"No exercício de nossa liberdade, às vezes recusamos essa vida nova (cf. Jo 5,40) ou não perseveramos no caminho (cf. Hb 3,12-14). Com o pecado, optamos por um caminho de morte. Por isso, o anúncio de Jesus sempre convoca à conversão, que nos faz participar do triunfo do Ressuscitado e inicia um caminho de transformação." (DAp 351).

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou viver a conversão: eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o Projecto de Jesus Mestre. 

ORAÇÃO

Pai, fazei-me compreender que os pobres e os marginalizados são os destinatários privilegiados do Evangelho do Reino; para eles tua luz deve brilhar em primeiro lugar.

Papa: o nosso Deus é um Deus que sempre faz as coisas novas



“Peçamos hoje a graça da docilidade à Palavra de Deus, a esta Palavra que é viva e eficaz, que discerne os sentimentos e os pensamentos do coração”


O Papa Francisco pediu hoje que os fiéis sejam sempre dóceis e abertos à Palavra de Deus, porque o Senhor faz sempre as coisas novas.

Na Missa de segunda-feira na Capela da Casa de Santa Marta, o Papa Francisco afirmou que a Palavra de Deus é viva e eficaz e ajuda a discernir os sentimentos e os pensamentos do coração.

“Deus faz as coisas novas”, afirmou o Santo Padre, que considerou que Jesus no Evangelho deste dia é muito claro. Tomando como estímulo de reflexão o Capítulo II do Evangelho de São Marcos, que a liturgia do dia nos propõe, o Papa Francisco esclareceu:

“O Evangelho é novidade: A Revelação énovidade. O nosso Deus é um Deus que sempre faz as coisas novas e pede-nos esta docilidade à sua novidade. No Evangelho, Jesus é claro nisto, é muito claro: vinho novo em odres novos. O vinho trá-lo Deus, mas tem que ser recebido com esta abertura à novidade. E isto chama-se docilidade. Nós podemos perguntar-nos: eu sou dócil à Palavra de Deus ou faço sempre aquilo que eu creio que seja a Palavra de Deus? Ou faço passar a Palavra de Deus para um alambique e afinal é uma outra coisa em relação àquilo que Deus quer fazer?”



“Quando eu quero tirar eletricidade de uma fonte elétrica, se o aparelho que eu tenho não funciona, procuro um adaptador. Nós devemos sempre procurar adaptarmo-nos a esta novidade da Palavra de sermos abertos à novidade. Saul, precisamente o eleito de Deus, o ungido de Deus, tinha esquecido que Deus é surpresa e novidade. Tinha-se esquecido, tinha-se fechado nos seus pensamentos, nos seus esquemas e assim, raciocinou humanamente.”


O Papa Francisco refletiu, assim, sobre a Primeira Leitura retirada do Livro de Samuel em que Saul – segundo o comentário do Santo Padre - raciocina com “o seu próprio pensamento, com o seu coração, fechado nos seus hábitos, não obedecendo à Palavra de Deus, não sendo dócil à Palavra de Deus”.

É uma passagem importante do Antigo Testamento em que o elemento mais considerável da narrativa está na declaração de Samuel: a obediência vale mais do que o sacrifício. E esta afirmação de Samuel fez o Papa pensar sobre o que são a liberdade e a obediência cristãs:


“A liberdade cristã e a obediência cristã são a docilidade à Palavra de Deus, é ter aquela coragem de tornar-se em odres novos, para este vinho novo que vem continuamente. Esta coragem de discernir sempre: discernir, digo eu, não relativizar: Discernir sempre que coisa faz o Espírito no meu coração, o que quer o Espírito do meu coração, onde me leva o Espírito no meu coração. E obedecer. Discernir e obedecer. Peçamos hoje a graça da docilidade à Palavra de Deus, a esta Palavra que é viva e eficaz, que discerne os sentimentos e os pensamentos do coração.”

(Com informações da Rádio Vaticano)

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Escolhido por Deus

                                                   

Deus te escolheu para fazer a diferença em meio a multidão.

Ser escolhido por Deus não é um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, relacionamentos sem decepções.

Ser D' Ele é encontrar força no perdão, esperança em meio a luta, segurança em meio ao medo.

É reconhecer que vale a pena servi-lo, apesar dos desafios, incompreensões e períodos de crise.

É também atravessar um deserto e encontrar um manancial de bênçãos.

É ter humildade e reconhecer seus erros, ter ousadia para dizer “me perdoe? e capacidade para dizer ‘Eu Te Amo’.

Ser escolhido de Deus é usar as pedras para erguer um altar de testemunhos e ainda dizer: ‘Conheço o Senhor!! Ele é fiel e jamais me deixará!’

Ser escolhido por Deus é ter certeza de que já somos mais que vencedores!”

Citação

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

A vida com Cristo é uma aventura maravilhosa.


Vivam por Jesus Cristo

A maior graça que um homem pode ter na vida é a de conhecer a Deus e fazer a experiência do Seu amor. Muitas pessoas, quando têm um encontro pessoal com o Pai, mudam radicalmente de vida, porque descobrem o verdadeiro sentido dela. Não há como, simplesmente, explicar o que nos acontece quando encontramos a Deus. Precisamos passar por essa experiência, que é única, individual e sublime.

Vejamos o testemunho de São Paulo:

‘Na verdade, considero tudo como perda diante da vantagem suprema que consiste em conhecer a Cristo Jesus, meu Senhor’ (Fl 3,8).

Procuremos o Senhor, incansavelmente, e deixemo-nos alcançar por Ele.

“Não tenham medo! A vida com Cristo é uma aventura maravilhosa. Só Ele pode dar significado pleno à vida. Só Ele é o centro da história. Vivam por ele!” (João Paulo II, Santa Missa com a juventude, República Tcheca).

Jesus, eu confio em Vós!

(Imagem das pinturas da capela do Santíssimo da Igreja Matriz)

Francisco, o “papa das surpresas”



Na verdade, suas decisões não deveriam surpreender. Ou ninguém leu o Evangelho?

O homem da memória de ferro. Capaz de recordar que os fundamentos da aventura cristã no mundo nascem nos braços ardentes de um encontro com o Ressuscitado na manhã da primeira Páscoa cristã; sem estes braços, o fogo da graça dá lugar às cinzas da desgraça, talvez fantasiada de Evangelho.

A de Cristo, portanto, é a única amizade que os homens de toda época podem se vangloriar de possuir. Todas as demais são más imitações dessa única amizade reconhecida pelo Evangelho. Uma amizade que traz surpresas, talvez inclusive certa vergonha. A surpresa de algo inesperado, de uma mudança de trajectória, de uma mudança que tenha como objectivo o único fim pelo qual vale a pena mudar: fazer que o passado possa ser contado um dia aos que virão depois de nós.

Quem sabe isso muito bem é o Papa Francisco. Defini-lo como o homem das surpresas é banalizar sua pessoa, caracterizá-lo como um conquistador de massas e talvez rir da sua tentativa incansável de levar o mundo a Cristo; exaltá-lo demais é não conhecer que sua grandeza acontece na impopularidade evangélica.

No entanto, ele gosta de falar de surpresas: “Deus é sempre uma surpresa e, portanto, você nunca sabe onde e como o encontrará, porque não é você que escolhe a hora e o lugar do encontro”.

É uma surpresa vista também em suas duas vertentes: “você me deu uma surpresa”, porque, quando Cristo se aproxima, é sempre buscando confiar-se ao homem; e “você me surpreendeu” porque, ainda que o cristianismo nasça de um encontro, também é verdade que, desse encontro, nós não decidimos os tempos nem tampouco podemos tomar a iniciativa.

Se o Deus das surpresas não está no centro, a Igreja se desorienta. Ela também poderá organizar surpresas, mas lhe faltará o ingrediente necessário para não concebê-las como farsas: a impossibilidade de prever. E, por conseguinte, a grandeza de quem aceita deixar-se surpreender. A grandeza de deixar-se amar, mais do que buscar amar.

Ele é chamado de “Papa das surpresas”, mas é tão previsível em suas decisões, que dá vontade de dizer a alguns: “Mas você nunca leu o Evangelho?”. As pessoas se surpreendem até a comoção quando ele fala, por exemplo, das periferias. Mas, desde as primeiras palavras da Escritura, quando Deus decide mudar o mundo, Ele não parte das periferias? Ele chama pescadores e cobradores de impostos, mulher de má vida e agiotas, endireita os mancos e os paralíticos.

Ele dá um giro na história com um punhado de pescadores e um traidor; isso sem mencionar sua entrada no Paraíso levando junto um delinquente. Outros se surpreendem porque os cardeais são eleitos com base na proximidade dos pobres mais do que das sedes cardinalícias e das amizades interesseiras. Mas Deus não escolheu o fraco do mundo para confundir os fortes? Diante das ambições dos filhos de Zebedeu, Jesus declara abertamente que prefere o outro lado da história: os que não são considerados, os esquecidos, os desprezados. As histórias das periferias.

Ele é chamado de “Papa das surpresas”. Mas depois as pessoas se ofendem quando as surpresas que ele oferece ao mundo não correspondem à sua vontade. Desde que o mundo existe, no entanto, a surpresa é bela quando é inesperada, imprevisível, inimaginável. As outras parecem aqueles presentes que aniversário que, ao abrir, temos de fingir que nos surpreendemos.

Já ouve essa época também na Igreja: certas surpresas tinham pouco de surpreendentes, ainda que estivessem na moda. Uns faziam surpresas a outros, ou seja, compartilhava-se a apatia do descontento.

Mas agora chegou a hora: a única surpresa é Cristo. E os primeiros barretes cardinalícios foram directo às periferias – lá onde o coração de Jesus bate forte.

(Artigo publicado originalmente no blog Sulla Strada di Emmaus)

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Jesus manda-nos amar os estranhos.


Migrantes

Para Deus não há migrantes nem estrangeiros, apenas filhos que precisam de ajuda


Um dia, veio ter comigo um homem. Entregou-me uma carta da mulher, sentou-se e começou a chorar. A mulher estava zangada com ele por a ter deixado à fome, a ela e aos oitos filhos, no devastado El Salvador. Ela escrevia que tinha esperado mais de oito meses e que ele ainda não tinha mandado notícias nem dinheiro.A sina dos emigrantes é sempre difícil, especialmente no princípio. Durante vinte anos, a minha missão de padre foi trabalhar com os emigrantes em Washington. Havia muitos portugueses que tinham deixado as antigas colónias, depois da Revolução, e que procuravam uma nova vida na América. Mas a maioria eram refugiados hispânicos, que tinham escapado da América Central, onde as guerras civis tudo devastavam.

O homem contou-me. então, que tinha deixado a sua aldeia em El Salvador e ido, ilegalmente, para Washington, porque se tinha tornado impossível fazer agricultura, com a guerra. Estava a viver num quarto que partilhava com mais seis homens e trabalhava em dois restaurantes a lavar pratos. Disse-me que ia a pé para o trabalho, para não gastar dinheiro no autocarro, e que não comprava comida, mas que comia os restos dos pratos sujos que lavava.

Todas as semanas mandava a mulher o dinheiro todo que ganhava, mas ela não tinha recebido as suas cartas. Perguntei-lhe se mandava cheque ou dinheiro. Ele respondeu-me que mandava em dinheiro e que o metia, juntamente com a carta, num envelope, que punha no marco de correio azul ali da esquina. Olhei pela janela e vi o marco de correio azul da esquina: era um daqueles caixotes do lixo todos chiques!

Mais uma vez pude constatar quantos sacrifícios os emigrantes fazem pelas suas famílias e quantas provações e humilhações passam, numa terra estrangeira, onde se fala uma língua estranha, com costumes diferentes e, não poucas vezes, um ambiente hostil.

Na Missa, abraçamos todos os emigrantes. Os que foram abençoados pelo sucesso, nas suas novas terras de acolhimento, e os que ainda sofrem e lutam. O nosso Deus não vê a cor da pele nem faz diferenças entre línguas ou costumes. Ele apenas vê um filho seu, e quer que nós nos amemos e nos ajudemos.

Fazemos parte da família de Jesus, quando pomos em prática os seus ensinamentos. Jesus veio para revelar a face misericordiosa do Pai e para nos ensinar o mandamento de amor de Deus.

Nos Evangelhos Sinóticos, lemos muito sobre as pregações de Jesus a propósito do «maior mandamento». Não é a grande sugestão, o grande conselho, a grande linha directiva, mas um mandamento.

Primeiro, temos de amar a Deus com todo o coração e com toda a nossa força, sobre todas as coisas. Ao trabalhar com os pobres camponeses da América Central, que não sabiam ler nem escrever, a frase que eu sempre ouvia era: «Primero, Dios». Deus tem de ser o primeiro nas nossas vidas, depois, todas as nossas prioridades estão corretamente ordenadas. Não amaremos menos as pessoas, mas mais, por amar a Deus.

A segunda parte do «maior mandamento» é amarmos o próximo como a nós mesmos. E Jesus ensina-nos, na parábola do Bom Samaritano, que o nosso próximo é esse estrangeiro, esse homem ferido, essa pessoa esquecida, aquele que sofre e, por isso, tem um direito acrescido sobre o meu amor.

Jesus manda-nos amar os estranhos. Se só saudamos os nossos, não fazemos mais do que os pagãos e os não crentes.

Card. Seán O'Malley, ofm cap
Arcebispo de Boston, EUA
Fátima, 13.8.2007, Peregrinação dos Migrantes

Força e Vontade


http://www.youtube.com/watch?v=TMFXV-ljjmY

Quero contemplar-Te no santuário,
para ver o Teu Poder e a Tua Glória.


2*Ó Deus, Tu és o meu Deus! Anseio por ti!
A minha alma tem sede de ti;
todo o meu ser anela por ti,
como terra árida, exausta e sem água.

3Quero contemplar-te no santuário,
para ver o teu poder e a tua glória.
4O teu amor vale mais do que a vida;
por isso, os meus lábios te hão de louvar.
5*Quero bendizer-te toda a minha vida
e em teu louvor levantar as minhas mãos.
6*A minha alma será saciada com deliciosos manjares,
com vozes de júbilo te louvarei.

7*Lembro-me de ti no meu leito,
penso em ti, se fico acordado,
8porque Tu és o meu auxílio,
e à sombra das tuas asas eu exulto.
9*A minha alma está unida a ti,
a tua mão direita me sustenta.


(Salmo 63)

"FORÇA E VONTADE"

A Irmã Lúcia afirmou:
«A ação de Deus não destrói a natureza humana,
antes a aperfeiçoa e dignifica;
não subtrai a pessoa ao sentimento humano natural, moral e físico,
pois é com ele que ela se há de santificar,
à semelhança de Cristo que sentiu e tudo suportou
por amor do Pai (…)”

Senhor,
que posso esperar da Tua ação sobre mim?

Não me retiras o sofrimento que me causam os problemas,
não me tornas imune ao mal,
não me concedes nada sem o meu esforço,
não me fazes “sentir-Te”,
nem me dás habitualmente um conforto de maneira palpável.

Que me concedes, então, Senhor?

Concedes-me, sim, a FORÇA
para que, em todos os momentos,
mesmo sentindo a fraqueza, o temor,
a tentação, o orgulho, as dificuldades…
eu tenha FORÇA E VONTADE para ir adiante,
contra mim, inclusivamente,
para fazer o Bem, a Tua Vontade.

Concede-me esta graça, Senhor,
um dia de cada vez...

(Emissão RR, 16/01/2014-08:00h)

Pai Nosso...

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O que significa ser hoje discípulo do Cordeiro de Deus?





Na oração do Angelus a que presidiu este domingo no Vaticano, o papa Francisco falou sobre o Evangelho proclamado nas missas, centrado na figura de Cristo como Cordeiro de Deus.

«O que significa para a Igreja, para nós, hoje, ser discípulos de Jesus Cordeiro de Deus?», questionou. Excertos das palavras de Francisco.

«Não há outra maneira de vencer o mal e o pecado senão com o amor que impele ao dom da própria vida pelos outros.»

«No Novo Testamento, o termo "cordeiro" aparece várias vezes, e sempre referindo-se a Jesus. Esta imagem do cordeiro poderá surpreender; com efeito, um animal que não se caracteriza decerto pela força e robustez, carrega sobre as suas próprias costas um peso deveras opressivo.»

«A massa enorme do mal é tirada e levada através de uma criatura débil e frágil, símbolo de obediência, docilidade e amor indefeso, que chega até ao sacrifício de si.»

«O cordeiro não é um dominador, mas é dócil; não é agressivo, mas pacífico; não mostra as garras ou os dentes perante um ataque, mas suporta e é submisso. E assim é Jesus. Assim é Jesus, como um cordeiro.»

«Nós, cristãos, devemos fazer isto: colocar no lugar da malícia, a inocência; no lugar da força, o amor; no lugar da soberba, a humildade; no lugar do prestígio, o serviço.»

«Ser discípulos do Cordeiro significa não viver como uma "fortaleza assediada", mas como uma cidade colocada sobre o monte, aberta, acolhedora, solidária.»

«Quer dizer não assumir atitudes de fechamento, mas propor o Evangelho a todos, testemunhando com a nossa vida que seguir Jesus torna-nos mais livres e mais alegres.»

© SNPC | 19.01.14

Movimento da Paróquia no ano 2013

                                Baptismos                   Casamentos                       Funerais
Arronches                   6                                          1                                      41

Degolados                  5                                          0                                       7

Esperança                  2                                           0                                     13

Mosteiros                    0                                           0                                      9



Número de visitantes da Igreja Matriz no ano de 2013: 1524; sendo 1313 do nosso país e 211, vindos da Alemanha, USA, Brasil, Espanha, França, Guiné, Holanda, Inglaterra, Rússia, Ucrânia, Suiça, Dinamarca e Bósnia.

Visualizações do Blogue da Paróquia, desde o seu início ( Março 2013) : 7572; da Usa, Rússia, Alemanha, Malásia, Brasil, Servia, Holanda, Coreia do Sul, Indonésia e, claro, Portugal.

No ultimo sábado do mês, dia 25, teremos a oração de Taizé, no Centro Paroquial, às 21:00H
Venha participar!


https://www.youtube.com/watch?v=AnXKuxZ8wPw

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Migrações: Paróquias desafiadas a criar «equipas de acolhimento e informação» para quem chega ou quem quer partir




Conclusões do XIV Encontro de Formação de Agentes Sociopastorais das Migrações

“Gerar sinergias entre paróquias, missões católicas, associações, rede consular, sindicatos, municípios e órgãos de comunicação social que permitam denunciar casos de exploração laboral, tráfico de pessoas e precariedade social ou familiar” é um dos objectivos dos participantes no XIV Encontro de Formação de Agentes Sociopastorais das Migrações.
Aveiro, 19 jan 2014 (Ecclesia) - Os agentes sociopastorais das migrações afirmaram hoje nas conclusões do XIV Encontro que é necessário criar “equipas de acolhimento e de informação” nas paróquias que esclareçam os portugueses que desejem partir para a emigração.

Os participantes neste encontro consideram que o fenómeno migratório esteve "quase ausente das agendas política e eclesial nas duas últimas décadas” e hoje é focado apenas o seu aspeto “economicista e de elite”.

De acordo com o documento, enviado hoje à Agência ECCLESIA, é necessário “analisar novas tendências, perfis e percursos migratórios, com vista a respostas inovadoras fruto de parcerias institucionais que envolvam a Igreja, academias e observatórios”.

Os participantes neste encontro, oriundos de 14 dioceses de Portugal e de uma dezena de organizações católicas, comprometem-se a “retomar a importância das migrações em toda a pastoral da Igreja, adequando as estruturas e os planos aos novos fluxos migratórios”.

Frei Francisco Sales, o diretor da Obra Católica Portuguesa de Migrações, considera que é necessário “sensibilizar os sacerdotes, nomeadamente os párocos”, para que incluam o tema das migrações na sua pastoral para a transmissão da informação aos cidadãos que pensam emigrar.

“Noutras épocas a Igreja teve um papel fundamental na informação e na ajuda de pessoas que iam emigrar. Elas procuravam o apoio da Igreja porque sabiam que aí encontravam informações para que quando chegassem ao seu destino tivessem uma rede de apoio”, disse frei Francisco Sales à Agência ECCLESIA.

Na conferência de encerramento deste encontro, D. Manuel Clemente considerou que as migrações não são um fenómeno “periférico” mas central para a Igreja Católica e que é necessário incluir todas as pessoas nos processos de desenvolvimento.

“É fundamental pensarmos que atrás de cada número está uma pessoa. Não há duas pessoas iguais. Todas são insubstituíveis”, afirmou D. Manuel Clemente ao comentar a mensagem do Papa Francisco para a Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado, que hoje se assinala

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa considera que é sempre necessário olhar o migrante “na sua relação”, familiar ou social, porque não é possível desligar a pessoa “da realidade que a suporta”.

Os agentes sociopastorais das migrações sugerem ainda no documento conclusivo do encontro que a emigração seja repensada “de forma positiva”, associando-a a “uma política de desenvolvimento económico sustentável” e “responsabilizando assim todos os cidadãos pelo processo migratório”

“Aventuras e desencantos na emigração” foi o tema do XIV Encontro de Formação de Agentes Sociopastorais das Migrações, que decorreu na Casa Diocesana de Albergaria-a-Velha e na Sé de Aveiro nos dias 17, 18, 19 de janeiro de 2014.

O Encontro de Formação de Agentes Sociopastorais das Migrações é promovido em cada ano para assinalar a Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado pela Obra Católica Portuguesa de Migrações, a Cáritas Portuguesa e a Agência ECCLESIA.

PR -
www.agencia.ecclesia.pt/

Caminho Português de Santiago


Credencial

Todos os peregrinos a Santiago que passem pelo concelho de Nisa já podem carimbar a sua credencial! Basta para isso dirigirem-se ao Posto de Turismo sito na Rua Dr. Francisco Miguéns, nº 27 (vulgo Rua Direita), logo após a igreja Matriz e um pouco antes da Praça do Municipio, em pleno centro histórico de Nisa! O Posto de Turismo está aberto ao público todos os dias, entre as 09h00 e as 12h30 e entre as 14h00 e as 17h30! O Municipio de Nisa criou um carimbo especifico para certificar a passagem pelo concelho, de todos os peregrinos que se dirijam a Santiago de Compostela pelo itinerário português do Interior (que inicia em Tavira). O troço que atravessa o concelho de Nisa tem uma extensão de aproximadamente 35 km e encontra-se sinalizado com as setas amarelas e com as vieiras desde Março de 2013. 

http://campusstellae1.blogspost.pt

domingo, 19 de janeiro de 2014

Dá-nos a tua paz






Senhor, o mundo precisa de paz.
Em toda parte se vê a angústia e o medo.
Onde não existe a guerra,
Existe a ameaça dela,
Os homens vivem se armando,
Embora todo mundo fale de paz.
Está aí a violência em todas as suas formas.

Aí estão as restrições,
Aí está a falta de diálogo,
Aí está a ambição incontrolável,
Aí está a incrível sede de domínio econômico e político.

Senhor, volve para nós teu olhar de misericórdia.
Faze-nos mais justos e mais humanos.
É preciso que nos inspires
E nos mostres os caminhos da verdadeira paz.
Dá-nos a tua paz,
Que não é a paz que o mundo dá,
O que os homens entendem por paz?
Qual é a paz que eles procuram?
Tu porém nos dizes

A paz é como a chama que, embora silenciosa, é ativa.
A paz também se apressa,
Principalmente quando há uma lágrima a enxugar
A paz também fala,
Principalmente quando o silêncio é um pecado.
A paz também insiste,
Principalmente quando se trata de mudar certas coisas.
Paz não significa não fazer nada contra,
Mas fazer tudo para o bem de todos.
Não é ter tudo que dá a paz.
É satisfazer-se com o que basta,
Não é ter tudo que dá a paz,
Mas não ter nada compromete.
A certeza da paz é a justiça e o amor.
É humano quem fala de paz.
É bendito quem a faz.
A paz tem maiores ou menores proporções.
Ela só é toda quando Deus é tudo.

Orlando Gambi ( Portal Paulinas)

Papa: sejamos canais da graça de Deus



“A dimensão comunitária não é uma espécie de moldura, mas parte integrante da vida cristã, do testemunho e da evangelização”, afirmou Francisco


O Papa Francisco convidou esta semana, cada cristão, apesar de suas limitações e pecados, a ser um canal da graça de Deus.

O Papa falava sobre o Baptismo, na audiência geral de quarta-feira, com os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.

“Na passada quarta-feira começamos um breve ciclo de catequeses sobre os Sacramentos, iniciando pelo Baptismo. E sobre o Baptismo gostaria de dar a minha atenção também hoje, para sublinhar um fruto muito importante deste Sacramento: esse faz-nos tornar membros do Corpo de Cristo e do Povo de Deus.”



O Baptismo faz de nós membros do Corpo de Cristo e do Povo de Deus – afirmou o Papa Francisco. Como de geração em geração se transmite a vida, também de geração em geração, através da fonte baptismal, se transmite a graça e, com esta graça, o Povo cristão caminha no tempo como um rio que irriga a terra e espalha pelo mundo a Bênção de Deus.

“Ninguém se salva sozinho. Somos comunidade de crentes e, na comunidade, experimentamos a beleza de partilhar a experiência de um amor que precede a todos nós, mas, ao mesmo tempo, pede para sermos, uns para os outros, “canais” da graça, apesar das nossas limitações e pecados. A dimensão comunitária não é uma espécie de moldura, mas parte integrante da vida cristã, do testemunho e da evangelização.”



E neste momento da sua catequese o Santo Padre recordou o caso histórico da comunidade cristã no Japão:



“A propósito da importância do Baptismo para o Povo de Deus, é exemplar a história da comunidade cristã no Japão: no início do século XVII, abateu-se sobre ela a perseguição, houve numerosos mártires, os membros do clero foram expulsos e milhares de fiéis assassinados, vendo-se então privada de sacerdotes e forçada a viver na clandestinidade. E quando nascia uma criança o pai ou a mãe baptizavam-na porque todos podemos baptizar.”



“Quando dois séculos e meio depois, os missionários voltaram a gozar de liberdade, aquela Igreja local apareceu formada por milhares de cristãos; eles tinham mantido, mesmo em segredo, um forte espírito comunitário, porque o baptismo lhes tinha feito um só corpo em Cristo.”

“Podemos aprender tanto com esta história.”



No final da audiência o Papa Francisco saudou os peregrinos de língua portuguesa:

“Dirijo uma cordial saudação aos peregrinos de língua portuguesa, presentes nesta Audiência, especialmente aos grupos vindos do Brasil. Queridos amigos, todos os baptizados estão chamados a ser discípulos missionários, vivendo e transmitindo a comunhão com Deus. Em todas as circunstâncias, procurai oferecer um testemunho alegre da vossa fé. Que Deus vos abençoe!”




(Da Rádio Vaticano)

sábado, 18 de janeiro de 2014

CORDEIRO DE DEUS

https://www.youtube.com/watch?v=9hE-MbK0_S4

Deus tem um Plano de vida plena para os homens e, ao longo da História, escolhe e envia pessoas, para a realização desse Plano. Após o Baptismo, em que o céu confirmou a missão de Jesus, João Batista aponta que o CORDEIRO DE DEUS já está presente no meio do Povo.

Há muito tempo, os homens estão à procura de Cristo. E se ainda não o encontraram, talvez seja porque está faltando para eles um João Batista que lhes indique. E o Batista do tempo de hoje devo ser eu, devemos ser todos nós. Todos nós devemos ser testemunhas do evangelho, preparar o encontro dos homens com Cristo.

Então, a nossa passagem neste mundo não terá sido em vão. Esta é a missão de todo cristão: preparar o caminho do Senhor e o encontro do homem com Deus, levantar o dedo e proclamar bem alto: "Eis aquele que o teu coração está procurando, eis aquele que veio para te amar e te salvar!"

Diocese de Portalegre-Castelo Branco promove 9ª Jornadas Diocesanas da Família



A Diocese de Portalegre-Castelo Branco vai promover a 25 de janeiro as 9ª Jornadas Diocesanas da Família, com o tema ‘A Família em tempos de mudança’.

As jornadas, que se integram no plano de actividades para 2013/14, vão decorrer na Casa de Espectáculos e Cultura da Sertã e a conferência principal está a cargo de José Eduardo Borges de Pinho, professor catedrático da Universidade Católica Portuguesa, revela uma nota publicada no site da diocese.

“Estas jornadas são de grande importância já que neste terceiro ano de Sínodo Diocesano, a Diocese está a reflectir sobre a família, tendo presente as suas angústias e tristezas, as suas alegrias e esperanças”, acrescenta o comunicado.

O Secretariado Diocesano da Pastoral da Família, apela a todos, famílias e grupos sinodais, a participarem nestas jornadas, chamando a atenção para o fato de que a “Pastoral Familiar não nos pode deixar indiferentes, devendo comprometer na sua reflexão, o maior número possível de pessoas”.

Do programa consta ainda um almoço partilhado, onde a organização vai oferecer “uma sopa e uma fruta, um momento musical pelo Coro Infantil da Paróquia da Sertã, um painel de testemunhos e a celebração da Eucaristia” presidida pelo bispo de Portalegre-Castelo Branco D. Antonino Dias.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Baptistério dos finais do século V dedicado ao culto de uma comunidade cristã descoberto em Mértola



O achado arqueológico mereceu a atenção do Instituto Pontifício de Roma que em Abril fará deslocar uma delegação composta de 50 alunos e professores para estudar o legado cristão.

Os investigadores do Campo Arqueológico de Mértola (CAM) descobriram um segundo baptistério na encosta do castelo da vila, durante a última campanha de escavações realizada no Verão passado.

A descoberta ocorreu a cerca de 50 metros do local em que, no início dos anos 80, foi feito um achado semelhante.

O arqueólogo do CAM Virgílio Lopes adiantou ao PÚBLICO que os vestígios desta estrutura religiosa, destinada à realização de cerimónias baptismais num espaço coberto, estão datados de “entre os finais do século V e o início do século VI” da nossa era, classificando-os como uma importante peça do período paleocristão. O investigador assinala que este período histórico está associado às “chamadas invasões” vindas do norte de África.

O “enorme baptistério”, que “ainda mantém visíveis os mármores originais”, vem confirmar a presença de pelo menos “duas comunidades cristãs ” com as suas igrejas e cultos próprios, salienta o investigador, sublinhando que o valor e luxo exposto, revela que por detrás da sua construção “estaria uma comunidade rica, com os seus espaços de enterramento, as suas lápides, o seu baptistério, os seus mausoléus”.

O arqueólogo Cláudio Torres, fundador e director do CAM explicou ao PÚBLICO o contexto da existência dos dois baptistérios, a cerca de 50 metros um do outro, ambos construídos no século VI. As comunidades cristãs das grandes cidades do Mediterrâneo ocidental e do sul da Península Ibérica, referiu, dividiam-se entre os que acreditavam na Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), ligados a Igreja de Roma e Bizâncio, e os monofisitas [restam hoje os Coptas no Egipto] que a rejeitavam, defendendo um deus uno (Jesus Cristo). Foi esta divisão que, na interpretação de Cláudio Torres, deu origem a dois baptistérios, um católico e outro monofisita.

Na basílica paleocristã de Mértola existem várias sepulturas de crentes que confirmam a existência de uma grande comunidade de opositores à igreja de Roma. Foi através dessas comunidades de monofisitas, que tiveram uma forte implantação no sul da Península Ibérica, nomeadamente em Mértola, “que se expandiu o Islão”, posteriormente à chegada, a partir do século VI, de populações oriundas do norte de África.

O arqueólogo sutenta, contudo, que ao contrário daquilo que “ainda se divulga”, os árabes não conquistaram a Península Ibérica. “A população não foi conquistada, converteu-se ao Islão, cujos princípios religiosos eram defendidos pelos monofisitas.”

“Já sabíamos que tinha existido em Mértola uma comunidade monofisita com base nas lápides funerárias. Com a descoberta de um segundo baptistério fica explicada a existência de duas correntes cristãs entre o século V e VII em Mértola, que se opunham entre si.”

Trata-se de um testemunho cuja importância se destaca “no contexto europeu”, acrescenta Virgílio Lopes, frisando que em Portugal apenas em Idanha-a-Nova estão identificados dois baptistérios, mas “mais modestos”. Só em Barcelona se encontra um monumento comparável aos localizados em Mértola, onde, em termos arqueológicos, subsiste um conjunto extremamente bem conservado.

“Estamos na presença de um conjunto extremamente importante e raro”, conclui o investigador, realçando o interesse do Instituto Pontifício de Roma pelo novo achado arqueológico, na sequência de duas conferências que Cláudio Torres ali proferiu recentemente. Assim, no próximo mês de Abril, uma delegação com cerca de 50 professores e alunos daquela instituição de ensino do Vaticano permanecerão durante uma semana em Mértola, para estudar e interpretar a importância deste testemunho religioso que revela a importância do passado histórico da zona no contexto europeu, no período paleocristão.

www.publico.pt/

Informação Paroquial


No próximo sábado, dia 18, não será celebrada a Eucaristia, mas sim a Celebração da Palavra, às 18:30H, na Igreja de Nossa Senhora da Luz.                                  No Domingo, dia 19, a Eucaristia será celebrada, excepcionalmente, pelas 18:30H, na Igreja Matriz.


De 18 a 25 de Janeiro celebra- se a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, este ano, com o Tema:" Estará Cristo Dividido?"


"Rogo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que todos estejais em pleno acordo e que não haja entre vós divisões. Vivei em boa harmonia, no mesmo espírito e no mesmo sentimento. Pois acerca de vós, irmãos meus, fui informado pelos que são da casa de Cloé, que há contendas entre vós. Refiro-me ao fato de que entre vós se usa esta linguagem: Eu sou discípulo de Paulo; eu, de Apolo; eu, de Cefas; eu, de Cristo. Então estaria Cristo dividido? É Paulo quem foi crucificado por vós? É em nome de Paulo que fostes batizados?" (I Coríntios 1, 10-13)