quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Papa: a fé cristã não é uma teoria, mas é o encontro com Jesus


De Rádio Vaticana
– A fé cristã não é uma teoria ou uma filosofia, mas é o encontro com Jesus. Foi o que destacou o Papa celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta na segunda-feira (28/11), no início do Tempo do Advento.

Em sua homilia, o Pontífice observou que neste período do Ano, a Liturgia nos propõe inúmeros encontros de Jesus: com a sua Mãe no ventre, com São João Batista, com os pastores, com os Magos. Tudo isso nos diz que o Advento é “um tempo para caminhar e ir ao encontro com o Senhor, isto é, um tempo para não ficar parado”.

Oração, caridade e louvor: assim encontraremos o Senhor

Eis então que devemos nos perguntar como podemos ir ao encontro de Jesus. “Quais são as atitudes que devo ter para encontrar o Senhor? Como devo preparar o meu coração para encontrar o Senhor?”, questinou o Papa.

“Na oração no início da Missa, a Liturgia nos fala de três atitudes: vigilantes na oração, operosos na caridade e exultantes no louvor. Ou seja, devo rezar com vigilância; devo ser operoso na caridade – a caridade fraterna: não somente dar esmola, não; mas também tolerar as pessoas que me incomodam, tolerar em casa as crianças quando fazem muito barulho, ou o marido ou a mulher quando estão em dificuldade, ou a sogra... não sei .. mas tolerar: tolerar … Sempre a caridade, mas operosa. E também a alegria de louvar o Senhor: ‘Exultantes na alegria’. Assim devemos viver este caminho, esta vontade de encontrar o Senhor. Para encontrá-lo bem. Não ficar parados. E encontraremos o Senhor”.

Porém, acrescentou o Papa, “ ali haverá uma surpresa, porque Ele é o Senhor das surpresas”. Também o Senhor “não está parado”. Eu, afirmou Francisco, “estou em caminho para encontrá-Lo e ele está em caminho para me encontrar. E quando nos encontramos, vemos que a grande surpresa é que Ele está me procurando antes que eu comece a procurá-lo”.

O Senhor sempre nos precede no encontro

“Esta é a grande surpresa do encontro com o Senhor. Ele nos procurou por primeiro. É sempre o primeiro. Ele percorre o seu caminho para nos encontrar”. Foi o que aconteceu com o Centurião:

“O Senhor vai sempre além, vai primeiro. Nós fazemos um passo e Ele faz dez. Sempre. A abundância de sua graça, de seu amor, de sua ternura não se cansa de nos procurar, também, às vezes, com coisas pequenas: Pensamos que encontrar o Senhor seja algo magnífico, como aquele homem da Síria, Naamã, que tinha hanseníase: E não é simples. Ele também teve um surpresa grande da maneira de Deus agir. O nosso é o Deus das surpresas, o Deus que está nos procurando, nos esperando, e nos pede somente o pequeno passo da boa vontade.”

Devemos ter a “vontade de encontrá-lo”. Depois, Ele “nos ajuda”. “O Senhor nos acompanhará durante a nossa vida”, disse o Papa. Muitas vezes, irá nos ver distanciar Dele, e nos esperará como o Pai do Filho Pródigo.

A fé não é saber tudo sobre dogmática, mas encontrar Jesus

“Muitas vezes”, acrescentou o pontífice, “verá que queremos nos aproximar e sairá ao nosso encontro. É o encontro com o Senhor: isto é importante! O encontro. “Sempre me impressionou o que o Papa Bento XVI disse: que a fé não é uma teoria, uma filosofia, uma ideia: é um encontro. Um encontro com Jesus”. Caso contrário, “se você não encontrou a sua misericórdia pode até rezar o Credo de cor, mas não ter fé”:

“Os doutores da lei sabiam tudo, tudo sobre a dogmática daquele tempo, tudo sobre a moral daquele tempo, tudo. Não tinham fé, porque o seu coração tinha se distanciado de Deus. Distanciar-se ou ter o desejo de ir ao encontro. Esta é a graça que nós hoje pedimos. Ó Deus, nosso Pai, suscite em nós a vontade de ir ao encontro de Cristo, com as boas obras. Ir ao encontro de Jesus. Por isso, recordamos a graça que pedimos na oração, com a vigilância na oração, operosos na caridade e exultantes no louvor. Assim, encontraremos o Senhor e teremos uma linda surpresa.”

(BF/MJ)

CF Atualidades
De News.VA
Link http://www.news.va/pt/news/papa-a-fe-crista-nao-e-uma-teoria-mas-e-o-encontro

Advento - Oração 3


Que neste tempo que se aproxima tenhamos a perceção de que Ele
é a verdadeira razão do Natal.
Não são precisas muitas luzes, 
não são precisas muitas prendas,
nem sequer muitas luxúrias.
Bastam coisas simples,
pois é através da chegada deste menino Jesus que percebemos que não precisamos de grandes extravagâncias para sermos felizes.
Que nesta preparação para o Natal
tenhamos tempo para nos darmos,
pois é isso que precisamos:
de relação, de amor, de carinho e de afeto!
Boa noite e até amanhã.
[©Texto Emanuel António Dias]  

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Encontro dos Novos Cursilhistas do 74º C.C. Senhoras e 88º Homens




No dia 20 de Novembro, em Nisa, na Senhora da Graça, os novos cursilhistas e a equipa de dirigentes reuniram-se para reviver o cursilho e partilhar o 4ºdia.Depois de um breve acolhimento e da oração inicial, foi tempo de a Lucília falar sobre o tema: “M.C.C. – O Pós-Cursilho”. Iniciou o tema com a leitura do Evangelho de São Mateus (2, 1-12), dizendo que “um cursilho é como a Estrela que vemos, nos encaminha, nos leva ao Encontro com o Menino que nos espera e que, após esse Encontro, voltamos, certamente, por outro caminho”. Continuou dizendo que “o objetivo do Cursilho é um caminho para seguir Cristo. Que o carisma do MCC é um dom que o Espírito Santo derrama sobre a sua Igreja que conforma uma mentalidade e impulsiona um movimento eclesial”. E que “mediante método Kerigmático próprio, possibilita a vivência e a convivência do fundamental cristão, ajuda a descobrir e a realizar a vocação pessoal de cada um, e promove grupos de cristãos que levam o Evangelho aos seus ambientes”.
Na explicação do carisma Cursilhista de Cristandade e da dinâmica do Movimento, sublinhou: “Urge cada vez mais conhecer a essência do movimento, a sua mentalidade, finalidade e o método. O porquê do que somos, o porquê do que fazemos e como o fazemos. É a mentalidade que determina a finalidade do Movimento, que concretiza o método e a estratégia que são os meios necessários para atingir designando as estruturas necessárias para isso. Como refere o nº10 da Encíclica da Porta da Fé “no nosso contexto cultural, há muitas pessoas que, embora não reconhecendo em si mesmas o dom da fé, todavia vivem uma busca sincera do sentido último e da verdade definitiva acerca da sua existência e do mundo. Esta busca é um verdadeiro «preâmbulo» da fé, porque move as pessoas pela estrada que conduz ao mistério de Deus. De facto, a própria razão do homem traz inscrita em si mesma a exigência «daquilo que vale e permanece sempre». Esta exigência constitui um convite permanente, inscrito indelevelmente no coração humano, para caminhar ao encontro d’Aquele que não teríamos procurado se Ele mesmo não tivesse já vindo ao nosso encontro. É precisamente a este encontro que nos convida e abre plenamente a fé.”O MCC existe para realizar uma missão evangelizadora das pessoas e dos ambientes onde vivem. O método possibilita a finalidade atingindo um objetivo concreto: “a conversão das pessoas para a fermentação dos ambientes”. O método assenta em três tempos: Pré-Cursilho, Cursilho e Pós- Cursilho que constituem um todo indivisível. O Pré cursilho existe para iniciar o processo de evangelização das pessoas que posteriormente fermentem os ambientes que necessitam de evangelização.O Cursilho possibilita um encontro pessoal com Cristo que começa com um encontro consigo mesmo e que se completa com um encontro com os outros. Proporciona o início de uma conversão consciente, crescente e em comunidade.O Pós-Cursilho é a maneira de viver a fé em comunidade e fermentar os ambientes para que a pessoa seja cristã e membro da Igreja e no mundo levando à sua renovação a partir de dentro. Este pretende ainda “ser necessariamente um processo dinâmico e aberto sempre ao serviço das pessoas e da vida renovando e aperfeiçoando a conversão pessoal iniciada no cursilho”.Por isso a necessidade das Reuniões de Grupo onde as pessoas se reúnem para estreitar laços e ser mais cristãs. A Ultreia é a reunião de reuniões de grupo que promovem o crescimento na oração, no estudo e na ação levando ao compromisso pessoal e comunitário no ambiente de cada um.Os Mini-Cursilhos para casais permite aos casais crescer em unidade aquela vivência que fizeram em separado fortalecendo a relação.”Seguiu-se depois uma pequena reflexão em pequenos grupos sobre o tema apresentado, partilhando depois as conclusões, o que permitiu realçar a importância do Grupo, da amizade, do apoio que se encontra nos outros. Na confirmação de que experiência Cursilhista do 4.º Dia “é um caminho de cristandade que deve ser vivido de forma coerente e consciente.”O almoço partilhado foi tempo para trocar experiências, conhecimentos e estreitar laços.Logo de seguida houve espaço para os novos partilharem a forma como estavam a vivenciar o 4º dia, de que registamos testemunhos como: “agora faço as coisas de forma consciente e mais ativa”; “Sinto necessidade de ir ao Santíssimo, de me encontrar com ELE”; “tenho outra postura perante as dificuldades”; “deixei de ser egoísta e comecei a pensar mais nos outros”; “não tenho vergonha de me assumir como cristão perante os outros”; “iniciei o meu percurso como catequista na paróquia onde estou inserida e estou a crescer na Fé junto com eles”, etc.O encontro foi encerrado com a Eucaristia presidida pelo assistente do movimento, Padre Adelino Cardoso, que na sua homilia realçou: “Cristo dá outro sentido à vida. Cristo Rei encerra o ano litúrgico, no próximo domingo já se inicia o advento e Cristo aponta-nos o caminho para a vida depois da morte. Quando Cristo estava na Cruz, ladeado com os malfeitores, um revolta-se e o outro pede-lhe que se lembre dele quando Jesus estiver no Reino. Confiou em Jesus. Com qual dos malfeitores nos identificamos? Cristo deu-se e continua a dar-se por cada um de nós. É Ele o verdadeiro Libertador. E nós? Como respondemos a esse amor?

Sandra Ribeiro

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Advento - Oração do dia

VIGIAI - TAIZÉ


https://www.youtube.com/watch?v=ADddOll67dE

Vigiai, unidos a mim, comigo orando, sempre orando! (Taizé)

ADVENTO: PORQUE FAZ SENTIDO REENCONTRAR A ESPERANÇA

Advento: Porque faz sentido reencontrar a Esperança




Num mundo de ruídos e de desconfianças como é aquele em que vivemos, corremos o risco de cair na prostração e no descrédito. As lideranças débeis que hoje governam os povos e que vão perdendo espaço para a tirania do poder financeiro; os abismos cada vez mais profundos entre os que têm em excesso e os que não têm o mínimo; a cultura da morte que se mascara com discursos de modernidade e de direitos adquiridos, vão toldando de nuvens cada vez mais espessas as nossas possibilidades de esperança.
Nestes contextos cinzentos, a Igreja não desiste de irromper no coração da humanidade para proclamar de novo: “Ele está para chegar!”; “Um Menino nos foi dado e será o Príncipe da paz”; “o Verbo fez-se carne e habitou entre nós!”. É, de novo, Advento e diante de nós, como um dom, é colocado o desafio de permanecermos em atitude de espera activa.
A palavra Advento significa “caminho para o evento”. O evento ou acontecimento é Cristo que renasce entre nós. A história da humanidade não é um caminho para o nada e para o vazio. A nossa história tem um sentido que se revela num corpo débil de criança. E quando muitos anunciam o caos e o desespero social, o anúncio do Advento reveste-se duma ousadia que surpreende e nos congrega como povo: “A luz brilha nas trevas” e somos loucos se não abrirmos o nosso coração para acolher o seu brilho.

A esperança que o Advento anuncia não evoca só aquele “estar bem quando as coisas correm bem”. É, antes, a chama que importa manter acesa no tempo do cativeiro; a confiança presente nos campos de refugiados de que alguém virá em auxílio; a certeza de que a morte não há-de vencer, dos países em guerra. É também a alegria que se acende numa nova vida que é acolhida como fruto do amor entre os esposos; ou a gratidão da mãe solteira que teve a coragem de não matar o seu filho e que hoje o embala no seu regaço; a consolação duma doença que se venceu ou o heroísmo de quem porfiou até ao fim.

Sem a esperança que o Advento evoca, o mundo perde os horizontes do infinito e fica atrofiado nos seus esforços. Sem Deus, a vida é um absurdo, que o digam os mestres da suspeita. Mais uma vez, a Igreja nos convida a esta enorme ousadia de rasgar o véu do pessimismo para descobrir os acenos da alegria.

Tudo isto há-de acontecer, de novo, no sorriso duma criança, dum filho que quer ser nosso irmão. O que atrai de sobremaneira na proposta do Advento é este rosto humano, quente e que nos recupera para o que de melhor há em nós. A cultura do egoísmo vai-nos obstruindo e fazendo definhar, mas a verdade do amor que também nos habita pode abrir clareiras novas em nós e à nossa volta.

É tão importante o Advento! Que ninguém lhe fique indiferente.

Pe. Mário

Fonte: dioceseevora.pt/

Missão País




Que comece a Missão País 2017!

MÃE, VENS VISITAR-ME?

publicado por Missão País facebook

domingo, 27 de novembro de 2016

Estar vigilantes


https://www.youtube.com/watch?v=boX0iAlhcEE

O que é que significa para nós “estar vigilantes”, “estar atentos”, “estar preparados” para acolher o Senhor?

Significa, fundamentalmente, acolher todas as oportunidades de salvação que Deus nos oferece continuamente… Se Ele vem ao meu encontro, me desafia a cumprir uma determinada missão e eu prefiro continuar a viver a minha “vidinha” fácil e sem compromisso, estou a perder uma oportunidade de dar sentido à minha vida; se Ele vem ao meu encontro, me convida a partilhar algo com os meus irmãos mais pobres e eu escolho a avareza e o egoísmo, estou a perder uma oportunidade de abrir o meu coração ao amor, à alegria, à felicidade…

O Evangelho que nos é proposto apresenta alguns dos motivos que impedem o homem de “acolher o Senhor que vem”… Fala da opção por “gozar a vida”, sem ter tempo nem espaço para compromissos sérios (quanta gente, ao domingo, tem todo o tempo do mundo para dormir até ao meio dia, mas não para celebrar a fé com a sua comunidade cristã); fala do viver obcecado com o trabalho, esquecendo tudo o mais (quanta gente trabalha quinze horas por dia e esquece que tem uma família e que os filhos precisam de amor); fala do adormecer, do instalar-se, não prestando atenção às realidades mais essenciais (quanta gente encolhe os ombros diante do sofrimento dos irmãos e diz que não tem nada com isso: é o governo ou o Papa que têm que resolver a situação)… E eu: o que é que na minha vida me distrai do essencial e me impede, tantas vezes, de estar atento ao Senhor que vem?

• Neste tempo de preparação para a celebração do nascimento de Jesus, sou convidado a recentrar a minha vida no essencial, a redescobrir aquilo que é importante, a estar atento às oportunidades que o Senhor, dia a dia, me oferece, a acordar para os compromissos que assumi para com Deus e para com os irmãos, a empenhar-me na construção do “Reino”… É essa a melhor forma – ou melhor, a única forma – de preparar a vinda do Senhor.

Advento - Tempo de esperança


https://www.youtube.com/watch?v=kFsBDjIv2Yg&feature=em-subs_digest

Iniciamos mais um ano litúrgico, mais um itinerário de preparação para a encarnação de Jesus. É o tempo da luz e da procura do caminho do Senhor. O tempo da preparação da vinda do Senhor. E a sua vinda exige atenção e vigilância. Exige um olhar novo sobre a nossa vida. Exige a disponibilidade para a entrega. Exige que estejamos preparados porque o Filho do Homem vem de novo estar connosco e ser a nossa salvação

sábado, 26 de novembro de 2016

MCC Reflexão/ Consoada



Programa:
9h 30 – Acolhimento

10h 00 – Apresentação do Tema – Frei Bento Domingues

10h 30 – Intervalo

10h 45 – Reflexão e partilha sobre o tema apresentado

12h 00 – EUCARISTIA na Igreja Matriz

13h00 – Consoada

Não duvides!





Não duvides!

O mundo dá demasiadas voltas. Mas volta sempre ao sítio certo. Não duvides.
A verdade há-de correr sempre atrás de ti. Por muito que te escondas dela. Não duvides.
A esperança há-de ser sempre maior que a tua paciência para a encontrar. Não duvides.
Não te prepares para viver. A vida está preparada para ti. Não duvides.
Não te esqueças do que aprendeste e não percas o rasto à tua história.
O silêncio pode ser uma arma mais forte que o grito. Não duvides.
Quem muito se ausenta, nem sempre deixa de fazer falta. Não duvides.
Os milagres só existem nas mãos de quem se atreve a fazê-los. Não duvides.
O regresso nem sempre volta a trazer a pessoa que partiu. Não duvides.
Há lutas que não valem a pena e há guerras que valem a pena perder. Não duvides.
Ninguém guarda segredos. São os segredos que nos guardam e, às vezes, nos limitam. Não duvides.
O que vale a pena descobrir numa pessoa está dentro dos olhos dela e nunca noutro lugar qualquer. Não duvides.
O que vale a pena guardar no coração é sempre leve. Se for pesado, não guardes.
O tempo chega sempre para tudo o que queremos, realmente, fazer. Não duvides.


Lá fora o mundo é sempre maior do que tu. Parece vir na tua direção, depois de ganhar balanço em todos os teus medos. Lá longe, o mundo promete a extinção das certezas e dos dias de sol. Resta-te, a cada dia que passa, ser mundo nos lugares onde falta tudo. Ser mundo com aqueles de quem o mundo se esqueceu. Ser mundo onde for preciso. Quando for preciso. Sempre que for preciso. E o mundo está debaixo dos teus pés e ao alcance das tuas mãos. Não duvides.

Fonte:
http://www.imissio.net/v2/cronicas/nao-duvides:4986

VIGIAI


https://www.youtube.com/watch?v=kgxSeFybB94


A liturgia deste domingo apresenta um apelo veemente à vigilância. O cristão não deve instalar-se no comodismo, na passividade, no desleixo, na rotina; mas deve caminhar, sempre atento e sempre vigilante, preparado para acolher o Senhor que vem e para responder aos seus desafios.
A primeira leitura convida os homens – todos os homens, de todas as raças e nações – a dirigirem-se à montanha onde reside o Senhor… É do encontro com o Senhor e com a sua Palavra que resultará um mundo de concórdia, de harmonia, de paz sem fim.
A segunda leitura recomenda aos crentes que despertem da letargia que os mantém presos ao mundo das trevas (o mundo do egoísmo, da injustiça, da mentira, do pecado), que se vistam da luz (a vida de Deus, que Cristo ofereceu a todos) e que caminhem, com alegria e esperança, ao encontro de Jesus, ao encontro da salvação.
O Evangelho apela à vigilância. O crente ideal não vive mergulhado nos prazeres que alienam, nem se deixa sufocar pelo trabalho excessivo, nem adormece numa passividade que lhe rouba as oportunidades; o crente ideal está, em cada minuto que passa, atento e vigilante, acolhendo o Senhor que vem, respondendo aos seus desafios, cumprindo o seu papel, empenhando-se na construção do “Reino”.

Estamos a começar o tempo de preparação para acolher Jesus (Advento) e a proposta de salvação que, através d’Ele, o Pai quer fazer aos homens: estamos dispostos a ir ao seu encontro, a acolhê-l’O, a escutar a sua Palavra, a aderir a
essa proposta de vida que Ele veio fazer?

• Um olhar, ainda que desatento, ao mundo que nos rodeia, revela que estamos muito longe dessa terra ideal de justiça e de paz, construída à volta de Deus e da sua Palavra – apesar de Jesus, a Palavra viva de Deus, ter vindo ao nosso encontro há já dois mil anos… O que é que está a impedir ou, pelo menos, a atrapalhar a chegada desse mundo de justiça e de paz? Nisso, eu não terei a minha parte de responsabilidade? Que posso eu fazer para que o sonho de Isaías – o sonho de todos os homens de boa vontade – se concretize?


extractos de www.dehonianos.org

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

O SILÊNCIO QUE DÁ FORÇA E AMOR


Ao encerrar o Ano Santo da Misericórdia, o Papa Francisco publicou a Carta Apostólica “Misericordia et misera”, na qual persiste em nos desafiar a “olhar para diante e compreender como se pode continuar, com fidelidade, alegria e entusiasmo, a experimentar a riqueza da misericórdia divina”. Convida-nos a celebrar a misericórdia. Sugere-nos criatividade. Aponta-nos caminhos e meios que só a conversão pessoal e pastoral saberá usar de forma empática e frutuosa. Porque a misericórdia gera alegria, exorta-nos a que ela “permaneça bem enraizada no nosso coração e sempre nos faça olhar com serenidade a vida do dia-a-dia”. Sustenta a necessidade de sermos “testemunhas de esperança e de alegria verdadeira, para expulsar as quimeras que prometem uma felicidade fácil com paraísos artificiais”. Diz-nos que “o vazio profundo de tanta gente pode ser preenchido pela esperança que trazemos no coração e pela alegria que brota dela. Há tanta necessidade de reconhecer a alegria que se revela no coração tocado pela misericórdia!”. E acrescenta: “é verdade que muitas vezes somos sujeitos a dura prova, mas não deve jamais esmorecer a certeza de que o Senhor nos ama. A sua misericórdia expressa-se também na proximidade, no carinho e no apoio que muitos irmãos e irmãs podem oferecer quando sobrevêm os dias da tristeza e da aflição. Enxugar as lágrimas é uma ação concreta que rompe o círculo de solidão onde muitas vezes se fica encerrado. Todos precisamos de consolação, porque ninguém está imune do sofrimento, da tribulação e da incompreensão. Quanta dor pode causar uma palavra maldosa, fruto da inveja, do ciúme e da ira! Quanto sofrimento provoca a experiência da traição, da violência e do abandono! Quanta amargura perante a morte das pessoas queridas! E, todavia, Deus nunca está longe quando se vivem estes dramas. Uma palavra que anima, um abraço que te faz sentir compreendido, uma carícia que deixa perceber o amor, uma oração que permite ser mais forte... são todas expressões da proximidade de Deus através da consolação oferecida pelos irmãos. Às vezes, poderá ser de grande ajuda também o silêncio; porque em certas ocasiões não há palavras para responder às perguntas de quem sofre. Mas, à falta da palavra, pode suprir a compaixão de quem está presente, próximo, ama e estende a mão. Não é verdade que o silêncio seja um ato de rendição; pelo contrário, é um momento de força e de amor. O próprio silêncio pertence à nossa linguagem de consolação, porque se transforma num gesto concreto de partilha e participação no sofrimento do irmão”.
É nosso dever, pois, fazer crescer a cultura da misericórdia, a cultura do encontro, a cultura do amor aos outros, principalmente dos que mais sofrem as agruras da vida. Temos de ter bem presente que este é “o tempo da misericórdia para todos e cada um, para que ninguém possa pensar que é alheio à proximidade de Deus e à força da sua ternura. É o tempo da misericórdia para que quantos se sentem fracos e indefesos, afastados e sozinhos possam individuar a presença de irmãos e irmãs que os sustentam nas suas necessidades. É o tempo da misericórdia para que os pobres sintam pousado sobre si o olhar respeitoso mas atento daqueles que, vencida a indiferença, descobrem o essencial da vida. É o tempo da misericórdia para que cada pecador não se canse de pedir perdão e sentir a mão do Pai, que sempre acolhe e abraça”. A verdadeira porta da misericórdia, sempre escancarada e de fácil acesso, é o Coração de Cristo Jesus: “Vinde a mim todos vós que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas, pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11, 28-30).
Como outro sinal concreto deste Ano da Misericórdia, o Papa Francisco determinou que toda a Igreja celebre anualmente, no XXXIII Domingo do Tempo Comum, o Dia Mundial dos Pobres: “Será um Dia que vai ajudar as comunidades e cada batizado a refletir como a pobreza está no âmago do Evangelho e tomar consciência de que não poderá haver justiça nem paz social enquanto Lázaro jazer à porta da nossa casa (cf. Lc 16, 19-21). Além disso este Dia constituirá uma forma genuína de nova evangelização (cf. Mt 11, 5), procurando renovar o rosto da Igreja na sua perene ação de conversão pastoral para ser testemunha da misericórdia”.

D. Antonino Dias  -  Bispo de Portalegre Castelo Branco    25-11-2016

Oração de Taizé


https://www.youtube.com/watch?v=XwvphXOxS4A

Sábado, 26 de Novembro, último sábado do mês, ORAÇÃO TAIZÉ, no Centro Paroquial, em Arronches, 21:00H.

Vem rezar connosco!

Dicas para formar a espiritualidade na família




A espiritualidade na vida familiar é uma grande ferramenta para viver com maior plenitude e dar à vida um sentido transcendente.

Apresentamos, a seguir, uma série de dicas muito concretas e práticas que podem servir de apoio para os pais de família, educadores, catequistas e para todas as pessoas envolvidas na formação integral, precisamente para “formar” esta espiritualidade em todos os membros da família:

1. Reveja as suas próprias crenças. Pergunte-se quão convencido você está daquilo em que crê, do que professa e em que grau você o pratica. Pergunte-se que tipo de vida espiritual você quer para os seus filhos e como lhes dará isso. Lembre-se que o exemplo e o que os seus filhos vêem são os factores que mais educam. Você vai à Missa aos domingos? Reza com frequência? Vive constantemente na presença de Deus?

2. Inclua a espiritualidade na vida dos seus filhos desde cedo. As crianças muito pequenas não compreendem quem é Deus, mas se você lhes falar dele, começarão a se familiarizar e a conhecê-lo. Conte-lhes a história sagrada em forma de conto; fale da vida dos santos; reze com os seus filhos.

3. Aproveite as actividades da vida quotidiana para ensiná-los a viver uma espiritualidade natural e espontânea. Ensine-os a agradecer por tudo o que têm: pais, amigos, avós, cachorro, talentos… Ensine-os a dar aos que têm menos, a compartilhar, a amar.

4. Dê aos eventos sagrados toda a importância que merecem: Baptismo, Primeira Comunhão, Confirmação… Destaque a grandeza que eles merecem, ensine que o mais importante é receber a graça de Deus e que é por isso que preparam um evento bonito, alegre, com todos os amigos e familiares. Mostre que tais momentos precisam de preparação e alegria, porque Jesus é o melhor que há. Você, como pai ou mãe, precisa estar convencido(a) disso para poder transmitir essa alegria, esse amor, essa importância.

5. Apoie-se em instituições, pessoas ou catequistas que possam colaborar com você nesta formação espiritual. Recorra à sua paróquia, onde certamente haverá algum movimento bem estabelecido que lhe dê todos os elementos para alcançar isso com maior facilidade, conseguindo torná-lo interessante.

6. Faça que tudo isso seja divertido, atraente. Que realmente gostem. Adapte a informação e a formação à idade dos seus filhos. Actualize-se: que seus comentários e exemplos se adaptem ao que eles vivem, escutam, percebem… Que não vejam a espiritualidade como algo do passado, coisa de velhinhos, que não tem relação nenhuma com sua vida. Pelo contrário: que a vejam como a arma maravilhosa que dá sentido às suas vidas.

7. Ensine-os uma forma simples de orar. Que conversem com Deus como conversam com um amigo. Que vejam Jesus como seu confidente, seu melhor amigo. Que reconheçam que Jesus pode escutá-los, ajudá-los, levá-los a ser melhores.

8. Confira um carácter “espiritual” a todas as festividades religiosas. Procure fazer um contrapeso com tanto materialismo e comercialização apresentados pela sociedade. O Natal é importante porque é o nascimento de Jesus. A Páscoa é importante porque Jesus ressuscita… E assim em cada festividade: preencha-as de conteúdo espiritual, sem tirar os presentes, a diversão. Que seus filhos entendam que é tudo bonito porque se tem Deus.

9. Com os jovens, aproveite suas inquietudes intelectuais, sua capacidade crítica, seu comportamento rebelde, para que estudem, aprofundem, pesquisem e finalmente se convençam da grandeza de Cristo. É preciso desafiá-los para que percebam que Jesus é quem dará sentido às suas vidas.

10. Tudo isso com um grande amor e respeito pelos nossos filhos, porque eles são merecedores do grande amor de Deus. Precisam conhecê-lo, senti-lo, amá-lo. Como pais católicos, este é o nosso dever e nosso compromisso com Deus.

Fonte:
http://pt.aleteia.org/…/dicas-para-formar-a-espiritualidad…/

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

SERÁ POSSÍVEL AMAR QUEM NOS FAZ MAL?

[

...] «Se perdoar não implica ficar amigo, como é que podemos amar os inimigos?».

Primeiro, temos que distinguir várias situações. Há aquelas em que uma pessoa nos ofende, com maior ou menor gravidade, mas a ferida que a ofensa deixa fecha e a relação com essa pessoa continua boa.

Eu vou falar de duas outras situações.

A primeira é aquela em que a ferida custa muito a fechar por ser uma ferida muito grande. É uma ferida tão grande que faz com que não queiramos pensar nessa pessoa, quanto mais perdoar, muito menos amar. Temos ódio à pessoa.
Então como é que vamos amar esta pessoa?

Primeiro, temos que deixar o tempo atuar. O tempo ir-nos-á suavizando as sensações más. Neste caso, a primeira coisa que Deus nos pede é que não alimentemos ódio nem vingança em relação à pessoa. Pede-nos que nos esforcemos por não dizer coisas como: “Só quero que te aconteça o mesmo mal que me fizeste” ou “só te desejo aquilo que me desejas”. Se nos esforçarmos por não pensar estas coisas, já estamos no bom caminho. Depois, pedimos a Deus vontade de rezar por essa pessoa.

Reparemos que ainda não estamos a rezar pela pessoa, mas a pedir vontade de rezar por ela. Esta fase pode demorar muito tempo. Anos. Mas o importante é não desistirmos de pedir a vontade de rezar pela pessoa. Quando conseguirmos rezar por essa pessoa já estamos, como Jesus na cruz, a rezar por aqueles que Lhe fizeram mal. Nunca iremos achar essa pessoa simpática nem convidá-la para nossa casa. Mas, se formos capazes de rezar por ela, já a estamos a amar. Já estamos a amar o «inimigo».

A outra situação é aquela em que a ferida não fecha por estarmos sempre a ser magoados.

Aqui, a primeira coisa a fazer é distanciarmo-nos da pessoa que nos faz mal. Temos que manter essa pessoa à distância. Não vale a pena tentarmos fazer as pazes com uma pessoa destas. Ou a pessoa se nos ri na cara ou é muito simpática mas não muda o seu comportamento. Nos dois casos, acabamos ainda mais magoados.

Temos que a manter à distância. E como é que isso é amar?

É amar porque estamos a impedir a pessoa de pecar. Impedir alguém de pecar é amar esse alguém. Se alguém me vier assaltar a casa e eu lhe abrir a porta e lhe der as jóias e o dinheiro, estou a ser cúmplice dessa pessoa.

Assim, também, se alguém me magoar sempre que está comigo e eu não me procurar afastar dessa pessoa, estou a dar a essa pessoa oportunidade de me magoar. Estou a ser cúmplice do seu ato, estou a contribuir para o seu pecado.

Mesmo sendo pessoas do nosso convívio habitual ou membros da nossa família, é preciso afastarmo-nos destas pessoas ou afastá-las de nós, porque não lhes podemos dar oportunidade para nos estarem sempre a magoar.

Então, aqui a primeira parte do amor é não dar às pessoas oportunidade para elas pecarem. Depois, vem a outra parte, que é rezar por essas pessoas. E é tudo o que podemos e devemos fazer por elas.

Concluindo: devemos afastar-nos das pessoas que nos magoam e, quando formos capazes, rezar por elas. Não temos que, nem é possível, achá-las simpáticas.

Gonçalo Miller Guerra, s.j.

Fonte:
http://apostoladodaoracao.blogs.sapo.pt/sera-possivel-amar-…

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Ir à Missa é “remédio para melhorar a saúde física e mental”, assegura cientista de Harvard



Numa coluna recentemente publicada no jornal americano ‘USA Today’, Tyler J. VanderWeele, professor de epidemiologia na Universidade de Harvard, e John Siniff, especialista em comunicações, qualificaram a participação regular na Missa como um “remédio para melhorar a saúde física e mental”.

O artigo do ‘USA Today’, intitulado “A religião poderia ser um medicamento milagroso”, aponta os resultados de um estudo liderado por VanderWeele e publicado em maio de 2016 na prestigiosa revista de psiquiatria JAMA Psychiatry, da Associação Americana de Medicina.

O estudo, intitulado “Associação entre assistência a serviços religiosos e menores taxas de suicídio entre mulheres norte-americanas”, concluiu que “a participação frequente nos serviços religiosos estava associada com uma taxa significativamente mais baixa de suicídio”.

VanderWeele e Siniff assinalaram que “a saúde e a religião estão muito ligadas” e, de acordo com o estudo publicado em meados deste ano, os adultos que vão à Missa pelo menos uma vez por semana, em comparação com aqueles que nunca vão, “apresentam um menor risco de morte na próxima década e meia”.

“Os resultados foram replicados em suficientes estudos e populações para ser considerados bastante confiáveis”, asseguraram.

Embora garantiram que “a ciência não se adere a uma fé ou outra, nem sugere o que a sociedade deve fazer com essa informação”, destacaram que tanto a sociedade como cada pessoa poderiam aproveitar estes resultados.

“Os meios informativos, a academia e o público em geral poderiam usar esta nova compreensão do grande valor social da religião”, indicaram. Já para cada pessoa, “esta investigação convida não tão sutilmente a reconsiderar o que a religião pode fazer por eles”.

As pessoas que participam da Missa, assinalaram, “estão menos propensas a fumar, ou mais propensos a parar de fumar, causando benefícios significativos para a saúde”.

Além disso, destacaram, “a investigação de Harvard e outras indicam que, possivelmente devido a uma mensagem de fé ou esperança, pessoas que participam da Missa são mais otimistas e têm menores taxas de depressão. A investigação de Harvard também mostrou que esta participação protege contra o suicídio”.

“Outros descobriram que as pessoas que vão à igreja asseguram ter um propósito maior na vida e desenvolvem mais autocontrole”.

Enquanto alguns norte-americanos substituíram a participação da Missa, que “é vista como ‘pitoresca e antiquada’, pela “espiritualidade”, VanderWeele e Siniff reforçaram que ir à igreja, e não a uma “espiritualidade privada ou prática solitária”, geram benefícios para a saúde.

“Algo na participação religiosa comunitária parece ser essencial”, assinalaram.

Participar da Missa, disseram, “demonstrou que aumenta a probabilidade de um matrimónio estável, aumenta o sentido próprio de significado e se estende à própria rede social”, assim como “leva a maiores doações caritativas e um maior voluntariado e compromisso cívico”.

VanderWeele e Siniff destacaram que “algo na experiência e participação religiosa comunitária é importante. Algo poderoso parece suceder aí e melhora a saúde”.

“Isto tem importantes implicações para o grau em que a sociedade promove e protege as instituições religiosas”, entre outros, assinalaram.

CF Atualidades
De ACI Digital
Link>> http://www.acidigital.com/noticias/ir-a-missa-e-remedio-para-melhorar-a-saude-fisica-e-mental-assegura-cientista-de-harvard-49829/#.WB0LLGwq4us.blogger

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Papa Francisco institui «Dia Mundial dos Pobres»




O Papa decidiu instituir um “Dia Mundial dos Pobres” na Igreja Católica, que vai ser celebrado no penúltimo domingo do ano litúrgico, revelou hoje o pontífice numa nova carta apostólica.


A celebração é inspirada no Ano Santo da Misericórdia (dezembro 2015-novembro 2016), que se concluiu este domingo e, particularmente, no ‘Jubileu das Pessoas Excluídas Socialmente’, que se celebrou no Vaticano a 13 de novembro, dia em que se fecharam as Portas Santas em todas as catedrais e santuários do mundo.

“Intuí que, como mais um sinal concreto deste Ano Santo extraordinário, se deve celebrar em toda a Igreja, na ocorrência do XXXIII Domingo do Tempo Comum, o Dia Mundial dos Pobres”, escreve Francisco, na carta apostólica ‘Misericórdia e mísera’, com a qual marca o final do Jubileu.

O Papa explica que vê nesta nova celebração a “mais digna preparação para bem viver a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo”, que encerra o ano litúrgico na Igreja Católica, evocando a sua identificação com os “mais pequenos e os pobres”.

O “Dia Mundial dos Pobres” quer ajudar as comunidades e cada batizado a “refletir como a pobreza está no âmago do Evangelho”

“Não podemos esquecer-nos dos pobres: trata-se dum convite hoje mais atual do que nunca, que se impõe pela sua evidência evangélica”, sustenta.

Francisco defende que “não poderá haver justiça nem paz social” enquanto “Lázaro [nome dado por Jesus a um pobre numa das suas parábolas] jazer à porta da nossa casa”.

A iniciativa pretende ainda “renovar o rosto da Igreja” na sua ação de conversão pastoral para que seja “testemunha da misericórdia”.

O Papa deixa votos de que a Igreja Católica saiba dar vida a “muitas obras novas” que manifestem essa misericórdia, indo ao encontro dos que padecem a fome e a sede, “sendo grande a preocupação suscitada pelas imagens de crianças que não têm nada para se alimentar”.

Francisco elenca vários campos que exigem respostas concretas, como as migrações, as doenças, as prisões, o analfabetismo ou a ignorância religiosa.

A carta apostólica elogia os “muitos sinais concretos de misericórdia” que foram realizados durante o último Ano Santo, mas recorda que isso “não basta”, perante “novas formas de pobreza espiritual e material, que comprometem a dignidade das pessoas”.

O Papa recorda os desempregados, os sem-abrigo e sem-terra, as crianças exploradas e todas as situações que exigem uma “cultura de misericórdia” que combata a indiferença e a desconfiança entre seres humanos.

“As obras de misericórdia, tocam toda a vida duma pessoa. Por isso, temos possibilidade de criar uma verdadeira revolução cultural precisamente a partir da simplicidade de gestos que podem alcançar o corpo e o espírito, isto é, a vida das pessoas”, precisa.

A carta apostólica conclui-se com a convicção de que se vive “o tempo da misericórdia” para todos os que sofrem, das mais diversas formas.

"Existem muitos sinais concretos de bondade e ternura para com os mais humildes e indefesos, os que vivem mais sozinhos e abandonados. Há verdadeiros protagonistas da caridade, que não deixam faltar a solidariedade aos mais pobres e infelizes", refere o Papa.

OC

CF Atualidades
De Agência Ecclesia
Link http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/vaticano/igreja-papa-francisco-institui-dia-mundial-dos-pobres/

Quem fracassa no matrimônio não é estranho na Igreja, diz o Papa a bispos



O Papa Francisco explicou que os bispos têm o dever de acolher e acompanhar as pessoas que vivem o fracasso conjugal e nunca devem considerá-los “estranhos ao Corpo de Cristo que é a Igreja”.

Assim o indicou o Santo Padre em seu discurso aos bispos reunidos no último dia 18 de novembro na Rota Romana, onde recebem um curso de formação sobre o novo processo de nulidade matrimonial que entrou em vigor em dezembro de 2015.

Em suas palavras aos bispos, em uma visita que inicialmente estava programada para o dia 19 novembro, o Papa ressaltou que o fim último de qualquer ação pastoral é a “salus animarum”, ou seja, a salvação das almas.

Nesta perspectiva, disse Francisco, “a Igreja caminha sempre, como mãe que acolhe e ama, sob o exemplo de Jesus, o Bom Samaritano”.

“A Igreja do Verbo Encarnado se ‘encarna’ nas vivências tristes e nos sofrimentos das pessoas, se inclina para os pobres, os distantes e para os que se consideram excluídos pela comunidade eclesial por causa do seu fracasso matrimonial”.

Entretanto, prosseguiu o Santo Padre, estes fiéis “permanecem incorporados a Cristo pelo batismo. Portanto, temos uma grande responsabilidade de usar o munus (dom), recebido de Jesus divino Pastor, médico e juiz das almas, de não os considerar nunca estranhos ao Corpo de Cristo que é a Igreja”.

“Somos chamados a não os excluir da nossa preocupação pastoral, mas a nos dedicarmos a eles e à sua situação irregular e dolorosa com toda a solicitude e caridade”, exortou.

Depois de ressaltar que a missão do bispo também se orienta nesse sentido, o Papa Francisco explicou que é importante e necessário “eliminar com determinação qualquer impedimento de carácter mundano, que torna difícil a um grande número de fiéis o acesso aos tribunais eclesiásticos. Questões de natureza económica e organizacional não podem ser um obstáculo para a verificação canónica da validade de um matrimónio”.

“Na óptica de um relacionamento sadio entre justiça e caridade, a lei da Igreja não pode prescindir do princípio fundamental da salus animarum. Portanto, os tribunais eclesiásticos devem ser expressões palpáveis de um serviço diaconal do direito na proteção deste fim primário”, sublinhou.

Por isso, continuou o Pontífice, a salus animarum é a “palavra final do Código de Direito Canónico”, para que esteja “acima de tudo como a lei suprema e como o bem maior que excede o próprio direito, indicando assim o horizonte da misericórdia”.

Do mesmo modo, o Papa comentou que as perguntas que surgem da pastoral matrimonial “requerem respostas e procedimentos nem sempre fáceis. Tenho certeza de que estes dias de estudos os ajudarão a individualizar a aproximação mais oportuna às diversas problemáticas”.

De Cristo, o Bom Pastor, disse Francisco, “devemos aprender cada dia a sábia busca do unum necessarium (o único necessário): a salus animarum” que é “o bem supremo e se identifica com Deus mesmo, como disse São Gregório Nacianceno”.

“Confiem na assistência infalível do Espírito Santo, que conduz invisível, mas realmente a Igreja”.

“Rezemos a Ele para que vos ajude e ajude também o Sucessor de Pedro a responder, com disponibilidade e humildade, ao clamor de ajuda de tantos nossos irmãos e irmãs que precisam saber a verdade sobre o seu matrimónio e o caminho da sua vida”, concluiu.

CF Atualidades
De ACI Digital

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Apresentação de N Sra no Templo


https://www.youtube.com/watch?v=qCAcxW2t1Hc

A apresentação de Maria deve ter sido muito modesta
e ao mesmo tempo muito gloriosa.
Foi através de seu serviço,
a partir de sua apresentação no Templo,
que Maria preparou-se de corpo e alma para receber o Filho de Deus, realizando em si a palavra de Cristo:
“Felizes os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática!"

Papa convida a "manter a porta aberta" em final de Jubileu



O Papa Francisco presidiu, neste domingo, Solenidade de Cristo Rei, à missa de encerramento do Jubileu da Misericórdia com o encerramento da Porta Santa da Basílica de São Pedro que só voltará a ser aberta no próximo ano santo.

Na sua homilia o Papa convidou os crentes a "não fechar a porta" que o Jubileu da Misericórdia abriu e que "nos permitiu voltar ao essencial":

"Este Ano da Misericórdia convidou-nos a descobrir novamente o centro, a regressar ao essencial. Este tempo de misericórdia chama-nos a contemplar o verdadeiro rosto do nosso Rei, aquele que brilha na Páscoa, e a descobrir novamente o rosto jovem e belo da Igreja, que brilha quando é acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica no amor, missionária".

O Papa afirmou que a "misericórdia leva-nos ao coração do Evangelho, anima-nos também a renunciar a hábitos e costumes que possam obstaculizar o serviço ao reino de Deus, a encontrar a nossa orientação apenas na realeza perene e humilde de Jesus, e não na acomodação às realezas precárias e aos poderes mutáveis de cada época".

No último domingo do ano litúrgico, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, Francisco tomou o evangelho do domingo para deixar um aviso a todos os cristãos:

Neste dia "seria demasiado pouco crer que Jesus é Rei do universo e centro da história, sem fazê-Lo tornar-Se Senhor da nossa vida. Tudo aquilo será vão, se não O acolhermos pessoalmente e se não acolhermos também o seu modo de reinar".

Olhando para o trecho do texto bíblico que narra a morte de Jesus e o gozo de tantos que há sua volta Francisco afirmou que este sinal nos mostra que "verdadeiramente não é deste mundo o reino de Jesus; mas precisamente nele – diz-nos o apóstolo Paulo na segunda leitura – é que encontramos a redenção e o perdão. Porque a grandeza do seu reino não está na força segundo o mundo, mas no amor de Deus, um amor capaz de alcançar e restaurar todas as coisas".

Olhando para a misericórdia do Mestre perante o ladrão que com ele morria o papa argentino prosseguiu:

"Cristo abaixou-Se até nós, viveu a nossa miséria humana, provou a nossa condição mais ignóbil. A injustiça, a traição, o abandono; experimentou a morte, o sepulcro, a morada dos mortos. Assim se aventurou o nosso Rei até aos confins do universo, para abraçar e salvar todo o vivente. Não nos condenou, nem sequer nos conquistou, nunca violou a nossa liberdade, mas abriu caminho com o amor humilde, que tudo desculpa, tudo espera, tudo suporta".

No final da sua homilia Francisco deixou um pedido sob a forma de oração:

"Peçamos a graça de não fechar jamais as portas da reconciliação e do perdão, mas saber ultrapassar o mal e as divergências, abrindo todas as vias possíveis de esperança. Assim como Deus acredita em nós próprios, infinitamente para além dos nossos méritos, assim também nós somos chamados a infundir esperança e a dar uma oportunidade aos outros. Com efeito, embora se feche a Porta Santa, continua sempre escancarada para nós a verdadeira porta da misericórdia que é o Coração de Cristo".

Publicado em http://www.educris.com/

domingo, 20 de novembro de 2016

Rei do Universo


https://www.youtube.com/watch?v=nxgZXD4kIVA

Salmo 121 (122)

 Salmo 121 (122)
Refrão: Vamos com alegria para a casa do Senhor.
Alegrei-me quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor».
Detiveram-se os nossos passos
às tuas portas, Jerusalém.

Jerusalém, cidade bem edificada,
que forma tão belo conjunto!
Para lá sobem as tribos,
as tribos do Senhor.

Para celebrar o nome do Senhor,
segundo o costume de Israel;
ali estão os tribunais da justiça,
os tribunais da casa de David.


https://www.youtube.com/watch?v=p6L-0Cy6KYY

Senhor, Rei do Universo,

Renovo, hoje, o meu desejo profundo

de viver esta harmonia,

onde a Tua presença se faz sentir.

Que eu sirva a Tua majestade e

Te glorifique eternamente.

Que eu saiba sempre rezar:

Pai Nosso, que estais nos Céus,

Santificado seja o Vosso Nome

Venha a nós o Vosso Reino…

Ámen!


Solenidade de Cristo Rei


https://www.youtube.com/watch?v=u5l-LGtvyp8



Jesus, Rei dos corações!
Jesus, aos olhares puramente humanos, apresentava-se como um rei fraco, crucificado, agonizante.
Um rei dominado pelos romanos, um rei que nada significava.
Um rei que, aparentemente, não pode salvar-se a si mesmo.
Um rei, como diz São Paulo, “crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gentios!” (1Cor 1, 23).

sábado, 19 de novembro de 2016

Consistório 2016: Vaticano veste-se de vermelho para rito de entrega do barrete e do anel cardinalícios



– O Vaticano veste-se hoje em tons de vermelho para a celebração, em latim, do consistório público para a criação de 17 cardeais, a terceira celebração do género no pontificado de Francisco.

O rito de entrega do barrete e do anel decorre na Basílica de São Pedro, a partir das 11h00 (hora local, menos uma em Lisboa), refere o Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice.

A celebração começa com um momento de oração em silêncio, do Papa, diante do altar da Confissão, sobre o túmulo do apóstolo São Pedro, seguindo-se a saudação do primeiro dos novos cardeais, D. Mario Zenari (núncio apostólico na Síria), em nome de todos os presentes, antes de uma oração proferida por Francisco, a leitura do Evangelho e a homilia.

Após esta intervenção, Francisco lê a fórmula de criação e proclama em latim os nomes dos cardeais, para os unir com “um vínculo mais estreito” à sua missão.

Depois tem lugar a profissão de fé e o juramento dos novos cardeais, de fidelidade e obediência ao Papa e seus sucessores.

Cada um dos novos cardeais ajoelha-se, depois, para receber o barrete cardinalício, de acordo com a ordem de criação.

Francisco entrega ainda um anel aos cardeais para que se “reforce o amor pela Igreja”, seguindo-se a atribuição a cada cardeal uma igreja de Roma – que simboliza a “participação na solicitude pastoral do Papa” na cidade -, bem como a entrega da bula de criação cardinalícia, momento selado por um abraço de paz.

Cada cardeal é inserido na respetiva ordem (episcopal, presbiteral ou diaconal), uma tradição que remonta aos tempos das primeiras comunidades cristãs de Roma, em que os cardeais eram bispos das igrejas criadas à volta da cidade (suburbicárias) ou representavam os párocos e os diáconos das igrejas locais.

Os novos cardeais eleitores são: D. Mario Zenari (Itália), núncio apostólico [representante diplomático da Santa Sé] na Síria; D. Dieudonné Nzapalainga (República Centro-Africana), arcebispo de Bangui; D. Carlos Osoro Sierra (Espanha), arcebispo de Madrid; D. Sérgio da Rocha (Brasil), arcebispo de Brasília; D. Blase J. Cupich (EUA), arcebispo de Chicago; D. Patrick D’Rozario, arcebispo de Daca (Bangladesh); D. Baltazar Enrique Porras Cardozo (Venezuela), arcebispo de Mérida; D. Jozef De Kesel (Bélgica), arcebispo de Bruxelas; D. Maurice Piat (Maurícia), arcebispo de Port-Louis; D. Kevin Joseph Farrell (EUA), prefeito do Dicastério para os Leigos, Vida e Família (Santa Sé); D. Carlos Aguiar Retes (México), arcebispo de Tlalnepantla; D. John Ribat, arcebispo de Port Moresby (Papua Nova-Guiné); D. Joseph William Tobin (EUA), arcebispo nomeado de Newark, até agora arcebispo de Indianápolis.

Francisco vai ainda nomear dois arcebispos e um bispo emérito, com mais de 80 anos, que se distinguiram no seu serviço pastoral”: D. Anthony Soter Fernandez (Malásia), arcebispo emérito de Kuala Lumpur; D. Renato Corti, arcebispo emérito de Novara (Itália); D. Sebastian Koto Khoarai, bispo emérito de Mohale’s Hoek (Lesotho).

Entre os cardeais com mais de 80 anos está também o padre Ernest Simoni – que fez Francisco chorar ao abraçá-lo, na Albânia, evocando a perseguição do regime comunista - como reconhecimento pelo seu “claro testemunho cristão”.

O consistório para a criação de cardeais é uma cerimónia que se desenvolveu ao longo dos séculos, dando origem a um cerimonial próprio, que é hoje público.

Ao longo de centenas de anos, o anúncio era feito num consistório secreto, no qual o Papa anunciava o nome dos novos cardeais, que recebiam depois um “bilhete” com essa nomeação.

Após o Concílio Vaticano II (1962-1965), o consistório foi sendo sucessivamente simplificado até à fórmula atual, aprovada pelo Papa Bento XVI em 2012, que unificou o rito de entrega do barrete e do anel cardinalícios.

OC

CF Atualidades
De Agência Ecclesia
Link http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/vaticano/consistorio-2016-vaticano-vestese-de-vermelho-para-rito-de-entrega-do-barrete-e-do-anel-cardinalicios/

Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo


https://www.youtube.com/watch?v=r9V_Tx_j7gQ

A Palavra de Deus, neste último domingo do ano litúrgico, convida-nos a tomar consciência da realeza de Jesus. Deixa claro, no entanto, que essa realeza não pode ser entendida à maneira dos reis deste mundo: é uma realeza que se exerce no amor, no serviço, no perdão, no dom da vida.
A primeira leitura apresenta-nos o momento em que David se tornou rei de todo o Israel. Com ele, iniciou-se um tempo de felicidade, de abundância, de paz, que ficou na memória de todo o Povo de Deus. Nos séculos seguintes, o Povo sonhava com o regresso a essa era de felicidade e com a restauração do reino de David; e os profetas prometeram a chegada de um descendente de David que iria realizar esse sonho.
O Evangelho apresenta-nos a realização dessa promessa: Jesus é o Messias/Rei enviado por Deus, que veio tornar realidade o velho sonho do Povo de Deus e apresentar aos homens o “Reino”; no entanto, o “Reino” que Jesus propôs não é um Reino construído sobre a força, a violência, a imposição, mas sobre o amor, o perdão, o dom da vida.
A segunda leitura apresenta um hino que celebra a realeza e a soberania de Cristo sobre toda a criação; além disso, põe em relevo o seu papel fundamental como fonte de vida para o homem.

A festa de Cristo Rei, que encerra o ano litúrgico, celebra, antes de mais, a soberania e o poder de Cristo sobre toda a criação.

A Festa de Cristo Rei é, também, a festa da soberania de Cristo sobre a comunidade cristã. A Igreja é um corpo, do qual Cristo é a cabeça; é Cristo que reúne os vários membros numa comunidade de irmãos que vivem no amor; é Cristo que a todos alimenta e dá vida; é Cristo o termo dessa caminhada que os crentes fazem ao encontro da vida em plenitude. Esta centralidade de Cristo tem estado sempre presente na reflexão, na catequese e na vida da Igreja?

Toda a vida de Jesus foi dominada pelo tema do “Reino”. Ele começou o seu ministério anunciando que “o Reino chegou” (cf. Mc 1,15; Mt 4,17). As suas palavras e os seus gestos sempre mostraram que Ele tinha consciência de ter sido enviado pelo Pai para anunciar o “Reino” e para trazer aos homens uma era nova de felicidade e de paz.

Jesus é o Messias/rei, sim; mas é rei na lógica de Deus – isto é, veio para presidir a um “Reino” cuja lei é o serviço, o amor, o dom da vida. A afirmação da sua dignidade real passa pelo sofrimento, pela morte, pela entrega de Si próprio. O seu trono é a cruz, expressão máxima de uma vida feita amor e entrega. É neste sentido que o Evangelho de hoje nos convida a entender a realeza de Jesus.

Em termos pessoais, a Festa de Cristo Rei convida-nos, também, a repensar a nossa existência e os nossos valores. Diante deste “rei” despojado de tudo e pregado numa cruz, não nos parecem completamente ridículas as nossas pretensões de honras, de glórias, de títulos, de aplausos, de reconhecimentos? Diante deste “rei” que dá a vida por amor, não nos parecem completamente sem sentido as nossas manias de grandeza, as lutas para conseguirmos mais poder, as invejas mesquinhas, as rivalidades que nos magoam e separam dos irmãos? Diante deste “rei” que se dá sem guardar nada para si, não nos sentimos convidados a fazer da vida um dom?

extractos de www.dehonianos.org/portal/dia-liturgia

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

O MEMORÁVEL PRIMEIRO DIA DA SEMANA


Foto de perfil de Antonino Dias


O “primeiro dia da semana” era, na cultura judaica, o dia a seguir ao sábado santo. Jesus, com uma pedagogia ímpar, fez do “primeiro dia da semana” o Seu dia, o dia do Seu triunfo, o dia da consumação da Sua obra redentora. De facto, foi no “primeiro dia da semana” que Jesus ressuscitou, apareceu a Maria Madalena logo de manhã, depois a Pedro, ao cair da tarde aos discípulos de Emaús, à noitinha aos Apóstolos reunidos. “Oito dias depois”, também “no primeiro dia da semana”, apareceu novamente aos Apóstolos, agora já com Tomé presente. Foi ainda no “primeiro dia da semana” que Jesus, já subido ao céu, de lá, com o Pai, enviou, conforme prometera, o Espírito Santo sobre toda a Igreja, dando assim início à sua gesta missionária. Movidos por uma força interior, pela ação do Espírito, os cristãos passaram a reunir-se sempre no “primeiro dia da semana”, dando assim à sua reunião um ritmo semanal. Faziam-no para celebrar a Ressurreição de Jesus, um verdadeiro ato de fé em Jesus Cristo ressuscitado e glorificado. Este acontecimento foi de tal modo marcante na vida dos cristãos que os quatro evangelistas lhe fazem referência, afirmando todos que Jesus ressuscitou no “primeiro dia da semana”. A Igreja foi-se formando e fortalecendo, não só pela Palavra de Deus e pelos sacramentos, mas também pela reunião fraterna no “primeiro dia da semana”. Assíduos ao ensinamento dos Apóstolos, à oração, à fração do pão, à comunhão e à partilha, o “primeiro dia da semana” começou, desde o início, a fazer parte da vida pessoal e comunitária dos cristãos. Assim, já por volta do ano 50, São Paulo pede aos cristãos de Corinto que façam, “no primeiro dia da semana”, uma coleta em favor da Igreja pobre de Jerusalém, como já havia pedido o mesmo às comunidades da Galácia. Pelo ano 112, Plínio o Moço, governador romano da Bitínia, numa espécie de relatório policial enviado ao imperador Trajano sobre o comportamento dos cristãos, escreve que “eles se reúnem num dia certo, antes de nascer do sol, para cantarem louvores a Cristo, como a um deus”.
A primeira vez que o “primeiro dia da semana” é chamado “Dia do Senhor”, é no livro do Apocalipse (1,10), mas logo outros autores assumem tal designação. Inácio de Antioquia, provavelmente antes do ano 110, exorta os cristãos a serem fiéis à reunião dominical, na qual se expressa e reforça a unidade. Na Didascália dos Apóstolos, do século III, lemos este apelo aos cristãos: “…não punhais as vossas preocupações temporais acima da Palavra de Deus, mas abandonai tudo no dia do Senhor e correi com diligência às vossas igrejas, porque é lá o vosso louvor a Deus…”.
Depois de ter dado a paz à Igreja, em 313, o imperador Constantino quis introduzir o descanso dominical em todo o império. Com engelho e arte, escolheu o dia da festa semanal dos pagãos, o dia do sol, o dia que, no calendário romano, se seguia ao dia de Saturno que era o sábado. Este dia coincidia precisamente com o primeiro dia da semana dos judeus, o dia em que os cristãos já se reuniam. São Justino, em meados do século II, testemunha isso mesmo, dizendo que “no chamado dia do sol, todos os cristãos que habitam nas cidades ou nos campos se reúnem no mesmo lugar…”. Com esta decisão do imperador, os cristãos ficaram felizes e não perderam tempo. Começaram a propalar por toda a parte, que esse dia é, de facto, o dia do sol, sim. Mas o verdadeiro Sol, o Sol que ilumina e aquece a terra, o Sol que aquece verdadeiramente o coração do homem, não é o astro rei: é o Senhor, é Cristo ressuscitado”.
Pela sua fé em Cristo vivo e ressuscitado, pelo seu testemunho de vida alegre e feliz, os cristãos conseguiram impor o Domingo à sociedade num contexto social nada fácil e hostil, o da cultura judaica e greco-romana. Mas houve muitos mártires que o foram por causa de se afirmarem em defesa do Domingo. Por exemplo, as 49 pessoas da Abitínia, 31 homens e 18 mulheres, encontradas a celebrar em casa de uma delas, de Emérito. São belos os testemunhos que eles, quando interrogados em 15 de fevereiro de 304, em Cartago, antes de serem executados, nos deixaram.
Embora sabendo que os tempos, hoje, são diferentes e complicados em relação a horários de trabalho e outras solicitações, o Domingo continua a ser um ponto de referência na vida dos cristãos e das famílias cristãs. É o dia em que, reunidos, escutamos a Sua Palavra, fazemos memória do que Jesus fez por nós e renovamos em nós a necessidade de fazer como Ele fez.

D.Antonino Dias - Bispo de Portalegre Castelo Branco 18-11-2016

Coragem da Liberdade

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

A porta de Cristo nunca se fecha!...



Estamos a chegar ao fim do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Assistimos ao encerramento das Portas Santas de todas as igrejas jubilares neste último fim de semana. No próximo domingo, dia 20, o Papa Francisco encerrará a porta da Basílica de São Pedro. A pergunta que se impõe é: O que fica deste ano jubilar?

Se há algo em que devemos manter o foco depois deste ano de graça, é nessa realidade que celebramos: a Misericórdia. Francisco não se cansou de a anunciar com palavras, gestos e atitudes concretas. Na longa entrevista conduzida pelo jornalista Andrea Tornielli, que está publicada em livro com o título "O Nome de Deus é Misericórdia", o Papa conta a história de uma velhinha que lhe pediu para confessar, ainda ele era Bispo Auxiliar de Buenos Aires:


«Mas se a senhora não pecou…?», perguntou o Bispo Bergoglio.
«Todos temos pecados» respondeu a senhora.
«Mas o Senhor talvez não os perdoe…», replicou o Bispo.
E ela: «O Senhor perdoa tudo».
«Como sabe a Senhora?», perguntou o Bispo.
«Se o Senhor não perdoasse tudo, o mundo não existiria».

Com esta história, Francisco reforça a sua crença na Misericórdia como fundamento da existência do Ser Humano e de toda a Criação. «A misericórdia é o primeiro atributo de Deus. É o nome de Deus.»

Durante este ano fomos convidados a viver e a experimentar esta misericórdia. Se é verdade que a podemos "sentir na pele" quando nos reconciliamos com Deus, também é verdade que a vivemos quando o fazemos com o outro. A verdadeira misericórdia é aquela que nos obriga, força ou impõe uma mudança de vida.

O evangelho deste fim de semana (Lc 21, 5-19) descreve o que muitos judeus sentiam a ver o templo de Jerusalém tão bem ornamentado. Jesus é terrível no comentário que tece acerca dessa beleza: «Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído». Espero que, ao fim de toda esta caminhada, cada um de nós não fique, como estes judeus, apenas pelo acessório. Podemos esquecer à vontade a beleza das cerimónias de abertura e encerramento das portas. Não podemos é não viver diariamente esta misericórdia que é, constantemente, oferecida por Deus e deve ser praticada no que chamamos de "Obras de Misericórdia": sete corporais e sete espirituais.

No domingo passado, perguntaram ao bispo de Bérgamo, D. Francesco Breschi, o que sentiu ao fechar a porta santa. Ele respondeu: «Senti fortemente o mesmo sentimento do dia em que abri a porta santa, porque a porta de Cristo nunca se fecha. A misericórdia de Deus é eterna e a nossa oração deve ser consciente dessa realidade.»

Perante o nosso pecado ou a nossa fragilidade, temos este Deus que é sempre Misericórdia.

[Foto: Basílica da Estrela, Paulo Victória]

Paulo Victória (15-11-2016) em www. iMissio.net

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Vaticano: Papa presidiu a última audiência geral no Jubileu da Misericórdia


Foto: Lusa

Catequese sublinhou importância da «paciência» perante falhas do próximo



Cidade do Vaticano, 16 nov 2016 (Ecclesia) - O Papa presidiu hoje no Vaticano à audiência geral no Jubileu da Misericórdia, que se conclui este domingo, desafiando os católicos a dar continuidade à vivência deste Ano Santo extraordinário.

“Na iminência do fim do Jubileu extraordinário, que cada um se lembre de quão importante é ser misericordiosos como o Pai e que o amor com os irmãos nos torna mais humanos e mais cristãos”, disse, perante cerca de 25 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro.

Francisco falou de uma das obras de misericórdia espirituais, “suportar com paciência as fraquezas do próximo”.

“Com grande facilidade, sabemos reconhecer a presença de pessoas que podem incomodar-nos. Pensamos de imediato: durante quanto tempo deverei ouvir as lamentações, as fofocas, os pedidos ou os triunfos desta pessoa?”, questionou o Papa, recordando que na maioria das vezes são pessoas próximas a nós, como parentes e colegas de trabalho.

Francisco lamentou que se tenha perdido a tradição do “exame de consciência”, procurando evitar apenas falar dos defeitos dos outros.

A intervenção ligou a “paciência” com outras duas obras de misericórdia, ensinar os ignorantes e corrigir os que erram.

“Penso por exemplo nos catequistas – entre os quais as muitas mães e religiosas – que dedicam tempo para ensinar às crianças os elementos basilares da fé. Quanto esforço, sobretudo quando os jovens preferiram brincar ao invés de ouvir o catecismo”, sublinhou.

O Papa saudou depois os peregrinos e visitantes de várias línguas presentes no Vaticano, incluindo os lusófonos.

“Queridos amigos, nesta última semana do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, Jesus chama-nos a levar a alegria e a consolação do Evangelho a todos os homens, como suas autênticas testemunhas misericordiosas! Que Deus vos abençoe a todos!”, concluiu.

OC

Papa: a transformação de cada um de nós começa na Confissão


O Papa Francisco foi à Basílica de São Pedro na manhã da terça-feira
(15/11) saudar os peregrinos holandeses que vieram ao Vaticano celebrar o Jubileu da Misericórdia.
Em sua breve saudação, o Pontífice destacou que o Ano Santo nos faz relacionar ainda mais com Jesus Cristo, rosto da misericórdia do Pai.
“Jamais esgotaremos este grande mistério do amor de Deus! É a fonte da nossa salvação: todo o mundo, todos nós necessitamos da misericórdia divina. Ela nos salva, nos dá vida, nos recria como verdadeiros filhos e filhas de Deus”, disse o Papa, ressaltando que nós experimentamos a bondade do Senhor de modo especial no sacramento da Penitência e da Reconciliação.

Transformação

“A Confissão é o local em que se recebe o perdão e a misericórdia de Deus. Aqui tem início a transformação de cada um de nós e a reforma da vida da Igreja.”

A exortação de Francisco aos holandeses é que abram seus corações e se deixem plasmar pela misericórdia de Deus, assim se tornarão instrumentos de Sua misericórdia. Num mundo sedento da sua bondade e do seu amor, os peregrinos poderão “irrigar” a sociedade com o anúncio do Evangelho e com a caridade, sobretudo para os com os mais necessitados e as pessoas abandonadas a si mesmas.

A Missa no Altar da Cátedra da Basílica Vaticana foi celebrada pelo Cardeal Willelm Eijk, Arcebispo de Utrecht e Presidente da Conferência Episcopal, e concelebrada por todos os Bispos holandeses. Vieram ao Vaticano cerca de dois mil fiéis de dioceses dos Países Baixos

CF Atualidades
De News.VA
Link http://www.news.va/pt/news/papa-a-transformacao-de-cada-um-de-nos-comeca-na-c

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Oração dos que creem


Oração dos que creem

Faça esta oração acreditando firmemente em cada palavra... e deixe Deus agir em sua vida








Felizes os que não Te viram
e creram em Ti.
Felizes os que não contemplaram
Teu semblante
e confessaram Tua divindade.
Felizes os que, lendo o Evangelho,
reconheceram em Ti
aquele a quem esperavam.
Felizes os que, em Teus enviados,
divisaram Tua divina presença.

Felizes os que, no segredo, de seus corações,
escutaram Tua voz e responderam.
Felizes os que,
animados pelo desejo de tocar Deus,
encontraram-Te no mistério.
Felizes os que, nos momentos de escuridão,
aderiram mais fortemente à Tua luz.
Felizes os que,
desconcertados pela provação,
mantêm sua confiança em ti.
Felizes os que, tendo a impressão
de que estás ausente,
continuam a crer em Tua proximidade.
Felizes os que não Te viram,
mas vivem a firme esperança de Te ver um dia.
Amém.

(Autor: Frei Ignácio Larrañaga )

WWW.aleteia.org 14-11-16

domingo, 13 de novembro de 2016

Missa da Benção das Mochilas

Neste domingo, 13 de Outubro, a Paróquia de Assunção realizou a Benção das Mochilas.

O pároco Fernando Farinha, celebrou a Eucaristia das 12:00H, na Igreja Matriz de Arronches, neste domingo, dia 13 de Novembro.
Os estudantes que frequentam a catequese, participaram da benção levando as mochilas até o altar, onde foram benzidas pelo padre Fernando.
Neste domingo, pedimos a Deus, por meio do seu Filho Jesus Cristo... uma bênção especial pelo início das aulas... aos estudantes, professores e funcionários... que trouxeram suas mochilas ou materiais de trabalho para este ano letivo, e agradecemos a Deus todos os dons nos são concedidos ao longo deste ano de estudo, momentos de alegria, de tristeza, de sorrisos, de desespero e de felicidade.
Receberam uma Benção especial para o início das aulas para crescer como Jesus" em sabedoria e graça diante de Deus e dos homens"
Lc 2,40

A Benção das Mochilas é uma novidade na paróquia. A iniciativa baseia- se na acção do papa Bento XVI de reunir, todos os anos, no mês de Setembro, em um grande encontro tradicional entre estudantes europeus, que chegavam dos mais diversos países com suas mochilas e que, ao final, recebiam a benção papal.
MHR



Final do Jubileu da Misericórdia- Encerramento das Portas Santas



Vaticano: «Deus nunca nos abandona» - Papa Francisco


13 nov 2016 (Ecclesia) – O Papa aludiu hoje no Vaticano à conclusão do Jubileu da Misericórdia, na sua semana final, e disse que os católicos devem viver com a certeza de que Deus “nunca” os abandona.

“Deus não nos abandona nunca. Devemos ter esta certeza no coração: Deus não nos abandona nunca”, declarou, perante peregrinos e visitantes reunidos na Praça de São Pedro para a recitação da oração do ângelus.

Este domingo, nas catedrais e santuários de todo o mundo, são fechadas as Portas da Misericórdia abertas no Ano Santo extraordinário convocado por Francisco, que se iniciou em dezembro de 2015.

A porta da Basílica de São Pedro vai ser fechada no próximo domingo, encerrando assim o Jubileu da Misericórdia.

O Papa espera que esta iniciativa ajude todos a “construir um mundo melhor, apesar das dificuldades e dos acontecimentos tristes que marcam a existência pessoal e coletiva”:

“O Ano Santo levou-nos, por um lado, a ter o olhar centrado no cumprimento do Reino de Deus e, por outro, a construir o futuro nesta terra, trabalhando para evangelizar o presente, fazendo dele um tempo de salvação para todos”, referiu.

Como sinal do Jubileu da Misericórdia, vai ficar exposto na Basílica de São Pedro o mais antigo crucifixo de madeira ali existente, datado do século XIV, após ter sido restaurado.

Francisco associou-se ainda à jornada de agradecimento “pelos frutos da terra e do trabalho humano” que a Igreja Católica celebra anualmente na Itália, com votos de uma agricultura “sustentável”, sem esquecer “os que estão privados de bens essenciais como a comida e a água”.

OC

                              

Também na nossa Diocese foram encerradas as Portas Santas.
Dom Antonino Dias fez o encerramento da Porta Santa em Castelo Branco, D. Augusto César em Abrantes e o Cónego Emanuel acompanhado pelo arcipreste de Portalegre e respectivos padres e diáconos, a Porta Santa de Portalegre.
Cónego Emanuel na homilia falou da Misericórdia , das vivências deste ano santo, da importância do perdão e sobretudo do AMOR, do amor pelos outros, do caminho para Cristo e do amor de Deus que nunca nos abandona. Todos temos necessidade de ser perdoados por Deus. Por isso, não excluamos ninguém, Pelo contrário, com humildade e simplicidade sejamos instrumentos da misericórdia do Pai.
Exortou todos a formar uma família de irmãos e irmãs, na justiça, na solidariedade e na paz, e a fazer parte da Igreja, Corpo de Cristo, recordando que Jesus nos convida a ir a Ele para encontrar descanso.
No final leu uma carta do D. Antonino que recordava palavras de do Papa Francisco sobre a Misericórdia e exortava que em todas as Diocese se levantassem estruturas fixas de Misericórdia. Neste sentido anunciou que na nossa diocese após as consultas devidas, a diocese oferecia a casa e terrenos anexos à cooperativa designada por CERCI Portalegre, casa que já ocupavam desde 2014.
O som de Magnificat, cantado pelo coro da Sé fez o encerramento deste Ano Jubilar da Misericórdia.

















MHR